sexta-feira, 12 de novembro de 2021

O 15 TAÍ

*** O cadáver da manifestação prevista para o 15 de Novembro está sendo enterrado na cova rasa das ambições de quem se opõe ao governo. ***
*** sexta-feira, 12 de novembro de 2021 Vinicius Torres Freire - Bolsonaro não tem plano para 2022 Folha de S. Paulo Presidente não tem slogan, obra ou PIB para mostrar Na Semana da Pátria Golpista, a política "das ruas" e da sociedade cada vez mais incivil apagou-se. Acabaram-se os panelaços, os manifestos, as cartas. Os últimos fiascos foram o protesto da oposição de 12 de setembro e a "nota dos empresários". O cadáver da manifestação prevista para o 15 de Novembro está sendo enterrado na cova rasa das ambições de quem se opõe ao governo. Jair Bolsonaro também suspendeu seus comícios golpistas. Em vez de "notas de repúdio", elites do poder e do dinheiro discutem se Sergio Moro vai ocupar a terceira via ou a terceira margem do rio. Na falta de promessa recente de golpe, quase todo mundo do poder foi tratar da vida, da eleição, de filiações, de esboços de alianças e do saque dos dinheiros públicos para financiar campanhas. Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, entre eles três do Supremo, disseram que Bolsonaro e turma podem ser detidos se barbarizarem a eleição, como em 2018. Tudo se passa como se agora houvesse um cordão sanitário que impedisse Bolsonaro de infectar de morte também o processo eleitoral. Bolsonaro está em uma muda incógnita. Conseguiu escapar de parte do noticiário negativo que produzia com a campanha golpista, um sucesso pragmático de seus regentes do centrão, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e de Ciro Nogueira, senador pelo Piauí e presidente licenciado do PP. Os militares saíram de fininho do cenário de desastre que ajudaram a produzir e estão mais desaparecidos do que Paulo Guedes (mas continuam com as boquinhas). No entanto, essa gente ainda não parece ter um plano claro. Bolsonaro deve entrar no PL, que seria então o novo partido da extrema direita, o nacional-mensalismo, ficando a União Brasil (PSL mais DEM) com uma das vagas da direita extrema. O vice viria do PP, mas isso não está certo, assim como não se sabe como serão as migrações de parlamentares e outros arranjos locais necessários para 2022, que podem desfalcar o time bolsonarista. O Auxílio Brasil é um pedaço de um plano eleitoreiro parco e ruim. Vai beneficiar pouco mais gente do que o Bolsa Família com uma renda nem tanto assim maior que a do auxílio emergencial. Outros 18 milhões de pessoas que recebiam o auxílio emergencial ficarão sem nada. O desgoverno constante e o chute no teto de gastos devem fazer com que 2022 seja um ano de estagnação da economia, na melhor das hipóteses. Bolsonaro-Guedes jogaram no lixo a despiora rápida do PIB. Desde a Semana da Pátria Golpista, início de setembro, até agora, a taxa de juros de um ano passou de 8,5% para cerca de 12%, um desastre para o PIB. A inflação deve correr na casa dos 10% anuais até abril, em parte graças ao dólar Bolsocaro. Mesmo que cresça menos, terá deixado um rombo enorme e duradouro nos rendimentos dos mais pobres. Bolsonaro perde menos prestígio nas pesquisas, mas dois terços do eleitorado rejeitam sua reeleição. Não tem obra para mostrar. Em 2022, não poderá mentir que é liberal ou lavajatista. No centro-sul, pelo menos dois candidatos vão tirar alguns de seus votos. Então, qual é o plano? Contar com a ajuda da elite para triturar Lula (campanha que deve começar em breve e será forte se o petista não fizer grandes arranjos)? Os centrões, o bolsonarista e outros, têm algum tempo, em tese, para escolher uma canoa. A data limite, diz a lenda política, é abril, mas as opções à vista são poucas e tão diferentes que vão exigir manobras acrobáticas difíceis até para a exímia picaretagem política brasileira (por ora, trata-se de Lula e, talvez, Moro). Bolsonaro continua sem um plano, que era o golpe. *** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/11/vinicius-torres-freire-bolsonaro-nao.html *** *** ***
*** - Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim *** O 51 CÁ TAI
*** Tô nem aí ***
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Publicado por: Daniel Neves Silva QUESTÃO 1 (IFB - adaptado) Sobre a proclamação e as primeiras décadas da República brasileira, é CORRETO afirmar que: a) A proclamação da República foi uma ruptura profunda na política institucional brasileira, o que pode ser percebido na grande movimentação popular em defesa da monarquia e contra o movimento de instalação da República em 1889. b) O movimento