Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
FERNANDA ADENTRA MAJESTOSA
Com ela, adentram luminosos personagens que marcaram gerações, passado, presente e futuro”, declarou o Presidente da ABL, Acadêmico Marco Lucchesi. Saiba mais ...
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ABL elege a atriz Fernanda Montenegro para a Cadeira 17, na sucessão do Acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco
“Fernanda Montenegro é um dos grandes ícones da cultura brasileira. Intelectual engajada e sensível leitora do real. Sua presença enriquece os laços profundos da Academia com as artes cênicas. Com ela, adentram luminosos personagens que marcaram gerações, passado, presente e futuro”, declarou o Presidente da ABL, Acadêmico Marco Lucchesi.
Saiba mais
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O Globo
Fernanda Montenegro é candidata única a cadeira da ABL e deve ser eleita imortal - Jornal O Globo
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ABL elege a atriz Fernanda Montenegro para a Cadeira 17, na sucessão do Acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco
A Academia Brasileira de Letras elegeu, no dia 4 de novembro, a nova ocupante da Cadeira 17, na sucessão do Acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, falecido no dia 15 de março de 2020. A vencedora foi a atriz Fernanda Montenegro, que recebeu 32 votos. Os ocupantes anteriores da cadeira 17 foram: Sílvio Romero (fundador) – que escolheu como patrono Hipólito da Costa –, Osório Duque-Estrada, Roquette-Pinto, Álvaro Lins e Antonio Houaiss.
“Fernanda Montenegro é um dos grandes ícones da cultura brasileira. Intelectual engajada e sensível leitora do real. Sua presença enriquece os laços profundos da Academia com as artes cênicas. Com ela, adentram luminosos personagens que marcaram gerações, passado, presente e futuro”, declarou o Presidente da ABL, Acadêmico Marco Lucchesi.
A Acadêmica Eleita
Fernanda Montenegro nasceu em 16 de outubro de 1929, no bairro do Campinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Pisou em um palco, pela primeira vez, aos oito anos de idade para participar de uma peça na igreja. Mas sua estreia oficial no teatro ocorreu em dezembro de 1950, ao lado do marido Fernando Torres, no espetáculo 3.200 Metros de Altitude, de Julian Luchaire.
Na Tupi, participou, por dois anos, de cerca de 80 peças, exibidas nos programas Retrospectiva do Teatro Universal e Retrospectiva do Teatro Brasileiro. Ganhou o prêmio de Atriz Revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, em 1952, por seu trabalho em Está Lá Fora um Inspetor, de J.B. Priestley, e Loucuras do Imperador, de Paulo Magalhães. Mudou-se para São Paulo em 1954, onde fez parte da Companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Com o marido, formou sua própria companhia, o Teatro dos Sete – acompanhada também de Sergio Britto, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli e Alfredo Souto de Almeida. A estreia da Companhia fez sucesso: O Mambembe (1959), de Artur Azevedo, atraiu centenas de espectadores ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1963, estreou na TV Rio, com as novelas Amor Não é Amor e A Morta sem Espelho, ambas de Nelson Rodrigues. Na recém-criada TV Globo, nesse período, fez participação na série de teleteatro 4 no Teatro (1965), dirigida por Sérgio Britto. Em 1967 também integrou o elenco da TV Excelsior: interpretou a personagem Lisa, em Redenção, de Raimundo Lopes.
Ao longo da carreira, a atriz participou também de minisséries como Riacho Doce (1990), Incidente em Antares (1994), O Auto da Compadecida (1999) e Hoje é Dia de Maria (2005). No caso da minissérie baseada na obra do Acadêmico Ariano Suassuna, Fernanda Montenegro viveu a própria Compadecida.
Em 1999, Fernanda Montenegro foi condecorada com a maior comenda que um brasileiro pode receber da Presidência da República, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito “pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras”. Na época, uma exposição realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, comemorou os 50 anos de carreira da atriz. Em 2004, aos 75 anos, recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Tribeca, em Nova York, por sua atuação em O Outro Lado da Rua, de Marcos Bernstein.
04/11/2021
FONTE: ABL
*** *** https://www.academia.org.br/noticias/abl-elege-atriz-fernanda-montenegro-para-cadeira-17-na-sucessao-do-academico-e-diplomata *** ***
BABILÔNIA tem capítulos finais com reviravolta e muita emoção !
Esta noite vai ao ar o último capítulo. Uma novela que vai deixar saudades. Com ótimas revelações e méritos muito importantes, como os diálogos, a presença de Fernanda Montenegro e Natália Thimberg, e a defesa delicada e enfática de temas como o Amor, o preconceito, a corrupção, a tolerância, a homofobia.
