Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 19 de abril de 2022
revenge
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Simone Tebet na sabatina UOL/Folha ÍNTEGRA (18/04/2022)
22.315 visualizaçõesTransmissão ao vivo realizada há 14 horas
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UOL
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Pré-candidata à Presidência pelo MDB, a senadora Simone Tebet é sabatinada nesta segunda (18). A sabatina é conduzida pela apresentadora Fabíola Cidral, pelo colunista do UOL Josias de Souza e pela jornalista da Folha de S. Paulo Cátia Seabra.
https://www.youtube.com/watch?v=oEYl1m-XDLA
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Achava belo, a essa época, ouvia um poeta dizer que escrevia pela mesma razão por que uma árvore dá frutos. Osman Lins: Guerra sem testemunhas
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/2689/000237492.pdf
História Morangos Mofados
Escrita por: satanis_
Sinopse:
Achava belo, a essa época, ouvir um poeta dizer que escrevia pela mesma razão por que uma árvore dá frutos. Só bem mais tarde viera a descobrir ser um embuste aquela afetação: que o homem, por força, distinguia-se das árvores, e tinha de saber a razão de seus frutos, cabendo-lhe escolher os que haveria de dar, além de investigar a quem se destinavam, nem sempre oferecendo-os maduros, e sim podres, e até envenenados.
Osman Lins: Guerra sem testemunhas
https://www.spiritfanfiction.com/historia/morangos-mofados-23629334
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BO+BA+CO+CA:
bolso (BO) cheio
E o troco, a recompensa?
O voto na urna.
A recíproca é verdadeira:
bolso (BO) vazio
E o troco, a 'revange'?
É reviravolta eleitoral.
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O eleitor é uma caixa-preta (por Gaudêncio Torquato)
Cerca de 150 Milhões de eleitores brasileiros deverão ser envolvidos pela “feitiçaria” que a publicização política haverá de construir
Guga Noblat
17/04/2022 11:00,atualizado 16/04/2022 23:43
Quem é o eleitor brasileiro? Eis a pergunta sobre a qual, a esta altura, estão debruçados candidatos e assessores. O que os leva à decisão de voto? Quais são os fatores que balizam o processo decisório? Tentemos mostrar nuances.
Cerca de 150 Milhões de eleitores brasileiros deverão ser envolvidos pela “feitiçaria” que a publicização política haverá de construir, nos próximos meses. Como podemos evitar a embrulhada engendrada pela atmosfera criada pela propaganda eleitoral, já em pleno curso, com as inserções partidárias? Primeiro, é oportuno identificar a simulação usada por candidatos, que querem aparecer mascarados, sem sua identidade.
Ora, “nenhum homem, por maior esforço que faça, pode acrescentar um palmo à sua altura”, diz a Bíblia, e alterar o pequeno modelo que é o corpo humano. Mesmo usando a engenharia de artimanhas do marketing. Há, de fato, cerca de 30 milhões de brasileiros que vivem em estado deplorável. O país mostra sinais de anomia e degeneração de valores. Mas tem uma base sobre a qual se pode navegar com segurança. Usar o acervo de mazelas, sob o artifício de emoções falsas, costuradas na colcha de diagnósticos por demais conhecidos, sem apontar caminhos e soluções para os avanços, é querer instrumentalizar a catarse coletiva.
Candidato não é sabonete. O eleitor quer um candidato honesto e com experiência administrativa, mas banhado pelo conceito da assepsia, da higienização política. O ideário da inovação e da renovação ganha espaço em meio a nomes carimbados do quadro nacional. Também quer votar em pessoas que passem a ideia de bons controladores do orçamento municipal. Nesse aspecto, as candidatas levam vantagem – a mulher sempre controla o orçamento doméstico e transmite maior confiança. Chega ao fim o “candidato sabonete”, apresentado como um verdadeiro produto para o consumo de massa, cuja imagem era construída por meio da cosmética publicitária.
Outra questão é sobre as redes sociais. A influência da Internet será maior do que nas eleições passadas, mas ela não constitui, ainda, um veículo fundamental. Nada substitui o contato pessoal do candidato com seu eleitorado. Diante da crise social, da desconfiança e da descrença, as pessoas sentem necessidade de ver seus candidatos de perto. Os políticos devem sair às ruas e andar pelas casas e pelos bairros. Mais importante do que os grandes comícios serão os pequenos encontros, como cafés da manhã, visitas, mutirões e carreatas.
A esperteza, a dramatização, os recursos artificiais, a hipocrisia e a insinceridade têm sido a tônica da cultura política. Mais uma questão: “o que faz um eleitor preferir um candidato a outro?” Não há uma resposta fechada para a questão. Dependendo do candidato e da região, certos fatores pesam mais que outros. O primeiro apelo é o do bolso. Relaciona-se à luta pela sobrevivência e à necessidade de se garantir o alimento. Esse é um dos impulsos básicos do ser humano, que age principalmente em épocas de contenção, crise e desemprego.
Tenho escrito bastante sobre o uso de instintos em campanhas eleitorais, com destaque para o instinto nutritivo. Até formei uma hipótese que tenho usado para explicar o processo de decisão de voto. Que parte do cinturão econômico é ciclicamente usado por governos para afrouxar ou apertar a barriga do eleitor. O “xis” da questão resume-se na equação BO+BA+CO+CA: bolso (BO) cheio enche a geladeira, satisfaz a barriga (BA), emociona o coração (CO) e induz a cabeça (CA) dos bem alimentados a recompensar os patrocinadores do pão sobre a mesa. E o troco, a recompensa? O voto na urna. A recíproca é verdadeira. Bolso vazio é reviravolta eleitoral.
conteudo patrocinado
[Fotos] Filha de Letícia Sabatella faz 29 anos e é sua réplica
HTTPS://EDITIONIST.COM/
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Sandália mais macia do mundo vira febre em Juiz De Fora
SANDÁLIA CONFORTAX
Sandália mais macia do mundo vira febre em Juiz De Fora
Os Cachorros Mais Caros do Mundo
INVESTING.COM - BR
Os Cachorros Mais Caros do Mundo
Quaisquer propostas para garantir o sustento de pessoas e famílias, quando feitas de maneira crível e objetiva, laçam o interesse das pessoas. Um bom emprego ou a perspectiva de melhorar de vida simbolizam o eixo desse discurso. Outro fator de interesse liga-se à região, ao município, ao bairro, à rua. Trata-se do fator proximidade, que, nos últimos tempos, tem despertado a intenção dos eleitores. O voto está ficando distritalizado, regionalizado.
Mais um elemento emerge com importância: a proximidade psicológica entre eleitor e candidato. Trata-se, no caso, do conhecimento que o eleitor tem do candidato, aí incluídos os contatos, a aproximação, a tradição familiar, o grau de intimidade. É como o eleitor estivesse votando em alguém da família.