republicano brasileiro organizava-se desde a década de 1870 e tinha grande relevância dentro do Exército brasileiro. c) Adotando o federalismo ao estilo estadunidense, a República fortaleceu na população o sentimento de lealdade nacional. d) A Proclamação da República inspirou quase todos os movimentos populares dos primeiros anos do século XX, como o do Contestado. e) Visando o apoio da população, os líderes da República brasileira, em seu início, manipularam símbolos patrióticos e criaram uma galeria de heróis republicanos. O total êxito na promoção dos fundadores da República, como os generais Deodoro e Floriano, exemplifica esse processo de legitimação simbólica. Ver Resposta QUESTÃO 2 Em 3 de dezembro de 1870, foi publicado o jornal A República, que trazia estampado o “Manifesto republicano brasileiro”, o mesmo que daria base para a fundação de um novo partido em 17 de janeiro de 1872. Formado inicialmente por profissionais liberais ligados a setores urbanos, nomeadamente paulistas, o Partido Republicano organizou seu primeiro congresso em julho de 1873, quando foi reforçado por novos adeptos de fôlego: fazendeiros paulistas que, descontentes com o que consideravam ser uma política intervencionista do Estado, passaram a engrossar as fileiras da oposição à monarquia. SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 301. O trecho anterior demonstra o distanciamento dos cafeicultores paulistas em relação à monarquia. A insatisfação dos monarquistas com a “política intervencionista” evidencia o fortalecimento da seguinte proposta dentro das elites econômicas do Brasil: a) o federalismo b) o parlamentarismo c) a democracia d) o socialismo e) o separatismo Ver Resposta QUESTÃO 3 A Proclamação da República foi realizada no 15 de novembro como resultado da mobilização de republicanistas e dos militares contra a monarquia. Por meio de um golpe, o imperador foi derrubado e um presidente foi escolhido para governar o Brasil temporariamente. A Proclamação da República foi realizada por: a) Benjamin Constant b) Deodoro da Fonseca c) Floriano Peixoto d) José do Patrocínio e) Campos Sales Ver Resposta QUESTÃO 4 A respeito da Proclamação da República e da celebração que acontece anualmente no dia 15 de novembro, selecione a alternativa INCORRETA: a) O 15 de novembro é considerado um feriado nacional. b) No dia 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca prendeu o primeiro-ministro do Brasil, o visconde de Ouro Preto. c) A família real, que governava o Brasil desde 1822, foi expulsa do país. d) O ponto de partida da insatisfação dos militares com a monarquia foi a Guerra do Paraguai. e) Houve extensa participação popular nos eventos da Proclamação da República. Ver Resposta RESPOSTAS Questão 1 LETRA B O movimento republicano organizou-se a partir da década de 1870 com a publicação do Manifesto Republicano e com o surgimento do Partido Republicano Paulista. O movimento também teve muita adesão no Exército, grupo insatisfeito com a monarquia desde o final da Guerra do Paraguai, por considerar-se pouco valorizado. Foram as adesões de republicanos civis e dos militares que levaram aos eventos do 15 de novembro de 1889. Voltar a questão Questão 2 LETRA A O texto em questão demonstra a insatisfação dos cafeicultores paulistas com o intervencionismo do governo monárquico, isto é, com a centralização do poder no Brasil. A alternativa defendida pelas elites econômicas brasileiras era a imposição do federalismo, sistema político que daria mais autonomia aos estados e, consequentemente, garantiria uma descentralização do poder. Voltar a questão Questão 3 LETRA D A Proclamação da República foi realizada pelo vereador José do Patrocínio durante reunião que aconteceu na Câmara Municipal, no Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1889. Ele foi o responsável por anunciar o fim da monarquia e o início da República no Brasil. Voltar a questão Questão 4 LETRA E A Proclamação da República foi um evento realizado pelas elites de nosso país e que ficou marcado por não possuir envolvimento popular. Sendo assim, foi realizada de cima para baixo, e as mudanças que aconteceram no país foram impostas ao povo. Uma das passagens mais simbólicas a respeito do não envolvimento popular foi dita por Aristides Lobo, defensor do republicanismo, que afirmou que “o povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava”. Voltar a questão *** *** https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia-do-brasil/exercicios-sobre-15-novembro.htm *** *** Resumo de livro: O Quinze, de Rachel de Queiroz Postado por: John