Assinada pelo mestre Gilberto Braga, Ricardo Linhares (seu colaborador mais assíduo) e João Ximenes Braga, Babilônia começou – como acontece com toda novela de Gilberto – com um impacto intenso logo no primeiro capítulo. Foi assim em Celebridades, Paraíso Tropical, e Insensato Coração, para citar apenas as mais recentes. Desta vez, o ‘choque’ veio com o inesperado beijo entre as personagens de Fernanda Montenegro e Natália Thimberg.
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Perceba a força que tem isto numa sociedade atrasada e moralista como a nossa: Fernanda e Natália – dois festejados ícones da nossa Dramaturgia, cujo talento e carisma ninguém discute – trocando um beijo de amor em pleno horário nobre na emissora líder de audiência do país. A cena, que deveria ter sido motivo de aplauso e loas pela maior parte do público, causou revolta, constrangimento e sérios abalos na moral provinciana.
No dia seguinte, redes sociais, blogs, colunas, e informativos de toda espécie davam conta do ‘escândalo’, que seria capaz de destruir as mais sólidas famílias brasileiras ! E logo armou-se uma abjeta campanha de destruição da obra, que já dissera ao que vinha em seu capítulo de estreia. E os moralistas de plantão, os retrógrados de todas as correntes religiosas, os falsos profetas de todas as seitas e os tradicionais ‘defensores dos bons costumes’ logo trataram de assacar toda sorte de ‘elogios’ e imputar defeitos e malefícios da telenovela, que – na visão deles – iria destruir os sólidos laços afetivos e os princípios éticos e morais da sociedade brasileira. E o circo foi armado, e não foram precisos muitos dias para a opinião pública (?) imediatamente começar a desligar a TV ou trocar de canal para procurar obra mais digna a ver.
Gilberto Braga comenta problemas de ‘Babilônia’: ‘O Brasil encaretou’
MAY 31, 2015
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Gilberto Braga em sua casa, no Arpoardor Foto: Leo Martins
Gilberto Braga em sua casa, no Arpoardor Foto: Leo Martins
RIO - Um dos principais autores de novelas do país, Gilberto Braga sabe que seu nome é uma grife e deixa claro que adora fazer sucesso. Aos 69 anos, o criador de “Dancin’ days” (1978), “Vale tudo” (1988), entre outras mais de 20 novelas e minisséries, enfrenta um momento delicado com a audiência abaixo do esperado de “Babilônia”. A trama, escrita por ele com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, provocou reações pelo excesso de maldade de alguns personagens e pelo beijo do casal formado por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, logo na estreia, em 16 de março. À vontade no escritório de sua casa, no Arpoador, no Rio, Gilberto fala pela primeira vez sobre os problemas enfrentados pela produção. Conta que as mudanças realizadas na trama elevaram os índices em todo o Brasil, menos em São Paulo, onde “Babilônia” segue com média de 25 pontos — para efeito de comparação, “I love Paraisópolis”, trama das 19h, teve média de 26 em sua primeira semana.
Quando a audiência insatisfatória da novela começou a ser uma questão?
Desde o início. Pedi para anteciparem o grupo de discussão e fizeram correndo porque a situação estava catastrófica. A audiência no Brasil inteiro era calamitosa. No Nordeste e em Goiás, por exemplo, deu 12 pontos. Aí, fizemos as correções (na trama) e deu certo no Brasil inteiro. Em Santa Catarina, passamos dos 12 pontos para 42.
Inês (Adriana Esteves) confronta Regina (Camila Pitanga) Foto: Paulo Belote / TV Globo/
Inês (Adriana Esteves) confronta Regina (Camila Pitanga) Foto: Paulo Belote / TV Globo/
O que deu errado?
Basicamente, a novela chocou por causa do beijo gay e porque tinha pouco amor e muito sexo. Mas não foi só o beijo. Foi incontável o número de pessoas com quem a Gloria Pires fez sexo. O primeiro capítulo tinha coisas chocantíssimas. Mas depois das mudanças, a audiência não subiu em São Paulo. Até agora eu sofro a humilhação pública diária de perder para a novela das 19h, “I love Paraisópolis”.
Está satisfeito com a novela após as mudanças? Como avalia “Babilônia” até agora?
Estou satisfeito com o resultado, não acho que seja ruim. Mas deu muito trabalho refazer. Está dando muito trabalho. Felizmente, gosto de tudo o que está no ar. Por que a audiência não sobe? Eu não sei.
Quais são suas apostas para a novela agora?