Por último, a onda das circunstâncias. Os bons candidatos sempre recebem uma ajudazinha do clima psicológico dos momentos, formado pelos ventos que sopram a seu favor, e que o projetam como a pessoa que melhor cristaliza os sentimentos gerais.
Gaudêncio Torquato é escritor, jornalista, professor titular da USP e consultor político
https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/o-eleitor-e-uma-caixa-preta-por-gaudencio-torquato
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(as pessoas começavam a murmurar, Que rei temos nós, que não atende),
Um homem foi bater à porta do rei e disse-lhe, Dá-me um barco. A casa do rei tinha muitas portas, mas aquela era a das petições. Como o rei passava todo o tempo sentado à porta dos obséquios (entenda-se, os obséquios que lhe faziam a ele), de cada vez que ouvia alguém a chamar à porta das petições fingia-se desentendido, e só quando o ressoar contínuo da aldabra de bronze se tornava, mas do que notório, escandaloso, tirando o sossego à vizinhança (as pessoas começavam a murmurar, Que rei temos nós, que não atende), é que dava ordem ao primeiro-secretário para ir saber o que queria o impetrante, que não havia maneira de se calar. Então, o primeiro-secretário chamava o segundo-secretário, este chamava o terceiro, que mandava o primeiro-ajudante, que por sua vez mandava o segundo, e assim por aí fora até chegar à mulher da limpeza, a qual, não tendo ninguém em quem mandar, entreabria a porta das petições e perguntava pela frincha, Que é que tu queres. O suplicante dizia ao que vinha, isto é, pedia o que tinha de pedir, depois instalava-se a um canto da porta, à espera de que o requerimento fizesse, de um em um, o caminho contrário, até chegar ao rei. Ocupado como sempre estava com os obséquios, o rei demorava a resposta, e já não era pequeno sinal de atenção ao bem-estar e felicidade do seu povo quando resolvia pedir um parecer fundamentado por escrito ao primeiro-secretário, o qual, escusado seria dizer, passaca a encomenda ao segundo-secretário, este ao terceiro, sucessivamente, até chegar outra vez à mulher da limpeza, que despachava sim ou não conforme estivesse a maré.
Contudo, no caso do homem que queria um barco, as coisas não se passaram bem assim. Quando a mulher da limpeza lhe perguntou pela nesga da porta, Que é que tu queres, o homem, em lugar de pedir, como era o costume de todos, um título, uma condecoração, ou simplesmente dinheiro, respondeu, Quero falar ao rei, Já sabes que o rei não pode vir, está na porta dos obséquios, respondeu a mulher, Pois então vai lá dizer-lhe que não saio daqui até que ele venha, pessoalmente, saber o que quero, rematou o homem, e deitou-se ao comprido no limiar, tapando-se com a manta por causa do frio. Entrar e sair, só por cima dele. Ora, isto era um enorme problema, se tivermos em consideração que, de acordo com a pragmática das portas, ali só se podia atender um suplicante de cada vez, donde resultava que, enquanto houvesse alguém à espera de resposta, nenhuma outra pessoa se poderia aproximar a fim de expor as suas necessidades ou as sua ambições. À primeira vista, quem ficava a ganhar com esse artigo do regulamento era o rei, dado que, sendo menos numerosa a gente que o vinha incomodar com lamúrias, mais tempo ele passava a ter, e mais descanso, para receber, contemplar e guardar os obséquios. À segunda vista, porém, o rei perdia, e muito, porque os protestos públicos, ao notar-se que a resposta estava a tardar mais do que o justo, faziam aumentar gravemente o descontentamento social, o que, por seu turno, ia ter imediatas e negativas consequências no afluxo de obséquios. No caso que estamos narrando, o resultado da ponderação entre os benefícios e os prejuízos foi ter ido o rei, ao cabo de três dias, e em real pessoa, à porta das petições, para saber o que queria o intrometido que se havia negado a encaminhar o requerimento pelas competentes vias burocráticas. Abre a porta, disse o rei à mulher da limpeza, e ela perguntou, Toda, ou só um bocadinho. O rei duvidou por um instante, na verdade não gostava muito de se expor aos ares da rua, mas depois reflexionou que pareceria mal, além de ser indigno de sua majestade, falar com um súbdito através de uma nesga, como se tivesse medo dele, mormente estando a assistir ao colóquio a mulher da limpeza, que logo iria dizer por aí sabe Deus o quê, De par em par, ordenou. O homem que queria um barco levantou-se do degrau da porta quando começou a ouvir correr os ferrolhos, enrolou a manta e pôs-se à espera. Estes sinais de que finalmente alguém viria atender, e que portanto a praça não tardaria a ficar desocupada, fizeram aproximar-se da porta uns quantos aspirantes à liberalidade do trono que por ali andavam, prontos a assaltar o lugar mal ele vagasse. O inopinado aparecimento do rei (nunca uma tala coisa havia sucedido desde que ele andava de coroa na cabeça) causou uma surpresa desmedida, não só aos ditos candidatos mas também à vizinhança que atraída pelo repentino alvoroço, assomara às janelas das casas, no outro lado da rua. A única pessoa que não se surpreendeu por aí além foi o homem que tinha vindo pedir um barco. Calculara ele, e acertara na previsão, que o rei, mesmo que demorasse três dias, haveria de sentir-se curioso de ver a cara de quem, sem mais nem menos, com notável atrevimento, o mandar chamar. repartido pois entre a curiosidade que não pudera reprimir e o desagrado de ver tanta gente junta, o rei, com o pior dos modos, perguntou três perguntas seguidas, Que é que queres, Por que foi que não disseste logo o que querias, Pensarás tu que eu não tenho mais nada que fazer, mas o homem só respondeu à primeira pergunta, Dá-me um barco, disse. O assombro deixou o rei a tal ponto desconcertado, que a mulher da limpeza se apressou a chegar-lhe uma cadeira de palhinha, a mesma em que ela própria se sentava quando precisava de trabalhar de linha e agulha, pois além da limpeza, tinha também à sua responsabilidade alguns trabalhos menores de costura no palácio, como passajar as peúgas dos pajens. Mal sentado, porque a cadeira de palhinha era muito mais baixa que o trono, o rei estava a procurar a melhor maneira de acomodar as pernas, ora estendendo-as para os lados, enquanto o homem que queria um barco esperava com paciência a pergunta que se seguiria, E tu para que queres um barco, pode-se saber, foi o que o rei de facto perguntou quando finalmente se deu por instalado, com sofrível comodidade, na cadeirada mulher da limpeza. Para ir à procura da ilha desconhecida, respondeu o homem, Que ilha desconhecida, perguntou o rei disfarçando o riso, como se tivesse na sua frente um louco varrido, dos que têm a mania das navegações, a quem não seria bom contrariar logo de entrada, A ilha desconhecida, repetiu o homem, Disparte, já não há ilhas desconhecidas, Quem foi que te disse, rei, que já não há ilhas desconhecidas, estão todas nos mapas, Nos mapas só estão as ilhas conhecidas, E que ilha desconhecida é essa que queres ir à procura, Se eu to pudesse dizer, então não seria desconhecida, A quem ouviste falar dela, perguntou o rei, agora mais sério, A ninguém, Nesse caso, por que teimas em dizer que ela