Lennon Em: Estudantes | comentário : 0 Olá, leitor(a)! Publicado em 1930, O Quinze, de Rachel de Queiroz, é um marco na carreira da autora, que está entre os maiores destaques da literatura brasileira e soube retratar de modo muito particular a vida dos retirantes do sertão nordestino. O livro narra a história, rica em detalhes, de várias famílias que enfrentam dificuldades por conta da seca e precisam constantemente viajar em busca de melhores condições de vida. Outro fato importante sobre a obra é que o enredo é baseado em um acontecimento histórico: a grande seca que assolou o Nordeste brasileiro em 1915. Por isso que o nome do livro é O Quinze, fazendo alusão a essa época. Durante esse período, a própria autora se viu obrigada a deixar sua terra natal com a família, que morava no interior do Ceará. Assim, ela colocou um pouco de si na obra e soube expressar como ninguém a sensação de ter que abandonar o lar em busca de condições melhores de vida. Além disso, muitos aspectos modernistas podem ser notados no livro, como a preocupação com causas sociais, o retrato das adversidades do Nordeste e o trabalho com a linguagem regional e popular, que inclui expressões e marcas da oralidade. Encostado a uma jurema seca, defronte ao juazeiro que a foice dos cabras ia pouco a pouco mutilando, Vicente dirigia a distribuição de rama verde ao gado. Reses magras, com grandes ossos agudos furando o couro das ancas, devoravam confiadamente os rebentões que a ponta dos terçados espalhava pelo chão. Era raro e alarmante, em março, ainda se tratar de gado. Vicente pensava sombriamente no que seria de tanta rês, se de fato não viesse o inverno. A rama já não dava nem para um mês. Imaginara retirar uma porção de gado para a serra. Mas, sabia lá? Na serra, também, o recurso falta… Também o pasto seca… Também a água dos riachos afina, afina, até se transformar num fio gotejante e transparente. Além disso, a viagem sem pasto, sem bebida certa, havia de ser um horror, morreria tudo. Uma vaca que se afastava chamou a atenção do rapaz, que deu um grito: – Eh! menino, olha a Jandaia! Tange para cá! E chamando o vaqueiro: – Você viu, compadre João, como a Jandaia tem carrapato? Até no focinho! O João Marreca olhou para o animal que todo se pontilhava de verrugas pretas, encaroçando-lhe o úbere, as pernas, o corpo inteiro: – Tem umas ainda pior… Carece é carrapaticida muito… E as reses assim fracas… Vicente lastimou-se: – Inda por cima do verãozão, diabo de tanto carrapato… Dá vontade é de deixar morrer logo! – Por falar em deixar morrer… o compadre já soube que a Dona Maroca das Aroeiras deu ordens pra, se não chover até o dia de São José, abrir as porteiras do curral? E o pessoal dela que ganhe o mundo… Não tem mais serviço pra ninguém. Resumo da obra O Quinze, Rachel de Queiroz Fonte: Reprodução A história se passa no ano de 1915, período em que uma seca catastrófica atingiu o Nordeste brasileiro. Porém, na narrativa, o pano de fundo é o interior do Ceará, mais especificamente os arredores da cidade de Quixadá, mesmo local onde a autora morou quando criança e para onde voltou já adulta. O enredo se baseia em 2 histórias paralelas que ao final se juntam: as trajetórias de Conceição e de Chico Bento e sua família. Entretanto, na primeira parte do livro, a história de Chico Bento recebe mais atenção que a de Conceição. Logo no início da narrativa, somos apresentados(as) à Conceição, uma mulher jovem, apaixonada e sonhadora, que mora em Fortaleza e é professora. A personagem aparece em vários trechos do enredo, contudo, ganha destaque mais para o final do livro. Já a história da família de retirantes se inicia quando Dona Maroca das Aroeiras, que possui um grande pedaço de terra, determina que se a chuva não viesse para amenizar a seca até 19 de março, dia de São José, ela teria que soltar todos os animais da fazenda e seus funcionários teriam que partir, pois a senhora também partiria de suas terras. Assim, é introduzida a história de Chico Bento e sua família que, devido à falta de chuva, são obrigados a enfrentar uma dura jornada pelos caminhos do sertão árido e desértico. Eles se tornam retirantes e seguem dos arredores de Quixadá para Fortaleza, capital do Ceará. A família tem que abandonar todas as coisas que possuía, incluindo a terra natal e os animais. Sua situação precária é evidenciada pela forma despreparada e inocente como Chico Bento, sua mulher, Cordulina, sua cunhada, Mocinha, seus 5 filhos e um burro se apresentam para iniciar a jornada. Após esses acontecimentos, conhecemos um pouco mais sobre Conceição e sua avó, que