quarta-feira, 24 de novembro de 2021

UNIDOS DA PIEDADE DE VITÓRIA

O SAMBA COMO FORMA DE RESISTÊNCIA ***
*** ESHOJE Café e sua história serão enredo da Unidos da Piedade para Carnaval de 2022 - ESHOJE *** Preciso Me Encontrar (Candeia) *** *** - Marisa Monte *** Pelo Telefone Donga *** *** O chefe da folia Pelo telefone manda me avisar Que com alegria Não se questione para se brindar Ai, ai, ai É deixar mágoas pra trás, ó rapaz Ai, ai, ai Fica triste se és capaz e verás Tomara que tu apanhe Pra não tornar fazer isso Tirar amores dos outros Depois fazer teu feitiço Ai, se a rolinha, sinhô, sinhô Se embaraçou, sinhô, sinhô É que a avezinha, sinhô, sinhô Nunca sambou, sinhô, sinhô Porque este samba, sinhô, sinhô De arrepiar, sinhô, sinhô Põe perna bamba, sinhô, sinhô Mas faz gozar, sinhô, sinhô O peru me disse Se o morcego visse Não fazer tolice Que eu então saísse Dessa esquisitice De disse-não-disse Ah! Ah! Ah! Aí está o canto ideal, triunfal Ai, ai, ai Viva o nosso carnaval sem rival Se quem tira o amor dos outros Por Deus fosse castigado O mundo estava vazio E o inferno habitado Queres ou não, sinhô, sinhô Vir pro cordão, sinhô, sinhô É ser folião, sinhô, sinhô De coração, sinhô, sinhô Porque este samba, sinhô, sinhô De arrepiar, sinhô, sinhô Põe perna bamba, sinhô, sinhô Mas faz gozar, sinhô, sinhô Quem for bom de gosto Mostre-se disposto Não procure encosto Tenha o riso posto Faça alegre o rosto Nada de desgosto Ai, ai, ai Dança o samba Com calor, meu amor Ai, ai, ai Pois quem dança Não tem dor nem calor Ouvir "Pelo Telefone" Composição: Donga / Mauro de Almeida. *** *** https://www.letras.mus.br/donga/1120957/ *** ***
*** Nas entrelinhas: Um samba antológico pode servir de conselho ao PSDB Publicado em 24/11/2021 - 06:51 Luiz Carlos AzedoPolítica Disputa entre tucanos, nas prévias tumultuadas do PSDB, parece reproduzir a crise dos partidos da República Velha Impactado pela vitória do MDB em 1974, o presidente Ernesto Geisel iniciou a grande manobra de retirada dos militares da cena política com a chamada “distensão lenta e gradual”. O partido de oposição à Arena (governista) conseguira expressiva vitória nas eleições gerais de novembro daquele ano, conquistando 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados, além da maioria das prefeituras das grandes cidades. A sociedade se mobilizava geral: operários, estudantes, artistas, classe média, empresários, profissionais liberais. Houve uma explosão cultural. O teatro, o cinema, a televisão e a música popular faziam a crônica da mudança de costumes e protagonizavam os gritos de liberdade. É nesse ambiente, em 1976, que o sambista Candeia compôs um dos mais belos sambas de sua geração, gravado inicialmente por Cartola, naquele mesmo ano, mas cujo estrondoso sucesso viria mais tarde, na voz de Marisa Monte, em 1989, que não chegou a conhecer. Candeia morreu muito jovem, aos 43 anos, dois anos depois de sua composição. Antônio Candeia Filho fora um policial truculento, que ficara paraplégico, após levar cinco tiros de um motorista numa batida policial. A limitação física, inimaginável para um capoeirista, levou-o à profunda depressão. Foi salvo, espiritualmente, pelo candomblé. E pelas rodas de samba da Portela, nas quais se destacou como líder da oposição ao “bicheiro” Carlinhos Maracanã. Dissidente, com Paulinho da Viola e outras bambas, criaria a legendária Quilombo. Seu álbum Axé é um manifesto de negritude, contra o racismo estrutural. Preciso me encontrar, composta por Candeia a pedido do jornalista e escritor Juarez Barroso, falecido naquele mesmo de 1976, não me sai da cabeça desde domingo, por causa da confusão das prévias do PSDB, nas quais os governadores João Doria, de São Paulo, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, protagonizam uma intensa guerra interna, coadjuvados pelo ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, que nunca foi tão moderado. “Deixe-me ir/ Preciso andar/ Vou por aí a procurar/ Rir pra não chorar/ Se alguém por mim perguntar/ Diga que eu só vou voltar/ Depois que me encontrar/ Quero assistir ao sol nascer/ Ver as águas dos rios correr/ Ouvir os pássaros cantar/ Eu quero nascer/ Quero viver”, diz a letra do samba antológico. É a síntese do drama tucano, que registra uma disputa entre lideranças paulistas e