quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PARA O BRASIL?

Que Brasil é este Francelino?







Quando o então general presidente do Brasil Ernesto Geisel havia prometido fazer uma abertura lenta e gradual, e que os governadores de estado seriam eleitos pelo voto direto dentro de dois anos. Mas a oposição na época atuando no único partido de oposição permitido pelo governo, o MDB teve dúvidas sobre a seriedade desse compromisso.

O então presidente da Arena, Francelino Pereira dos Santos (Angical do Piauí, 2 de julho de 1921), fez uma indagação que se tornou famosa:

“Que país é este, no qual as pessoas não confiam na firme vontade política do presidente da República de levar adiante a decisão amadurecida e consistente de dar continuidade à plena redemocratização?"

Mas depois Geisel lançou o então Pacote de Abril. que entre outras medidas implementou a eleição indireta para governador, face ao crescimento eleitoral da oposição





PARADOXO DO MENTIROSO

ÉPOCA – Em 2006, o senhor escreveu um trabalho em defesa do semipresidencialismo. E, recentemente, voltou ao tema em conferências acadêmicas. Por qual razão?
Luís Roberto Barroso – Essa proposta de reforma política para o Brasil foi um trabalho acadêmico, feito em equipe, sem encomenda de ninguém. Eram ideias para o Brasil. No referido estudo, apresentei três sugestões. A primeira delas dizia respeito ao sistema de governo, o semipresidencialismo. A segunda, ao sistema partidário, sobre voto distrital misto, e, finalmente, em relação à cláusula de barreira e ou a proibição de coligações em eleições proporcionais. Eu achava que essas três transformações produziriam um impacto institucional extremamente positivo para o país.


Enxuguemos a fala de nosso personagem.

Luís Roberto Barroso – Essa proposta de reforma política para o Brasil foi um trabalho acadêmico, feito em equipe, sem encomenda de ninguém. Eram ideias para o Brasil.


Paradoxo do Mentiroso.  Nome dado ao clássico sofisma "Eu minto", por referência ao lendário Epimênides (séc. IV a.C.), que diz: "Todos os cretenses mentem sempre; ora, ele é cretense; logo, mente. Conclusão: os cretenses não mentem. No entanto, se Epimênides diz a verdade, os cretenses mentem" etc. Logo, se Epimênides diz a verdade, está mentindo, e se mente diz a verdade. Fora da verdadeira conclusão lógica que se impõe e impede essa falsa regressão ao infinito ("não é verdade que os cretenses mentem sempre"), esse tipo de paradoxo é útil para distinguir a linguagem da metalinguagem, o que se diz e o fato de dizê-lo. (1)

JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.


Tautologia, contradição, contingência, dilema ou paradoxo?


Em suas últimas intervenções como ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso tem demonstrado certa idiossincrasia.

Outros talvez possam identificar nisso um cacoete.

Mais alguns um sofisma.

Alguns eruditos um paradoxo.

Outros menos sofisticados apenas uma mentira.

"É antigo o aforismo de que não se há de condenar alguém sem o devido processo legal".

De concreto, que talvez possa unificar a todos os pontos de vistas de julgadores e críticos, cunhou-se "máxima ou sentença, que em poucas palavras contém uma regra ou um princípio de grande alcance"

Quando afirma parece que nega.
Quando nega parece que afirma.
E ao calar dissolve os contrários.

Síntese fenomenal ou fenomenológica?

À práxis:

“Sem encomenda de ninguém.”

Onde?

No primeiro parágrafo de sua entrevista à Revista Época.

Fica assim difícil contestar a revolta de jornalistas e telespectadores quando assistem à sua atuação no STF ao baixar nele o caboclo fabulador.

Barroso omite trecho do Regimento Interno em voto contra eleição secreta:





Em seu benefício citaremos outra Pessoa:







                                 
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A  dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.





Psicólogos, antropólogos e neurobiólogos confirmam: mentir não é apenas um processo cognitivo complexo, mas também um componente decisivo de nossa competência social
outubro de 2004

Ulrich Kraft

(Copyright) IMAGES.COM/CORBIS - STOCK PHOTOS



"Não levantarás falso testemunho", reza o oitavo mandamento. Outrora esculpido em pedra, hoje ele não vale sequer o papel em que é impresso. É, acima de tudo, desrespeitado. Desde que Adão e Eva contaram a primeira mentira da história da Humanidade, o que vale mesmo em nossa espécie é a palavra não cumprida - nisso, psicólogos e sociólogos concordam. Todo ser humano trapaceia, mente e engana; e, diga-se de passagem, faz isso de forma corriqueira, resoluta, refinada e calculista. 





IDEIAS

Defensor da mudança do sistema político, o ministro do STF diz que o sistema presidencialista, na América Latina, tende a gerar autoritarismo e ingovernabilidade

VINICIUS GORCZESKI

25/01/2016 - 08h01 - Atualizado 25/01/2016 08h01

Um dos maiores entusiastas no Brasil do sistema de governo semipresidencialista é o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde 2006, quando ainda não integrava a mais alta corte de Justiça, Barroso prega as qualidades do sistema. Naquele ano, ele publicou uma proposta de reforma política para o Brasil que incluía a instituição do semipresidencialismo. Uma das passagens do estudo, no contexto da atual crise do governo Dilma Rousseff, é premonitória. “No presidencialismo, não existe a possibilidade de destituição legítima do presidente, e o governo acaba se prolongando até o final do mandato sem sustentação congressual e sem condições de implementar seu plano de ação. O país fica sujeito, então, a anos de paralisia e de indefinição política, o que pode gerar sérios problemas econômicos e sociais, ou pelo menos deixá-los sem solução imediata”, escreveu Barroso, em 2006. Na semana passada, o ministro, cujo voto redefiniu no STF o rito do processo de impeachment, interrompeu as férias nos Estados Unidos para esta entrevista.