existe, Simplesmente por que é impossível que não exista uma ilha desconhecida, E vieste aqui para me pedires um barco, Sim, vim aqui para pedir-lhe um barco, E tu quem és, para que eu to dê, E tu quem és, para que não mo dês, Sou o rei deste reino, e os barcos do reino pertencem-me todos, Mais lhes pertencerás tu a eles do que eles a ti, Que queres dizer, perguntou o rei inquieto, Que tu, sem eles, és nada, e que eles, sem ti, poderão sempre navegar. às minhas ordens, com os meus pilotos e os meus marinheiros, Não te peço marinheiros nem pilotos, só te peço um barco, E essa ilha desconhecida, se a encontrares, será para mim, A ti, rei, so te interessam as ilhas conhecidas. Também me interessam as desconhecidas quando deixam de o ser, Talvez esta não se deixe conhecer, Então não te dou o barco, Darás. Ao ouvirem esta palavra, pronunciada com tranquila firmeza, os aspirantes à porta das petições, em quem, minuto após minuto, desde o princípio da conversa, a impaciência vinha crescendo, e mais para se verem livres dele do que por simpatia solidária, resolveram intervir a favor do homem que queria o barco, começando a gritar, Dá-lhe o barco, dá-lhe o barco. O rei abriu a boca para dizer à mulher da limpeza que chamasse a guarda do palácio a vir restabelecer imediatamente a ordem pública e impr a disciplina, mas, nesse momento, as vizinhas que assistiam das janelas juntaram-se ao coro com entusiasmo, gritando como os outros, Dá-lhe o barco, dá-lhe o barco. Perante uma tão iniludível manifestação da vontade popular e preocupado com o que, neste meio tempo, já haveria perdido na porta dos obséquios, o rei levantou a mão direita a impor silêncio e disse, Vou dar-te um barco, mas a tripulação terás de arranjá-la tu, os meus marinheiros são-me precisos para as ilhas conhecidas. Os gritos de aplauso do público não deixaram que se percebesse o agradecimento do homem que viera pedir um barco, aliás o movimento dos lábios tanto teria podido ser Obrigado, meu senhor, como Eu cá me arranjarei, mas o que distintamente se ouviu foi o dito seguinte do rei, Vais à doca, perguntas lá pelo capitão do porto, dizes-lhe que te mandei eu, e ele que te dê o barco, levas o meu cartão. O homem que ia receber um larco leu o cartão de visita, onde dizia Rei por baixo do nome do rei, e eram estas as palavras que ele havia escrito sobre o ombro da mulher da limpeza, Entrega ao portador um barco, não precisa ser grande, mas que navegue bem e seja seguro, não quero ter remorsos na consciência se as coisas lhe correrem mal. Quando o homem levantou a cabeça, supõe-se que desta vez é que iria agradecer a dádiva, já o rei se tinha retirado, só estava a mulher da limpeza a olhar para ele com cara de caso. O homem desceu do degrau da porta, sinal de que os outros canditados podiam enfim avançar, nem valeria a pena explicar que a confusão foi indescritível, todos a quererem chegar ao sítio em primeiro lugar, mas com tão má sorte que a porta já estava fechada outra vez. A aldraba de bronze tornou a chamar a mulher da limpeza, mas a mulher da limpeza não está, deu a volta e saiu com o balde e a vassoura por outra porta, a das decisões, que é raro ser usada, mas quando é, é. Agora sim, agora pode-se compreender o porquê da cara de caso com que a mulher da limpeza havia estado a olhar, foi esse o preciso momento em que ela resolveu ir atrás do homem quando ele se dirigisse ao porto a tomar conta do barco. Pensou ela que já bastava de uma vida a limpar e a lavar palácios, que tinha chegado a hora de mudar de ofício, que lavar a limpar barcos é que era a sua vocação verdadeira, no mar, ao menos, a água nunca lhe faltaria. O homem nem sonha que, não tendo ainda sequer começado a recrutar os tripulantes, já leva atrás de si a futura encarregada das baldeações e outros asseios, também é deste modo que o destino costuma comportar-se connosco, já está mesmo atrás de nós, já entendeu a mão para torcar-nos o ombro, e nós ainda vamos a murmurar, Acabou-se, não há mais que ver, é tudo igual.
Andando, andando, o homem chegou ao porto, foi à doca, perguntou pelo capitão, e enquanto ele não chegava deitou-se a adivinhar qual seria, de quantos barcos ali estavam, o que iria ser o seu, grande já se sabia que não, o cartão de visita do reio era muito claro neste ponto, por conseguinte ficavam de fora os paquetes, os cargueiros e os navios de guerra, tão-pouco poderia ser ele tão pequeno que resistisse mal às forças do vento e aos rigores do mar, o rei também havia sido categórico neste ponto, Que navegue bem e seja seguro, foram estas as suas formais palavras, assim implicitamente excluindo os botes, as faluas e os escaleres, os quais, sendo bons navegantes, e seguros, conforme a condição de cada qual, não tinham nascido para sulcar os oceanos, que é onde se encontram as ilhas desconhecidas. Um pouco afastada dali, escondida por trás de uns bidões, a mulher da limpeza correu os olhos pelos barcos atracados, Para o meu gosto, aquele, pensou, porém a sua opinião não contava, nem sequer havia sido ainda contratada, vamos ouvir antes o que dirá o capitão do porto. O capitão veio, leu o cartão, mirou o homem de alto a baixo, e fez a pergunta que o rei se tinha esquecido de fazer, Sabes navegar, tens carta de navegação, ao que o homem respondeu, Aprenderei no mar. O capitão disse, Não to aconselharia, capitão sou eu, e não me atrevo com qualquer barco, Dá-me então um com que possa atrever-me eu, não, um desses não, dá-me antes um barco que eu respeite e que possa respeitar-me a mim, Essa linguaguem é de marinheiro, mas tu não és marinheiro, Se tenho a linguagem, é como se o fosse. O capitão tornou a ler o cartão do rei, depois perguntou, Poderás dizer-me para que queres o barco, Para ir à procura da ilha desconhecida, Já não há ilhas desconhecidas, O mesmo me disse o rei, O que ele sabe de ilhas, aprendeu-o comigo, É estranho que tu, sendohomem do mar, me digas isso, que já não há ilhas desconhecidas, homem da terra sou eu, e não ignoro que todas as ilhas, mesmo as conhecidas, são desconhecidas enquanto não desembarcarmos nelas, Mas tu, se bem entendi, vais à procura de uma onde nunca ninguém tenha desembarcado, Sabê-lo-ei quando lá chegar, Se chegares, Sim, às vezes naufraga-se pelo caminho, mas, setal me viesse a acontecer, deverias escrever nos anais do porto que o ponto a que cheguei foi esse, Queres dizer que chegar, sempre se chega, não serias quem és se não o soubesses já. O capitão do porto disse, Vou dar-te a embarcação que te convém, Qual é ela, É um barco com muita experiência, ainda do tempo em que toda a gente andava à procura de ilhas desonhecidas, Qual é ele, Julgo até que encontrou algumas, Qual, Aquele. Assim que a mulher da limpeza percebeu para onde o capitão apontava, saiu a correr de detrás dos bidões e gritou, è o meu barco, é o meu barco, há que perdoar-lhe a insólita reivindicação de propriedade, a tododos os títulos abusiva, o barco era aquele de que ela tinha gostado, simplesmente. Parece uma caravela, disse o homem, Mais ou menos, concordou o capitão, no princípio era uma caravela, depois passou por arranjos e adaptações que a modificaram um bocado, Mas continua a ser uma caravela, Sim, no conjunto