gaúchas, incendiada pelos mineiros, que parece reproduzir a crise dos partidos republicanos da República Velha, tamanha a radicalização e a dificuldade de entendimento entre seus protagonistas. Prévias do barulho O que poderia ter sido uma inédita demonstração de democracia interna e construção de consensos, com escolha de uma candidatura em bases democráticas, virou um furdunço, no sentido pejorativo do termo. Não vai ser fácil encontrar uma saída pactuada, depois do colapso de domingo no sistema de votação por aplicativo para os filiados da legenda, com direito a 25% do colégio eleitoral. Qualquer resultado, se não houver boa vontade do perdedor, pode ser deslegitimado e fragilizará o candidato à Presidência da República escolhido pela legenda. Parece que Doria está levando a melhor e tem um acordo de bastidor com Virgílio; Leite, denunciando jogo bruto, dá sinais de que está para tomar o seu rumo, como na bela canção de Candeia. O PSDB nasceu de uma costela do MDB, quando o falecido governador paulista Orestes Quércia se assenhorou da legenda, durante o governo do presidente José Sarney. Tornou-se nacional quando Fernando Henrique Cardoso, ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, venceu as eleições de 1994, na onda do sucesso do Plano Real. Até então, era forte em São Paulo, em Minas, no Paraná e no Ceará; residual no Rio de Janeiro, na Bahia, no Rio Grande do Sul e no Pará. Eleito, FHC conteve o crescimento do partido, por causa de sua aliança com o PFL. Na sua sucessão, isso teve um preço. Além disso, José Serra fez uma campanha descolada do governo que o apoiava e ainda foi cristianizado em Minas. Desde então, a hegemonia dos políticos paulistas na legenda sempre teve um custo para as suas alianças no plano nacional, por causa das disputas regionais. *** *** https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-um-samba-antologico-pode-servir-de-conselho-ao-psdb/?fbclid=IwAR0MW85OoYKZot_iPqo4h7jK5qFqrj5eAMjxk5xtysuPegMVoWizIfqurFk *** *** *** *** Preciso me Encontrar Candeia *** Em C Deixe-me ir, preciso andar, G° B7 Vou por aí a procurar Em F#7 B7 Em Rir pra não chorar C Deixe-me ir, preciso andar, G° B7 Vou por aí a procurar Em F° Rir pra não chorar E7 Am Quero assistir ao sol nascer D Ver as águas dos rios correr G Ouvir os pássaros cantar B7 Em Eu quero nascer, quero viver Em C Deixe-me ir, preciso andar, G° B7 Vou por aí a procurar Em F#7 B7 Em Rir pra não chorar C Se alguém por mim perguntar G° Diga que eu só vou voltar B7 Em F° Ouvir "Preciso me Encontr…" Composição: Candeia. PIEDADE, NOSSA ESCOLA *** *** “Eu moro naquela montanha E as pedras são minhas vizinhas Piedade se você me ama Aceita essa lembrança minha”. O samba como forma de resistência durante a República Velha Considerações sobre o samba capixaba *** SeduES 13,7 mil inscritos Professor Fabio Rodrigues *** *** https://www.youtube.com/watch?v=stRK1g5Vb7g *** *** *** *** MEU CHAPÉU DO LADO Lenço no Pescoço Wilson Batista Ouvir "Lenço no Pescoço" Meu chapéu do lado Tamanco arrastando Lenço no pescoço Navalha no bolso Eu passo gingando Provoco e desafio Eu tenho orgulho Em ser tão vadio Sei que eles falam Deste meu proceder Eu vejo quem trabalha Andar no miserê Eu sou vadio Porque tive inclinação Eu me lembro, era criança Tirava samba-canção Comigo não Eu quero ver quem tem razão E eles tocam E você canta E eu não dou Ouvir "Lenço no Pescoço" Composição: Wilson Batista. *** *** https://www.letras.mus.br/wilson-batista/386925/ *** *** RAPAZ FOLGADO "Malandro é palavra derrotista Que só serve pra tirar Todo o valor do sambista Proponho ao povo civilizado Não te chamar de malandro E sim de rapaz folgado" *** Rapaz Folgado Aracy de Almeida O Samba em Pessoa Deixa de arrastar o teu tamanco Pois tamanco nunca foi sandália E tira do pescoço o lenço branco Compra sapato e gravata Joga fora esta navalha que te atrapalha Com chapéu do lado deste rata Da polícia quero que escapes Fazendo um samba-canção Já te dei papel e lápis Arranja um amor e um violão Malandro é palavra derrotista Que só serve pra tirar Todo o valor do sambista Proponho ao povo civilizado Não te chamar de malandro E sim de rapaz folgado Compositor: Noel Rosa *** *** https://www.vagalume.com.br/aracy-de-almeida/rapaz-folgado.html *** ***

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