O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. Ele afirma que o semipresidencialismo permite a rápida resolução de crises políticas (Foto: Sergio Lima/Folhapress) 

ÉPOCA – Em 2006, o senhor escreveu um trabalho em defesa do semipresidencialismo. E, recentemente, voltou ao tema em conferências acadêmicas. Por qual razão?
Luís Roberto Barroso – Essa proposta de reforma política para o Brasil foi um trabalho acadêmico, feito em equipe, sem encomenda de ninguém. Eram ideias para o Brasil. No referido estudo, apresentei três sugestões. A primeira delas dizia respeito ao sistema de governo, o semipresidencialismo. A segunda, ao sistema partidário, sobre voto distrital misto, e, finalmente, em relação à cláusula de barreira e ou a proibição de coligações em eleições proporcionais. Eu achava que essas três transformações produziriam um impacto institucional extremamente positivo para o país.

ÉPOCA – O senhor imaginava, ao formular sua proposta, que dez anos depois estaríamos numa crise como a atual, em que o governo está sem apoio popular e parlamentar?
Barroso – A história do presidencialismo na América Latina é a crônica de uma crise anunciada. Eu não era capaz de prever a data exata – minha bola de cristal estava meio embaçada –, mas não tinha dúvida de que esse dia chegaria. Basta olhar para trás, de Deodoro da Fonseca aos dias de hoje, e contemplar a dura realidade: autoritarismo, cooptação fisiológica ou ingovernabilidade. Assim é, porque sempre foi.

ÉPOCA – Ainda conserva essas opiniões sobre o presidencialismo, especialmente agora nesta  crise política?
Barroso – Sim. Minha proposta foi escrita em 2006 para vigorar oito anos depois, de modo a não interferir com nenhum interesse político imediato. Ela teria entrado em vigor em 2014 e talvez nos tivesse poupado de alguns dissabores deste momento. Veja: eu não sou comentarista político. Eu antes era um acadêmico e agora sou ministro do STF. Minhas preocupações não estão ligadas à política conjuntural, mas à defesa e ao aprimoramento das instituições. Acho que precisamos combater as vicissitudes do modelo político brasileiro, que vão do excesso de poderes do Executivo ao descolamento entre a classe política e a sociedade civil. Esse era meu objetivo na época. Se esse é ou não o caminho para enfrentar a crise atual, não é meu papel dizer.

ÉPOCA – Que  vantagens vê no semipresidencialismo?
Barroso – O semipresidencialismo combina características do presidencialismo e do parlamentarismo. Mas não é uma criatura híbrida, sem identidade própria. Ele tem sido praticado com sucesso em diferentes países, inclusive França e Portugal. É uma fórmula bem melhor do que o hiperpresidencialismo latino-americano, que é uma usina de problemas, que se estendem do autoritarismo à ingovernabilidade.

ÉPOCA – Por que acha que o semipresidencialismo poderia resolver os problemas de governabilidade do Brasil?
Barroso – A primeira razão é que o semipresidencialismo permite a substituição institucional e sem trauma de governos que perderam o lastro de sustentação política. O grande problema do presidencialismo é que o presidente só pode ser removido legitimamente em caso de crime de responsabilidade. Trata-se de um procedimento complexo e traumático, como bem sabemos. No semipresidencialismo, o governo pode ser destituído por simples voto de desconfiança, se tiver perdido apoio popular e parlamentar. No semipresidencialismo, o presidente, eleito por voto direto, funciona como estadista e fiador das instituições. Seu papel, embora importante, é limitado, o que minimiza seu desgaste. O primeiro-ministro, por sua vez, fica no front mais inóspito da disputa política e das transformações sociais, sujeito a embates e turbulências. Em caso de perda de sustentação, ele cai e é substituído por outro, com apoio da maioria. Uma válvula de segurança, quanto a isso, é que a destituição somente pode se dar se já houver um nome com suporte majoritário. Isso dá maior relevo ao papel do Legislativo, que não poderá se ocupar apenas da crítica, mas deverá participar também da construção do governo.

ÉPOCA – Considera viável uma mudança de sistema de governo, quando medidas simples para melhorar a governabilidade – como a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais – não são aprovadas no Congresso?
Barroso – Em meados do ano passado, houve uma conferência na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, na qual se discutiram algumas das grandes questões do Brasil. Em uma de minhas apresentações, eu tabulei as propostas de reforma política dos três principais partidos políticos nacionais, o PMDB, o PT e o PSDB. Os três são a favor do fim das coligações em eleições proporcionais e da adoção de cláusula de barreira ou de desempenho. Tais providências, por si só, já terão um alto impacto virtuoso sobre o sistema. Portanto, uma agenda minimamente construtiva resolverá essa questão. O problema é que o país entrou em uma espiral negativa. Precisamos sair dela. Tenho esperança de que esse debate volte à agenda do Congresso.

ÉPOCA – O parlamentarismo já foi rejeitado em plebiscitos anteriormente. Por que um sistema híbrido teria receptividade na sociedade?
Barroso – Uma característica típica do parlamentarismo é a não eleição do chefe de Estado por voto direto. Ou são monarquias, como o Reino Unido, a Dinamarca ou a Suécia. Ou são repúblicas, em que a escolha do presidente é por votação indireta, como Alemanha e Itália. O povo brasileiro não gosta de nenhuma dessas fórmulas. Para nós, a eleição direta do presidente da República se tornou um símbolo da democracia e até uma cláusula pétrea. Não há como cogitar em mudar isso. O semipresidencialismo mantém a eleição direta, mas atenua a concentração de poderes no presidente. O povo brasileiro nunca se manifestou sobre isso. Ainda assim, caso viesse a ser aprovada a mudança do modelo, o tema deveria, sim, ser levado a consulta popular direta, para não haver dúvida quanto a sua legitimidade.