Uma delas é a dupla cômica, o Marcos Veras e a Juliana Alves. Isso é novo para mim. Eu nunca fiz algo assim, meio chanchada. Vou investir nesse triângulo (deles com Igor Angelkorte).
O que mais deu certo?
Beatriz (Gloria Pires) será punida no final da novela Foto: Paulo Belote / TV Globo/
Beatriz (Gloria Pires) será punida no final da novela Foto: Paulo Belote / TV Globo/
A família do Aderbal Pimenta (Marcos Palmeira), o casal jovem (Laís e Rafael, feitos por Luisa Arraes e Chay Suede), e a história das lésbicas. Não sei se estão notando, mas a Laís é a primeira heroína evangélica das novelas. Agora ela vai começar a se aproximar da Estela (Nathalia Timberg) e gradualmente vai aceitar as lésbicas.
Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves) serão vilãs até o final?
São duas vilãs e vão continuar duas vilãs. Se não for assim, não sei que história vou contar. A novela é sobre três mulheres. Duas vilãs e uma heroína.
Do que você não gosta?
Não gosto muito da trama policial. Acho meio errada e vamos acabar com isso em breve. Vimos no primeiro capítulo o assassinato. O único suspense é se vão provar a culpa da Beatriz. E é pouco. Nos próximos capítulos, alguém vai armar para a Regina (Camila Pitanga) perder a licença da barraca. Será um novo mistério.
O personagem do Marcos Pasquim seria gay. Por que essa trama foi mudada?
Para atender um pedido de um grupo de discussão de São Paulo. Elas tinham tesão pelo Pasquim e lamentaram o fato de ele ser gay na novela. Eu fiquei com pena das mulheres e botei ele para ser hetero. Mas vai entrar outro personagem para ficar com o Ivan (Marcello Melo Junior).
Vilão precisa ser punido?
No final, a Beatriz vai ser presa ou vai morrer. Recebo muitos pedidos para ela matar a Maria José (Laila Garin) e ficar com o Aderbal. Mas não vou fazer isso. Ele também será punido. A banana do Marco Aurélio (de “Vale tudo”) foi em outra época. Repeti a banana em “Insensato coração” (2011), mas o personagem foi preso. Eu não aguento mais impunidade.
Por que as pessoas não querem ver sexo na TV?
Acho que querem, mas são hipócritas. Mesmo em casas em que há mais de um aparelho de TV as pessoas gostam de ver a novela juntas. E certas coisas que o adulto aceita ele não quer ver ao lado de uma criança. Foi o caso do beijo. Nenhum adulto se choca com a Fernanda Montenegro beijando a Nathalia Timberg, mas não quer ver ao lado do filho porque não sabe como explicar.
Gilberto Braga: autor não pensa em parar de escrever novelas Foto: Leo Martins
Gilberto Braga: autor não pensa em parar de escrever novelas Foto: Leo Martins
Você tem algo dos seus personagens?
Todos estão em mim, até a Beatriz. Sou meio tarado.
Pretende parar de escrever novelas?
“Não sou prepotente de achar que tenho que escrever do meu jeito. Gosto de fazer sucesso e vou fazer as concessões que forem necessárias para o público gostar. Seria arrogante achar que sou o maioral”
Quero continuar. Não sou prepotente de achar que tenho que escrever do meu jeito. Gosto de fazer sucesso e vou fazer as concessões que forem necessárias para o público gostar. Seria arrogante achar que sou o maioral.
Mas você não pensa em aposentadoria?
Não pretendo me aposentar. Pago um condomínio muito alto. Aqui, em Paris e em Nova York.
Hoje é preciso fazer concessões para ser popular?
Nunca fui extremamente popular, sempre fui refinado, mas quero agradar a todos. Desde “Dancin’days” as minhas novelas são fortes. Poucos se deram conta, mas no capítulo 60 a heroína (Sônia Braga) virou puta quando explorou o Ubirajara (Ary Fontoura).
Como acompanha a repercussão da novela?
Não acompanho 100% o que falam nas redes sociais, mas sei que gostam da novela. O que chega a mim é positivo. Mas paulista é esquisito. Um dos meus melhores amigos é o Silvio de Abreu. Ele fez o personagem Jamanta (em “Torre de Babel”, de 1998). Odeio Jamanta e falei: “Jamanta de novo?” (quando ele voltou em “Belíssima”, de 2005). Ele disse: “É um fenômeno paulista. Fora de São Paulo ninguém suporta, mas lá é um sucesso. Por isso que eu botei”. Acho que o problema está aí. Não sei escrever para quem gosta de Jamanta. Meu universo é anti-Jamanta.