conserva o antigo ar, E tem mastros e velas, Quando se vai procurar ilhas desconhecidas, é o mais recomendável. A mulher da limpeza não se conteve, Para mim não quero outro, Quem és tu, perguntou o homem, Não te lembras de mim, Não tenho ideia, Sou a mulher da limpeza, Qual limpeza, A do palácio do rei, A que abria a porta das petições, Não havia outra, E por que não estás tu no palácio do rei a limpar e a abrir portas, Porque as portas que eu realmente queria já foram abertas e porque de hoje em diante só limparei barcos, Então estás decidida a ir comigo procurar a ilha desconhecida, Saí do palácio pela porta das decisões, Sendo assim, vai para a caravela, vê como está aquilo, depois do tempo que passou de e precisar de uma boa lavagem, e tem cuidado co as gaivotas, que não são de fiar, Não queres vir comigo conhecer o teu barco por dentro, Tu disseste que era teu, Desculpa, foi só porque gostei dele, Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar. O capitão do porto interrompeu a conversa, Tenho de entregar as chaves ao dono do barco, a um ou a outro, resolvam-se, a mim tanto se me dá, Os barcos têm chave, perguntou o homem, Para entrar, não, mas lá estão as arrecadações e os paióis, e a escrivaninha do comandante com o dia´rio de bordo, Ela que se encarregue de tudo, eu vou recrutar a tripulação, disse o homem, e afastou-se.
A mulher da limpeza foi ao escritório do capitão para recolher as chaves, depois entrou no barco, duas coisas lhe valeram aí, a vassoura do palácio e a prevenção contra as gaivotas, ainda não tinha acabado de atravessar a prancha que ligava a amurada ao cais e já as malvadas estavam a precipitar-se sobre ela aos guinchos, furiosas, de goela aberta, como se ali mesmo a quisessem devorar. Não sabiam com quem se metiam. A mulher da limpeza pousou o balde, meteu as chaves no seio, firmou bem os pés na prancha, e, redemoinhando a vassoura como se fosse um espadão dos antigos, fez debandar o bando assassino. Foi só quando entrou no barco que compreendeu a ira das gaivotas, havia ninhos por toda a parte, muitos deles abandonados, outros ainda com ovos, e uns poucos com gaivotinhos de bico aberto, à espera da comida, Pois sim, mas o melhor é mudarem-se daqui,um barco que vai procurar a ilha desconhecida não pode ter este aspecto, como se fosse um galinheiro, disse. Atirou para a água os ninhos vazios, quanto aos outros deixou-os ficar, até ver. Depois arregaçou as mangas e pôs-se a lavar a coberta. Quando acabou a dura tarefa, foi abrir o paiol das velas e procedeu a um exame minucioso do estado das costuras, depois de tanto tempo sem irem ao mar e sem terem de suportar os esticões saudáveis do vento. As velas são os músculos do barco, basta ver como incham quando se esforçam, mas, e isso mesmo sucede aos músculos, se não se lhes dá uso regularmente, abrandam, amolecem, perdem nervos das velas, pensou a mulher da limpeza, comntente por estar a aprender tão depressa a arte de marinharia. Achou esgarçadas algumas bainhas, mas contentou-se com assinal´-las, uma vez que para este trabalho não podiam servir a linha e a agulha com que passajava as peúgas dos pajens antigamente, quer dizer, ainda ontem. Quanto aos outros paióis, viu logo que estavam vazios. Que o da pólvora estivesse desmunido,salvo uns pozinhos negros no fundo, que primeiro mais lhe pareceram caganitas de rato, não lhe importou nada, de facto não está escrito em nenhuma lei, pelo menos até onde a sabedoria duma mulher da limpeza é capaz de alcançar, que ir em busca duma ilha desconhecida tenha de ser forçosamente uma empresa de guerra. Já a ralou, e muito, a falta absoluta de munições de boca no paiol respectivo, não por si própria, que estava mais do que acostumada ao mau passadio do palácio, mas por causa do homem a quem deram este barco, não tarda que o sol se ponha, e ele a aparecer-me aí a clamar que tem fome, que é o dito de todos os homens mal entram em casa, como se só eles é que tivessem estômago e sofressem da necessidade de o encher. E se já traz marinheiros para a tripulação, que são uns ogres a comer, então é que não sei como nos iremos governar, disse a mulher da limpeza.
Não valia a pena ter-se preocupado tanto. O sol havia acabado de sumir-se no oceano quando o homem que tinha um barco surgiu no extremo do cais. Trazia um embrulho na mão, porém vinha sozinho e cabisbaixo. A mulher da limpeza foi esperá-lo à prancha, mas antes que ela abrisse a boca para se inteirar de como lhe tinha corrido o restodo dia, ele disse, Está descansada, trago aqui comida para os dois, E os marinheiros, perguntou ela, Não veio nenhum, como podes ver, Mas deixaste-os apalavrados, ao menos, tornou ela a perguntar, Disseram-me que já não há ilhas desconhecidas, e que, mesmo que as houvesse, não iriam eles tirar-se do sossego dos seus lares e da boa vida dos barcos de carreira para se meterem em aventuras oceânicas, à procura de um impossível, como se ainda estivéssemos no tempo do mar tenebroso, E não lhes falaste da ilha desconhecida, Como poderia falar-lhes eu duma ilha desconhecida, se não a conheço, Mas tens a certeza de que ela existe, Tanta como a de ser tenebroso o mar, Neste momento, visto daqui, com aquela água cor de jade e o céu como um incêncio, de tenebroso não lhe encontro nada, É uma ilusão tua, também as ilhas às vezes parece que flutuam sobre as águas, e não é verdade, Que pensas fazer, se te falta a tripulação, Ainda não sei, Podíamos ficar a viver aqui, eu oferecia-me para lavar os barcos que vêm à doca, e tu, E eu, Tens com certeza um mester, um ofício, uma profissão, como agora se diz, Tenho, tive, terei se for preciso, mas quero encontrar a ilhadesconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver, Não o sabes, Se não sais de ti, não chegas a saber quem és, O filósofo do rei, quando não tinha que fazer, ia sentar-se ao pé de mim, a ver-me passajar as peúgas dos pajens, e às vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo o homem é uma ilha, eu, como aquilo não era comigo, visto que sou mulher, não lhe dava importância, tu que achas, Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós, Se não saímos de nós próprios, queres tu dizer, Não é a mesma coisa. O incêndio do céu ia esmorecendo, a água arroxeou-se de repente, agora nem a mulher da limpeza duvidaria de que o mar é mesmo tenebroso, pelo menos a certas horas. Disse o homem, Deixemos as filosofias para o filósofo do rei, que para isso é que lhe pagam, agora vamos nós comer, mas a mulher não esteve de acordo, Primeiro, tens de ver o teu barco, só o conheces por fora, Que tal o encotraste, Há algumas bainhas das velas que estão a precisar de reforço, Desceste ao porão, encontraste água aberta, No fundo vê-se alguma, de mistura com o lastro, mais isso parece que é próprio, faz bem ao barco, Como foi que aprendeste essas coisas, Assim, Assim como, Como tu, quando disseste ao capitão do porto que aprenderias a navegar no mar, Ainda não estamos no mar, Mas já estamos na água, Sempre tive a ideia de que para a navegaç]ao só há dois mestres verdadeiros, um que é o mar, o outro que é o barco, E o céu, estás a esquecer-te do céu, Sim, claro, o céu, Os ventos, As nuvens, O céu, Sim, o céu.
