segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Desonestidade, Oportunismo, Cinismo ou...

...charlatanismo mesmo?

“Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.”
Lucas 16:13


“Da política maniqueísta do PT surgem dois Brasis antagônicos. Os petistas construíram a ideia de que o povo brasileiro é separado por ricos e poderosos que desde sempre exploram o povo, de um lado, e por uma massa de pobres e oprimidos, de outro. Os opressores são todos aqueles que não são petistas. Trata-se de uma visão simplista do país. Prova disso é que muitos integrantes da elite, alguns dos quais estão entre os mais ricos do Brasil, são visceralmente ligados ao PT, como ficou comprovado nas investigações de corrupção na Petrobras.” O PT do Poder – Entrevista com José de Souza Martins –Revista Veja







“No caso brasileiro, a ruptura teve início antes da queda do muro de Berlim, em 1989, com a crise da ditadura, ela própria um dos produtos da Guerra Fria. E, também, com manifestações das oposições ao regime em favor de uma nova ordem política, que culminaria com o fim da ditadura militar em 1985.

“O surgimento do PT, em 1980, ainda no quadro da polarização ideológica capitalismo-comunismo, já expressava, no entanto, o advento da nova ordem mundial, ainda que nos quadros mentais da cultura da polarização dicotômica entre direita e esquerda.

“A nova realidade política pautada não por novas categorias interpretativas, mas por aquelas da realidade que perecia.

“Um caso de falsa consciência e mesmo de demora cultural, como diziam antigamente os antropólogos para situar e explicar as mudanças sociais não compreendidas por seus próprios agentes.

“É por aí que se entende que o PT tenha inventado sua própria “direita” para continuar decifrando a política no marco obsoleto da guerra fria, historicamente superada: definiu como “de direita” todos os partidos e todas as pessoas que não estivessem alinhados com o petismo.

“Autoproclamou-se “a esquerda” sem sê-lo, aglutinação e síntese que veio a ser de diferentes grupos políticos, em boa parte, no passado, eram pela esquerda definidos como de direita.” José de Souza Martins, Sociólogo, 77 anos. ‘Do PT das lutas sociais ao PT do poder’, p. 12. Editora Contexto, São Paulo, 2016.




24/06/2002 - 16h27
Leia íntegra da carta de Lula para acalmar o mercado financeiro

da Folha Online

O candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, leu no sábado passado (22), durante encontro sobre o programa de governo do partido, uma carta na qual culpa a política econômica do governo federal pela crise financeira.

Lula se disse disposto a discutir com o presidente Fernando Henrique Cardoso uma agenda de resposta à crise.

Abaixo, a íntegra da carta:

"Carta ao povo brasileiro

O Brasil quer mudar. Mudar para crescer, incluir, pacificar. Mudar para conquistar o desenvolvimento econômico que hoje não temos e a justiça social que tanto almejamos. Há em nosso país uma poderosa vontade popular de encerrar o atual ciclo econômico e político.

Se em algum momento, ao longo dos anos 90, o atual modelo conseguiu despertar esperanças de progresso econômico e social, hoje a decepção com os seus resultados é enorme. Oito anos depois, o povo brasileiro faz o balanço e verifica que as promessas fundamentais foram descumpridas e as esperanças frustradas.

Nosso povo constata com pesar e indignação que a economia não cresceu e está muito mais vulnerável, a soberania do país ficou em grande parte comprometida, a corrupção continua alta e, principalmente, a crise social e a insegurança tornaram-se assustadoras.

O sentimento predominante em todas as classes e em todas as regiões é o de que o atual modelo esgotou-se. Por isso, o país não pode insistir nesse caminho, sob pena de ficar numa estagnação crônica ou até mesmo de sofrer, mais cedo ou mais tarde, um colapso econômico, social e moral.

O mais importante, no entanto, é que essa percepção aguda do fracasso do atual modelo não está conduzindo ao desânimo, ao negativismo, nem ao protesto destrutivo.

Ao contrário: apesar de todo o sofrimento injusto e desnecessário que é obrigada a suportar, a população está esperançosa, acredita nas possibilidades do país, mostra-se disposta a apoiar e a sustentar um projeto nacional alternativo, que faça o Brasil voltar a crescer, a gerar empregos, a reduzir a criminalidade, a resgatar nossa presença soberana e respeitada no mundo.

A sociedade está convencida de que o Brasil continua vulnerável e de que a verdadeira estabilidade precisa ser construída por meio de corajosas e cuidadosas mudanças que os responsáveis pelo atual modelo não querem absolutamente fazer.

A nítida preferência popular pelos candidatos de oposição que têm esse conteúdo de superação do impasse histórico nacional em que caímos, de correção dos rumos do país.

A crescente adesão à nossa candidatura assume cada vez mais o caráter de um movimento em defesa do Brasil, de nossos direitos e anseios fundamentais enquanto nação independente.

Lideranças populares, intelectuais, artistas e religiosos dos mais variados matizes ideológicos declaram espontaneamente seu apoio a um projeto de mudança do Brasil.

Prefeitos e parlamentares de partidos não coligados com o PT anunciam seu apoio. Parcelas significativas do empresariado vêm somar-se ao nosso projeto. Trata-se de uma vasta coalizão, em muitos aspectos suprapartidária, que busca abrir novos horizontes para o país.

O povo brasileiro quer mudar para valer. Recusa qualquer forma de continuísmo, seja ele assumido ou mascarado. Quer trilhar o caminho da redução de nossa vulnerabilidade externa pelo esforço conjugado de exportar mais e de criar um amplo mercado interno de consumo de massas.

