quarta-feira, 29 de novembro de 2017

“Inapta” ou “Inepta”, a defesa de Lula?

MS incurial e aluado...

Defesa minguada e inapta

Mandado denegado

Bens de Lula seguem bloqueados


Além de condená-lo a 9 anos e 6 meses

Sentença de Moro havia bloqueado seus bens


Operação Lava Jato: levantamento do bloqueio de bens do ex-presidente Lula deve ser requerido em primeira instância, decide TRF4

28/11/2017 09:59:20

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve o bloqueio de R$ 16 milhões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinado pela 13ª Vara Federal de Curitiba na sentença condenatória do caso do apartamento triplex. A 8ª Turma, por unanimidade, negou seguimento ao mandado de segurança impetrado pela defesa de Lula. Os desembargadores decidiram que o levantamento do bloqueio deve ser requerido em primeira instância. A sessão de julgamento ocorreu hoje (28/11) pela manhã.
O mandado de segurança (MS) foi ajuizado pelo advogado Cristiano Zanin Martins em julho deste ano. O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Operação Lava Jato no tribunal, negou seguimento ao MS. Segundo Gebran, o instrumento processual correto para o pedido de levantamento de constrição de bens é o incidente de restituição de coisas apreendidas e não o mandado de segurança.
O desembargador frisou ainda que a apreciação do pedido pelo tribunal seria uma supressão de instância e que a questão deveria ser submetida antes ao Juízo de primeiro grau. “É imprescindível o exame inicial pela autoridade judiciária que determinou a medida”, ressaltou Gebran em sua decisão liminar.
A defesa ajuizou então agravo regimental em mandado de segurança tentando assegurar o julgamento do pedido pela 8ª Turma, o que ocorreu hoje. Entretanto, por unanimidade, foi mantida a decisão de Gebran.

5039007-66.2017.4.04.0000/TRF



LAVA JATO
TRF4 MANTÉM BLOQUEIO DE R$16 MILHÕES DE LULA NO CASO DO TRIPLEX
JUÍZES NÃO REVOGAM BLOQUEIO NAS CONTAS DE LULA, O MILIONÁRIO
Publicado: 28 de novembro de 2017 às 11:24 - Atualizado às 09:44


SÉRGIO MORO BLOQUEOU BENS DE LULA AO CONDENÁ-LO A 9 ANOS E 6 MESES NA LAVA JATO (FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR)

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre, negou nesta terça-feira, 28, recurso da defesa do ex-presidente Lula para que fosse revertida a decisão do juiz Sérgio Moro que determinou, em julho, um bloqueio de R$ 16 milhões em bens do petista, ao condená-lo a nove anos e meio de prisão no caso do apartamento tríplex no Guarujá (SP), investigado na Operação Lava Jato.
O recurso usado pela defesa do ex-presidente foi o agravo regimental, com objetivo de garantir o julgamento do mandado de segurança. Porém, a 8ª Turma do TRF4 decidiu, por unanimidade, não dar sequência a essa análise. No entendimento dos desembargadores federais na segunda instância, o levantamento do bloqueio de bens deve ser requerido em primeira instância, em Curitiba.
Segundo o desembargador relator João Pedro Gebran Neto, relator do caso no TRF4, o instrumento processual correto para o pedido de levantamento de bens é o "incidente de restituição de coisas apreendidas" e não o "mandado de segurança". Gebran Neto já havia rejeitado anteriormente o pedido de levantamento do bloqueio. Logo em seguida, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, entrou com um agravo para que a questão fosse julgada pela Oitava Turma do TRF4, o que ocorreu nesta terça-feira.
Entre os recursos, além de imóveis e carros, constam R$ 606,7 mil em contas bancárias e mais de R$ 9 milhões em planos de previdência.
No pedido feito ao TRF4, o advogado de Lula, Cristiano Zanin, disse que o bloqueio é ilegal e que a suspensão deve ser anulada para garantir a subsistência do ex-presidente. “O próprio juiz [Moro], ao julgar embargos de declaração opostos contra a sentença pela defesa de Lula, reconheceu que nenhum valor proveniente de contratos da Petrobras foram dirigidos ao ex-presidente”, escreveu o defensor.



INSTRUMENTO INCORRETO
MS não serve para desbloquear bens, diz TRF-4 ao negar pedido de Lula

28 de novembro de 2017, 11h45
Não é possível o levantamento de bloqueio de bens por mandado de segurança. De acordo com a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o instrumento processual correto para o pedido de levantamento de constrição de bens é o incidente de restituição de coisas apreendidas.




