terça-feira, 16 de novembro de 2021

"em dívida"

*** Nas entrelinhas: Federação de partidos complica as alianças regionais de Bolsonaro Publicado em 16/11/2021 - 06:39 Luiz Carlos AzedoCongresso, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Lava-Jato, Memória, Partidos, Política, Política, Religião, São Paulo O projeto político nacional se imporá às alianças regionais e provocará intensa troca de partido, em razão do alinhamento aos governadores e da sobrevivência eleitoral A grande novidade nas eleições do próximo ano será a formação de federações partidárias, de caráter nacional e duração de pelo menos quatro anos, o que está complicando a vida do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição. Sua filiação ao PL, de Valdemar Costa Neto, por exemplo, subiu no telhado, porque a aliança do político paulista em São Paulo é com o candidato do PSDB a governador, Rodrigo Garcia. Mas não é somente isso. A formação de frentes partidárias exige mais nitidez em relação ao projeto nacional, o que complicou também a relação de Bolsonaro com o Centrão, a fortaleza patrimonialista e oligárquica, porque uma parte do seu eleitorado rejeita essa aliança e começa a migrar para a pré-candidatura do seu ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que se notabilizou como juiz da 13a Vara Federal de Curitiba, com a Operação Lava-Jato, por ter condenado à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A tendência é a formação de quatro ou cinco blocos partidários. A mudança parecia um retrocesso, por facilitar a vida dos pequenos partidos em dificuldades para montar chapas proporcionais nos estados, capazes de ultrapassar o quociente eleitoral (votação mínima para eleger um candidato, cujo cálculo é a divisão do número de votos válidos pelo número de vagas de cada estado); agora, estamos vendo que a formação de federações pode ser um avanço no sentido de dar mais nitidez aos projetos nacionais, pois o eixo de formação desses blocos políticos são as candidaturas à Presidência da República. Por enquanto, o bloco com mais nitidez é o formado pelo ex-presidente Lula, que articula uma “frente ampla”, nucleada por aliados tradicionais do PT: PSB, PSol e PCdoB. A segunda frente em formação é o Centrão, a partir da aglutinação de três partidos: o PP de Ciro Nogueira (PI), ministro da Casa Civil, Arthur Lira (AL), presidente da Câmara, e Ricardo Barros (PR), líder do governo na Casa; o PL, do ex-deputado Costa Neto e da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (DF); e Republicanos, do bispo Marcos Pereira, o braço político da Igreja Universal do Reino de Deus. Todos também participaram do governo Lula e são pragmáticos. Bolsonaro prometeu acabar com a política do toma lá dá cá, mas aderiu a ela e entregou a gestão das emendas parlamentares do Orçamento da União ao Centrão. Pretendia se filiar ao PL, que já estava conversando com Lula, mas deu marcha a ré. Terceira via Ainda não está claro o verdadeiro motivo do adiamento da filiação de Bolsonaro ao PL, tanto pode ser a gestão do fundo eleitoral da federação (que não está regulamentada, ou seja, não se sabe se esses recursos permanecerão controlados por cada partido ou se irão para um caixa único, com gestão própria) quanto a resistência do vereador carioca Carlos Bolsonaro, seu filho, porta-voz dos grupos bolsonaristas de extrema-direita, que gerencia suas redes sociais, diante das reações negativas à filiação de Bolsonaro ao PL. Bolsonaro deixou o PSL, partido pelo qual se elegeu, mas não conseguiu formar seu próprio partido, a Aliança pelo Brasil, e está sem legenda para concorrer à Presidência. A formação desse bloco é indispensável para tentar a reeleição. Havia uma expectativa de fragmentação da chamada “terceira via”, devido ao grande número de pré-candidatos: o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT); os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), que disputam as prévias do PSDB; o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta (DEM); a senadora Simone Tebet (MDB-MS); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE); e, agora, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que se filiou ao Podemos. Qualquer candidatura com possibilidade de ultrapassar 10% de votos pode ser mantida para viabilizar uma bancada federal, ainda quer isolada. Mesmo assim, essas candidaturas correm o risco de não vingar, por pressão de deputados e senadores das respectivas legendas. Ciro e Moro são os candidatos com melhor desempenho nas pesquisas, mas têm dificuldades para fazer alianças. O primeiro está isolado na franja do bloco de esquerda; o segundo, por causa da Lava-Jato, enfrenta a ojeriza da maioria dos