Em menos de um quarto de hora tinham acabado a volta pelo barco, uma caravela, mesmo transformada, não dá para grandes passeios. É bonita, disse o homem, mas se eu não conseguir arranjar tripulantes suficientes para a manobra, terei de ir dizer ao rei que já não a quero, Perdes o ânimo logo à primeira contrariedade, A primeira contrariedade foi estar à espera do rei três dias, e não desisi, Se não encontrares marinheiros que queiram vir, cá nos arranjaremos os dois, Estás doida, duas pessoas sozinhas não seriam capazes de governar um barco destes, eu teria de estar sempre ao leme, e tu, nem vale a pena estar a explicar-te, é uma loucura, Depois veremos, agora vamos mas é comer. Subiram para o castelo de popa, o homem ainda a protestar contra o que chamara loucura, e, ali, a mlher da limpeza abriu o farnel que ele tinha trazido, um pão, queijo duro, de cabra, azeitonas, uma garrafa de vinho. A lua já estava meio palmo sobre o mar, as sombras da verga e do mastro grande vieram deita-se-lhes aos pés. É realmente bonita a nossa caravela, disse a mulher, e emendou logo, A tua, a tua caravela, Desconfio que não o será por muito tempo, Navegues ou não navegues com ela, é tua, deu-ta o rei, Pedi-lha para ir procurar uma ilha esconhecida, Mas estas coisas não se fazem do pé para a mão, levam o seu tempo, já o meu avô dizia que quem vai ao mar avia-se em terra, e mais não era ele marinheiro, Sem tripulantes não poderemos navegar, Já o tinhas dito, E há que abastecer o barco das mil coisas necessárias a uma viagem como esta, que não se sabe aonde nos levará, Evidentemente, e depois teremos de esperar que seja a boa estação, e sair com a boa maré, e vir gente ao cais a desejar-nos boa viagem, Estás a rir-te de mim, Nunca me riria de quem me fez sair pela porta das decisões, Desculpa-me, E não tornarei a passar por ela, suceda o que suceder. O luar iluminava em cheio a cara da mulher da limpeza, É bonita, realmente é bonita, pensou o homem, que desta vez não estava a referir-se à caravela. A mulher, essa, não pensou nada, devia ter pensado tudo durante aqueles três dias, quando entreabira de vez em quando a porta para ver se aquele ainda continuava lá fora, à espera. Não sobrou migalha de pão ou de queijo, nem gotade vinho, os caroços das azeitonas foram atirados para a água, o chão está tão limpo como ficara quando a mulher da limpeza lhe passou por cima o último esfregão. A sereia de um paquete que saía para o mar soltou um ronco potente, como deviam ter sido os do leviatã, e a mulher disse, Quando for a nossa vez faremos menos barulho. Apesar de estarem no interior da doca, a água ondulou um pouco à passagem do paquete, e o homem disse, Mas baloiçaremos muito mais. Riram os dois, depois ficaram calados, passado um bocado um deles opinou que o melhor seria rem dormir, Não é que eu tenha muito sono, e o outro concordou, Nem eu, depois calaram-se outra vez, a lua subiu e continuou a subir, em certa altura a mulher disse, Há beliches lá em baixo, o homem disse, Sim, e foi então que se levantaram, que desceram à coberta, aí a mulher disse, Até amanhã, eu vou para este lado, e o homem respondeu, E eu vou para este, até amanhã, não disseram bombordo nem estibordo. Decerto por estarem ainda a praticar na arte. A mulher voltou atrás, Tinha-me esquecido, tirou do bolso do avental dois cotos de vela, Encontrei-os quando andava a limpar, o que não tenho é fósforos, Eu tenho, disse o homem. Ela segurou as velas, uma em cada mão, ele acendeu um fósforo, depois abrigando a chama sob a cúpula dos dedos curvados, levou-a com todo o cuidado aos velhos pavios, a luz pegou, cresceu lentamente como faz o luar, banhou a cara da mulher da limpeza, nem seria preciso dizer o que ele pensou, É bonita, mas o que ela pensou, sim, Vê-se bem que só tem olhos para a ilha desconhecida, aqui está como as pessoas se enganam nos sentidos do olhar, sobretudo ao princípio. Ela entregou-lhe uma vela, disse, Até amanhã, dorme bem, ele quis dizer o mesmo doutra maneira, Que tenhas sonhos felizes, foi a frase que lhe saiu, daqui a pouco, quando lá estiver em baixo, deitado no seu beliche, vir-lhe-ão à ideia outras frases, mais espirituosas, sobretudo mais insinuantes, como se espera que sejam as de um homem quando está a sós com uma umulher. Perguntava-se se já dormiria, se teria tardado a entrar no sono, depois imaginou que andava à procura dela e não a encontrava em nenhum sítio, que estavam perdidos os dois num barco enorme, o sonho é um prestidigitador hábil, muda as proporções das coisas e as suas distâncias, separa as pessoas, e elas estão juntas, reúne-as, e quase não se vêem uma à outra, a mulher dorme a poucos metros e ele não soube como alcança-la, quando é tão fácil ir de bombordo a estibordo.