TRF-4 manteve bloqueio de bens do ex-presidente Lula no valor de R$ 16 milhões.
Reprodução


Esse foi o entendimento aplicado pelo colegiado nesta terça-feira (28/11) ao manter o bloqueio de R$ 16 milhões em bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinado pela 13ª Vara Federal de Curitiba na sentença condenatória do caso do apartamento triplex.
Seguindo o voto do desembargador Gebran Neto, relator, o colegiado concluiu também que o pedido não poderia ter sido feito diretamente ao TRF, pois a análise pela corte configuraria uma supressão de instância. “É imprescindível o exame inicial pela autoridade judiciária que determinou a medida”, ressaltou Gebran.
O mandado de segurança foi ajuizado pelo advogado Cristiano Zanin Martins em julho deste ano alegando que o bloqueio era nulo e ilegal. No MS, a defesa de Lula afirma que há três ilegalidades na decisão de Moro: ilegitimidade do Ministério Público Federal para solicitar medida cautelar destinada a assegurar o pagamento de futuro e eventual dano em favor da Petrobras; impossibilidade de sequestro de bens que têm origem lícita e que foram adquiridos por Lula antes dos fatos afirmados pela acusação; e inexistência de qualquer fato concreto que demonstre risco de dilapidação patrimonial e justifique a necessidade de medida cautelar.
Ao determinar o bloqueio de bens de Lula, Moro afirmou que a medida é necessária para reparação de danos à Petrobras. A medida foi tomada no processo em que o petista foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, em primeira instância, no caso do tríplex em Guarujá (SP).
Lula foi condenado no dia 12 de julho por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter ganhado um apartamento da construtora OAS. O valor do dano causado pelo ex-presidente, segundo Moro, foi de 3% sobre o valor do contrato da empreiteira com a Petrobras para construção das usinas Conpar e RNest, o que resulta em R$ 16 milhões. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.
5039007-66.2017.4.04.0000



• INAPTO, INEPTO
"- Apesar do treino intensivo proporcionado pela empresa, Paulinho foi considerado inapto para exercer as funções de digitador.

- Políticos ineptos não são uma raridade, infelizmente.

Inapto quer dizer “não apto, incapaz, inabilitado”. Inepto, além de “sem nenhuma aptidão”, tem ainda o significado de “bobo, tolo, idiota”. Portanto, ser chamado de inepto pode ser realmente ofensivo. Os substantivos respectivos são: inaptidão e inépcia." 

Tira-dúvidas de vocabulário



“Convém não confundir. Inapto é o que demonstra falta de habilidade, falta de condições para realizar algum trabalho. Existem motoristas inaptos, artesãos inaptos, professores inaptos, mas dificilmente existirão diplomatas inaptos. Subst, corresp.: inaptidão. Inepto é o que se mostra mentalmente sem capacidade, é o estúpido, o idiota. Políticos ineptos não podem aspirar à presidência da República. Subst.corresp.: ineptidão, inépcia.“ (Dicionário de Dúvidas, Dificuldades e Curiosidades da Língua Portuguesa, Editora Harbra, 1ª ed., 2005, p. 22)
David Fares



Referências

https://www2.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=noticia_visualizar&id_noticia=13337
http://www.diariodopoder.com.br/style/images/images/Lulatenso-foto%20Marcelo%20Camargo.jpg
http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=92356922680
https://www.conjur.com.br/img/b/lula3.jpeg
https://www.conjur.com.br/2017-nov-28/ms-nao-serve-desbloquear-bens-trf-negar-pedido-lula
http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=visualiza_dica&id_noticia=5765

http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2518297

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Morada de Gatunos

Mormente

"O pensamento já não é a consciência social da práxis, do pensar para transformar, para emancipar, para estar junto com os outros. O pensamento pobre sobre ricos e pobres em vez do pensamento rico sobre pobres e ricos, sobre as contradições que nos dividem e nos afundam." José de Souza Martins

De antigamente a modernamente
De então a recentemente
De anteriormente a presentemente
De antes a hoje
De dantes a hodiernamente
De antanho a ultimamente

Atualmente, contemporaneamente.


Vista do Morro da Favella (Morro da Providência)

“Na Favella – Trecho inédito do Rio – A morada dos gatunos e desordeiros”, publicada em maio de 1903 na Gazeta de Notícias:
Neste morro da Providência moram os mais terríveis malandros do mundo, com mulheres tremendas e assassinatos semanais.
─ Isso é literário demais!
─ Literário? Olha, se gostas dos romances do visconde Ponson ou do visconde Montepio, tens campo vasto para examinar de perto uma sociedade como a inventada por eles.
─ Muitas mortes?
─ Semanalmente.
─ Pois então subo.
Subimos o morro por um íngreme caminho bordado de águas empoçadas por onde vão negras maltrapilhas, moleques desnudos, tipos suspeitos de lenço ao pescoço. É impossível imaginar que ali, no centro da cidade, habite gente tão estranha e com uma vida tão própria. A proporção que vamos caminhando vamos admirando as habitações daqueles estranhos moradores, desde o sopé da montanha as casas são todas feitas de bambu entrelaçado com barro tendo por teto pedaços de folhas-de-flandres. (NA FAVELLA, 1903)


sexta-feira, 24 de novembro de 2017
José de Souza Martins: Pensamento pobre
- Valor Econômico / Eu &Fim de Semana

Em comparação com minha época de estudante, as pessoas de hoje são muito mais informadas do que eram as daquele tempo. Mas não são menos ignorantes. Sabem muito, mas imprópria e provisoriamente. Sabedoria que chega ao interessado com uma clicada no celular ou no computador para ser esquecida em 20 minutos. Ficam resíduos que vão constituir a nova cultura popular dos cheios de certeza sobre todos os assuntos. Mas, uma coisa é ficar sabendo, outra, muito diferente, é saber. Por isso, somos hoje mais enganados do que éramos há meio século.

