Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 4 de abril de 2022
LYGIA FAGUNDES TELLES
"O resto é silêncio.
O resto é silêncio."
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Retribuição de Monteiro Lobato à visita de aniversariante à cadeia na Avenida Liberdade
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Manuel da Costa Pinto entrevista Lygia Fagundes Telles | Revista Vitrine
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Lygia Fagundes Telles visitou Monteiro Lobato na prisão; leia depoimento
Em 2010. a escritora Lygia Fagundes Telles. que morreu neste domingo. 3. aos 98 anos. relembrou ao Estadão a visita que fez. ainda jovem e aluna da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. ao escritor Monteiro Lobato. Foi na década de 1940 e ele fora preso pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas por críticas à condução do governo em relação à prospecção do petróleo. Fã da obra infantojuvenil do criador do Sítio do Pica Pau Amarelo. Lygia tomou uma atitude corajosa ao visitar o escritor no presídio. Em retribuição. Lobato. depois de solto. apareceu de surpresa no aniversário da futura autora. Leia abaixo o texto em que Lygia relembra os fatos. Quando cheguei para a primeira aula na Faculdade de Direito. um colega aproximou se sacudindo na mão o jornal. “Olha aí. o Monteiro Lobato foi preso por causa da carta que escreveu. aquela denúncia sobre o petróleo. lembra? O Getúlio Vargas aprontando outra vez. ele foi preso por crime de opinião. contrariar o presidente dá cadeia!” Enquanto eu lia a notícia. o meu colega esbravejava lembrando a nossa passeata. saímos levando na frente o estandarte do Centro XI de Agosto e a bandeira brasileira. todos na maior ordem e silêncio quando de repente veio por detrás a cavalaria já atirando! Um morto. feridos. presos… “Ele está no presídio da Avenida Tiradentes. Vou lá fazer minha visita”. avisei guardando os livros e cadernos na sacola que dependurei no ombro. O colega enfiou o jornal no bolso. “Não vão deixar você entrar. é claro!” Fui saindo rapidamente. “Não custa tentar.” Ele me acompanhou até o ponto do ônibus. não podia ir porque tinha um exame nessa manhã. “E se deixássemos para depois?” Despedi me. “Tem que ser agora.” Quando desci do ônibus fiquei na calçada olhando o velho prédio encardido e frio. Subi a escada. Um guarda veio ao meu encontro e pediu meus documentos. Entreguei lhe a minha carteirinha de estudante e disse que viera fazer uma visita de solidariedade ao escritor. O guarda vistoriou a minha sacola. nenhuma arma? Olhou me com uma expressão meio divertida e ordenou que o acompanhasse. No longo corredor que me pareceu sombrio. ele avisou. a visita teria que ser breve mesmo porque já tinha um visitante lá dentro. Entrei na saleta fria. Uma mesa tosca. algumas cadeiras de palhinha. Em torno da mesa. Monteiro Lobato de sobretudo preto. um longo cachecol de tricô enrolado no pescoço. Sentado ao lado. o visitante de terno e gravata. calvo. os olhos azuis. Monteiro Lobato levantou se abotoando o sobretudo e veio ao meu encontro com um largo sorriso. Era mais franzino e mais baixo do que eu imaginava. Tinha os cabelos grisalhos bem penteados e o tom da pele era de uma palidez meio esverdeada. mas os olhos brilhavam joviais sob as grossas sobrancelhas negras. Ofereceu me a cadeira que estava entre ambos. “Este aqui é um caro editor”. apresentou o e disse o nome do editor que não guardei. Sem saber o que dizer. fui logo enumerando os seus livros que já tinha lido e que ocupavam uma prateleira da minha estante. “ah! as paixões da minha adolescência”: Narizinho Arrebitado. Tia Nastácia. o Jeca Tatu. as memórias daquela boneca de pano. a Emília. o Saci pererê… Ele interrompeu me com um gesto afetuoso. eu sabia que era avesso às homenagens e assim entendi a razão pela qual desviou a conversa. afinal seus personagens não eram culpados pela sua prisão. mas sim as cartas que andou escrevendo. ou melhor. as denúncias que andou fazendo através dessas cartas porque livros os governantes não liam mesmo. Deviam ler mas não liam e daí a ideia das cartas curtas e diretas. “Estou aqui no meio de bandidos. tinha que me calar ao invés de avisar que o petróleo é nosso. A mocinha já entendeu. hein? Sei que é estudante. mas o que está estudando?” Quando contei que estava na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. ele abriu os braços num gesto radiante. “Pois foi lá que...
https://www.youtube.com/watch?v=xIKfiH4sWI8
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Wikipédia
Presídio Tiradentes – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Companhia das Letras
SEMINÁRIO DOS RATOS - Lygia Fagundes Telles - Grupo Companhia das Letras
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– Que século, meu Deus! diziam os ratos.
E começavam a roer o edifício.
Carlos Drummond de Andrade
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Seminário dos ratos - Lygia Fagundes Telles
320 visualizações1 de abr. de 2021
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Didosseia
3,23 mil inscritos
Foi golpe!
Foi no dia 1° de abril de 1964.
No dia da mentira.
Como os grandes mentirosos tentam enganar a todos?
Dizendo que foi revolução e que foi em 31 de março. O Brasil é mesmo uma piada pronta!
57 anos depois, o genocida ameaça a democracia e flerta com o fascismo. Melhor que os ratos devorem tudo em vez de deixar para essa hipocrisia de meia pataca destruir a memória do Brasil.
Que a verdadeira revolução aconteça. E que o vírus e os vermes sejam derrotados!
A literatura ensina. Leia "Seminário dos ratos"!
https://www.youtube.com/watch?v=c85kjqTdnls
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Revista Piauí - UOL
A grande fogueira
https://piaui.folha.uol.com.br/a-grande-fogueira/
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DocPlayer.com
PEQUENOS DESVALIDOS: a infância pobre, abandonada e operária de Juiz de
Fora ( ) - PDF Download grátis
"Fuga"
Cosette de Alencar
Há de ser como uma asa Que o chão não pode prender: Sentirão que este meu
canto Tem de ser como uma asa Que liberta há de viver...
(Diário Mercantil. 22 mai 1955. Suplemento Dominical, p.1).
"A GENERAL DAS LETRAS": a literata Cosette de Alencar e a "sua" cidade -
Juiz de Fora (MG) 1918 a 1973
https://www.historia.uff.br/academico/media/aluno/1470/projeto/Tese-rita-de-cassia-vianna-rosa.pdf
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Ciranda de Pedra
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Capa do livro Ciranda de pedra, de Lygia Fagundes Telles, publicado
pela editora Rocco. [1]
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"Manifesto dos Intelectuais" pediu o fim da censura em janeiro de 77
FOLHA DE S.PAULO brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 25 de janeiro de 1977, no governo do presidente Ernesto Geisel, a escritora
Lygia Fagundes Telles liderou, com três colegas, a elaboração do chamado
"Manifesto dos Intelectuais", um abaixo-assinado de mais de mil signatários
contra a censura. Aquela era a maior manifestação de intelectuais, desde 1968,
contra o regime militar, implantado há 30 anos no dia 31 de março. O manifesto
foi entregue no Ministério da Justiça, em Brasília. O ministro era Armando
Falcão. Além de Lygia, compunham a comissão o historiador Hélio Silva e os
escritores Nélida Piñon e Jefferson Ribeiro de Andrade. As articulações secretas
para a redação do manifesto haviam surgido no ano anterior. Na "sequência de
inexplicáveis arbítrios", como diz o documento, a censura proibira os livros
"Aracelli meu Amor", de José Louzeiro, "Zero", de Ignácio de Loyola Brandão e
"Feliz Ano Novo", de Rubem Fonseca. Segundo Lygia Fagundes Telles, o manifesto,
apoiado por nomes como Jorge Amado, Antonio Cândido, Otto Maria Carpeaux e
Carlos Drummond de Andrade, contribuiu para frear o ímpeto dos censores daquele
momento em diante. Dizia um dos trechos do manifesto: "Nós, para quem a
liberdade de expressão é essencial, não podemos ser continuamente silenciados. O
nosso amordaçamento há de equivaler ao silêncio do próprio Brasil e à sua
inequívoca conversão em país que muito pouco terá a dizer brevemente." Lygia
conta, a seguir, que os intelectuais já vinham "conspirando" desde um congresso
de escritores realizado em Belo Horizonte em outubro de 1976: Folha - O que
motivou o manifesto? Lygia - A censura vinha exorbitando em relação ao teatro,
ao cinema, às artes plásticas, livros e jornais. Nós fomos nos sentindo frágeis.
É bonito isso, o sentimento do homem fragilizado politicamente, a sua vontade de
se reunir, de formar seus círculos. Em 1976, jovens escritores em Belo
Horizonte, em mesas de bar, já estavam se levantando, tentando também armar não
se sabe bem o quê, não se sabe se um manifesto ou um memorial. As ações estavam
coincidindo, embora não houvesse ainda entre nós contato mais profundo. O
movimento de Belo Horizonte acabou liderando grupos esparsos de São Paulo e do
Rio, que tinha à frente Rubem Fonseca e José Louzeiro. Eu me sentia dentro de
uma nova inconfidência, de origem mineira e âmbito nacional. Folha - Que tipo de
coisa era alvo da censura? Lygia - Houve a proibição da transmissão pela TV do
balé Bolshoi. Mais de 400 textos teatrais foram cancelados nesse período porque
achavam que eles subvertiam a ordem. Eles tinham horror, por exemplo, a temas
que se referiam a uso de tóxicos, a padres que abandonavam o sacerdócio ou a
temas que se referiam a casamentos desfeitos. Folha - Vocês temiam represálias?
Lygia - Sabíamos da tortura, exílio e cassações. A nossa estratégia era a do
silêncio, para que quando chegássemos ao Ministério da Justiça, o manifesto
tivesse a maior repercussão. Mas um jornal de Brasília deu a notícia no dia em
que embarcamos de avião. O tempo estava horrível, o avião foi pinoteando nas
nuvens ao ponto do Hélio Silva dizer: 'Se escaparmos aqui de cima, descendo
seremos presos'. Descemos, fomos ao ministério, entregamos o documento e fomos
falar à imprensa, que era o mais importante. Houve uma repercussão
extraordinária. São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/03/brasil/27.html
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Conversa
Guga Chacra 💚
@gugachacra
Obituário da escritora Lygia Fagundes Telles no NYTIMES de hoje
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10:27 AM · 6 de abr de 2022·Twitter Web App
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