Tinha-lhe desejado felizes sonhos, mas foi ele quem levou toda a noite a sonhar. Sonhou que a sua caravela ia no mar alto, com as três velas triangulares gloriosamente enfunadas, abrindo caminho sobre as ondas, enquanto ele manejava a roda do leme e a tripulação descansava à sombra. Não percebia como podiam ali estar os marinheiros que no porto e na cidade se tinham recusado a embarcar com ele para ir à procura da ilha desconhecida, provavelmente arrependeram-se da grosseira ironia com que o haviam tratado. Via animais espalhados pela coberta, patos coelhos, galinhas, o habitual da criação doméstica, debicando os grãos de milho ou roendo as folhas de couve que um marinheiro lhes atirava, não se lembrava de quando os tinha trazido para o barco, fosse como fosse era natural que ali estivessem, imaginemos que a ilha desconhecida é, como tantas vezes o foi no passado, uma ilha deserta, o melhor será jogar pelo seguro, todos sabemos que abrir a porta da coelheira e agarrar um coelho pelas orelhas sempre foi mais fácil do que persegui-lo por montes e vales. Do fundo do porão veio agora um coro de relinchos de cavalos, de mugidos de bois, de zurros de asnos, as vozes dos nobres animais necessários para o trabalho pesado, e como foi que vieram eles, como podem estar numa caravela onde a tripulação humana mal cabe, de súbito o vento deu uma guinada, a vela maior bateu e ondulou, por trás dela estava o que antes não se vira, um grupo de mulheres que mesmo sem as contar se adivinha serem tantas quantos os marinheiros, ocupam-se nas suas coisas de mulheres, ainda não chegou o tempo de se ocuparem doutras, está claro que isto só pode ser um sonho, na vida real nunca se viajou assim. O homem do leme buscou com os olhos a mulher da limpeza e não a viu, Talvez esteja no beliche de estibordo, a descansar da lavagem da coberta, pensou, mas foi um pensar fingido, porque ele bem sabe, embora também não saiba como o sabe, que ela à última hora não quis vir, que saltou para a ilha desconhecida, vou-me embora, e não era verdade, agora mesmo andam os olhos dele a procurá-la e não a encontram. Neste momento o céu cobriu-se e começou a chover, e, tendo chovido, principiaram a brotar inúmeras plantas das fileiras de sacos de terra alinhadas ao longo da amurada, não estão ali porque se suspeite que não haja terra bastante na ilha desconhecida, mas porque assim se ganhará tempo, no dia em que lá chegarmos só teremos que transplantar as árvores de fruto, semear os grãos das pequenas searas que vão amadurecer aqui, enfeitar os canteiros com as flores que desabrocharão destes botões. O homem do leme pergunta aos marinheiros que descansam na cobertura se avistam alguma ilha desabitada, e eles respondem que não vêem nem de umas nem das outras, mas que estão a pensar em desembarcar na primeira terra povoada que lhes apareça, desde que haja lá um porto onde fundear, uma taberna onde beber e uma cama onde folgar, que sim não se pode, com toda esta gente junta. E a ilha desconhecida, perguntou o homem do leme, A ilha desconhecida é coisa que não existe, não passa duma idéia da tua cabeça, os geógrafos do rei foram ver nos mapas e declararam que ilhas por conhecer é coisa que se acabou desde há muito tempo, Devíeis ter ficado na cidade, em lugar de vir atrapalhar-me a navegação, Andávamos à procura de um sítio melhor para viver e resolvemos aproveitar a tua viagem, Não sois marinheiros, Nunca o fomos, Sozinho, não serei capaz de governar o barco, Pensasses nisso antes de ir pedi-lo ao rei, o mar não ensina a navegar. Então o homem do leme viu uma terra ao longe e quis passar adiante, fazer de conta que ela era a miragem de uma outra terra, uma imagem que tivesse vindo do outro lado do mundo pelo espaço, mas os homens que nunca haviam sido marinheiros protestaram, disseram que ali mesmo é que queriam desembarcar, Esta é uma ilha do mapa, gritaram, matar-te-emos se não nos levares lá. Então, por si mesma, a caravela virou a proa em direcção à terra, entrou no porto e foi encostar à muralha da doca, Podeis ir-vos, disse o homem do leme, acto contínuo as´ram em correnteza, primeiro as mulheres, depois os homens, mas não foram sozinhos, levaram com eles os patos, os coelhos e as galinhas, levaram os bois, os burros e os cavalos, e até as gaivotas, uma após outra, levantaram voo e se foram do barco transportando no bico os seus gaivotinhos, proeza que não tinha sido cometida antes, mas há sempre uma vez. O homem do leme assistiu à debandada em silêncio, não fez nada para reter os que o abandonavam, ao menos tinham-no deixado com as árvores, os trigos e as flores, com as trepadeiras que se enrolavam nos mastros e pendiam da amurada como festões. Por causa do atropelo da saída haviam-se rompido e derramado os sacos de terra, de modo que a coberta era toda ela como um campo lavrado e semeado, só falta que venha um pouco mais de chuva para que seja um bom ano agrícola. Desde que a viagem à ilha desconhecida começou que não se vê o homem do leme comer, deve ser porque está a sonhar, apenas a sonhar, e se no sonho lhe apetecesse um pedaço de pão ou uma maçã, seria um puro invento, nada mais. As raízes das árvores já estão penetrando no cavername, não tarda que estas velas içadas deivem de ser precisas, bastará que o vento sopre nas copas e vá encaminhando a caravela ao seu destino. É uma floresta que navega e se balanceia sobre as ondas, uma floresta onde, sem saber-se como, começaram a cantar pássaros, deviam estar escondidos por aí e de repente decidiram sair à luz, talvez porque a seara já esteja madura e é preciso ceifá-la. Então o homem trancou a roda do leme e desceu ao campo com a foice na mão, e foi quando tinha cortado as primeiras espigas que viu uma sombra ao lado da sua sombra. Acordou abraçado à mulher da limpeza, e ela a ele, confundidos os corpos, confundidos os beliches, que não se sabe se este é o de bombordo ou o de estibordo. Depois, mal o sol acabou de nascer, o homem e a mulher foram pintar na proa do barco, de um lado e do outro, em letras brancas, o nome que ainda faltava dar à caravela. Pela hora do meio-dia, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma.