No geral, sabem acertar no acaso dos testes de múltipla escolha, mas não sabem explicar a construção da pergunta nem a razão da resposta. Quem, como eu, é professor universitário, sabe que há diferenças de competência entre os alunos que ingressaram nas grandes universidades em 1960 e os que estão nelas ingressando em 2017. No peneiramento dos talentos, que ocorre ao longo do curso universitário, apenas uma parte dos ingressantes tem as características próprias do que Karl Mannheim define como intelectual. Felizmente, ainda são muitos que as têm porque é muito maior do que no passado o número dos que chegam à universidade, embora sobrem proporcionalmente em menor número.

O maior e mais fácil acesso a fontes de informação difundiu uma cultura padronizada, privada de componentes críticos e de raciocínio próprio de gente que até sabe responder as perguntas, mas que não sabe desconstruí-las, decifrar-lhes as conexões de sentido, entender-lhes a lógica interna. Perguntas são apenas causas de respostas, já não propriamente desafios de interpretação. As hierarquias, no âmbito do conhecimento, foram substituídas pelas equivalências e seus signos. Tudo parece equivalente, o que enche esses novos sábios do cotidiano de certezas definitivas e absolutas. Os saberes são medidos pelo mesmo metro, por mais diferentes que sejam entre si.

Na era do almoço por quilo não há a menor diferença entre filé-mignon e repolho. Não há, também, a menor diferença entre o saber de um engenheiro que teve formação científica e um engenheiro que teve apenas formação técnica. Não há diferença entre um médico que ausculta, apalpa e diagnostica e um médico capaz de fazer um diagnóstico cientificamente explicativo, com base em pesquisa científica. Não há diferença entre o economista capaz de fazer cortes e ajustes na economia que afeta a todos e o economista capaz de propor políticas econômicas baseadas em diagnósticos fundamentados, mas também em avaliações científicas das consequências sociais das medidas que propõe. Não há diferença entre o economista que faz estudos e análises com base na premissa do primado da produtividade e o que é capaz de pensar a economia com base na função da produtividade no bem-estar social.

Embora haja muitas exceções, no geral as pessoas aprendem a repetir, mas não aprendem a pensar. Tenho notado, nas reações ao que escrevo e ao que colegas e conhecidos escrevem ou ao que dizemos em palestras e conferências, especialmente para pessoas de educação média, em diferentes lugares do Brasil, questionamentos chapados, de matriz ideológica, em alguns casos informados por orientações padronizadas de igrejas, em outros por orientações padronizadas de partidos, grupos de interesse partidário ou grupos ideológicos.

Questionamentos baseados em simplificações padronizadoras. Todo negro descende de escravos, o que não é verdade. Todo pardo é negro, ainda que negro de mestiçagem, o que é menos verdade ainda. Todo operário é pobre, o que não corresponde ao fato de que um número extenso de operários tem salários maiores do que muita gente da classe média.

A consciência social crítica dissolveu-se na pseudocrítica da recusa, da intolerância, do ódio. Uma cultura da vingança se disseminou. O pressuposto da resistência está em toda parte. Tudo se tornou, supostamente, resistência. A resistência como sinônimo de ser contra e não como sinônimo de ser crítico, isto é, de ser capaz de desvendar os aspectos ocultos e invisíveis de todos os campos sobre os quais pode incidir a pesquisa científica.

Nas ciências humanas isso é particularmente complicado. A pessoa comum não tem como compreender na superfície do visível causas e fatores profundos e ocultos dos acontecimentos sociais. Luta contra porque acha que sabe. Opõe-se ao conhecimento científico porque este esvazia criticamente o conhecimento ideológico.