ÉPOCA – Na França, já houve a chamada “coabitação”, em que presidente de esquerda é obrigado a conviver com um primeiro-ministro de direita – e vice-versa – porque seu partido perdeu a maioria no Parlamento.  Uma “coabitação”  funcionaria no Brasil?
Barroso – Quando as instituições são respeitadas, a política se amolda a elas. Não há qualquer problema institucional na coabitação. A regra na política democrática é que as maiorias governem. Nenhum sistema de governo é imune a instabilidades. O que minimiza o impacto das crises, tanto sobre as pessoas quanto sobre os mercados, é sua absorção institucional e em curto prazo, de acordo com regras prefixadas. Não dá para comparar a repercussão da queda de um primeiro-ministro com a de um presidente.

ÉPOCA – Como avalia a situação institucional do Brasil, no momento em que se discute a possibilidade de um impeachment da presidente Dilma Rousseff?
Barroso – Atravessamos uma crise política e econômica de grandes proporções, mas sem abalo institucional. Superamos os ciclos do atraso, e a sociedade brasileira já não aceita soluções que não respeitem a legalidade constitucional. Agora: instituições sempre podem ser aprimoradas. Um modelo semipresidencialista, com voto distrital misto e cláusula de desempenho, propiciará um sistema político melhor. O semipresidencialismo reduz o risco de autoritarismos e de crises. O voto distrital misto barateia a eleição e aproxima o eleitor do eleito. E a limitação dos partidos impede o balcão de negócios partidário. Precisamos de um modelo que volte a fomentar o idealismo, o patriotismo e seja capaz de atrair novos valores para a política. O impeachment, agora, é uma questão política. O STF, por maioria expressiva, tomou a decisão de manter estritamente as mesmas regras que valeram para o impeachment do presidente Collor. Regras claras, preestabelecidas e constantes são garantia do estado democrático de direito. Agora, tudo dependerá do Congresso.




A SOLUÇÃO DE KRIPKE PARA O PARADOXO DO MENTIROSO NO QUADRO DA LÓGICA CLÁSSICA Ricardo Santos Universidade de Évora Instituto de Filosofia da Linguagem FCSH-UNL




PARADOXO DO MENTIROSO PINÓQUIO, SHELDON E PENNY RACIOCÍNIO LÓGICO





Pamela Meyer: Como detectar um mentiroso












Por uma questão de justiça caberia uma leitura ou menção do trabalho, considerado precursor, na academia, sobre o tema tratado na citada entrevista à Época. O entrevistador pode ter esquecido, mas o entrevistado por formalidade acadêmica estaria na obrigação de pelo menos en passant citar o desbravador artigo a seguir:


PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: O DILEMA INSTITUCIONAL BRASILEIRO

Publicado na Revista

Dados

Vol. 31, No. 1, 1988, 5-32


Sérgio Henrique Hudson de Abranches

Maquiavélico versus Maquiaveliano

Em Ação

Na política real contemporânea

Encontros e Desencontros de Dirceu e Fernando Henrique Cardoso

Janeiro de 2016

Encontro em colaboração premiada


O ex-ministro José Dirceu decidiu se defender abertamente das acusações contra ele na Operação Lava-Jato, estratégia que poderá atingir o PT. Segundo sua defesa, ele deverá confirmar ao juiz Sérgio Moro, em audiência marcada para sexta-feira, que a indicação de Renato Duque para a Diretoria de Serviços da Petrobras partiu do diretório estadual do PT de São Paulo, e não dele. Essa versão, que compromete a cúpula petista, foi dada pelo lobista Fernando Moura em depoimento a Moro semana passada.

Quem teria articulado a nomeação de Duque teria sido o então secretário-geral do partido, Sílvio Pereira. Em depoimento à Justiça na última sexta-feira, Moura disse que Dirceu só foi chamado à reunião onde foram decididos os nomes que comandariam a Petrobras para desempatar a disputa entre Duque e Irani Varella, que já era diretor de Serviços da Petrobras no governo Fernando Henrique.

— Ele não vai denunciar ninguém. Vai se defender e contestar. O que pode acontecer é surgirem nomes. Milton Pascowitch mentiu. Ele usava o nome do Zé (José Dirceu). Quem estava com milhões e teve de devolver foi ele. Com o Zé não foi encontrado dinheiro nenhum. Se o Dirceu não tinha dinheiro, onde está o dinheiro que dizem que foi para ele? Ele prestou serviços de consultoria e recebeu. O resto foi ajuda dada pelo Milton, que nunca falou que era dinheiro de propina — disse Odel Antun, advogado do ex-ministro.