deixa a terra natal, Logradouro, para ir até Fortaleza em busca de melhores condições. Também é apresentado Vicente, primo de Conceição, que, mesmo tendo sido citado antes, somente agora começa a revelar sua personalidade mesquinha. Chico Bento ainda esteve uns momentos na mesma postura, ajoelhado. E antes de se erguer, chupou os dedos sujos de sangue, que lhe deixaram na boca um gosto amargo de vida. Cordulina acordou de seu letargo e voltou-se espantada para o filho, que vinha com aquelas tripas na mão. – Que é isso, menino? – É a tripa de uma criação… o papai matou, mas veio o dono tomar, e por milagre ainda deu o fato… A mãe se levantou do assento, e, trôpega ainda, tomou na mão as vísceras que sangravam: – Pois, meu filho, vá até aquela casa ver se arranja um tiquinho de água mode consertar e lavar… O pequeno bateu e pediu água. Na salinha, com a cabra morta sobre uma mesa, o homem gesticulava com fúria, contando a história à mulher; e vendo chegar o menino, voltou-se, feito uma onça: – Por aqui ainda, seu cachorro? Não tem água coisa nenhuma! já pra fora! Deviam estar na cadeia! Vamos, já pra fora! Achou pouco o que ainda dei? Mas às últimas palavras, já Pedro ia longe, assombrado, numa carreira desabalada de cachorro enxotado. Chegou junto da mãe, chorando de vergonha e de susto: – O homem botou a gente pra fora, chamando tudo quanto é nome… E num foguinho de garranchos, arranjado por Cordulina com um dos últimos fósforos que trazia no cós da saia, assaram e comeram as tripas, insossas, sujas, apenas escorridas nas mãos. O enredo se desenrola voltando para a família de Chico Bento. É aqui que muitas passagens bonitas, bem como sofridas e tristes, são narradas. Entre elas, destaca-se o momento em que Chico encontra outra família de retirantes que está passando fome e comendo carne em decomposição. Então, ele divide o pouco de comida que tinha e acaba ficando sem nada para comer no dia seguinte. Outro trecho triste ocorre quando a família de Chico descansa em um local próximo a uma fazenda. Nesse momento, para aplacar a fome, ele mata uma cabra que estava pastando. Contudo, o dono do animal aparece enfurecido para tirar satisfações. Chico conta sua história, com intenção de explicar o ocorrido e dizer que não queria roubar nem ofender, porém, mesmo assim, o dono da cabra deixa apenas as vísceras do animal para serem consumidas pela família do vaqueiro. Mais adiante, um dos filhos de Chico Bento, o Josias, come uma raiz de mandioca-brava crua, o que causa a morte do garoto. Josias é enterrado em uma cova rasa na estrada por onde caminhavam, tendo apenas direito a uma cruz torta improvisada com 2 galhos secos. Essa é uma das passagens mais tristes do livro. Logo após a morte de Josias, o filho mais velho do casal, Pedro, acaba se perdendo em um local onde eles encontram várias famílias de retirantes. O garoto se junta a outro grupo e vai embora sem que seus pais vejam. Já na capital cearense, a família de Chico Bento é encaminhada para uma espécie de assentamento para sertanejos que fugiam da seca. Eles ficam ali um bom tempo, até encontrarem Conceição, que trabalhava como voluntária nesse campo de refugiados. Só então é revelado que eles se conheciam, que Conceição e Vicente, ao visitarem certa vez as terras de uma parente, encontraram essa família humilde que os recebeu muito bem. Nesse mesmo dia, os primos batizaram o filho caçula do casal, Manuel, apelidado de Duca. Depois de um tempo no assentamento, sem a volta da chuva, Chico Bento ouve algumas histórias sobre as oportunidades de emprego em São Paulo. Então, ele decide se mudar para a capital paulista com a família. Conceição o ajuda a comprar as passagens para a viagem, contudo, por ser madrinha de Manuel, pede que o casal deixe o garoto em Fortaleza, para ser criado por ela. Mesmo não gostando muito da ideia, Chico Bento e Cordulina acabam aceitando a proposta e partem para São Paulo. Conceição percebe que, apesar de gostar de Vicente, nunca terá nada com o primo, que é uma pessoa muito diferente dela. Além disso, acaba conhecendo Marinha Garcia, que morou na região de Quixadá e possuía uma paixão antiga por Vicente. Assim, Conceição abre mão do primo e decide viver só com o afilhado. No final da história, as chuvas chegam, a vida volta ao sertão e as esperanças do povo se renovam. Muitos que estão no campo de retirantes decidem retornar para suas terras e partem novamente em uma jornada de volta. A avó de Conceição também resolve regressar para o sertão, chamando a neta para ir com ela, porém, Conceição decide ficar em Fortaleza com Duca. Lá se tinha ficado o Josias, na sua cova à beira da estrada, com uma cruz de dois paus amarrados, feita pelo pai. Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair depois no mesmo buraco, à sombra da mesma cruz. Cordulina, no entanto, queria-o vivo. Embora sofrendo, mas em pé, andando junto dela, chorando de fome, brigando com os outros… E quando reencetou a marcha pela estrada infindável, chamejante e vermelha, não cessava de passar pelos olhos a mão trêmula: – Pobre do meu bichinho! Dia a dia, com forças que iam minguando, a miséria escalavrava mais a cara sórdida, e mais fortemente os feria com a sua garra desapiedada. Só talvez por um milagre iam aguentando tanta fome, tanta sede, tanto sol. O comer era só quando Deus fosse servido. Estrutura da obra O livro é curto, com cerca de 80 páginas, e é dividido em capítulos numerados, que intercalam a história de Conceição com a de Chico Bento e sua família. Contexto histórico A obra se passa durante a grande seca de 1915, que assolou o Nordeste brasileiro. Relevância da obra O Quinze é o livro de estreia de Rachel de Queiroz, que se tornou uma das principais representantes da segunda fase do Modernismo no Brasil, ou seja, da Geração de 30. Notas sobre a autora Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, no Ceará, em 17 de novembro de 1910. Filha de Daniel de Queiroz e Clotilde Franklin de Queiroz, era parente distante, pelo lado materno, de José de Alencar, escritor do Romantismo. Poucos dias após seu nascimento, Rachel de Queiroz se mudou com a família para a cidade de Quixadá, mas, em 1917, fugindo da seca, eles foram morar no Rio de Janeiro. Esse fato marcou a vida da escritora e foi abordado no romance O Quinze, que a colocou entre os grandes nomes da literatura brasileira. Ela se formou no colégio aos 15 anos e, a partir daí, atuou como redatora em jornais do Ceará, para onde voltou. Pouco tempo depois, em 1930, com 20 anos, ela ingressou na literatura. Rachel de Queiroz recebeu diversos prêmios pela sua obra e, em 1977, foi a primeira mulher a ser aceita na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, ela também foi a primeira pessoa do sexo feminino a ganhar o Prêmio Camões de Literatura, uma das maiores honrarias literárias em língua portuguesa. Rachel de Queiroz veio a falecer poucos anos depois, em 4 de novembro de 2003, no Rio de Janeiro. *** *** https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia-do-brasil/exercicios-sobre-15-novembro.htm *** *** *** ***
*** Amazon Clamar e Agitar Sempre”. Os Radicais na Década de 1860 | Amazon.com.br *** SINOPSE Clamar e agitar sempre”: Os radicais na década de 1860 365 págs./ R$73, 90 José Murilo de Carvalho ISBN: 978-85-7475-276-1 — Experiência inédita entre nós de levar o debate político para um espaço público novo, além da tribuna parlament ar e da imprensa, as conferências radi­cais – pronunciadas em teatros da Corte, de São Paulo e do Recife – são o principal ob­jeto deste ensaio. O que se pretende demonstrar é que a década de 1860 pode ter sido a mais fértil de todo o Segundo Reinado em termos de pensamento e de debate po­lítico. Seria exagero chamá-la de roaring sixties, à semelhança dos roaring twenties do século XX, mas pode-se dizer que em nenhuma outra se discutiram tanto os grandes temas políticos, institucionais e sociais do país. No texto de apresentação, o professor Christian Lynch ressalta que o autor, “ao reunir esse precioso material até agora esquecido em velhos jornais, ou disperso em publicações de difícil acesso, presta mais uma grande contribuição para o melhor conhecimento político de um período decisivo da vida nacional”. Com vinte livros publicados, José Murilo de Carvalho, um dos mais importantes historiadores do país, é também membro de duas Academias Brasileiras: a de Letras e a de Ciências. Texto de apresentação do livro Nos últimos anos, o radicalismo que voltou ao cotidiano dos brasileiros está a justificar com urgência estudos que, ao invés de botar mais lenha na sua fogueira, busquem esclarecer suas origens e características. É o que faz José Murilo de Carvalho neste “Clamar e agitar sempre”: os radicais na década de 1860. Dono de uma obra que conjuga a excelência na articulação da ciência política com a história a um estilo acessível ao leitor culto, o autor, cujo advento na cena intelectual brasileira se deu graças ao clássico A Construção da Ordem, dedicado à formação do Estado imperial, oferece agora uma obra que esmiúça as origens da desconstrução daquela mesma ordem. Mergulhando nos meandros da década de 1860, o autor desmente a propalada