Quer abrir o caminho de combinar o incremento da atividade econômica com políticas sociais consistentes e criativas. O caminho das reformas estruturais que de fato democratizem e modernizem o país, tornando-o mais justo, eficiente e, ao mesmo tempo, mais competitivo no mercado internacional.

O caminho da reforma tributária, que desonere a produção. Da reforma agrária que assegure a paz no campo. Da redução de nossas carências energéticas e de nosso déficit habitacional. Da reforma previdenciária, da reforma trabalhista e de programas prioritários contra a fome e a insegurança pública.

O PT e seus parceiros têm plena consciência de que a superação do atual modelo, reclamada enfaticamente pela sociedade, não se fará num passe de mágica, de um dia par ao outro. Não há milagres na vida de um povo e de um país.

Será necessária uma lúcida e criteriosa transição entre o que temos hoje e aquilo que a sociedade reivindica. O que se desfez ou se deixou de fazer em oito anos não será compensado em oito dias.

O novo modelo não poderá ser produto de decisões unilaterais do governo, tal como ocorre hoje, nem será implementado por decreto, de modo voluntarista. Será fruto de uma ampla negociação nacional, que deve conduzir a uma autêntica aliança pelo país, a um novo contrato social, capaz de assegurar o crescimento com estabilidade.

Premissa dessa transição será naturalmente o respeito aos contratos e obrigações do país. As recentes turbulências do mercado financeiro devem ser compreendidas nesse contexto de fragilidade do atual modelo e de clamor popular pela sua superação.

À parte manobras puramente especulativas, que sem dúvida existem, o que há é uma forte preocupação do mercado financeiro com o mau desempenho da economia e com sua fragilidade atual, gerando temores relativos à capacidade de o país administrar sua dívida interna e externa. É o enorme endividamento público acumulado no governo Fernando Henrique Cardoso que preocupa os investidores.

Trata-se de uma crise de confiança na situação econômica do país, cuja responsabilidade primeira é do atual governo. Por mais que o governo insista, o nervosismo dos mercados e a especulação dos últimos dias não nascem das eleições.

Nascem, sim, da graves vulnerabilidades estruturais da economia apresentadas pelo governo, de modo totalitário, como o único caminho possível para o Brasil. Na verdade, há diversos países estáveis e competitivos no mundo que adotaram outras alternativas.

Não importa a quem a crise beneficia ou prejudica eleitoralmente, pois ela prejudica o Brasil. O que importa é que ela precisa ser evitada, pois causará sofrimento irreparável para a maioria da população. Para evitá-la, é preciso compreender que a margem de manobra da política econômica no curto prazo é pequena.

O Banco Central acumulou um conjunto de equívocos que trouxeram perdas às aplicações financeiras de inúmeras famílias. Investidores não especulativos, que precisam de horizontes claros, ficaram intranquilos. E os especuladores saíram à luz do dia, para pescar em águas turvas.

Que segurança o governo tem oferecido à sociedade brasileira? Tentou aproveitar-se da crise para ganhar alguns votos e, mais uma vez, desqualificar as oposições, num momento em que é necessário tranquilidade e compromisso com o Brasil.

Como todos os brasileiros, quero a verdade completa. Acredito que o atual governo colocou o país novamente em um impasse. Lembrem-se todos: em 1998, o governo, para não admitir o fracasso do seu populismo cambial, escondeu uma informação decisiva. A de que o real estava artificialmente valorizado e de que o país estava sujeito a um ataque especulativo de proporções inéditas.

Estamos de novo atravessando um cenário semelhante. Substituímos o populismo cambial pela vulnerabilidade da âncora fiscal. O caminho para superar a fragilidade das finanças públicas é aumentar e melhorar a qualidade das exportações e promover uma substituição competitiva de importações no curto prazo.

Aqui ganha toda a sua dimensão de uma política dirigida a valorizar o agronegócio e a agricultura familiar. A reforma tributária, a política alfandegária, os investimentos em infra-estrutura e as fontes de financiamento públicas devem ser canalizadas com absoluta prioridade para gerar divisas.

Nossa política externa deve ser reorientada para esse imenso desafio de promover nossos interesses comerciais e remover graves obstáculos impostos pelos países mais ricos às nações em desenvolvimento.

Estamos conscientes da gravidade da crise econômica. Para resolvê-la, o PT está disposto a dialogar com todos os segmentos da sociedade e com o próprio governo, de modo a evitar que a crise se agrave e traga mais aflição ao povo brasileiro.

Superando a nossa vulnerabilidade externa, poderemos reduzir de forma sustentada a taxa de juros. Poderemos recuperar a capacidade de investimento público tão importante para alavancar o crescimento econômico.

Esse é o melhor caminho para que os contratos sejam honrados e o país recupere a liberdade de sua política econômica orientada para o desenvolvimento sustentável.

Ninguém precisa me ensinar a importância do controle da inflação. Iniciei minha vida sindical indignado com o processo de corrosão do poder de comprar dos salários dos trabalhadores.

Quero agora reafirmar esse compromisso histórico com o combate à inflação, mas acompanhado do crescimento, da geração de empregos e da distribuição de renda, construindo um Brasil mais solidário e fraterno, um Brasil de todos.

A volta do crescimento é o único remédio para impedir que se perpetue um círculo vicioso entre metas de inflação baixas, juro alto, oscilação cambial brusca e aumento da dívida pública.

O atual governo estabeleceu um equilíbrio fiscal precário no país, criando dificuldades para a retomada do crescimento. Com a política de sobrevalorização artificial de nossa moeda no primeiro mandato e com a ausência de políticas industriais de estímulo à capacidade produtiva, o governo não trabalhou como podia para aumentar a competitividade da economia.