Terça, 26 de Janeiro de 2016 - 22:00


O ex-ministro José Dirceu decidiu se defender das acusações na Operação Lava Jato atribuindo a indicação de Renato Duque à Petrobras ao diretório do PT em São Paulo. A declaração será dada ao juiz Sergio Moro em audiência marcada para esta sexta-feira (29). Segundo publicação de O Globo, quem teria articulado o nome de Duque à diretoria de Serviços da estatal seria Silvio Pereira, então secretário-geral do partido. Em depoimento à Justiça, o lobista Fernando Moura disse que o ministro foi chamado na reunião onde foram decididos os nomes que comandariam a Petrobras para um desempate entre Duque e Irani Varella - este último já era diretor da pasta no governo FHC. O advogado de Dirceu, Odel Antun, afirmou que há contradições nos depoimentos de alguns delatores e que a estratégia da defesa é ressaltar o de Fernando Moura, que, segundo ele, "mostra claramente que Dirceu não participou da indicação". Questionado se Dirceu está disposto a denunciar outros nomes do partido, o advogado de Dirceu negou. "Ele não vai denunciar ninguém. Vai se defender. O que pode acontecer é surgir um nome. O Milton Pascowitch mentiu. Ele usava o nome do Zé (José Dirceu). Quem estava com milhões e teve de devolver foi ele. Com o Zé não foi encontrado dinheiro nenhum. Se o Dirceu não tinha dinheiro, onde está o dinheiro que dizem que foi para ele? Ele prestou serviços de consultoria e recebeu. O resto foi ajuda dada pelo Milton, que nunca falou que era dinheiro de propina", declarou. A defesa de Dirceu disse ainda que não há nada de "bombástico" para apresentar à Justiça e que não há qualquer ideia de delação por parte do ex-ministro. O presidente do diretório estadual do PT em São Paulo na época, Paulo Frateschi, nega ter participado da escolha de Duque. "Nem conheço o Duque, nunca vi. Não fui eu, não partcicipei de nada disso. Tinha Alguns cargos que eram do governo federal em São Paulo. Nós fazíamos sugestões para esses cargos. Nunca passou por lá nada disso [de indicação para a Petrobras]. Nossa direção tem certeza que não [indicou], mas tem o Senado, a Cãmara", explicou Frateschi.



Biografias


Ex-presidente do Brasil e sociólogo



Segunda, 25 de Janeiro de 2016 - 10:40




Foto: Divulgação / PSDB

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contrariou o próprio partido ao criticar o pedido de extinção do PT, protocolado pelo PSDB na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE). "O PT representa parcelas da opinião brasileira e, como tal, melhor que continue ativo, que se livre das mazelas que o acometem e que o PSDB se prepare para vencer dele nas urnas", avaliou em entrevista à Folha de S. Paulo, neste domingo (24). O ex-presidente disse que não faz mais parte da "hierarquia formal de mando do PSDB" para estar envolvido na decisão. Porém, diz que se fosse consultado "diria ser mais apropriado deixar que os procuradores cuidem desse tema". "O PSDB já fez o que lhe cabe: uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral sobre o uso de recursos ilícitos na campanha de 2014. Da resposta afirmativa a essa investigação pode até mesmo caber nulidade de registro partidário. Se a lei assim dispuser, nada a fazer, senão cumpri-la”, ponderou. FHC criticou, ainda, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). "Em um Congresso cujos chefes principais estão sob suspeita judiciária e que, eventualmente tenham usado o impeachment como manobra de defesa de seus interesses e não por sua legitimidade intrínseca, ficou difícil separar alhos de bugalhos", apontou. Mesmo assim, ele acredita que as pedaladas fiscais e o uso de recursos públicos para fins eleitorais são motivos suficientes para que a petista deixe o Palácio do Planalto. "Engana-se a presidente ao imaginar que por estar convencida de que não se beneficiou de malfeitos está imune a ações de impeachment. Este abrange a responsabilidade político-administrativa, mesmo quando não se trata de 'crime' praticado pessoalmente”, concluiu.



Roda Viva | Fernando Henrique Cardoso | 26/10/2015

Publicado em 27 de out de 2015

O Roda Viva recebe o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Dentre vários assuntos, ele fala de seu recém-lançado livro, Diários da Presidência, com registros e revelações do período em que ocupou o cargo



1992

EX-LÍDER ESTUDANTIL, EX-MINISTRO, POLÍTICO E ADVOGADO BRASILEIRO


16/03/1946, Passa Quatro, Minas Gerais​



José Dirceu

29/6/1992





     
Jorge Escosteguy: Boa noite. A conexão PC Farias chegou até a cozinha da casa do presidente da República. A revista Isto É desta semana publicou uma reportagem denunciando que as contas da Casa da Dinda, a residência particular do presidente Fernando Collor de Mello, eram pagas ou são pagas por uma empresa do senhor Paulo César Farias. É uma denúncia com provas documentais que está na Isto É desta semana. Com tudo isso, a bolsa caiu, o dólar subiu e a nação espera ansiosa e nervosa uma resposta do presidente da República a essas denúncias. O presidente Fernando Collor fará um pronunciamento à nação amanhã à noite para explicar mais essa denúncia: o chamado caso PC Farias. No Roda Viva, que está começando agora pela TV Cultura de São Paulo, nós vamos discutir o escândalo PC Farias e a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] que investiga essas denúncias. No centro do Roda Viva está sentado o deputado federal pelo PT [Partido dos Trabalhadores] José Dirceu, membro da CPI [...] José Dirceu é mineiro de Passa Quatro, onde nasceu há 46 anos. Faz política desde os tempos de estudante, com Luís Travassos e Vladimir Palmeira, formou a liderança do movimento estudantil da década de 1960. Foi preso em 1969, durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes, a UNE, em Ibiúna, e onze meses depois, foi trocado, junto com outros presos políticos, pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, sequestrado por grupos armados. Exilado, viveu em Cuba durante seis anos, voltou ao Brasil, filiou-se ao PT, partido pelo qual foi eleito deputado estadual e deputado federal. José Dirceu, como dissemos, faz parte da CPI que investiga o escândalo PC Farias. Para entrevistar José Dirceu esta noite no Roda Viva, nós convidamos: Oliveiros Ferreira, cientista político e jornalista do jornal O Estado de S. Paulo; Paulo Nogueira, diretor adjunto da revista Exame; Milton Coelho da Graça, diretor de jornalismo da TVE do Rio de Janeiro; Luiz Maklouf de Carvalho, repórter especial do Jornal da Tarde; Ottoni Fernandes, jornalista da Gazeta Mercantil; Lúcia Helena Gazzola, repórter do jornal O Globo; José Paulo Kupfer, diretor de redação do Diário do Comércio e Indústria e Dácio Nitrini diretor executivo do Telejornal Brasil, do SBT. Na platéia, assiste ao programa, convidados da produção [...] Boa noite.