deputados e senadores que defendem a terceira via. Doria e Leite protagonizam uma disputa autofágica, quem vencer terá que formar uma federação robusta. Tebet é uma novidade no MDB, mas pode ser cristia nizada, como é da tradição da legenda. Mandetta e Alessandro postulam o apoio dos demais, mas são operadores declarados da “terceira via”. Em todos os casos, o projeto político nacional se imporá às alianças regionais e provocará intensa troca de partido, em razão do alinhamento aos governadores e da sobrevivência eleitoral. FONTE: CORREIO BRAZILIENSE *** *** https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-federacao-de-partidos-complica-as-aliancas-regionais-de-bolsonaro/?fbclid=IwAR3iKEK2omerW3rnrpIf6fP3s7aG5vFcn4NQP6uwbV-5vfPwccwHxcq90rY *** ***
*** OBRIGADO DINADA Pastelaria Mexicana HISTÓRIA | pastelariamexicana *** "Dessa forma, os mitos projetam modelos de inteligibilidade sobre o modus operandi do espírito humano. Penetrar na lógica desse caleidoscópio, no entanto, não é tarefa fácil. Exige, como afirma Lévi-Strauss, uma espécie de ascetismo, pois o seu deciframento é longo e penoso. Quem nele se aventura, certamente, como nos ritos iniciáticos, ou no processo analítico, sairá transformado." Mariza Martins Furquim Werneck ***
*** Yumpu AÇÃO & SENTENÇA - Guia Prático Para Jornalistas *** MUTATIS MUTANDIS no MODUS OPERANDI ***
É DANDO QUE SE RECEBE. Dorota Mytych Mutatis Mutandis — Dorota Mytych ***
*** É RECEBENDO QUE SE DÁ. Dorota Mytych Mutatis Mutandis — Dorota Mytych ***
*** NAS ENTRELINHAS FORAM TUDO MENTIRAS Trump foi desastroso para os Estados "mutatis mutandis", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/mutatis%20mutandis [consultado em 16-11-2021]. O plural de modus operandi é modi operandi. Em muitos dicionários, esta expressão latina não é ao menos traduzida para o português, devido a sua popularidade e utilização constante no idioma. Modus operandi, no entanto, costuma aparecer como um sinônimo de modus faciendi (“modo de fazer”) ou modus vivendi (“modo de viver”). Modus operandi é uma expressão em latim que significa “modo de operação”, na tradução literal para a língua portuguesa. *** Por que respondemos “obrigado” com “de nada”? "Obrigado" vem do latim "obligare", que significa "responsabilizar", "dever" Por Bruna Estevanin Costa Atualizado em 4 jul 2018, 20h12 - Publicado em 31 jul 2015, 16h42 Para entender o porquê, é preciso explicar de onde vêm as expressões. A origem do agradecimento é obscura, mas houve um tempo em que, quando alguém recebia um favor ou um presente, era obrigatório retribuir. Assim surgiu o “obrigado” – e, mais tarde, sua variação no feminino. Ele vem do verbo em latim obligare, que significa “responsabilizar”, “dever”. Por isso, quando alguém nos agradece, é como se dissesse “fico devendo uma obrigação”. Por educação, quem presta um favor responde “de nada”, que significa “de modo nenhum” e vem do latim rem natam. Aqui no Brasil, o regionalismo acabou dando origem a novas formas de dizer o mesmo, como “imagina”, “não há de quê” e outras mais informais e recentes, como “falou” e “valeu”. Independentemente da versão escolhida, quando respondemos ao “obrigado” com expressões do gênero, estamos dizendo que “de modo nenhum você é meu devedor”, “você não é obrigado a nada”. CONSULTORIA: Márcio Cotrim, autor da coluna “O berço da palavra”, no jornal Correio Braziliense, e José Augusto Carvalho, doutor em linguística pela Ufes e autor de Gramática Superior da Língua Portuguesa FONTE: Dicionário Etimológico Nova Fronteira, de A.G. Cunha Leia mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-respondemos-obrigado-com-de-nada/ ***
*** Lévi-Strauss e o Brasil 04/11/20094 de novembro de 2009 Contato com os índios do Amazonas e Centro-Oeste foi ponto de partida para o francês descobrir sua vocação para etnologia e antropologia. Na década de 30, foi praticamente um dos fundadores da Universidade de São Paulo. *** https://www.dw.com/pt-br/brasil-%C3%A9-a-experi%C3%AAncia-mais-importante-da-minha-vida-dizia-l%C3%A9vi-strauss/a-4860728 Claude Lévi-Strauss se declarava "em dívida" com o país que visitou pela primeira vez na década de 1930 e que mudou o curso de sua existência. "O Brasil é a experiência mais importante da minha vida", declarou o intelectual francês em 2005. Afinal, foi no contato com as tribos indígenas brasileiras que o filósofo e sociólogo de formação descobriu sua vocação para a etnologia e a antropologia. As viagens à região Centro-Oeste e à Amazônia foram decisivas. Lévi-Strauss chegara ao país em 1935, aos 27 anos de idade, juntamente com sua esposa e outros professores franceses, para assumir a cátedra de Sociologia na Universidade de São