Exemplo maior foi o fracasso na construção e aprovação de uma reforma tributária que banisse o caráter regressivo e cumulativo dos impostos, fardo insuportável para o setor produtivo e para a exportação brasileira.

A questão de fundo é que, para nós, o equilíbrio fiscal não é um fim, mas um meio. Queremos equilíbrio fiscal para crescer e não apenas para prestar contas aos nossos credores.

Vamos preservar o superávit primário o quanto for necessário para impedir que a dívida interna aumente e destrua a confiança na capacidade do governo de honrar os seus compromissos.

Mas é preciso insistir: só a volta do crescimento pode levar o país a contar com um equilíbrio fiscal consistente e duradouro. A estabilidade, o controle das contas públicas e da inflação são hoje um patrimônio de todos os brasileiros. Não são um bem exclusivo do atual governo, pois foram obtidos com uma grande carga de sacrifícios, especialmente dos mais necessitados.

O desenvolvimento de nosso imenso mercado pode revitalizar e impulsionar o conjunto da economia, ampliando de forma decisiva o espaço da pequena e da microempresa, oferecendo ainda bases sólidas par ampliar as exportações.

Para esse fim, é fundamentar a criação de uma Secretaria Extraordinária de Comércio Exterior, diretamente vinculada à Presidência da República.

Há outro caminho possível. É o caminho do crescimento econômico com estabilidade e responsabilidade social. As mudanças que forem necessárias serão feitas democraticamente, dentro dos marcos institucionais.

Vamos ordenar as contas públicas e mantê-las sob controle. Mas, acima de tudo, vamos fazer um compromisso pela produção, pelo emprego e por justiça social.

O que nos move é a certeza de que o Brasil é bem maior que todas as crises. O país não suporta mais conviver com a idéia de uma terceira década perdidas.

O Brasil precisa navegar no mar aberto do desenvolvimento econômico e social. É com essa convicção que chamo todos os que querem o bem do Brasil a se unirem em torno de um programa de mudanças corajosas e responsáveis.

Luiz Inácio Lula da Silva

São Paulo, 22 de junho de 2002"









Jesus utilizou histórias do dia-a-dia para ensinar lições espirituais. Já que as pessoas entendem bem as coisas materiais, fica mais fácil para elas entenderem princípios do reino do céu através da comparação. Uma destas parábolas mais interessantes, e talvez a mais chocante, é a registrada em Lucas 16:1-13. Este relato utiliza uma pessoa mundana e corrupta para ensinar aplicações aos discípulos cristãos.

A História

"Jesus disse aos seus discípulos: ‘O administrador de um homem rico foi acusado de estar desperdiçando os seus bens. Então ele o chamou e lhe perguntou: ‘Que é isso que estou ouvindo a seu respeito? Preste contas da sua administração, porque você não pode continuar sendo o administrador’" (Lucas 16:1-2). Este homem foi acusado de ter administrado mal os bens do seu senhor e ia ser demitido logo. Por isso, ele teria que entregar um relatório das contas, das dívidas, etc. Ele estava enfrentando um problema sério, que analisou da seguinte forma:

"O administrador disse a si mesmo: ‘Meu senhor está me despedindo. Que farei? Para cavar não tenho força e tenho vergonha de mendigar... Já sei o que vou fazer para que, quando perder o meu emprego aqui, as pessoas me recebam em suas casas’. Então chamou cada um dos devedores do seu senhor. Perguntou ao primeiro: ‘Quanto você deve ao meu senhor?’ ‘Cem potes de azeite’, respondeu ele. O administrador lhe disse: ‘Tome a sua conta, sente-se depressa e escreva cinqüenta’. A seguir ele perguntou ao segundo: ‘E você, quanto deve?’ ‘Cem tonéis de trigo’, respondeu ele. Ele lhe disse: ‘Tome a sua conta e escreva oitenta’" (Lucas 16:3-7). Depois de refletir, este administrador inventou um plano para reduzir as dívidas que as pessoas tinham com o patrão. Ele usou o pouco tempo que restava antes de entregar as contas para arrumar acordos com cada um dos devedores. Deste modo, depois de perder o emprego, várias pessoas ficariam devendo alguma coisa a ele e dariam do que ele precisasse durante a época de seu desemprego. Ele aproveitou o presente, embora de modo desonesto, para providenciar pelo seu futuro.

As Aplicações Principais

A principal lição que Jesus tirou desta história é chocante. "O senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu astutamente. Pois os filhos deste mundo são mais astutos no trato entre si do que os filhos da luz" (Lucas 16:8). É evidente que Jesus não apoia desonestidade por parte dos seus servos, mas ele observa como o mundo está melhor servido por seus servos, do que Cristo pelos dele. As metas são totalmente opostas, mas os mundanos são mais diligentes em cuidar de seus corpos do que os cristãos em cuidar das suas almas. Esta comparação é bem interessante e edificante.

Previsão

Este administrador desonesto refletiu bem em como seria o futuro depois de perder o emprego atual. Pessoas do mundo sempre planejam o futuro valendo-se de seguros, investimentos, escola, previsões do mercado, etc. Será que os cristãos estão igualmente atentos ao futuro? Vamos perder nossa posição nesta vida e precisamos nos preparar bem para o futuro. O problema que cristãos enfrentam, às vezes, é visão curta. Pensamos demais no imediato, mas é imperativo que usemos as oportunidades atuais para conseguir amigos depois desta vida. Não nos deixemos ficar distraídos pelas preocupações e interesses de hoje, mas focalizemos sempre no lar eterno que almejamos.