José Dirceu: Boa noite

Jorge Escosteguy: Recentemente, durante as denúncias das ligações do empresário Paulo César Farias com um esquema de poder paralelo no governo e com o próprio presidente da República, o presidente disse que estavam querendo realizar um terceiro turno das eleições presidenciais de 1990. O que o senhor tem a dizer sobre isso e se realmente esse terceiro turno vai ser desfavorável ao presidente da República. Ou seja, é inevitável o impeachment ou a renúncia do presidente?

José Dirceu: O terceiro turno, nós tentamos fazer em 1990 e perdemos novamente, essa é a verdade. O PT particularmente, se ele se referia a nós, insistiu em derrotar-nos em 1990, nas eleições para o governo dos estados e para o Congresso Nacional. Ele não a venceu, perdeu as eleições, mas nós também não a vencemos. O que nós estamos vivendo no Brasil é, realmente, um terceiro turno, mas não eleitoral, é uma volta à natureza de Collor de Mello. A forma como ele se elegeu, o esquema de poder que ele organizou e as forças que o cercaram vão levar o seu governo ao fim e não será necessário esperar 1994 e nem primeiro de janeiro de 1995.

Oliveiros S. Ferreira: Mas essa confiança decorre do quê, deputado?



POLÍTICA


Contra Fernando Henrique Cardoso foram apresentados 14 pedidos de impeachment

29/09/2015 - 09h06

Ricardo Noblat

Impeachment não é golpe. É um direito assegurado pela Constituição a qualquer brasileiro ou partido político. Contra Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, foram apresentados 14 pedidos de impeachment, 13 dos quais no seu segundo mandato.

Dos 13, 10 foram assinados por deputados federais - um deles, José Genóino, então líder do PT, mais recentemente julgado e condenado como mensaleiro.

Contra Lula foram apresentados 34 pedidos, 33 assinados por cidadãos comuns, e um pelo deputado Alberto Goldman (PSDB-SP).

No primeiro mandato de Dilma, 10 pedidos foram protocolados na Câmara dos Deputados, nove assinados por cidadãos comuns, um pelo senador Mário Couto (PSDB-PA).

Todos esses pedidos - no total 58 - foram arquivados.

Na foto abaixo, o momento em que o PT e aliados entregaram a Michel Temer, então presidente da Câmara, o pedido de impeachment contra Fernando Henrique.

Da esquerda para a direita: Marina Silva (só o rosto, ao fundo); Temer; Agnelo Queiroz (ao fundo, de bigode e barba); José Dirceu, Lula e Miguel Arraes, então presidente do PSB.





 “Maquiavélico” versus “maquiaveliano” na língua e nos dicionários.


Sandra Bagno

Resumo

http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2008v2n22p129
Se bem que se estejam multiplicando no Brasil as releituras da obra de Maquiavel isentas de antigos preconceitos, e a palavra “maquiaveliano” se encontre, há umas décadas, atestada com um específico significado denotativo – análogo àquele com que, em geral, encontra-se “machia-velliano” na língua e nos dicionários de italiano –, contudo, é somente como mero sinônimo de “maquiavélico” que a palavra, há pouco, começou a aparecer registrada por uns dicionários monolíngües brasileiros. Pelo contrário, o multiplicar-se das atestações do adjetivo “maquiaveliano”, usado na acepção denotativa também como antídoto semântico-cultural, impõe uma redefinição de toda a família de palavras derivada do nome próprio ‘Maquiavel’ por parte dos dicionários monolíngües. Ou seja, por parte das obras que, por definição, deveriam representar, na sua inteireza e especificidade, o atual perfil da língua e da cultura do Brasil.



Cadernos de Tradução, ISSN 2175-7968, Florianópolis, Brasil.

Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE)- UFSC

domingo, 24 de janeiro de 2016

ALMA DE NATUREZA MUDÁVEL

Lula: "Neste país não tem uma viva alma mais honesta do que eu"

"Agora, é preciso saber que a alma exterior não é sempre a mesma...

- Não?

- Não, senhor; muda de natureza e de estado. Não aludo a certas almas absorventes, como a pátria, com a qual disse o Camões que morria, e o poder, que foi a alma exterior de César e de Cromwell. São almas enérgicas e exclusivas; mas há outras embora enérgicas, de natureza mudável". (p. 346). O espelho (Conto de Papéis Avulsos), de Machado de Assis




ALMAS ESPELHOS E METAMORFOSES

PODERES DE LULAS

AUGES, TRANSIÇÕES E OCASOS

DIALÉTICA DO CONCRETO

EM 5 DE DEZEMBRO DE 2007 DIZ QUE É UMA METAMORFOSE AMBULANTE

Lula Metamorfose Ambulante

Enviado em 7 de dez de 2007

Lula diz que é uma metamorfose ambulante




domingo, 29 de setembro de 2013


O homem de 58 milhões de votos





EM 20 DE JANEIRO DE 2016 CONCEDE ENTREVISTA COLETIVA A BLOGUEIROS NO INSTITUTO LULA EM SÃO PAULO

Lula concede entrevista coletiva a blogueiros



Partido dos Trabalhadores

723 visualizações

Publicado em 21 de jan de 2016



Nesta terça-feira (20), o ex-presidente Lula recebeu blogueiros progressistas para uma entrevista coletiva na sede do Instituto Lula, em São Paulo.



EM AGOSTO DE 2014 CONCEDE ENTREVISTA COLETIVA A BLOGUEIROS NO INSTITUTO LULA EM SÃO PAULO

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista coletiva a blogueiros


Políticos Brasileiros

400 visualizações

4 0

Publicado em 13 de ago de 2014

Memória Política (08/04/2014) - O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista coletiva a blogueiros. O ex-presidente fala sobre eleições, manifestações, Petrobrás, SUS, comunicação, mensalão, Copa do Mundo entre outros assuntos.