irrelevncia do período ao demonstrar ter sido aquele o tempo em que a “geração Segundo Reinado” plantou as sementes do reformismo liberal que marcaria a política das décadas seguintes. O autor situa as conferências radicais nesse contexto de grande efervescência intelectual, resgatando-as do esquecimento em que se encontravam para reapresentá-las ao público. A análise cuidadosa que as acompanha destaca dois aspectos particularmente reveladores. Por um lado, ficamos inteirados do caráter inovador de que se revestiam, na medida em que, por meio das ditas conferências, os radicais buscavam ampliar os limites da esfera pública e, em suas propostas, foram mais ousados que os próprios republicanos que os sucederam. Por outro lado, ficamos cientes dos limites do radicalismo em uma sociedade profundamente hierárquica como era a do período: a despeito da invocação constante do povo soberano em suas iniciativas, os próprios radicais pertenciam ao círculo das elites urbanas, e era nelas que, por fim, angariavam seu público. O resultado dessa prática foi um radicalismo cuja agenda, restrita a reformas que pretendiam reduzir o Estado a um mínimo, mostrava-se desproporcional à retórica desbragadamente inflamada de que lançavam mão. À vista da experiência recente, o leitor ficará com a pulga atrás da orelha, perguntando se, em um país que continua desigual ou conservador em significativa medida, vender reformas moderadas em embalagens de extremismo não terá se tornado tradição. Ao reunir esse precioso material histórico até agora esquecido em velhos jornais, ou disperso em publicações de difícil acesso, José Murilo de Carvalho presta mais uma grande contribuição para o melhor conhecimento da história do pensamento político de um período decisivo de nossa vida nacional. CHRISTIAN LYNCH SERVIÇO Clamar e agitar sempre”: Os radicais na década de 1860 Autor: José Murilo de Carvalho Formato: 16, 0cm x 23, 0cm 365 páginas/ R$73, 90 ISBN: 978-85-7475-276-1 Capa: Miriam Lerner/ Equatorium Ilustração de capa: Angelo Agostini; charge publicada no número 18 do periódico dominical Cabrião (3.2.1867, pp. 140-141) *** *** https://www.amazon.com.br/Clamar-Agitar-Sempre-Radicais-D%C3%A9cada/dp/8574752762 *** *** ***
*** Latin American Centre - University of Oxford Brazilian Studies Working Papers | Latin American Centre *** Liberalismo, radicalismo e republicanismo nos anos sessenta do século dezenove Professor José Murilo de Carvalho Academia Brasileira de Letras Working Paper Number CBS-87-07 Resumo O artigo analisa o processo de radicalização do debate político no Brasil na década de 1860, mais especialmente entre 1868, data da queda dos liberais progressistas e da volta dos conservadores ao poder, e 1870, quando foi fundado o Partido Republicano. A radicalização verificou-se a partir do liberalismo moderado, ou progressista, inicialmente para o radicalismo e logo depois para o republicanismo. A tese central é que a passagem do radicalismo para o republicanismo, embora se apresentasse como radicalização política, foi de fato um retrocesso conservador se levada em conta a maior questão social da época, a abolição da escravidão. O texto é resultado de pesquisas desenvolvidas pelo autor quando ocupou em 2006-2007 a cátedra Machado de Assis, iniciativa conjunta da Academia Brasileira de Letras e do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford. Abstract The paper discusses the process of radicalization of the political debate in Brazil during the 1860s, particularly between 1868, when the Conservatives substituted the moderate Liberals in government, and 1870, date of the foundation of the Republican party. Radicalization proceeded from moderate liberalism to radical liberalism to republicanism. The central thesis of the paper is that the move from radicalism to republicanism, presented as political radicalization, was in fact a conservative retrogression with regard to the most important social question of the time, the abolition of slavery. This article draws on research conducted by the author in 2006-2007 when he held the Machado de Assis Chair, a joint initiative of the Academia Brasileira de Letras and the Centre for Brazilian Studies of the University of Oxford. Centre for Brazilian Studies, University of Oxford, Working Paper 87 2 Em texto anterior discuti a tentativa de um grupo de jovens que se auto-intitulavam liberais radicais de promover ao final dos anos sessenta do século dezenove um debate em conferências públicas sobre a política do momento.1 A iniciativa das conferências decorreu da queda do gabinete Zacarias