Realismo

O administrador infiel percebeu a seriedade da sua situação. Ele não chorou, nem se lamentou, mas encarou as realidades e começou a se preparar. Nós, às vezes, queixamo-nos da dificuldade dos mandamentos do Senhor e das frustrações com nossas situações, mas precisamos enfrentar os fatos de modo corajoso e decisivo. Não temos como mudar os fatos. Quer gostemos, quer não, vamos lidar com a verdade dos eventos vindouros. O mundo celestial não tem lugar para chorões.

Prontidão

Este servo agiu na hora. Ele foi bem decisivo aproveitando o pouco tempo que restava sem demorar para nada. Ele utilizou as oportunidades que estavam na mão para preparar casas futuras. Nosso problema muitas vezes é que adiamos demais as coisas que devemos fazer. Sempre temos boas intenções e pretendemos mudar um dia, mas esse dia nunca chega. Este supervisor entendeu que logo perderia seu emprego e por isso não demorou nenhum minuto. Se soubéssemos com certeza que nossa vida findaria daqui a um ano, mudaríamos alguma coisa? De fato, Cristo é capaz de voltar em menos de um ano, ou poderíamos morrer antes disso. Se estivermos pretendendo fazer mudanças um dia, esse dia chegou; mudemos agora.

Zelo

Este administrador chamou não alguns, mas todos os devedores do seu senhor. Ele queria garantir bem seu futuro. No mundo, as pessoas trabalham sem cansaço para ganhar mais dinheiro ou posições mais altas. Elas sempre querem ganhar mais um real, e nunca pensam que têm o bastante. Do mesmo modo atletas se esforçam ao máximo em perseguir suas metas. Eles nunca decidem que não querem ganhar mais campeonatos. Devemos nos esforçar mais ainda, visto que nossa meta é bem mais importante e atraente. É chocante observar que os mundanos se esforçam mais para ganhar o mundo do que os discípulos para ganhar o céu. Que lástima! É insensato perseguir as metas cristãs pelo meio termo.




glos.sá.rio
sm (lat glossariu) 1 Livro ou vocabulário em que se dá a explicação de palavras obscuras ou desusadas. 2 Dicionário de termos técnicos de uma arte ou ciência.3 Resenha alfabética.

Desonestidade
de.so.nes.ti.da.de
sf (desonesto+dade) 1 Falta de honestidade. 2 Impudicícia, obscenidade. 3Ação ou palavra que ofende a moral.


Oportunismo
 o.por.tu.nis.mo
sm (oportuno+ismo) 1 Polít Tendência a sacrificar os princípios, para transigir com as circunstâncias e acomodar-se a elas. 2 Habilidade em procurar ocasiões oportunas para bons lances, em certos jogos esportivos.


Cinismo
 ci.nis.mo
sm (gr kynismós) 1 Sistema filosófico dos cínicos. 2 Descaramento, desfaçatez, desvergonha, impudência. Antôns (acepção 2): candura, reserva, pudor.


Ou
 ou
conj (lat aut) 1 Une palavras ou orações que exprimem ideias alternadas: Ou vai, ou fica sem dinheiro. 2 Nas interrogações exprime um estado de hesitação ou incerteza: Deverei prestar exame, ou não? 3 Conjunção explicativa: equivalente a de outra maneira, isto é, por outra forma ou modo: Edificar, ou construir, uma casa.


Charlatanismo
 char.la.ta.nis.mo
sm (charlatão+ismo) 1 Charlatanaria, impostura. 2 Dir Crime que consiste em inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível.


Mesmo
mes.mo
adj e pron (lat vulg *met ipsimu) 1 Não outro, o próprio. 2 Exatamente igual.3 Análogo, parecido, semelhante. 4 Que não apresenta mudança; não alterado, invariável. sm 1 A mesma coisa: Conosco aconteceu o mesmo. 2 Aquilo que não importa ou que é indiferente: Chova ou faça sol, para mim é o mesmo. 3Indivíduo que não apresenta mudança no caráter ou na aparência: Estás sempre o mesmo. 4 Ligando duas orações com o verbo ser, significa simultaneidade: "Era o mesmo ver a um destes e entrar logo em sanha" (Gonçalves Dias, ap Laudelino Freire). adv 1 Exatamente, justamente: Partiu mesmo neste instante. 2 Ainda, até: Mesmo os santos tiveram suas fraquezas. Assim mesmo: ainda assim; entretanto.

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Nenhuma palavra encontrada.


Futuro
fu.tu.ro
adj (lat futuru) 1 Que há de vir a ser. 2 Que está para ser ou acontecer. sm 1O que há de suceder depois do presente. 2 Gram Tempo dos verbos que designa uma ação que está por vir. 3 Noivo, homem que está para se casar (com referência à noiva). 4 Destino, fado. 5 Posteridade. 6 Bem-estar: Cuidar do futuro dos filhos. 7 Probabilidade ou possibilidade de progredir: Homem sem futuro. De futuro: de ora em diante. Ter futuro: ser prometedor, ter probabilidade de progresso.



Retomada
re.to.ma.da
sf 1 Ação de retomar. 2 Reconquista. 3 Reaquisição.


Mudança
mu.dan.ça
sf (mudar+ança) 1 Ação ou efeito de mudar. 2 Ação ou efeito de fazer passar ou transportar alguém ou alguma coisa de um lugar para outro. 3 Os móveis que se mudam. 4 Variação das coisas de um estado para outro. 5 Modificação ou alteração de sentimentos ou atitudes. 6 Alteração, modificação, variação. 7Substituição. 8 Mec O mesmo que câmbio de velocidade. sf pl LingTransformações que se verificaram numa língua ao longo do tempo e constituem a sua história. M. de estado: passagem de uma substância de um estado físico (sólido, líquido, gasoso) a outro. M. de velocidade: a) o mesmo que câmbio de velocidade; b) alteração da velocidade mediante o câmbio de velocidade.