O pensamento já não é a consciência social da práxis, do pensar para transformar, para emancipar, para estar junto com os outros. O pensamento pobre sobre ricos e pobres em vez do pensamento rico sobre pobres e ricos, sobre as contradições que nos dividem e nos afundam.
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José de Souza Martins é sociólogo. Membro da Academia Paulista de Letras. Entre outros livros, autor de “Fronteira - A Degradação do Outro nos Confins do Humano” (Contexto).
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/11/jose-de-souza-martins-pensamento-pobre.html



 
A morada dos gatunos e desordeiros João do Rio
 – Se tens coragem, vai lá acima. Eu fico. Muito cuidadinho com a pele. Adeus! Essas palavras prudentes nos dizia um prudente cavalheiro, vendo passar as locomotivas, bem no sopé do Morro da Providência. A povoação ali é toda outra, uma porção de trabalhadores, de vagabundos por entre nuvens de poeira, cosendo-se às casas sórdidas e mal alinhadas. Faz um sol forte, um sol que parece mais quente derramado assim naquela poeira, naquelas pedras, naquela gente.
 – Mas vem cá, homem, escuta. É impossível ir lá acima sem uma informação.
 – Ora, os jornais têm dado, a polícia sabe. Neste Morro da Providência moram os mais terríveis malandros do mundo, com mulheres tremendas e assassinatos semanais.
 – Isso é literário demais!
 – Literário? Olha, só gostas dos romances do visconde Ponson ou do visconde Montepin, tens campo vasto para examinar de perto uma sociedade como a inventada por eles.
 – Muitas mortes?
 – Semanalmente.
 – Pois então subo.
 – Bom proveito.
Subimos o morro, por um íngreme caminho bordado de águas empoçadas, por onde vão negras maltrapilhas, moleques desnudos, tipos suspeitos, de lenço no pescoço. É impossível imaginar que ali, no centro da cidade, habite gente tão estranha e com uma vida tão própria.
À proporção que caminhamos, vamos admirando as habitações daqueles estranhos moradores. Desde o sopé da montanha as casas são todas feitas de bambu entrelaçado com barro, tendo por teto pedaços de folha de flandres seguros com pedras, são baiucas, são pocilgas, são indescritíveis. A maior parte não tem metro e meio de altura e consta apenas de quatro estacas formando um quadrilátero com o chão por soalho. Aí se acumulam famílias numerosas, crianças nuas, com o ventre enorme, mulheres amarelas e duvidosas quase despidas. As febres grassam em todo o morro. Não são só essas espécies de casas, lôbregas, sem luz, causa das moléstias. Ladeando o caminho grandes poças de águas estagnadas exalam um terrível mau cheiro. Ouvem-se a todo momento gritos, pragas, aparecem caras coléricas às portas, cachorros uivam.