Paulo, a qual contava apenas um ano de existência. Já em 1936, visitou os índios cadiuéu na fronteira com o Paraguai e os bororó no Mato Grosso. Três anos mais tarde, retornou à tribo bororo e conheceu os tupi-kaguahib, hoje considerados extintos. O primeiro fruto editorial desses contatos foi Família e vida social dos índios nambiquara, de 1948. Ao vencedor, as beterrabas Entwaldung in BrasilienEntwaldung in Brasilien Trópicos: tristes já na década de 1930Foto: AP "Eu detesto as viagens e os exploradores": assim Claude Lévi-Strauss introduz sua obra mais famosa. Tristes trópicos, de 1955, tornou-se best-seller e um clássico da antropologia moderna. Em 40 capítulos, o pesquisador apresenta suas observações sobre os ritos, mitologias, religiões e estruturas familiares dos povos indígenas. Mas também inclui observações sobre o a Índia e o Paquistão, países que visitara a serviço da Unesco. Daí resulta uma perspectiva global, com fascinantes interconexões. Segundo Axel Honeth, professor de Filosofia da Universidade de Frankfurt, Lévi-Strauss também tentava sensibilizar o leitor ocidental para uma cultura estranha, convencido de que "sociedades arcaicas são superiores a nós, por estarem, em sua forma de pensar, em sua prática social, muito mais cientes do entrelaçamento com a natureza do que nós, nas concepções atuais de nossa sociedade". Numa linguagem literária inovadora, entre a arte e a ciência, assim o autor francês descreve a ameaça percebida já nos anos 1930: "Hoje, a humanidade se instala na monocultura, se prepara para produzir a civilização em massa, como se se tratassem de beterrabas. E em breve estas também serão tudo o que terá no prato". Mais parecidos do que pensamos Lévi-Strauss foi um dos primeiros pensadores a tornar palpável, para o grande público, a forma dramática como as condições de vida se transformam na Terra, diante de nossos olhos. Tristes trópicos deixa claro como a diversidade cultural e biológica era destruída em velocidade assustadora, através de gigantescos processos cataclísmicos. Também popular tornou-se o seu livro de 1962, O pensamento selvagem, cujo próprio título já causou furor. Segundo Honneth, ele designa uma lógica que se distingue fortemente da ocidental, por ser menos abstrata. "Ela não é ditada por princípios ditados de cima para baixo. Ao contrário, acomoda-se ao ambiente natural e o desvenda classificatoriamente. Mas com grande intimidade e conhecimento da diferenciação desse ambiente." Por outro lado, o antropólogo também observou, nas assim chamadas "sociedades primitivas", princípios igualmente válidos para a civilização ocidental. A interdição do incesto, ou o pensamento em pares de opostos – "frio-quente", "bom-mau" – vigoram em praticamente toda sociedade do mundo. Essa constatação levou Lévi-Strauss a falar de princípios universais do raciocínio. Desse ponto de vista, os seres humanos são mais semelhantes entre si do que pensam. Brasil dos sentidos ***
*** Claude Gustave Lévi StraussClaude Gustave Lévi Strauss O antropólogo e etnólogo morreu centenárioFoto: dpa *** Claude Lévi-Strauss completaria 101 anos em 28 de novembro próximo. Sua morte é lamentada no mundo inteiro. Na França, o presidente Nicolas Sarkozy prestou homenagem ao "humanista infatigável, o universitário curioso, sempre à procura de novos saberes, o homem livre de todo sectarismo e toda doutrinação". Em declaração à agência de notícias AFP, o professor José Ribamar Freire, da Universidade do Rio de Janeiro, lembrou que o francês "foi um pesquisador muito importante para o Brasil. Ele próprio dizia que a etnologia brasileira era uma das melhores do mundo". O antropólogo brasileiro Gilberto Velho destaca que a obra de Lévi-Strauss definiu as bases da antropologia moderna, "mas ele vai mais além desse domínio. Ele sugere que não há sociedades inferiores, e que cada uma delas deve ser pensada em seus próprios termos". Para Beatriz Perrone-Moisés, essa morte deixa "uma espécie de vazio", apesar quase esperada, devido à idade do pensador. A professora de Antropologia da Universidade de São Paulo, onde o francês lecionou de 1935 a 1939, comentou à agência de notícias AP que o Brasil descrito em Tristes trópicos é um "mundo dos sentidos" muito especial. "[Para Lévi-Strauss] o Brasil era menos o país em si do que o Brasil dos índios e a sensação de caminhar nas pegadas dos exploradores do século 17. Ele frequentemente falava sobre essa emoção, essa sensação." Autor: Augusto Valente Revisão: Roselaine Wandscheer *** *** https://www.dw.com/pt-br/brasil-%C3%A9-a-experi%C3%AAncia-mais-importante-da-minha-vida-dizia-l%C3%A9vi-strauss/a-4860728 *** ***

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