Palavras, Plural
pa.la.vra 
sf (gr parabolé, pelo lat) 1 Conjunto de sons articulados, de uma ou mais sílabas, com uma significação. Considerada em seu aspecto material, tem por sinônimo vocábulo; quanto à significação, termo. Col: dicionário, elucidário, léxico, vocabulário (dispostas ordenadamente e explicadas). 2 Vocábulo representado graficamente. 3 Frase ou grupo de palavras. 4 Faculdade de expressar as ideias por meio da voz. 5 Afirmação, asserto, doutrina. 6 Permissão de falar: Sr. Presidente, peço a palavra! 7 Discurso, oração. 8 Promessa verbal: Ele me deu a palavra de que viria. O capitão ficou preso sob palavra. 9 Promessas vagas (no plural): Isso são palavras! Palavra! (interj):afirmação enfática. P. ativa, Inform: palavra, num texto exibido na tela, que ativa alguma função quando o cursor se move sobre ela, ou quando é selecionada. Geralmente é mostrada em cores diferentes, e usada para definir palavras complexas ou ligar um texto a outro. P. cabeluda: obscenidade. P.-chave: a) palavra que resume o significado global de um texto no qual aparece; b) palavra que serve para identificação em um índice. Pl: palavras-chaves epalavras-chave. P. composta, Gram: a formada pela união de dois ou mais elementos. P. de Deus: a Bíblia, as Sagradas Escrituras e as pregações que se fazem para explicá-las. P. de honra! (interj): protesto verbal com que se garante o cumprimento de uma promessa ou a veracidade de alguma coisa. P. de passe: na maçonaria, espécie de ordem que o neófito recebe à entrada do templo antes do início dos trabalhos e que deve transmitir ao ouvido do irmão vigilante. P. de rei: promessa de cujo cumprimento se tem certeza; afirmação incontestável. P. derivada, Gram: a que é formada de outra, que lhe serve de raiz: pedreira (de pedra). P. divina: V palavra de Deus. P. expletiva, Gram: a que, empregada para dar energia, força ou graça à expressão, pode ser suprimida sem que se altere o sentido da frase. P. híbrida, Gram: a formada por elementos provindos de diferentes línguas; por exemplo, sociologia (sócio,do latim, e logia, do grego). P. interrogativa, Gram: a que na oração indica haver interrogação. P. invariável, Gram: a que não admite flexão de gênero, número, grau, modo, tempo ou pessoa. P. primitiva: a que serve de raiz e da qual outra ou muitas outras se derivam: pedra (pedraria, pedreiro, Pedroetc.). P. secreta: na maçonaria, palavra que se impõe aos adeptos e que é enunciada letra por letra; o que é interrogado dá a primeira letra, o que interroga, a segunda, e assim por diante. P. simples, Gram: aquela em cuja formação entra somente um vocábulo. P. variável, Gram: a que exige flexão de acordo com sua relação gramatical: gênero, número, grau, tempo e modo.Cortar a palavra: impedir que continue a falar. Dar a palavra: permitir que fale (presidente de uma assembleia). De palavra: a) puramente verbal; b) que cumpre o que promete. Medir as palavras: tomar cuidado no que diz, falar com prudência e circunspecção. Não dizer palavra: guardar silêncio. Não ter senão uma palavra: ser constante no que ajustou, combinou ou prometeu, haja o que houver. Pedir a palavra: solicitar permissão para falar numa assembleia. Pesar as palavras: o mesmo que medir as palavras. Ter palavra: cumprir o que promete. Ter a palavra: a) frase com que o presidente de uma assembleia declara que chegou a vez de alguém falar; b) convite para alguém tratar de um assunto. Ter a palavra de: haver recebido o compromisso de. Tirar a palavra da boca de alguém: antecipar-se a manifestar o que esta pessoa ia dizer. Usar da palavra: falar numa reunião depois de lhe ter sido dada a palavra pelo presidente.






«Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem corroem e onde ladrões não minam nem roubam: Para onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também. Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.» (Mateus 6:19-24)

sábado, 27 de fevereiro de 2016

...do crime.

Teoria, Prática e Comunicação Social...


Direito Penal - Teoria do Crime - Professora Roberta Cordeiro

Publicado em 21 de out de 2013
Canal do Estúdio Aulas!! O Melhor Preparatório Online para Concursos Públicos do Brasil!!!
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Bandido debocha de prisão e diz que honestidade não leva a lugar nenhum

Publicado em 5 de fev de 2015
O Jornal da Alterosa desta quinta-feira começou com uma cena que, infelizmente, está se tornando corriqueira em nosso país. Criminosos zombam da Justiça, riem de quem é honesto e tiram onda, mesmo algemados e presos. Dois deles, um jovem de 18 anos e um adolescente de 14, foram perseguidos pela PM e detidos com armas e drogas dentro do banheiro de uma igreja em Contagem, na Grande BH. Observe o que falou um dos bandidos!
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Homem canta na delegacia após ser preso com carro roubado 13-01-2014

Publicado em 13 de jan de 2014
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HITLER E O TRIPLEX DE LULA !

Não é nada contra as mulheres. É só a Dilma.

Publicado em 1 de fev de 2016
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17/02/2016 12h07 - Atualizado em 17/02/2016 13h35
Para promotor, decisão do CNMP 'prejudica trâmite da investigação'.
Liminar suspendeu depoimentos de Lula e Marisa sobre triplex.
Márcio PinhoDo G1 São Paulo






23/2/2016 às 14h47 (Atualizado em 23/2/2016 às 16h31)
Maioria dos conselheiros decidiu manter promotor Celso Conserino como relator







POR BEATRIZ BULLA, DE BRASÍLIA, FAUSTO MACEDO E MATEUS COUTINHO
23/02/2016






quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

De Mulher Pra Mulher...