De vez em quando, as baiucas vergonhosas desaparecem e o caminho é como uma garganta, entre as rochas. Encontramos um tipo alto, a carregar água, que se põe a tremer quando nos vê.
 – Que faz você?
 – Estou carregando água pra casa, sim senhor.
 – Casa construída por você mesmo?
 – Não, senhor, pago aluguel, tenho senhorio.
 – Senhorio por isso! no centro das cidades baiucas destas!
 – O morro divide-se em quatro partes. Cada uma tem o seu administrador. O lugar em que eu moro é sossegado. Só há rolo em família, os homens que batem nas mulheres.
 – E os capoeiras?
Ele olha para os lados receoso.
 – O senhor vá por ali.
Subimos mais, até encontrar um dos administradores dessa interessante vida, e ele, então, prestativo, leva-nos a todos os lados do morro informando-nos.
O morro da Providência sempre foi um lugar célebre de capoeiragem e assassinatos. Outrora, no lugar onde hoje existe o Cruzeiro, mandado fazer pela Santa Casa, bem no pico da montanha, é que se davam as lições de capoeiragem. Chamavam o china seco e a polícia monárquica nunca pôde acabar com o centro de horror.
Depois da Guerra de Canudos, os mais ousados facínoras voltaram a habitar o píncaro do morro denominado Favela, porque no reduto não há polícia que não seja derrotada.
Há no sítio entre as pardas amasiadas, as negras velhas parteiras e curandeiras, duas mulheres da vida virada. Essas criaturas são a causa dos maiores conflitos do morro. Aos domingos sobem a montanha praças de linha, fuzileiros navais, e é certo o rolo. Quem nos conta isso tem a cabeça partida em dous lugares. O crime entre esses criminosos neles apareceu com as mulheres. As pândegas começam com violão e acabam com a navalha.
 – Mas a polícia, que faz a polícia?
A polícia resolveu um interessante meio de acabar com tais cenas: fazer os facínoras "prestar serviços ao delegado", como dizem. Essa ingênua ideia deu em resultado serem aproveitados os valentões da pior espécie, que se tornaram terríveis e são agora os diretores dos conflitos. Falamos nesta ocasião com quatro, o Estêvão, com a cara cortada de gilvazes, o Pedro, o Septe, o João Paraguay.
Todos estão arrogantes, falam malfado às pessoas, espalhando as mãos, com um desbocado falar.
Prestam serviços ao delegado!
São célebres as mortes no beco do Melão, e lá em cima no china seco. Quando alguma esforçada autoridade manda dar um cerco, precipitam-se todos na mata e, como diz um da tropa, começa o tiro. Essas criaturas, entretanto, julgam-se superiores porque têm casa. Todos a que falamos respondem, apontando as fétidas baiucas.
 – Temos a nossa casa!
Descemos, já informados dessa infâmia em pleno centro da cidade, dessa grave lesão aos cofres e às leis da municipalidade, na construção dos horríveis casebres, quando o guia nos pergunta.
 – Quer ir à farsa?
Esse lugar, para o qual se desce por escarpas terríveis, é uma gruta que toma um grande ângulo do morro, e dá frente para a pedreira.
Aí vivem gatunos, assassinos, perseguidos pela polícia, vagabundos perigosos, que atracam à noite os trabalhadores e sustentam-se de aves roubadas, de burros e cabras que apanham a jeito.
 – V. Sa. dá licença, mas não é bom ir lá sem gente.
 – Por quê?
 – Porque recebem a tiro.
Deixamos o informante e descemos.
A gruta é profundíssima e escura. Quando lhe chegamos à boca, um grito soa e reboa em prolongado eco.
 – Olá! Que quer você? E salta um homem nu da cintura para cima, estrábico.  Não há nada mais fácil do que a mentira calma para sustar a raiva desses impulsivos.
Quando o homem chega junto a nós, perguntamos muito tranquilos pelo primeiro nome do assassino que nos vem à cabeça.
 – Não está! É servicinho?
 –  É.
 – Às ordens de V. Sa.
– Vocês estão aqui bem? O tremendo homem abre a dentuça num riso satisfeito.
 – É o que há!
Perguntamos se há muita gente na gruta. Àquela hora só ele e mais um pungista, com medo da Entre-Rios. De noite há sempre mais de vinte.
 – E vocês passam aqui dias?
 – Até meses. Já aqui deu à luz uma mulher e, quando se foi, a filha tinha meio ano!
E põe-se a falar, a contar falcatruas, a evidenciar sua destreza, como um burrantim que quer ser aceito. Fartos já dessa infâmia, perguntamos-lhe para concluir:
 – Como se chama
 – José Escapado.
 – Escapado?
 – Ah! isso é cá na nossa língua. Escapado porque nunca foi preso...
É ele ainda quem nos acompanha à volta, quem a troco de qualquer cousa nos ergue para trepar o atalho. 
Nós saímos da Favela perfeitamente assombrados. As cenas que secamente narramos são a expressão da verdade e relembram as mais furibundas páginas do rodapé-romance.
É possível que ali, à boca da Rua da América, no centro da cidade, as casas sejam de barro e folha de flandres, construídas por proprietários que delas retiram grossas rendas sem o mínimo escrúpulo? Será crível que, a dous passos da Rua do Ouvidor, haja uma Favela, reduto inexpugnável de desordeiros conhecidos e de gatunos temíveis?
Pois há, e, o que é mais, com alguns dos mais valentes prestando serviços à polícia.
Cá embaixo encontramos o amigo prudente.
 – Vivo?
 – Inteirinho.
 – Foste feliz, homem. Para compensar a graça celeste conta esse passeio no teu jornal.


 – Vocês estão aqui bem?
O tremendo homem abre a dentuça num riso satisfeito.
 – É o que há!
Perguntamos se há muita gente na gruta. Àquela hora só ele e mais um pungista, com medo da Entre-Rios. De noite há sempre mais de vinte.
 – E vocês passam aqui dias?
 – Até meses. Já aqui deu à luz uma mulher e, quando se foi, a filha tinha meio ano!
E põe-se a falar, a contar falcatruas, a evidenciar sua destreza, como um burrantim que quer ser aceito. Fartos já dessa infâmia, perguntamos-lhe para concluir:
 – Como se chama
 – José Escapado.
 – Escapado?
 – Ah! isso é cá na nossa língua. Escapado porque nunca foi preso...
É ele ainda quem nos acompanha à volta, quem a troco de qualquer cousa nos ergue para trepar o atalho. 
Nós saímos da Favela perfeitamente assombrados. As cenas que secamente narramos são a expressão da verdade e relembram as mais furibundas páginas do rodapé-romance.
É possível que ali, à boca da Rua da América, no centro da cidade, as casas sejam de barro e folha de flandres, construídas por proprietários que delas retiram grossas rendas sem o mínimo escrúpulo? Será crível que, a dous passos da Rua do Ouvidor, haja uma Favela, reduto inexpugnável de desordeiros conhecidos e de gatunos temíveis?
Pois há, e, o que é mais, com alguns dos mais valentes prestando serviços à polícia.
Cá embaixo encontramos o amigo prudente.
 – Vivo?
 – Inteirinho.
 – Foste feliz, homem. Para compensar a graça celeste conta esse passeio no teu jornal.
Terá o público a pálida notícia desses assombros, o ilustre Prefeito naturalmente providenciará para mandar demolir essas vergonhas de baiucas, causa de mortes e de vergonhas nossas, e é bem possível que, falando um diário de tantos gatunos e de tantos capoeiras, fique despeitado o delegado com a coragem, e a polícia tome providências...