EM 24 DE NOVEMBRO DE 2010 ENCONTRO COM BLOGUEIROS NO PALÁCIO DO PLANALTO EM BRASÍLIA

Encontro com blogueiros no Palácio do Planalto



Palácio do Planalto

55.464

277 29

Enviado em 24 de nov de 2010

Presidente Lula concede a primeira entrevista a blogueiros no Palácio do Planalto, em Brasília




ESTADÃO conteúdo De São Paulo

20/01/201611h26

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (20) que o manifesto feito por criminalistas com críticas à operação Lava Jato é "pertinente e atualizado" e defendeu-se de suspeitas de corrupção. "Achei o manifesto pertinente, atualizado e acho que está na hora de a sociedade brasileira acordar e exigir mais democracia, mais direitos humanos", disse Lula.

O ex-presidente repetiu as críticas ao que chama de "vazamentos seletivos" pela mídia e disse que, atualmente, é mais importante a "execração pública" via imprensa que as decisões do Judiciário. Lula chegou a dizer que as coisas hoje estão piores que na ditadura militar. "No Brasil, neste momento, nem habeas corpus as pessoas estão conseguindo. Está muito mais difícil que na ditadura militar."

Lula defendeu sua atuação internacional por meio do instituto que leva seu nome ao repetir que sempre agiu corretamente na defesa dos interesses comerciais do Brasil. "Não tem neste País viva alma mais honesta que eu", afirmou ao exaltar sua máxima de que aprendeu honestidade com a mãe analfabeta.

O petista afirmou que acompanha com a "consciência tranquila" as notícias de suspeitas contra ele divulgadas na imprensa. "Tenho a consciência tranquila que neste País só tem um jeito de não ser punido, que é fazer as coisas corretas e vale para todo mundo."

Dilma

Ao falar da presidente, Lula disse que é difícil eleger um sucessor e voltou a dizer que é cuidadoso ao dar orientações à presidente Dilma Rousseff. "Tenho muito cuidado porque é muito difícil você eleger sucessor. Quando é da oposição, tudo fica mais fácil porque é só descer o cacete", disse em uma alfinetada ao tucano Fernando Henrique Cardoso.

PT

Lula voltou a dizer que o PT está sendo criminalizado e precisa reagir. "O PT tem que reagir, fazendo o embate político, para convencer as pessoas." O ex-presidente também voltou à argumentação de que o impeachment é golpe e que a oposição quer, com isso, destruir o projeto de inclusão social promovido pelo governo petista.

"Nosso objetivo é o de não permitir que ninguém neste País destrua o projeto de inclusão social que começamos a fazer em 1º de janeiro de 2003, é isso que incomoda", afirmou. "Os democratas não podem se conformar com essa tentativa de golpe explícito de quem fala em impeachment da Dilma", completou, ao dizer que democracia "é coisa séria", com a qual "não se pode brincar".

O presidente se disse otimista com o desempenho que o PT vai ter na eleição municipal deste ano e citou o principal objetivo do partido. "Estou convencido que (Fernando) Haddad vai ser reeleito prefeito de São Paulo, para citar apenas uma cidade", afirmou durante café da manhã com blogueiros promovido pelo instituto que leva seu nome, na capital paulista.

Mercado

Lula voltou a reconhecer que foi um equívoco político da presidente Dilma e do PT implementar uma política econômica diferente da pregada durante as eleições de 2014. Ele afirmou ainda que as mudanças trabalhistas implementadas ao longo de 2015 "criaram um mal estar no exército" da presidente e que ela sabe disso e que uma postura favorável ao mercado não rendeu frutos.

"Se, em algum momento, se acreditou que fazer discurso para o mercado ia melhorar a situação do País, percebemos que não se conseguiu ganhar uma pessoa do mercado", disse. "Nem o Levy (Joaquim, ex-ministro da Fazenda), que era representante do mercado, virou governo e ainda perdemos nossa gente", acrescentou Lula.

O petista defendeu, como forma de retomar o crescimento da economia, um "forte política de financiamento" para retomar obras como as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que não estão concluídas. "Dilma tem que ter como obsessão crescimento da economia, retomada do emprego e controle da inflação", resumiu.

O ex-presidente destacou a importância de não permitir que a inflação corroa a renda dos trabalhadores, mas relativizou o atual nível da elevação generalizada de preços. "Eu, que vivi uma inflação de 80% ao mês, com 8% ao ano dá até para guardar dinheiro embaixo do colchão", disse. Em 2015, o IPCA, índice oficial de inflação, encerrou o ano em 10,67%.

Segundo Lula, o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff foi "exitoso". Ele citou o crescimento de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2011 e destacou que, nesta época, outros países sentiam fortemente os efeitos da crise econômica global.

"Os problemas começaram quando a Dilma, preocupada em não permitir a desaceleração do crescimento e diminuir a política de inclusão social, fez um forte subsídio", avaliou, destacando que as políticas de isenção fiscal se aproximaram da marca de R$ 500 bilhões.

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21 Janeiro 2016 | 02h 55

“Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste país, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da Igreja Católica, nem dentro da Igreja Evangélica. Pode ter igual, mas mais do que eu, duvido.” Lula continua achando que o brasileiro é idiota. Reuniu ontem blogueiros amigos para um café da manhã em seu instituto e, a pretexto de anunciar que vai participar “ativamente” do próximo pleito municipal, aderiu pessoalmente – já o havia feito por intermédio de seu pau-mandado Rui Falcão – à campanha promovida por prósperos advogados e seus clientes, apavorados empresários e figurões da política, para desmoralizar a Operação Lava Jato, que procura acabar com a impunidade de poderosos corruptos.