De Mulher Para Mulher (com Romana)

Ágata

De mulher pra mulher...

Sem segredo nenhum...
Fala-me desse amor,
que me deu esta dor,
que a tiveste também tu...

de mulher pra mulher...
tenho pena de ti...
só te posso dizer,
não ha nada a fazer,
se ele te fez o mesmo que a mim...

{refrão}
ai diz-me,
se ele também te jurava,
não havia mais ninguém,
se ele também te falava para sempre querer-te bem,
se ele também te agradava com mil formas de prazer...
E tu diz-me,
se ele também te mentia,
e promessas não cumpriu,
sem mais nem menos um dia,
da tua vida sumiu,
deixando uma gota fria na fogueira do teu ser...
Ai diz-me,
essas lágrimas que choras,
são iguais as que eu chorei,
se o odeias, se o adoras,
diz-me que eu também não sei...

de mulher pra mulher...

de mulher pra mulher...
e de igual para igual...
diz se estás como eu estou,
entre o ódio e o amor,
entre querer-lhe bem ou querer mal...

de mulher pra mulher...
estou assim como vez...
nada nos vai valer,
só nos resta a viver,
com a ferida que ele nos fez...

{refrão}
ai diz me,
se ele também te jurava,
não havia mais ninguém,
se ele te falava para sempre querer-te bem,
se ele também te agradava com mil formas de prazer...
e tu diz-me,
se ele também te mentia,
e promessas não cumpriu,
sem mais nem menos um dia,
da tua vida sumiu,
deixando uma gota fria na fogueira do teu ser...
ai diz-me,
essas lágrimas que choras,
são iguais as que eu chorei,
se o odeias, se o adoras,
diz-me que eu também não sei...

de mulher pra mulher... (repete refrão 2X)

de mulher pra mulher... (3X)









publicado em 05 de janeiro de 2011 às 13:39

por  Hildegard Angel*, no R7, via Pastorador, sugestão do leitor Rios

Foram oito anos de bombardeio intenso, tiroteio de deboches, ofensas de todo jeito, ridicularia, referências mordazes, críticas cruéis, calúnias até. E sem o conforto das contrapartidas. Jamais foi chamada de “a Cara” por ninguém, nem teve a imprensa internacional a lhe tecer elogios, muito menos admiradores políticos e partidários fizeram sua defesa. À “companheira” número 1 da República, muito osso, afagos poucos.

Dirão os de sempre, e as mordomias? As facilidades? O vidão? E eu rebaterei: E o fim da privacidade? A imprensa sempre de olho, botando lente de aumento pra encontrar defeito? E as hostilidades públicas? E as desfeitas? E a maneira desrespeitosa com que foi constantemente tratada, sem a menor cerimônia, por grande parte da mídia? Arremedando-a, desfeiteando-a, diminuindo-a? E as frequentes provas de desconfiança, daqui e dali? E – pior de tudo – os boatos infundados e maldosos, com o fim exclusivo e único de desagregar o casal, a família?

Ah, meus queridos, Marisa Letícia Lula da Silva precisou ter coragem e estômago para suportar esses oito anos de maledicências e ataques. E ela teve. Começaram criticando-a por estar sempre ao lado do marido nas solenidades. Como se acompanhar o parceiro não fosse o papel tradicional da mulher mãe de família em nossa sociedade.

Depois, implicaram com o silêncio dela, a “mudez”, a maneira quieta de ser. Na verdade, uma prova mais do que evidente de sua sabedoria. Falar o quê, quando, todos sabem, primeira-dama não é cargo, não é emprego, não é profissão?

Ah, mas tudo que “eles” queriam era ver dona Marisa Letícia se atrapalhar com as palavras para, mais uma vez, com aquela crueldade venenosa que lhes é peculiar, compará-la à antecessora, Ruth Cardoso, com seu colar pomposo de doutorados e mestrados.

Agora, me digam, quantas mulheres neste grande e pujante país podem se vangloriar de ter um doutorado? Assim como, por outro lado, não são tantas as mulheres no Brasil que conseguem manter em harmonia uma família discreta e reservada, como tem Marisa Letícia.

E não são também em grande número aquelas que contam, durante e depois de tantos anos de casamento, com o respeito implícito e explícito do marido, as boas ausências sempre feitas por Luís Inácio Lula da Silva a ela, o carinho frequentemente manifestado por ele. E isso não é um mérito? Não é um exemplo bom? Passemos agora às desfeitas ao que, no entanto, eu considero o mérito mais relevante de nossa ex-primeira-dama: a brasilidade.

Foi um apedrejamento sem trégua, quando Marisa Letícia, ao lado do marido presidente, decidiu abrir a Granja do Torto para as festas juninas. A mais singela de nossas festas populares, aquela com Brasil nas veias, celebrando os santos de nossas preferências, nossa culinária, os jogos e brincadeiras. Prestigiando o povo brasileiro no que tem de melhor: a simplicidade sábia dos Jecas Tatus, a convivência fraterna, o riso solto, a ingenuidade bonita da vida rural. Fizeram chacota por Lula colar bandeirinhas com dona Marisa, como se a cumplicidade do casal lhes causasse desconforto.