Silvio de Abreu editou capítulos recentes da novela. Qual foi a participação dele?
Eu e Silvio somos amigos, e a gente se ajuda em momentos de crise. Agora é oficial porque ele foi colocado como a pessoa que cuida das novelas. O que é ótimo. Infelizmente, na época em que entreguei a sinopse, ele não tinha esse cargo. Tenho queixa da entrega da sinopse. Ficou rolando lá pela Globo quase um ano, eu estava trabalhando com antecedência. Na sinopse tinha cafetão e garota de programa. Era forte e ninguém falou nada. Depois que a novela entrou no ar falaram: cafetão e garota de programa não pode! Tinham que ter me avisado na sinopse. Aí foi um tal de Alice (Sophie Charlotte) virar heroína...
Por que o beijo de Fernanda e Nathalia chocou tanto?
“O Brasil está mais careta, não tenho a menor dúvida. Quer a prova? Não pode ter nudez nem masculina nem feminina. Nos anos 80 tinha a bunda de um homem de fora na abertura de novela das 19h”
O beijo que eu escrevi era um selinho. Eu fiz a cena e lembro que botei selinho. Fernanda, que gosta muito da novela, sugeriu ao (diretor) Dennis Carvalho que fosse um beijo um pouco mais longo e romântico. Não chegou a ser chupão, mas ficou um beijo. Não estou dizendo que a culpa é da Fernanda porque todos nós vimos e gostamos. Então todo mundo é responsável. Ninguém viu nada demais naquele beijo.
Em “Amor à vida”, Félix e Niko se beijaram e havia uma torcida pelo casal. O que mudou de lá para cá?
Lá, o beijo não foi no primeiro capítulo. Nem eram duas estrelas históricas da TV e do teatro, né? O Silvio teve problema com lesbianismo em “Torre de Babel”, mas quando ele fez Sandrinho (personagem gay de “A próxima vítima”, de 1995) não houve problema porque pegou dois atores que não eram ídolos. Se fosse o Fábio Assunção de gay namorando o Marcos Palmeira iriam chiar.
Você fez tramas como “Vale tudo” e “Dancin’days”, avançadas para a época. O Brasil está mais conservador?
O Brasil está mais careta, não tenho a menor dúvida. Quer a prova? Não pode ter nudez nem masculina nem feminina. Nos anos 80 tinha a bunda de um homem de fora na abertura de novela das 19h (“Brega & chique”, de 1987). Hoje não poderia. Por quê? O Brasil encaretou. Por que uma bunda de homem choca? É a realidade que a gente está vivendo. Por que não pode peitinho de mulher? É tão agradável. Até eu que sou gay, gosto.
Como é escrever novela com esse panorama?
Eu não raciocino muito não. Vou na intuição e, quando erro, sou humilde. Quando faço uma coisa que não agrada tento consertar. Não estou na casa das pessoas às 21h para chocar. Não quero ser um autor maldito, quero ser um autor de sucesso. Eu sempre persegui o sucesso. Ricardo e João pensam assim também.
Como encara uma audiência abaixo do esperado?
É uma decepção muito grande. Escrevo achando que está bom e na Bahia e em Goiás dou 12 de audiência. O que é isso?
Como isso o afetou?
Eu fico deprimido. Tento juntar forças para continuar corrigindo, né? Fora que perdi o meu adiantamento, estava adiantadíssimo.
Como busca equilíbrio para enfrentar essa fase?
Tenho uma psiquiatra e quando estou deprimido converso com ela. Sou dependente de remédios, tomo muito Rivotril. Tomo remédio o tempo todo. O remédio me protege, mas tudo me atinge. Eu perdi meu pai com 17 anos e tomo remédio desde essa época. Minha mãe se matou quando eu tinha 27 anos. Tive uma vida difícil. Isso de certa forma fortalece a gente, mas nos deixa dependente de remédios.
Você teve problemas de saúde em 2011. Já está plenamente recuperado?
Não estou andando direito até agora. Fiz uma cirurgia complicada, uma correção de aneurisma na aorta, botei um stent. Podia ter morrido, mas correu tudo bem. Mas, durante a cirurgia, tive um problema de isquemia que fez eu não andar normalmente. Faço muita fisioterapia. Metade do meu dia é dedicado a isso, mas a melhora tem sido bem devagar.
Você é perseverante?
Sou. Isso é importante. E não me acho um coitadinho por isso. Poderia ter acontecido coisa pior. Eu me cuido. Devo ter aí uns dez médicos. Velho rico é assim. Eu tenho tudo, só não tenho veterinário. E não tenho mais psicanalista porque ele morreu. Mas fiz 30 anos de psicanálise.