e da traumática subida ao poder dos conservadores, chefiados pelo visconde de Itaboraí, em 16 de julho de 1868. Neste texto pretendo acompanhar a progressiva radicalização do debate político na década de 1860, até a formação do Clube Radical em 1868. Dois anos depois, os radicais tornaram-se republicanos. Suas propostas serão cotejadas com as do Manifesto Republicano com o fim de demonstrar que o republicanismo significou um retrocesso conservador. A politica de conciliação. A origem remota da crise de julho de 1868 e, portanto, do aparecimento dos radicais, localiza-se na política de conciliação promovida pelo marquês de Paraná a partir de 1853. Desde 1848, o domínio conservador e a exclusão dos liberais tinham sido completos. A experiência política de Paraná, sobretudo a que lhe veio do esforço de apaziguamento da política pernambucana após a derrota da revolta da Praia, mostrara-lhe que o sistema imperial se sustentava na alternância no poder dos setores hegemônicos, mas conflitantes, da elite. A exclusão permanente de um deles afetava a legitimidade do governo e, eventualmente, a do próprio regime. Com o apoio do imperador, o marquês tentou romper com a tradição das lutas regenciais e refundar o sistema partidário. Começou por não compor o ministério com os antigos correligionários. Convocou políticos jovens como Nabuco de Araújo, Paranhos, futuro visconde do Rio Branco, e João Maurício Wanderley, futuro barão de Cotegipe, e os colocou lado a lado com o veterano liberal Limpo de Abreu, futuro visconde de Abaeté. Assim fazendo, dividiu o Partido Conservador e se afastou de velhos amigos e correligionários, sustentáculos da política saquarema, como os viscondes de Itaboraí e do Uruguai e Euzébio de Queiroz. Conseguiu a aprovação pelo Parlamento da reforma eleitoral que introduziu o voto distrital, fator de desestabilização das bases política das lideranças nacionais. As conseqüências da política do marquês foram profundas. O sistema partidário entrou em processo de redefinição. Morto Paraná em 1856, nenhum dos velhos conservadores, chamados de vermelhos, voltou ao governo. Em 1857, o visconde do Uruguai recusou a presidência do conselho. No ano seguinte, foi a vez de Eusébio de Queiroz não a aceitar, apesar da insistência do imperador. Paraná acabou sendo sucedido 1 José Murilo de Carvalho, “As conferências radicais do Rio de Janeiro: novo espaço de debate”. In: José Murilo de Carvalho, org. Nação e cidadania no Império: novos horizontes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. Sobre o assunto, ver também Elisana Furtado de Lira Kauffmann. “Liberais versus liberais: a oposição da Opinião Liberal ao Centro Liberal na Corte imperial (1868-1870)”. Monografia de graduação por mim orientada, UFRJ, 2004. Centre for Brazilian Studies, University of Oxford, Working Paper 87 3 pelo marquês de Olinda, que já caminhava para o campo liberal, depois pelo visconde de Abaeté, ex-liberal, por Ângelo Ferraz, tendendo para os liberais, e por Caxias, um velho conservador, mas não chefe do partido. Este último, aliás, ao reformar seu ministério em sentido conservador ortodoxo, foi derrubado por votação da Câmara em 1862. Em maio desse ano, Nabuco de Araújo, imbuído do espírito da conciliação, propôs em discurso a formação de uma liga de liberais moderados e conservadores dissidentes. No mesmo mês, Zacarias de Góes assumiu a presidência do Conselho como chefe da Liga Progressista. 2 Em 1864, o mesmo Zacarias voltou ao poder, agora já liderando o Partido Progressista, cujo programa foi redigido por Nabuco de Araújo, o próprio Zacarias, e João Pedro Dias Vieira, três antigos conservadores, agora dissidentes. O Partido Progressista foi o primeiro a redigir e publicar um programa. 3 Enquanto isso, a introdução do voto distrital em 1855 e a menor interferência do governo nas eleições fizeram com que desaparecessem as Câmaras unânimes. Na eleição de 1857, protegidos pelos ex-conservadores Olinda e Zacarias, uns 23 liberais voltaram à Câmara, formada por 120 deputados. Na eleição seguinte, em 1860, eles vieram ainda em maior número e melhor qualidade. Compuseram uma poderosa bancada em que se distinguiam Teófilo Otoni e seu irmão Cristiano, eleitos por Minas Gerais, Francisco Otaviano e Saldanha Marinho, pela província do Rio de Janeiro, José Bonifácio, o Moço, por São Paulo, Silveira da Mota, pelo Paraná, Francisco José Furtado, pelo Maranhão e Tavares Bastos, por Alagoas. Teófilo Otoni iniciou sua campanha eleitoral com a conhecida circular aos eleitores do 2º. Distrito de Minas Gerais. Ele era uma legenda viva do