Imprensa colonizada e tola, metida a chique. Fazem lembrar “emergentes” metidos a sebo que jamais poderiam entender a beleza de um pau de sebo “arrodeado” de fitinhas coloridas. Jornalistas mais criteriosos saberiam que a devoção de Marisa pelo Santo Antônio, levado pelo presidente em estandarte nas procissões, não é aprendida, nem inventada. É legitimidade pura. Filha de um Antônio (Antônio João Casa), de família de agricultores italianos imigrantes, lombardos lá de Bérgamo, Marisa até os cinco de idade viveu num sítio com os dez irmãos, onde o avô paterno, Giovanni Casa, devotíssimo, construiu uma capela de Santo Antônio. Até hoje ela existe, está lá pra quem quiser conferir, no bairro que leva o nome da família de Marisa, Bairro dos Casa, onde antes foi o sítio de suas raízes, na periferia de São Bernardo do Campo. Os Casa, de Marisa Letícia, meus amores, foram tão imigrantes quanto os Matarazzo e outros tantos, que ajudaram a construir o Brasil.

Outro traço brasileiro dela, que acho lindo, é o prestígio às cores nacionais, sempre reverenciadas em suas roupas no Dia da Pátria. Obras de costureiros nossos, nomes brasileiros, sem os abstracionismos fashion de quem gosta de copiar a moda estrangeira. Eram os coletes de crochê, os bordados artesanais, as rendas nossas de cada dia. Isso sim é ser chique, o resto é conversa fiada.

No poder, ao lado do marido, ela claramente se empenhou em fazer bonito nas viagens, nas visitas oficiais, nas cerimônias protocolares. Qualquer olhar atento percebe que, a partir do momento em que se vestir bem passou a ser uma preocupação, Marisa Letícia evoluiu a cada dia, refinou-se, depurou o gosto, dando um olé geral em sua última aparição como primeira-dama do Brasil, na cerimônia de sábado passado, no Palácio do Planalto, quando, desculpem-me as demais, era seguramente a presença feminina mais elegante. Evoluiu no corte do cabelo, no penteado, na maquiagem e, até, nos tão criticados reparos estéticos, que a fizeram mais jovem e bonita.

Atire a primeira pedra a mulher que, em posição de grande visibilidade, não fez uma plástica, não deu uma puxadinha leve, não aplicou uma injeçãozinha básica de botox, mesmo que light, ou não recorreu aos cremes noturnos. Ora essa, façam-me o favor! Cobraram de Marisa Letícia um “trabalho social nacional”, um projeto amplo nos moldes do Comunidade Solidária de Ruth Cardoso. Pura malícia de quem queria vê-la cair na armadilha e se enrascar numa das mais difíceis, delicadas e técnicas esferas de atuação: a área social.

Inteligente, Marisa Letícia dedicou-se ao que ela sempre melhor soube fazer: ser esteio do marido, ser seu regaço, seu sossego. Escutá-lo e, se necessário, opinar. Transmitir-lhe confiança e firmeza. E isso, segundo declarações dadas por ele, ela sempre fez. Foi quem saiu às ruas em passeata, mobilizando centenas de mulheres, quando os maridos delas, sindicalistas, estavam na prisão. Foi quem costurou a primeira bandeira do PT. E, corajosa, arriscou a pele, franqueando sua casa às reuniões dos metalúrgicos, quando a ditadura proibiu os sindicatos. Foi companheira, foi amiga e leal ao marido o tempo todo.

Foi amável e cordial com todos que dela se aproximaram. Não há um único relato de episódio de arrogância ou desfeita feita por ela a alguém, como primeira-dama do país. A dona de casa que cuida do jardim, planta horta, se preocupa com a dieta do maridão e protege a família formou e forma, com Lula, um verdadeiro casal. Daqueles que, infelizmente, cada vez mais escasseiam. Este é o meu reconhecimento ao papel muito bem desempenhado por Marisa Letícia Lula da Silva nesses oito anos.

Tivesse dito tudo isso antes, eu seria chamada de bajuladora. Esperei-a deixar o poder para lhe fazer a Justiça que merece.

*Hidegard Angel é colunista social no Rio de Janeiro, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do ex-militante político Stuart Angel Jones; trabalhou como atriz no cinema e na televisão na década de 1970, dedicou-se ao colunismo social no jornal O Globo e desde 2003 no Jornal do Brasil.




PODER




Marisa Letícia: carente Créditos: Léo Pinheiro / Futura Press / AE

​Com Lula na Itália, dona Marisa Letícia pediu para Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo, passar o feriado com ela e os filhos no sítio da família localizado em Atibaia, perto de São Paulo. Marinho não só aceitou o convite para fazer companhia a mulher do seu compadre de longa data como levou a tiracolo o seu secretário municipal Tarcísio Secoli, provável candidato a sua sucessão no ano que vem.




RUTH DE AQUINO - 01/12/2012 00h33 - Atualizado em 01/12/2012 00h33


RUTH DE AQUINO



RUTH DE AQUINO é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)

Quando Rosemary saiu das sombras de seu chefe direto, Lula, e ficou mais famosa do que vilã de novela, ao ser demitida por Dilma, a fofoca correu o Brasil: “Sabia que ela era amante de Lula?”. Um amigo me dizia saber de fonte segura e insuspeita, do Palácio. Outro comentava apenas que era óbvio: “Eles viajavam juntos para todo lado, ela era uma secretária com superpoderes e com passaporte diplomático”.

O assunto começou a me dar asco. Creio que muitas mulheres já se viram em situação parecida. Foi promovida? É porque deu para o chefe. Viajaram juntos, foram para o mesmo hotel? É claro que transaram.