Lula conseguiu escapar penalmente ileso do escândalo do mensalão e, por enquanto, não está oficialmente envolvido nas investigações sobre o assalto generalizado aos cofres públicos. Os dois casos juntam-se numa sequência das ações criminosas que levaram dinheiro sujo para os cofres do PT e aliados e “guerreiros” petistas como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares para a cadeia.

O que é inacreditável é que, como presidente da República e dono do PT, Lula não tivesse conhecimento do mensalão e do petrolão que desfilavam sob seu nariz. Assim, é notável o atrevimento – talvez mais estimulado pelo desespero do que por sua índole de ilusionista – com que o personagem, que ficou rico na política, se apresenta como monopolista das mais prístinas virtudes.

Só mesmo alguém empolgado pelo som da própria voz e pelas reações da plateia amiga cairia no ridículo de se colocar como referência máxima e insuperável em matéria de honestidade. “Pode ter igual, mas mais do que eu, duvido.”

Apesar de inebriado com as próprias virtudes, Lula encontrou espaço para a modéstia – infelizmente de braços dados com a mendacidade, que alguns chamam de exagero retórico – ao se referir ao combate à corrupção. Fez questão de dar crédito a sua sucessora, deixando no ar a pergunta sobre a razão pela qual os petistas esperaram oito anos, até que o chefão deixasse a Presidência, para se preocuparem com os corruptos: “O governo criou mecanismos para que nada fosse jogado embaixo do tapete nesse país. A presidente Dilma ainda será enaltecida pelas condições criadas para punir quem não andar na linha nesse país”. E arrematou, falando sério: “A apuração da corrupção é um bem nesse país”.

Lula não se conforma, no entanto, com a mania que os policiais e procuradores têm de o perseguirem, obstinados pela absurda ideia fixa de que ele tem alguma coisa a ver com a corrupção que anda solta por aí: “Já ouvi que delação premiada tem que ter o nome do Lula, senão não adianta”. Ou seja, os homens da Lava Jato ou da Zelotes não vão sossegar enquanto não obrigarem alguém a apontar o dedo para o impoluto Lula. Mas, confiante, o chefão do PT garante que não tem o que temer: “Duvido que tenha um promotor, delegado, empresário que tenha coragem de afirmar que eu me envolvi em algo ilícito”.

Lula falou também sobre a fase mais financeiramente próspera de sua carreira política, quando, depois de ter deixado o governo, na condição de ex-presidente faturou alto com palestras aqui e no exterior patrocinadas por grandes empresas. Explicou que é comum ex-chefes de governo serem contratados para transmitir suas experiências ao mundo. Quanto a palestrar no exterior para levantar a bola de empreiteiras que para isso lhe pagam regiamente, Lula tem a explicação que só os mal-intencionados se recusam a aceitar: “As pessoas deveriam me agradecer. O papel de qualquer presidente é vender os serviços do seu país. Essa é a coisa mais normal em um país”.

De fato, é muito louvável que um ex-presidente da República se valha de seu prestígio para “vender” os serviços e produtos de grandes empresas brasileiras aptas a competir no mercado internacional. Resta definir quando essa benemerência se transforma em tráfico de influência.

“Nesse país”, porém, qualquer um que manifeste dúvidas em relação à absoluta integridade moral do asceta de Garanhuns é insano ou mal-intencionado.



PARTIDOS NÃO PODERÃO RECORRER CONTRA OS ERROS DO SUPREMO

Posted on janeiro 21, 2016 by Tribuna da Internet 18 comments


Charge do Benett (reprodução da Folha de S. Paulo)

Carlos Newton


Os caminhos da Justiça são curiosos e até incompreensíveis para o cidadão comum. No caso da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, apresentada ao Supremo pelo PCdoB para alterar o rito do impeachment e favorecer a presidente Dilma Rousseff, vários partidos se apresentaram para integrar a ação, mas não foram admitidos como partes ou litisconsortes, figuram no processo apenas como amicus curiae, na forma da Lei Federal 9882/99, que regula este tipo de ação judicial.

A expressão latina amicus curiae, que significa “amigo do tribunal”, indica pessoa ou entidade estranha à causa, que se apresenta para oferecer esclarecimentos sobre questões essenciais ao processo.

Nesta ação impetrada pelo PCdoB, o Supremo convocou para oferecer contestação os dois maiores interessados – a presidente da República e o Congresso Nacional. Ou seja, o processo foi aberto com um autor (PCdoB) e duas partes (presidente e Câmara dos Deputados, pois o Senado Federal não se interessou em participar). Apresentaram-se também os partidos PSDB, DEM, PT, PSOL, PSB, Solidariedade, Rede e PP, além da UNE (União Nacional dos Estudantes), e todos foram aceitos como amicus curiae, apresentando suas razões e com advogados que fizeram defesas orais na sessão de exames das liminares.

18 COMMENTS

Moacir Pimentel

janeiro 21, 2016 10:04 am

“Eu gostaria de ter tido, fora daqui , informações essenciais ao exercício da minha cidadania.Gostaria de ter
visto, por exemplo , o vídeo abaixo no qual o Ministro Gilmar Mendes verbaliza , entre tantas outras verdades que instaurar a desarmonia entre os Poderes é inconstitucional e esbraveja:

“Assumamos que estamos manipulando o processo. Vamos dar a cara a tapa. Estamos tomando uma decisão casuística , com endereço certo”

O do Planalto, é claro. O ministro constata o óbvio. Faz um duro encontro com a realidade: quem não tem 171 votos de apoio na Câmara dos Deputados , não poderá continuar governando pelo poder de liminares.
Finalmente , pergunto a esses 513 senhores deputados – principalmente aqueles que fazem parte da nossa meiga oposiçãozinha – que testemunharam o texto constitucional de sua autoria ser reinventado , que estavam presentes quando o seu próprio texto regimental foi amputado,que silenciaram enquanto o Supremo legislava positivamente sem mandato, que foram tratados como legisladores de segunda , que permitiram que nós – o eleitorado – fóssemos ludibriados , e que REALMENTE estão se comportando mais como cúmplices do que como amicus curiae do Tribunal, porque não entram também eles, enquanto homens, enquanto cidadãos , com seus CPFs , com outros Mandatos de Segurança? Será que ao ser eleito pelo poder de nossos votos , os deputados cessam de ser eleitores?”