Referências

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/6c/1d/cd/6c1dcd73d2ce21f6473eca9045f9608c.jpg
file:///D:/Usu%C3%A1rio/Pictures/26910-115127-1-PB.pdf
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/11/jose-de-souza-martins-pensamento-pobre.html

https://pt.scribd.com/document/357621615/A-Morada-Dos-Gatunos-e-Desordeiros

sábado, 25 de novembro de 2017

Casa Canadá

De manequim a top model

“Etimologia de "Manequim"
Nos últimos anos, tornou-se mais comum o nome de Modelo para a profissão de homens e mulheres que desfilam mostrando novos desenhos de roupa, porém durante muito tempo empregou-se a palavra Manequim, hoje reservada mais para os bonecos usados para expor a roupa da moda nas vitrines das lojas.

Esta palavra originou-se no neerlandês manneken, diminutivo de man, homem, e foi usada, no princípio, para denominar os bonecos de madeira que os pintores e escultores usavam como modelos, até que o empresário francês Charles Fréderic Worh (1825 – 1895), proprietário da casa de alta costura Worth, decidiu em 1858, utilizar aqueles bonecos para mostrar seus modelos à clientela, onde o nome original holandês foi adaptado para mannequin.
Worth, como outros empresários do seu ramo, não tardou em perceber que esta função seria muito melhor cumprida com manequins vivos e inaugurou assim uma profissão que, inicialmente, levou o nome do boneco holandês e que chegou ao Português como manequim.”



top model ‹tòp mòdl› locuz. ingl. (propr. «modella di vertice»; pl. top models ‹... mòdl∫›), usata in ital. al femm. e, talvolta, al masch. – Modella, fotomodella o indossatrice di grande successo e quindi molto richiesta da agenzie pubblicitarie, stilisti di moda e grandi sartorie. La locuz. può ...




As musas da Casa Canadá, berço do glamour carioca nos anos 50 e 60


A manequim Adalgisa Colombo em pose na Casa Canadá||Créditos: Reprodução Revista “Manchete” abril, 1966


Adalgisa Colombo, Miss Universo Brasil de 1958



Concentração do high society carioca nas décadas de 1950 e 1960, a Casa Canadá era um dos locais preferidos para locomotivas gastarem fortunas em modelitos. Os desfiles eram feitos por manequins que marcaram época, frequentaram os grandes salões, figuraram em colunas sociais e até mesmo arrumaram um “bom partido”
Por Renato Fernandes para revista Joyce Pascowitch



BRUNO ASTUTO
Morre Humberto Saade, descobridor de Luiza Brunet, aos 78 anos

O empresário da moda foi fundador da Dijon
11/07/2017 - 11h26 - Atualizado 11/07/2017 14h28



Humberto Saade e a musa Luiza Brunet num ensaio da Dijon nos anos 1980 (Foto: Reprodução)

Morreu na madrugada desta terça-feira (11) o empresário da moda Humberto Saade, aos 78 anos. Fundador da grife de jeans Dijon nos anos 1960, ele foi responsável por descobrir algumas das mais importantes modelos dos anos 1980, como Luiza Brunet, Monique Evans e Vanessa de Oliveira. 





DILSON STEIN NEW MODELS

Gisele Bündchen


Nascimento
20/07/1980

Nacionalidade
Brasileira

Altura
1.80 cm

Olhos
Azuis

BIOGRAFIA
Gisele Caroline Bündchen é a maior top model brasileira.  Há cinco anos é considerada a modelo mais bem paga do mundo, aparecendo no Guiness Book como a modelo mais rica do mundo.

Descendente de alemães, a übermodel nasceu na região noroeste do Rio Grande do Sul, e é filha de Valdir e Vânia Bündchen. Tem cinco irmãs, Raquel, Graziela, Gabriela, Rafaela e Patrícia, sua irmã gêmea. Quando adolescente tinha o sonho de ser jogadora de vôlei, e até cogitou entrar para o time da Sogipa.

Gisele foi descoberta por Dilson Stein em um curso de modelos realizado em Horizontina/RS no ano de 1994. Inicialmente ela trabalhou para a agência de modelos Elite, e após passou a ser representada pela IGM New York.

Ela Fez anúncios e fotografias para vários estúdios de moda, incluindo Valentino, Zara, Bulgari, Tommy Hilfiger, Chloe, Céline, Versace, Christian Dior, Michael Kors, Ralph Lauren, Victoria’s Secret e Dolce & Gabbana. Também estampou as capas de revistas como Allure, Marie Claire, Vogue, Harper´s Bazzar, Arena e Rolling Stone.

Sua figura curvilínea fez com que a Vogue se referisse a seu trabalho como o “retorno da modelo sexy”, já que ela parece ter marcado o fim de uma tendência de modelos muito magras, como Kate Moss.