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revenge substantivo
vingança f (frequentemente utilizado)
menos frequentes:
revanche f · retaliação f
revenge verbo (revenged, revenged)
vingar v · retaliar v
Exemplos:
take revenge v —vingar-se v
desire for revenge s —desejo de vingança m
thirst for revenge s —sede de vingança f
© Dicionário Linguee, 2022
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revenge
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▾Fontes não verificadas (português → inglês)
There must be no possibility of the recognition and enforcement of judgements being used as weapons of revenge. europarl.europa.eu
O reconhecimento e a execução das decisões não podem ser utilizadas como armas ao serviço da vingança. europarl.europa.eu
Then we stay trapped in an infernal cycle with a spirit of revenge and domination. partenia.net
Ficamos encerrados neste ciclo infernal com um espírito de vingança e de domínio. partenia.net
We cannot build anything sound or sustainable on revenge. europarl.europa.eu
Não se constrói nada de são ou duradouro com base na vingança. europarl.europa.eu
Love suffers, never regrets and never seeks revenge. grace-pilgrimage.org
O amor sofre, mas nunca se arrepende e nunca procura vingança. grace-pilgrimage.org
They can unfurl acts of revenge and war, unite lovers and reproduce the songs of birds. warriorofthelight.com
Podem desencadear a vingança e a guerra, unir os amantes, reproduzir o canto dos pássaros. warriorofthelight.com
[...] such short sentences, or a suspended sentence, the victim could have occasion to fear revenge from the offender (for reporting the offence) it being likely that either she would [...] jsmp.minihub.org
[...] as vítimas podem ter ficado com medo de vingança por parte dos agentes (por terem denunciado as ofensas), já que existem poucas probabilidades de não serem reconhecidas por estes [...] jsmp.minihub.org
To declare war to the terrorism with enormous military means is a risk of calling for a new and big crusade with a spirit of revenge. partenia.org
Declarar guerra ao terrorismo com meios enormes corre o risco de apelar a uma nova e grande cruzada num espírito de vingança. partenia.org
It brings about hatred and the seeking of revenge, in a never-ending circle that seems to have been with you from time immemorial. galacticchannelings.com
Isso traz ódio e necessidade de vingança, num círculo que nunca mais acaba e que parece estar convosco desde tempos imemoriais. galacticchannelings.com
Albanian revenge on Kosovo Serbs in 1999 and the violent outbreak of March 2004 were shameful, as was international failure to stop the violence. nato.int
A vingança dos albaneses contra os sérvios do Kosovo em 1999 e os violentos motins de Março de 2004 foram vergonhosos, como [...] nato.int
It was feared that without some immediate intervention, violence motivated by a desire for revenge and retribution might erupt. jsmp.minihub.org
Temia-se que sem qualquer intervenção imediata pudessem irromper acções violentas motivadas por sentimentos de vingança. jsmp.minihub.org
Many members of Charles Taylor's armed militia belonged to the Gio and Mano; over time they took their revenge on the Krahns and Mandingos. miradaglobal.com
Muitos membros das milícias armadas de Charles Taylor pertenciam às comunidades Gio e Mano; com o tempo se vingaram dos Krahns e Mandingos. miradaglobal.com
The process also demands a personal decision on the part of victims and executioners to move beyond the logic of revenge and violent solutions. ofm.org
Também exige uma decisão interior para o encontro entre as vítimas e os verdugos, para superar a lógica da vingança e as soluções violentas. ofm.org
We've turned our forgiveness into a revenge fantasy. avatarepc.com
Nós transformamos nosso perdão em uma fantasia de vingança. avatarepc.com
These can be summarized as the four R's: Revenge, Redemption, Respect, and Relationship. america.gov
Elas podem ser resumidas nos quatro Rs: revanche, redenção, respeito e relacionamento. america.gov
It is not a revenge for me as it does not erase the past. fifa.com
Não é uma vingança para mim, porque não apaga o passado. pt.fifa.com
Reconciliation is not about revenge and retribution, but involves exploring forgiveness. ofm.org
A reconciliação não supõe vingança nem recompensa, mas implica a busca do perdão. ofm.org
In 1147, the Knights Templar exacted their revenge by taking part in the capture of the city, and in reward for their hard [...] viagensnotempo.com
Em 1147, os Templários conseguem a sua desforra, participando na tomada desta cidade e, em troca dos seus esforços, a Ordem [...] viagensnotempo.com
But Hutus were also assassinated in revenge by Tutsi hands or because they were considered moderate by people from their same tribe. miradaglobal.com
Mas também teve assassinatos dos hutus, por vingança nas mãos dos tutsis ou por serem julgados moderados pelas pessoas de sua mesma tribo. miradaglobal.com
It is a conflict that has killed tens of thousands of people already and inflicted wounds of hatred, revenge and division. comboni.net
É um conflito em que milhares de pessoas já perderam a vida e que tem gerado sentimentos de ódio, vingança e divisão. comboni.net
The days of the lynch mobs are well past, and revenge is not something we advocate. galacticchannelings.com
Os dias dos bandos de linchamentos já passaram, e não advogamos a vingança. galacticchannelings.com
Your cultural view is predominantly a love for retaliation and revenge. avatarepc.com
Sua visão cultural é predominantemente um amor à retaliação e à vingança. avatarepc.com
As a well-planned revenge, they need time to get stronger. ubuntugames.org
Como uma vingança bem planejada, eles precisam de tempo para se fortalecerem. ubuntugames.org
What sport teaches us in general, and football in particular, is precisely not to succumb to the temptation to take revenge for violence. fifa.com
[...] geral, e com o futebol de modo mais específico, é precisamente não sucumbir à tentação da vingança através da violência. pt.fifa.com
It is not a call for hatred or revenge, as I have often written or repeated. gadal-catharisme.org
Este não é um grito de ódio ou de vingança, como tenho freqüentemente escrito e repetido. gadal-catharisme.org
https://www.linguee.com.br/ingles-portugues/traducao/revenge.html
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Definição de 'revenge'
Frequência da palavra
revenge
(rɪvendʒ IPA Pronunciation Guide)
Formas da palavra: 3rd person singular present tense revenges, present participle revenging, past tense, past participle revenged
1. SUBSTANTIVO INCONTÁVEL
Revenge involves hurting or punishing someone who has hurt or harmed you.
The prisoners took revenge on their captors, eventually overcoming them. [+ on/against]
The killings were said to have been in revenge for the murder of her lover.
[Also + for]
Sinônimos: retaliation, satisfaction, vengeance, reprisal Mais sinônimos de revenge
***
***
2. VERBO
If you revenge yourself on someone who has hurt you, you hurt them in return.
[written]
The Sunday Mercury accused her of trying to revenge herself on her former lover. [V pron-refl + on]
...the relatives of murdered villagers wanting to revenge the dead. [VERB noun]
Sinônimos: avenge, repay, vindicate, pay (someone) back Mais sinônimos de revenge
COBUILD Advanced English Dictionary. Copyright © HarperCollins Publishers
Video: pronunciation of
revenge
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Frequência da palavra
revenge
in British English
(rɪˈvɛndʒ IPA Pronunciation Guide)
SUBSTANTIVO
1. the act of retaliating for wrongs or injury received; vengeance
2. something done as a means of vengeance
3. the desire to take vengeance or retaliate
4. a return match, regarded as a loser's opportunity to even the score
VERBO (transitive)
5. to inflict equivalent injury or damage for (injury received); retaliate in return for
6. to take vengeance for (oneself or another); avenge
Collins English Dictionary. Copyright © HarperCollins Publishers
Formas derivadas
revengeless (reˈvengeless) ADJECTIVO
revenger (reˈvenger) SUBSTANTIVO
revenging (reˈvenging) ADJECTIVO
revengingly (reˈvengingly) ADVÉRBIO
Origem da palavra revenge
C14: from Old French revenger, from Late Latin revindicāre, from re- + vindicāre to vindicate
Frequência da palavra
revenge
in American English
(rɪˈvɛndʒ)
VERBO TRANSITIVO
Formas da palavra: reˈvenged or reˈvenging
1. to inflict damage, injury, or punishment in return for (an injury, insult, etc.); retaliate for
2. to take vengeance in behalf of (a person, oneself, etc.); avenge
VERBO INTRANSITIVO
3. Obsolete
to take vengeance
SUBSTANTIVO
4. the act of revenging; vengeance
5. what is done in revenging
6. desire to take vengeance; vindictive spirit
7. a chance to retaliate or get satisfaction, as by a return match after a defeat
SIMILAR WORDS: aˈvenge
Expressões:
be revenged
Webster’s New World College Dictionary, 4th Edition. Copyright © 2010 by Houghton Mifflin Harcourt. All rights reserved.
Formas derivadas
revenger (reˈvenger) SUBSTANTIVO
revengingly (reˈvengingly) ADVÉRBIO
Origem da palavra revenge
ME revengen < OFr revenger < re-, again + vengier, to take vengeance < L vindicare: see vindicate
Frequência da palavra
revenge
in American English
(rɪˈvendʒ) (verb -venged, -venging)
VERBO TRANSITIVO
1. to exact punishment or expiation for a wrong on behalf of, esp. in a resentful or vindictive spirit
He revenged his murdered brother
2. to take vengeance for; inflict punishment for; avenge
He revenged his brother's murder
VERBO INTRANSITIVO
3. to take revenge
SUBSTANTIVO
4. the act of revenging; retaliation for injuries or wrongs; vengeance
5. something done in vengeance
6. the desire to revenge; vindictiveness
7. an opportunity to retaliate or gain satisfaction
Most material © 2005, 1997, 1991 by Penguin Random House LLC. Modified entries © 2019 by Penguin Random House LLC and HarperCollins Publishers Ltd
Formas derivadas
revengeless ADJECTIVO
revenger SUBSTANTIVO
revengingly ADVÉRBIO
Origem da palavra revenge
[1350–1400; ME revengen (v.) ‹ MF, OF revenger, equiv. to re- re- + venger to avenge ‹ L vindicāre; see vindicate]
Exemplos de frases que incluem
revenge
Esses exemplos foram selecionados automaticamente e podem conter conteúdo sensível.
We welcome feedback: report an example sentence to the Collins team. Leia mais…
I wanted to understand the psychology, you know, of repression, correction, call it what you will -- societal revenge.
Kippax, Frank THE SCAR (2002)
Something in me snapped when I heard Kamal had been arrested and I wanted to take revenge for what he had taken from me.
Val McDermid THE LAST TEMPTATION (2002)
He is out there somewhere, lurking in the shadows of the underworld and, I do not doubt, burning for revenge.
Elizabeth Peters LION IN THE VALLEY (2002)
Citações
An eye for an eye, a tooth for a tooth
Bible: Exodus
Revenge is a kind of wild justice, which the more man's nature runs to, the more ought law to weed it out
Francis BaconEssays
Revenge is a dish best served cold
Don't get mad, get even
Revenge is sweet
COBUILD Colocações
revenge
gain revenge
revenge drama
seek revenge
sweet revenge
take revenge
terrible revenge
ultimate revenge
violent revenge
Tendências de
revenge
Ver uso em
Existe desde
Traduções de
revenge
Inglês Britânico: revenge /rɪˈvɛndʒ/ noun
Revenge involves hurting someone who has hurt you.
...acts of revenge.
Inglês Americano: revenge /rɪˈvɛndʒ/
Árabe: اِنْتِقَام
Português Brasileiro: vingança
Chinês: 复仇
Croata: osveta
Tcheco: pomsta
Dinamarquês: hævn
Holandês: wraak
Espanhol Europeu: venganza
Finlandês: kosto
Francês: vengeance
Alemão: Rache
Grego: εκδίκηση
Italiano: vendetta
Japonês: 復讐
Coreano: 복수
Norueguês: hevn
Polonês: zemsta
Português Europeu: vingança
Romeno: răzbunare
Russo: месть
Espanhol: venganza
Sueco: hämnd
Tailandês: การแก้เแค้น
Turco: intikam
Ucraniano: помста
Vietnamita: sự trả thù
Inglês Britânico: revenge verb /rɪˈvɛndʒ/
If you revenge yourself on someone who has hurt you, you hurt them in return.
Inglês Americano: revenge /rɪˈvɛndʒ/
Português Brasileiro: vingar
Chinês: 报复
Espanhol Europeu: vengarse
Francês: venger
Alemão: rächen
Italiano: vendicare
Japonês: 報復する
Coreano: 보복하다
Português Europeu: vingar
Espanhol: vengarse
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Definição de revenge do Collins Dicionário Inglês
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Novidades da Collins
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José Saramago | Questão de vestibular
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(UFJF-MG) Leia, com atenção, o fragmento abaixo, retirado da obra O conto da ilha desconhecida (Texto V), de José Saramago (São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 5).
"Um homem foi bater à porta do rei e disse-lhe, Dá-me um barco. A casa do rei tinha muitas mais portas, mas aquela era a das petições. Como o rei passava todo o tempo sentado à porta dos obséquios (entenda-se, os obséquios que lhe faziam a ele), de cada vez que ouvia alguém a chamar à porta das petições fingia-se desentendido, e só quando o ressoar contínuo da aldraba de bronze se tornava, mais do que notório, escandaloso, tirando o sossego à vizinhança (as pessoas começavam a murmurar, Que rei temos nós, que não atende), é que [...]" Pode-se afirmar que há, nesse fragmento:
a) uma metáfora, que valoriza a democracia como a melhor forma de se manter o poder.
b) uma ironia, que mostra uma tendência de se usar o poder político em benefício próprio.
c) uma contradição, que revela os principais traços do sistema monárquico.
d) uma fábula, que mostra o rei como mendigo que sempre queria receber favores.
e) uma analogia, que coloca a casa do rei como um palácio sempre aberto, acessível.
Gabarito: alternativa b.
https://atividadesdeportugueseliteratura.blogspot.com/2016/08/jose-saramago-questao-de-vestibular.html
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Roda Viva | João Pereira Coutinho | 18/04/2022
5.927 visualizaçõesTransmissão ao vivo realizada há 2 horas
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Roda Viva
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No Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães recebe o cientista político, escritor e cronista João Pereira Coutinho.
Conservador assumido, ele não aceita o rótulo de provocador, embora seus textos na Folha de S.Paulo e na Gazeta do Povo, de Curitiba, resultem em fortes reações dos leitores, por conta do conteúdo que escapa do politicamente correto.
Doutor em Ciência Política pela Universidade Católica de Lisboa, com formação também em História da Arte, Coutinho analisa temas diversos que vão da política internacional à literatura, passando pelo universo digital e até mesmo os reality shows que abomina.
https://www.youtube.com/watch?v=SbjfnCG6KbU
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