Quais são seus maiores prazeres?
Meus maiores prazeres me são negados. Um é sexo, que está uma complicação para fazer. O outro é comer. Mas sou vaidoso, não quero ficar barrigudo e fico com fome.
Vocês jogaram fora 40 capítulos de “Babilônia”?
Agora estou fazendo uma homenagem a Manoel Carlos. Entrego, e duas semanas depois os capítulos vão ao ar. Ainda não cheguei a Manoel Carlos, quase. Minha equipe é grande, mas quem faz as escaletas é o João Ximenes, e ele não aguenta fazer mais de seis escaletas por semana. No início, ele fazia duas escaletas por semana. E a gente botou quase o final da novela já no ar.
É verdade que Adriana Esteves e Gloria Pires estão insatisfeitas com as mudanças?
Elas estão gravando demais, tive que jogar capítulos fora, e está todo mundo sacrificado. Mas o clima é amistoso.
Falaram que o Ricardo e o João brigaram. É verdade?
Invenção. Eles se dão superbem. Fico até com inveja porque eles conversam mais entre eles do que comigo. Acordo tarde, e eles passam a manhã inteira no telefone fazendo história.
De quem é a palavra final na sua equipe?
É minha, mas eles pedem que seja assim.
Como fica a trama agora depois desse adiantamento?
Agora estou improvisando. A gente se reúne aos sábados para fazer história juntos. Das paralelas ainda sobrou história, mas na espinha dorsal estamos perto do final quando, na verdade, só temos 1/3 da novela escrita.
Até que ponto a novela foi encurtada?
Não sei dizer. Acho que foi só uma semana, mas isso não me preocupa. Vai ter quantos capítulos a Globo precisar.
Você já enfrentou outras crises como essa?
Tive problemas piores. “Brilhante” foi uma catástrofe, uma novela toda errada. Ingenuidade fazer a história de um gay filho de uma mãe possessiva numa época em que era proibido tocar nesses assuntos na televisão. “O dono do mundo” teve rejeição total. Escrevi a novela toda deprimido.
O que aconteceu agora arranha seu prestígio?
Não penso nisso. Eu tenho prestígio e sempre vai ter alguma novela minha para botarem no Viva e para alimentar o meu ego. Até “O dono do mundo” está sendo reprisada.
“Babilônia” ainda pode se tornar um sucesso?
Sou um otimista. Tudo que era rejeitado foi mudado.
Você faz 70 anos em 2015. O que mais quer de presente?
Quero ganhar de “I love Paraisópolis”.
FONTE: O GLOBO
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O OUTRO LADO DA RUA
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O Outro Lado da Rua
28 de maio de 2004 No cinema / 1h 38min / Comédia dramática
Direção: Marcos Bernstein
Roteiro Marcos Bernstein, Melanie Dimantas
Elenco: Fernanda Montenegro, Raul Cortez, Laura Cardoso
SINOPSE
Não recomendado para menores de 12 anos
Em O Outro Lado da Rua, Regina (Fernanda Montenegro) é uma mulher de 65 anos de sinceridade excessiva e ironia incontida, que vive em Copacabana com sua cachorrinha vira-lata. Para esquecer a solidão e se distrair, ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Em uma noite de abandono, “fiscalizando” com seu binóculo o que acontece nos prédios do outro lado da rua, Regina presencia o que lhe parece ser um homem matando sua mulher com uma injeção letal. Ela chama a polícia, mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina resolve provar que estava certa e acaba se envolvendo com o suposto assassino.
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TRAILER
O Outro Lado da Rua Trailer Dublado2:27
O Outro Lado da Rua Trailer Dublado
PELA WEB
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1:38
YouTube
"Rosa" Pixinguinha/Otavio de Souza
Assistir
Enviado por: THAÍS MOTTA Oficial, 16 de dez. de 2016
Trechinho de "Rosa" no House Concert. Dezembro/2015Osmar Milito - PianoAugusto Mattoso - Contrabaixo Andre Fróes - Bateria
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Rosa (part. Orlando Silva e Otávio de Souza)
Pixinguinha
Ouvir "Rosa (part. Orland…"
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Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
O teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral. Oh, alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas o amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão se ouso confessar que
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus, quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar e esperar
Em conduzir-te um dia
Aos pés do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de te envolver até meu padecer
De todo fenecer
Ouvir "Rosa (part. Orland…"
Composição: Otavio De Souza / Pixinguinha.
*** *** https://www.letras.mus.br/pixinguinha/30843/ *** ***
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