Inicialmente, nenhuma reportagem deixou claro que os dois teriam uma relação amorosa ou sexual. Mas todos os eufemismos foram usados. Rose é “amiga íntima” de Lula. Dona Marisa Letícia “não gosta de Rose”. Rose chama Lula de “tio”. Lula chama Rose de “Rosa”. Pedidos de Rosa para ajeitar a vida da filha e do ex-marido eram como ordens. Rose “rodou o mundo” com Lula. A Polícia Federal “gravou 122 ligações pessoais entre Rose e Lula”.

Não me interessa saber se o PR – sigla usada por Rosemary para tratar do então presidente em e-mails – e sua ex-chefe de gabinete em São Paulo trocavam carinhos. Se havia um caso consensual entre dois adultos, isso interessa apenas à ex-primeira-dama. A julgar pela ausência de Dona Marisa em evento do Calendário Pirelli, no Rio de Janeiro, onde Lula se aboletou sobre o decote de Sophia Loren, ele não escapará da CPI doméstica.

O importante para todos nós é que Rosemary, falastrona, não só pedia favores pessoais em nome de Lula. Para obter o que queria, ela se identificava como sua “namorada”. Se for verdade, e ela usou o sexo ou o amor como trampolim para defender interesses privados, isso é imoral, ilegal, irregular. Mulheres assim prestam um desserviço à categoria. E Lula, até que ponto ele permitiu que sua intimidade contaminasse suas decisões como líder político? Não é imoral apaixonar-se. Mas um presidente não pode misturar vida privada e pública, sob pena de, nas suas próprias palavras, “ser apunhalado pelas costas”. Dilma não gostou.


Até que ponto Lula deixou
sua intimidade contaminar
o Poder e, agora, acuar
o governo Dilma?

A imprensa sempre protegeu a vida particular de Fernando Henrique Cardoso e nunca fuçou suas aventuras ou romances extraconjugais. Era tabu falar de filhos de FHC fora do casamento, por ser um assunto estritamente privado. O adultério do senador Renan Calheiros só veio à tona porque havia uma empreiteira no meio do amorzinho com Mônica Veloso, a mineira que escancarou na Playboy os bens materiais de Renan.

Esquecendo o lado picante – já que Rose não é nenhuma Mônica Veloso e nem com plástica seria convidada a posar nua –, os maiores estragos morais vêm do abominável “pequeno poder” de nossa República. Instalado por um governo queprometia ética, ética, ética. As revelações diárias da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, sobre as tramoias dos personagens envolvidos com o escritório da Presidência da República em São Paulo chocam, de certa maneira, até mais que o mensalão, um escândalo da alta política.

A Porto Seguro mostra a teia da baixa política. Um dos fios podres é a desmoralização de agências reguladoras. Com a indicação de Rose e a cumplicidade do senador “incomum” José Sarney, o Congresso aprovou raposas para regular os galinheiros. Foi o caso de Paulo Vieira, cuja incompetência técnica para dirigir a Agência Nacional de Águas (ANA) tinha sido atestada por especialistas.

Paulo chamou alguém do mesmo sangue, Rubens, para dirigir a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os irmãos Vieira são acusados de coordenar um esquema de pareceres irregulares que favorecem amigos, senadores e parentes. Diplomas falsos, avaliações de faculdades no MEC, cargos apadrinhados em autarquias do governo, construções de portos e mansões particulares em ilhas de cabras e bagres. Violando regras e procedimentos. Rose e Paulo, amigos há dez anos, planejavam abrir um curso de inglês em São José dos Campos, Red Balloon (ou Balão Vermelho). É uma história muito brega, se não fosse perigosa.

Lula agora precisa explicar direitinho quem o apunhalou. Nunca antes na história um presidente foi tão traído. Duvido que fale antes da viagem de duas semanas que fará, a partir desta sexta-feira, para Paris, Berlim, Doha e Barcelona.

Há outra pergunta que não sai da minha cabeça. Qual foi o motivo da demissão fulminante de Rose?

1) um ato de coragem e retidão de Dilma por não compactuar com a corrupção?

2) um ato de irritação com uma personagem de cujo caráter Dilma suspeitava havia anos, tendo alertado Lula em vão?

3) uma manobra para evitar que Rose deponha no Congresso (governistas se opõem a sua convocação alegando que ela já foi demitida)?

Se a afobada Rose diz que não fez nada “imoral, ilegal ou irregular”, vamos dar a ela a chance de se defender. Não?





Fazendo artes (duplo sentido) com fotos e fotos:













Vinicius de Moraes




Tantas você fez que ela cansou
Porque você, rapaz
Abusou da regra três
Onde menos vale mais

Da primeira vez ela chorou
Mas resolveu ficar
É que os momentos felizes
Tinham deixado raízes no seu penar
Depois perdeu a esperança
Porque o perdão também cansa de perdoar

Tem sempre o dia em que a casa cai
Pois vai curtir seu deserto, vai.
Mas deixe a lâmpada acesa
Se algum dia a tristeza quiser entrar
E uma bebida por perto
Porque você pode estar certo que vai chorar




Vinicius de Moraes







Composição: Vinicius de Moraes · Esse não é o compositor?
Legendado por Bianca


De tudo, ao meu amor serei atento antes
E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure






-"O canto da mais difícil
E mais misteriosa das deusas
Do candomblé baiano
Aquela que sabe tudo
Sobre as ervas
Sobre a alquimia do amor"

Deaaá! Deeerê! Deaaá!

O homem que diz "dou"
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz "vou"
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz "sou"
Não é!
Porque quem é mesmo "é"
Não sou!
O homem que diz "tou"
Não tá
Porque ninguém tá
Quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha
Traidor!
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor...

Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!...

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor...

Amigo sinhô
Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha
Não vá!
Que muito vai se arrepender
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer...

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!...

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor...

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!...(2x)
Composição: Baden Powell / Vinícius de Moraes ·