Atualmente ela é garota propaganda da Colcci, Roberto Cavalli, Hope e Grendene. Há quase dez anos é considerada a maior top model do mundo, e também a mais bem paga.

Em janeiro de 2007 a revista Forbes divulgou uma lista com as 20 pessoas mais ricas da indústria do entretenimento, e Gisele Bündchen foi a única brasileira incluída.

O trabalho de Gisele vai além do mundo da moda. Ela também fez participações em filmes. Em 2004 atuou no filme “Taxi” e em 2006 em “O Diabo veste Prada”. Ela também foi VJ da MTV em 1996, apresentando o programa “Al Dente”.

FOTOS





Kendall Jenner supera Gisele e é agora a modelo mais bem paga do mundo
Top de 22 anos tirou posto que a brasileira ocupava há quinze anos
por O Globo
21/11/2017 17:35 / Atualizado 21/11/2017 19:20


Kendall Jenner: aos 22 anos, ela acaba de destronar Gisele Bündchen como modelo mais bem paga do mundo - Regis Duvignau / Reuters

A moda tem uma nova rainha: pelo menos, no que diz respeito à conta bancária. Segundo a "Forbes", Kendall Jenner é a modelo mais bem paga do mundo. A americana de 22 anos roubou a coroa ocupada pela brasileira Gisele Bündchen por 15 anos consecutivos, desde 2002.
Segundo a publicação, em 2017 a irmã de Kim Kardashian faturou US$ 22 milhões, contra os US$ 17,5 milhões adquiridos por Gisele. Para chegar a este número, Kendall conta com o poder de 85 milhões de seguidores no Instagram, que lhe levaram a fechar contratos com marcas como Estée Lauder, La Perla e Adidas, entre outras.
Além disso, Kendall ainda fatura com suas aparições no reality show da família, "Keeping up with the Kardashians", e com uma marca de roupas em parceria com sua irmã caçula, Kylie Jenner.




Descobridor de Gisele Bündchen vem a Curitiba
Dilson Stein promove Seleção de Modelos na capital paranaense
11/04/10 às 19:07 Redação Bem Paraná

"A equipe de Dilson Stein, o descobridor de modelos como Gisele Bündchen, Alessandra Ambrósio, Luize Altenhofen e Caroline Trentini, chega a Curitiba para a “Seleção de Modelos com a equipe de  Dilson Stein, edição 2010”. Entre os dias 17 e 19 de abril acontecem as inscrições para a primeira etapa das seleções, no Radisson Hotel. Os interessados na carreira de modelo, fashion ou comercial, e que sejam jovens de 08 a 25 anos, deverão apresentar a ficha de inscrição preenchida, que será entregue nas datas a cima, e levar 5kg de arroz, das 11h às 20h. A oportunidade é para meninos e meninas. O projeto tem como parceiro em Curitiba o Rotary Internacional, que receberá toda a arrecadação das seletivas."




Referências
https://consultoriolinguistico.blogspot.com.br/2011/02/etimologia-de-manequim.html
http://www.treccani.it/vocabolario/ricerca/top-model/
https://static.glamurama.uol.com.br/2015/08/nota3_Adalgisa_reproducao-revista-Manchete-abril-1966.jpg
https://glamurama.uol.com.br/as-musas-da-casa-canada-berco-do-glamour-carioca-nos-anos-50-e-60/
http://s2.glbimg.com/xpL0ItnZpVM3WtTXcBYWeRRyBvw=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2017/07/11/humberto_saad_EHZ1FQj.jpg
http://f.i.uol.com.br/fotografia/2016/10/17/645193-635x420-1.png
http://epoca.globo.com/sociedade/bruno-astuto/noticia/2017/07/morre-humberto-saade-descobridor-de-luiza-brunet-aos-76-anos.html
http://www.dilsonstein.com.br/detalhe_modelo_destaque_top.php?cod=2&id=3
https://ogimg.infoglobo.com.br/in/22094390-78c-420/FT1086A/420/x67817251_70th-Cannes-Film-FestivalScreening-of-the-film-the-film-120-battements-par-minute-120-Be.jpg.pagespeed.ic.JvOYTV8QwW.jpg
https://oglobo.globo.com/ela/gente/kendall-jenner-supera-gisele-e-agora-modelo-mais-bem-paga-do-mundo-22094289

http://www.bemparana.com.br/noticia/141007/descobridor-de-gisele-buendchen-vem-a-curitiba

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Caixa d’água X Voto

Em cima ou encima?