“Errata
Como de praxe , esqueci o vídeo.”



O ex-presidente Lula desafiou Deus e o mundo a provar seus supostos ilícitos.

Sem precisar ir muito longe, qualquer usuário de internet neste país, hoje, dispõe de farto material a que as autoridades provocadas por Lula também já devem ter tido pleno acesso com o estado de direito e liberdades alcançadas neste estágio de nossa democracia política.

Senão vejamos:

Marchinha do Japonês da Polícia Federal

Publicado em 4 de dez de 2015

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OPERAÇÃO LAVA JATO MARCHINHA

Publicado em 28 de jan de 2015

Categoria

Pessoas e blogs

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A marchinha de carnaval do PT

Publicado em 21 de dez de 2014

Chega de trabalho, basta de tanto "lero-lero",
não vou mais encher minhas mãos de calo,
Vou viver da bolsa do "Fome Zero". 








Luiz Carlos Prestes PT, Lula e a Ideologia Burguesa

Publicado em 2 de mai de 2015

Luiz Carlos Prestes, em entrevista à TV Record, fala sobre a proposta ideológica do PT e do Lula.

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Impeachment!!! Dilma e Lula prestes à irem presos

Publicado em 5 de dez de 2015

Impeachment!!! Dilma e Lula prestes à irem presos.
Essa é pra quem diz q Dilma e o Lula são inocentes.
Agora é q as paradas deles vão começar a aparecer. As máscaras vão cair d vez!!!!
Várias denúnci




José Dirceu

29/6/1992

Relator da CPI PC Farias, o então deputado do PT, José Dirceu, avalia que o presidente Collor não conseguiria fugir do impeachment

Jorge Escosteguy: Boa noite. A conexão PC Farias chegou até a cozinha da casa do presidente da República. A revista Isto É desta semana publicou uma reportagem denunciando que as contas da Casa da Dinda, a residência particular do presidente Fernando Collor de Mello, eram pagas ou são pagas por uma empresa do senhor Paulo César Farias. É uma denúncia com provas documentais que está na Isto É desta semana. Com tudo isso, a bolsa caiu, o dólar subiu e a nação espera ansiosa e nervosa uma resposta do presidente da República a essas denúncias. O presidente Fernando Collor fará um pronunciamento à nação amanhã à noite para explicar mais essa denúncia: o chamado caso PC Farias. No Roda Viva, que está começando agora pela TV Cultura de São Paulo, nós vamos discutir o escândalo PC Farias e a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] que investiga essas denúncias. No centro do Roda Viva está sentado o deputado federal pelo PT [Partido dos Trabalhadores] José Dirceu, membro da CPI [...] José Dirceu é mineiro de Passa Quatro, onde nasceu há 46 anos. Faz política desde os tempos de estudante, com Luís Travassos e Vladimir Palmeira, formou a liderança do movimento estudantil da década de 1960. Foi preso em 1969, durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes, a UNE, em Ibiúna, e onze meses depois, foi trocado, junto com outros presos políticos, pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, sequestrado por grupos armados. Exilado, viveu em Cuba durante seis anos, voltou ao Brasil, filiou-se ao PT, partido pelo qual foi eleito deputado estadual e deputado federal. José Dirceu, como dissemos, faz parte da CPI que investiga o escândalo PC Farias. Para entrevistar José Dirceu esta noite no Roda Viva, nós convidamos: Oliveiros Ferreira, cientista político e jornalista do jornal O Estado de S. Paulo; Paulo Nogueira, diretor adjunto da revista Exame; Milton Coelho da Graça, diretor de jornalismo da TVE do Rio de Janeiro; Luiz Maklouf de Carvalho, repórter especial do Jornal da Tarde; Ottoni Fernandes, jornalista da Gazeta Mercantil; Lúcia Helena Gazzola, repórter do jornal O Globo; José Paulo Kupfer, diretor de redação do Diário do Comércio e Indústria e Dácio Nitrini diretor executivo do Telejornal Brasil, do SBT. Na platéia, assiste ao programa, convidados da produção [...] Boa noite.



Reunião da Máfia do PT

Enviado em 11 de jul de 2011

Esse vídeo mostra as entranhas da cúpula petista. Percebam a postura venal do seu comandante Dirceu e a subserviência do Lula, que foge da câmera que nem um coe linho...



GLOSSÁRIO SONORO VISUAL

O Espelho - Conto de Machado de Assis - ¼



O Espelho - Conto de Machado de Assis - 2/4



O Espelho - Conto de Machado de Assis - ¾



O Espelho - Conto de Machado de Assis - 4/4



Metamorfose Ambulante

Raul Seixas



Toda Forma de Poder

Engenheiros do Hawaii



Be-Bop-A-Lula

Raul Seixas



Em vídeo, Lula diz que Brasil viveu o ‘auge do milagre’ no Regime Militar e que Médici seria el..



Transição

O Teatro Mágico



Eu Sou o Caso Deles

Os Novos Baianos



se o caso é chorar - Tom Zé, Antonio Carlos e Jocafi



Dialética

Lisabi



A Dialética

Dead Fish



Dialética

Vinicius de Moraes



Dialética no dia-a-dia



Concreto armado



VÍDEO REVELA SUPOSTA ARMAÇÃO EM SORTEIO DA COPA DO MUNDO 2014 BRASIL




MAS AÍ JÁ SÃO OUTROS VÍDEOS.