velho liberalismo, um luzia histórico, presente no cenário político desde os tempos da Sentinela do Serro, no início da regência. Mantivera-se calado desde a subida dos conservadores em 1848. Joaquim Nabuco referiu-se a essa revoada dos liberais como o avanço de uma “maré democrática”. A Câmara dos Deputados entrou, então, em uma das fases mais agitadas de sua história. O novo Partido Progressista dividiu-se imediatamente entre os dois grupos que o compunham. Os históricos, sentindo-se fortalecidos pelo êxito de 1860, começaram a disputar a hegemonia com os parceiros saídos das hostes conservadoras. A luta foi tão ou mais ferrenha do que a que se verificava antes entre conservadores e liberais. Uma conseqüência do embate parlamentar foi transformar o período entre 1864 e 1868 no de maior instabilidade ministerial do Segundo Reinado. Sucederam-se quatro ministérios, todos derrubados por votações provocadas pelo conflito entre dissidentes e históricos. 2 Sobre a política da época, ver Joaquim Nabuco. Um Estadista do Império. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1975. 1ª ed. 1897-99. 3 Os programas dos partidos podem ser encontrados em Américo Brasiliense. Os programas dos partidos e o Segundo Império. Brasília: Senado Federal, 1979 (1ª. ed. 1878). O do Partido Progressista está nas p. 25-30. Centre for Brazilian Studies, University of Oxford, Working Paper 87 4 Zacarias foi derrubado ainda em 1864 por uma Câmara dominada por seu Partido Progressista, com minoria conservadora. Vários líderes liberais moderados e conservadores dissidentes recusaram-se a formar novo gabinete. D. Pedro chamou, então, o histórico Francisco José Furtado, presidente da Câmara, mas sem experiência de governo. Novato, Furtado escolheu um gabinete de novatos. Propôs várias reformas inspiradas no programa progressista, como a da lei de 3 de dezembro de 1841, da Guarda Nacional, do recrutamento militar, da lei eleitoral, da administração das províncias e municípios. Não conseguiu aprovar nada. Contra ele se levantou uma oposição coligada de conservadores e dissidentes. Para sua maior infelicidade, foi atropelado em 1864 pela crise financeira, conhecida como a Quebra do Souto. A origem da crise fora as reformas monetárias do liberal Sousa Franco, introduzidas em 1857 durante o gabinete de Olinda. Sousa Franco autorizara vários bancos a emitir moeda. Logo se verificou o primeiro surto inflacionário do país, seguido de agiotagem e especulação. Ironicamente, os comerciantes do Rio tinham apoiado os candidatos liberais na eleição de 1860, entusiasmados com as reformas de Sousa Franco. Não terminaram aí as atribulações de Furtado. Em novembro de 1864, como conseqüência do apresamento do navio Marquês de Olinda por ordem de Solano López, o Brasil entrou em guerra contra o Paraguai. Oposição de dissidentes e conservadores, crise bancária e guerra externa: era problema demais para Furtado. O gabinete caiu por votação da Câmara em maio de 1865. O imperador teve grande dificuldade em formar o novo governo. Pensou em Olinda, que foi vetado por Furtado. Abaeté e Nabuco de Araújo recusaram a tarefa. Saraiva não conseguiu compor as duas facções do Partido Progressista. O chefe de Estado retornou, então, a Olinda a quem propôs que organizasse um gabinete apolítico, voltado apenas para o enfrentamento do problema da guerra. O marquês chamou Teófilo Otoni para compor o gabinete. No governo anterior, já conseguira sua nomeação de senador, na quinta tentativa do mineiro. Mas o mineiro julgava-se importante demais para ocupar uma simples pasta. Não aceitava menos que a presidência do Conselho. Para isso, o imperador não estava preparado, apesar de ter anotado em seu Diário que o considerava uma das pessoas mais inteligentes que conhecera. O novo gabinete de Olinda, inaugurado em maio de 1865, não teve vida mais fácil do que os precedentes. Liberais e dissidentes desentendiam-se e o governo não podia dispor dos generais conservadores, como Caxias, Vieira Tosta e Manuel Felizardo. O imperador foi a Uruguaiana acompanhado de Caxias, para grande irritação do ministro da guerra, Ângelo Ferraz. Na Câmara, dominada pela Liga, liberais e conservadores combatiam o governo. Pouco mais de um ano depois, Olinda pediu demissão e indicou para o suceder seu antecessor, Zacarias, chefe da Liga. O novo gabinete, iniciado em agosto de 1866, foi ainda mais tumultuado. Pouco mais de um mês após sua inauguração, as *** *** https://www.lac.ox.ac.uk/sites/default/files/lac/documents/media/wp87-murilo.pdf *** ***

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