“Mas se tem político tem interesse e se tem interesse tem festa e comício." Vó Ana

“Vamos trabalhar para ter nosso futuro prefeito comprometido com o Morro da Providência. Nossa escola vai brilhar e nossa gente vai deixar de subir o morro com lata na cabeça.” Dr. Gusmão

“Dr. Edgar – Estou entendendo por que o senhor pediu para a água ser instalada nesse largo. A gente podia por uma bomba e colocar uma caixa lá no alto. Por que o senhor disse que não?
Dr. Gusmão – Se eles passam a ter água lá em cima eles se dividem. Se cada barraco tiver sua água eles vão parar de conversar entre si e vão arrumar briga. Aí complica...”
(JLR/161 – 14/09/2017 – 11h40min) Favela Iluminada




Vereador

Vereador manda retirar caixa d'água depois de perder eleições em Itaporanga
23/11/2017

http://g1.globo.com/pb/paraiba/jpb-1edicao/videos/v/vereador-manda-retirar-caixa-dagua-depois-de-perder-eleicoes-em-itaporanga/6309605/

Governador


Discurso do governador Ricardo Coutinho na inauguração da transposição



Ex-presidente


Discurso do LULA na comemoração de transposição do rio São Francisco, em Monteiro/PB.


Império

Senado do Império estudou transposição do Rio São Francisco
   
Ricardo Westin | 05/06/2017, 10h59 - ATUALIZADO EM 05/06/2017, 19h22



Encima ou em cima?


Em cima ou encima, qual expressão devo usar?

Por muitas vezes ficamos em dúvida sobre a grafia correta das seguintes palavras: “encima” e “em cima”. Qual é a correta ou qual devo usar?
A palavra “encima” vem do verbo “encimar” conjugado ou na terceira pessoa do singular do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Tem significado de “colocar em cima de”, “coroar”, “algo situado acima de”, “elevar”. Observe:
1. O slogan criado encima toda a campanha.
2. O gerente foi encimado diretor do departamento financeiro.
Já a expressão “em cima” é um advérbio ou preposição e significa “na parte mais elevada”, “na parte superior”, “sobre”, e é antônimo de “embaixo”. Veja:
1. Esse livro estava em cima da cômoda ou embaixo?
2. Pode colocar em cima da mesa, por favor.
Curiosidade: Por que embaixo se escreve junto e em cima separado? Isso ocorre por uma questão de fonética e também de ortografia. Os fonemas bilabiais “m” e “b” se adaptam facilmente na língua portuguesa, além de ser admitida a união entre eles. Agora, no caso de “em cima” seria necessária a troca do “m” pelo “n”, o que não é aceito ortograficamente, contudo, é muito comum encontrarmos “encima”.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras



 Resta ao povo o choro


Os mais belos choros de todos os tempos

Referências


Disponível em <http://g1.globo.com/pb/paraiba/jpb-1edicao/videos/v/vereador-manda-retirar-caixa-dagua-depois-de-perder-eleicoes-em-itaporanga/6309605/>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

Disponível em <https://youtu.be/-kKuHhXFpGA>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

Disponível em <https://youtu.be/G3V6y42-q0Q>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

Disponível em <https://youtu.be/G3V6y42-q0Q>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

Disponível em <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/06/05/senado-do-imperio-estudou-transposicao-do-rio-sao-francisco/arquivoS_01.jpg/@@images/image/imagem_materia
>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

Disponível em <https://youtu.be/G3V6y42-q0Q
>. Acesso em 24 de novembro de 2017.
Disponível em <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/06/05/senado-do-imperio-estudou-transposicao-do-rio-sao-francisco/arquivoS_01.jpg/@@images/image/imagem_materia
>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

Disponível em <http://s1.static.brasilescola.uol.com.br/artigos/44ddb457d48655673101037b2452ef0a.jpg?i=http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/44ddb457d48655673101037b2452ef0a.jpg&w=600&h=350&c=FFFFFF&t=1
>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

Disponível em <https://youtu.be/5-7ZM-0DH70
>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

VILARINHO, Sabrina. "Encima ou em cima? "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/encima-ou-cima.htm>. Acesso em 24 de novembro de 2017.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Travessia Viva

Travessia
Milton Nascimento
 

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver



Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento

TRAVESSIA - 1967 "Quando você foi embora Fez-se noite em meu viver Forte eu sou mas não tem jeito, Hoje eu tenho que chorar Minha casa não é minha, E nem é meu este lugar Estou só e não resisto, Muito tenho prá falar Solto a voz nas estradas, Já não quero parar Meu caminho é de pedra, Como posso sonhar Sonho feito de brisa, Vento vem terminar Vou fechar o meu pranto, Vou querer me matar Vou seguindo pela vida Me esquecendo de você Eu não quero mais a morte, Tenho muito que viver Vou querer amar de novo E se não der não vou sofrer Já não sonho, hoje faço Com meu braço o meu viver Solto a voz nas estradas, Já não quero parar Meu caminho é de pedra, Como posso sonhar Sonho feito de brisa, Vento vem terminar Vou fechar o meu pranto, Vou querer me matar Vou seguindo pela vida Me esquecendo de você Eu não quero mais a morte, Tenho muito que viver Vou querer amar de novo E se não der não vou sofrer Já não sonho, hoje faço Com meu braço o meu viver."



Travessia
Milton Nascimento
Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver