Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 23 de abril de 2022
O Senhor dá sempre
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“Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai Celestial o Espírito Santo
aqueles que lho pedirem?” J esus (Lucas, 11:13)
Um pai terrestre, não obstante o carinho cego com que muitas vezes
envolve o coração, sempre sabe cercar o filho de dádivas proveitosas. Por que motivo o Pai Celestial, cheio de sabedoria e amor, permaneceria
surdo e imóvel perante as nossas súplicas?
O devotamento paternal do Supremo Senhor nos rodeia em toda parte.
Importa, contudo, não viciarmos o entendimento. Lembremo-nos de que a Providência Divina opera invariavelmente para o
bem infinito. Liberta a atmosfera asfixiante com os recursos da tempestade. Defende a flor com espinhos. Protege a plantação útil com adubos desagradáveis. Sustenta a verdura dos vales com a dureza das rochas. Assim também, nos círculos de lutas planetárias, acontecimentos que nos
parecem desastrosos, à atividade particular, representam escoras ao nosso equilíbrio
e ao nosso êxito, enquanto que fenômenos interpretados como calamidades na
ordem coletiva constituem enormes benefícios públicos. Roga, pois, ao Senhor a bênção da Luz Divina para o teu coração e para a
tua inteligência, a fim de que te não percas no labirinto dos problemas; contudo, não
te esqueças de que, na maioria das ocasiões, o socorro inicial do Céu nos vem ao
caminho comum, através de angústias e desenganos. Aguarda, porém,confiante, a
passagem dos dias. O tempo é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração
a bondade infinita do Pai que nos restaura a saúde da alma, por intermédio do
espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
63 O Senhor dá sempre
http://grupoama.org.br/books/Chico%20Xavier%20(Emmanuel)%20-%20Pao%20Nosso.pdf
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É de notar-se a presença dos irmão e dos pais de Eurípedes, já então, conversos ao espiritismo, assinalando expressivamente o saluta magnetismo, que a pessoa e o trabalho de Eurípedes provocavam no âmbito familiar.
INICIAÇÃO NO EVANGELHO VIVO
Conta-nos o senhor José Rezende da Cunha, em seu importante depoimento, o seguinte episódio:
"Eu fui sorteado para tomar conta do Pedro Moço de Souza, um obsidiado terrível, que veio de Goiás.
Tudo bem até madrugada, quando fui vencido pelo sono e Pedro fugiu.
Quando acordei, pela manhã, e dei pelo ocorrido fiquei preocupado, evidentemente.
De repente, o Pedro chega e me diz:
- Voltei, mutum, porque é você."
11 - O GRUPO ESPÍRITA ESPERANÇA E CARIDADE EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO, pp.96-98
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Não vos afadigueis pela posse do ouro
9. Não vos afadigueis por possuir ouro, ou prata, ou qualquer outra moeda em
vossos bolsos. Não prepareis saco para a viagem, nem dois fatos, nem calçados,
nem cajados, porquanto aquele que trabalha merece sustentado.
10. Ao entrardes em qualquer cidade ou aldeia, procurai saber quem é digno de
vos hospedar e ficai na sua casa até que partais de novo. Entrando na casa, saudai-a
assim: “Que a paz seja nesta casa.” Se a casa for digna disso, a vossa paz virá sobre
ela; se não o for, a vossa paz voltará para vós.
Quando alguém não vos queira receber, nem escutar, sacudi, ao sairdes dessa
casa ou cidade, a poeira dos vossos pés. Digo-vos, em verdade: “No dia do juízo,
Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade.”
(Mateus, 10:9 a 15.)
11. Naquela época, nada tinham de estranhável essas palavras que
Jesus dirigiu a seus apóstolos, quando os mandou, pela primeira vez,
anunciar a Boa Nova. Estavam de acordo com os costumes patriarcais do
Oriente, onde o viajor encontrava sempre acolhida na tenda; mas, então,
os viajantes eram raros. Entre os povos modernos, o desenvolvimento da
circulação houve de criar costumes novos. Os dos tempos antigos somente
se conservam em países longínquos, onde ainda não penetrou o grande
movimento. Se Jesus voltasse hoje, já não poderia dizer a seus apóstolos:
“Ponde-vos a caminho sem provisões.”
A par do sentido próprio, essas palavras guardam um sentido moral muito profundo. Proferindo-as, ensinava Jesus a seus discípulos que
confiassem na Providência. Ademais, eles, nada tendo, não despertariam a
cobiça nos que os recebessem. Era um meio de distinguirem dos egoístas
os caridosos. Por isso foi que lhes disse: “Procurai saber quem é digno de
vos hospedar” ou: quem é bastante humano para agasalhar o viajante que não tem com que pagar, porquanto esses são dignos de escutar as vossas
palavras; pela caridade deles é que os reconhecereis.
Quanto aos que não os quisessem receber, nem ouvir, recomendou
Ele porventura aos apóstolos que os amaldiçoassem, que se lhes impusessem, que usassem de violência e de constrangimento para os converterem?
Não; mandou, pura e simplesmente, que se fossem embora, à procura de
pessoas de boa vontade.
O mesmo diz hoje o Espiritismo a seus adeptos: não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim
de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensem como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranquilos os que vos repelem.
Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora, o céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura. (Cap. IV, itens 10 e 11.)
https://febnet.org.br/wp-content/themes/portalfeb-grid/obras/evangelho-guillon.pdf
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"Um psicanalista (ou melhor, um pesquisador da psicanálise) deseja estudar se certas conjecturas sobre o inconsciente são certas. Sua fonte de informação é o conjunto de afirmações proferidas por seus pacientes durante a consulta.
Essas afirmações, quaisquer que sejam os assuntos aos quais digam respeito, são fatos. Sua atividade é uma pesquisa empírica, factual.
Em matemática, a situação é bem diferente.
O matemático não precisa fazer observação nenhuma."
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As Ciências
Nos exemplos anteriores, falei de fatos do mundo real, fatos que podemos ver, ouvir, ou então, pelo menos, perceber indiretamente através de aparelhos. Um
copo é um objeto visível; uma força é algo que pode ser “sentido”, a presença
do calor é detectável pelos nossos sentidos, ou então por aparelhos.
Contudo, nem todos os fatos pertencem ao mundo físico, químico ou biológico. Por exemplo, a psicologia é uma ciência cujos campos de interesse são a mente, o inconsciente, os conflitos humanos, etc. A sociologia estuda os grupos sociais, a família, as populações, os Estados, as relações de poder, o conceito de conflito, etc.
Essas ciências não são ciências naturais, ciências dos falos da natureza. São ciências humanas, porque analisam, estudam, pesquisam fenômenos relativos ao homem. Ainda, elas são humanas, porque o homem é estudado a partir do ponto de vista de sua condição humana. A biologia, por exemplo, não é uma ciência humana, porque a fisiologia humana ou a genética humana estudam o homem dentro do conjunto geral dos seres vivos. Nas ciências humanas, a condição especial do homem tem um destaque inexistente nas ciências naturais.
Então, há uma primeira divisão possível entre as ciências: as naturais e as humanas.
Exemplos de ciências naturais são: a física, a química, biologia, a geologia, a astronomia e algumas outras. Enquanto as ciências humanas seriam a história, a antropologia a psicologia, a linguística, a economia, a ciência política, assim por diante.
Essas ciências têm campos diferentes de estudo, embora existam zonas de superposição: por exemplo, algumas áreas da psicologia baseiam-se em áreas da biologia, como no caso de certas neuroses provocadas por lesões no cérebro.Também certos estudos de antropologia, ou seja, da pesquisa sobre a organização de certas sociedades humanas, geralmente antigas, exigem contato com as ciências naturais, como por exemplo a geologia.
Vou dar um exemplo concreto para mostrar a existência dessa superposição. A história é tipicamente uma ciência humana: o estudo das atividades do homem durante sua presença no universo. Contudo, o pesquisador em história nem sempre pode se restringir à sua própria ciência. Ele precisa lançar mão, às vezes, de dados de outras ciências, como por exemplo a economia. No século XIV, uma grande peste quase exterminou a população europeia. Imagine um historiador tentando analisar as consequências sociais e políticas da epidemia de 1347. Um dado essencial para esse estudo é conhecer a economia da época. Por exemplo, é aceito
pelos historiadores que as epidemias e a inflação estiveram relacionadas fortemente durante toda a Idade Média.
Contudo, tanto as ciências naturais como as humanas participam de uma propriedade fundamental. O conhecimento científico origina-se nos fatos reais, sejam da natureza, do homem, da sociedade, da mente, etc.
Que acontece, então, com a matemática? Esta pergunta vem à tona com muita naturalidade. Se o conhecimento científico tem origem nos fatos, na realidade, seja natural ou social, como é que a matemática é uma ciência? A matemática não lida com objetos reais, nem com pessoas, nem com forças, nem com entidades sociais, etc. Ela é uma ferramenta importante em quase todas as ciências, mas seu objeto próprio, específico, não tem nada a ver com os fatos...
Quase todos os cientistas aceitam que a matemática é uma ciência. Porém, ela não depende da experiência. Um matemático não precisa fazer observações ou experimentos para justificar suas afirmações. O matemático puro não precisa de laboratório, oficina, trabalho de campo, ateliê.
Os resultados do matemático não dependem do mundo exterior. Para saber que 2 é igual a 1 + 1, o matemático não precisa observar, como o físico, nem experimentar, como o químico, nem pesquisar arquivos, como o historiador.
Será que a matemática não é uma ciência?
A matemática é crítica, é metódica e é sistemática. E seriamente estudada nos grandes centros de pesquisa, e seria impossível desenvolver a maior parte das ciências sem seu apoio. Tudo indica que ela deve ser considerada ciência.
Isso foi causa de uma divisão, quase universalmente aceita, no conjunto das ciências: ciências abstratas (matemática e lógica) e factuais (naturais e humanas).
As ciências abstratas são também chamadas “ciências
formais”. Este nome é, inclusive, bem mais usual entre os especialistas. Contudo, eu prefiro usar a palavra “abstrata”, porque é mais fácil de justificar. As ciências abstratas são abstratas porque lidam com coisas que não são concretas. Para explicar por que elas são chamadas de formais, eu precisaria entrar em detalhes mais técnicos, que podem aborrecer. Mas se você conhece algo de lógica, já pode concluir o seguinte: as ciências formais (matemática e lógica) trabalham sobre a forma do conhecimento, e não sobre o “conteúdo”.
https://www.academia.edu/8337871/Oque_%C3%A9_Ciencia_Carlos_Lungarzo
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E – Cap. IX – Item 5
L – Questão 887
Temas Estudados:
Conformidade
Indulgência
Jesus e resignação
Perdão no cotidiano
Resignação e paciência
Tolerância
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PERDÃO E NÓS
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Palestra | Perdão e nós - Geraldo Campetti
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Habitualmente, consideramos a necessidade do perdão apenas quando alvejados
por ofensas de caráter público, no intercurso das quais recebemos tantos testemunhos de
solidariedade, na esfera dos amigos, que nos demoramos hipnotizados pelas
manifestações afetivas, a deixar-nos em mérito duvidoso.
A ciência do perdão, todavia, tão indispensável ao equilíbrio, quanto o ar é
imprescindível à existência, começa na compreensão e na bondade, perante os diminutos
pesares do mundo íntimo.
Não apenas desculpar todos os prejuízos e desvantagens, insultos e
desconsiderações maiores que nos atinjam a pessoa, mas suportar com paciência e
esquecer completamente, mesmo nos comentários mais simples, todas as pequeninas
injustiças do cotidiano, como seja:
a observação maliciosa;
a referência pejorativa;
o apelo sem resposta;
a gentileza recusada;
o benefício esquecido;
o gesto áspero;
a voz agressiva;
a palavra impensada;
o sorriso escarnecedor;
o apontamento irônico;
a indiscrição comprometedora;
o conceito deprimente;
a acusação injusta; a omissão injustificável;
o comentário maledicente;
a desfeita inesperada;
o menosprezo em família;
a preterição sob qualquer aspecto;
o recado impiedoso...
Não nos iludamos em matérias de indulgência.
Perdão não é recurso tão somente aplicável nas grandes dores morais, à feição do
traje a rigor, unicamente usado em horas de cerimônia. Todos somos suscetíveis de
erro e, por isso mesmo, perdão é serviço de todo o instante, mas assim como o
compositor não obtém a sinfonia sem passar pelo solfejo, o perdão não existe, de nossa
parte, ante os agravos grandes, se não aprendemos a relevar as indelicadezas pequenas.
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RESIGNAÇÃO E RESISTÊNCIA
De fato, há que se estudar a resignação para que a paciência não a venha trazer
resultados contraproducentes.
Um lavrador suportará corajosamente aguaceiro e granizo na plantação, mas não se
acomodará com gafanhoto e tiririca.
Habitualmente, falamos em tolerância como quem procura esconderijo à própria
ociosidade. Se nos refestelamos em conforto e vantagens imediatas, no império da
materialidade passageira, que nos importam desconforto e desvantagens para os outros?
Esquecemo-nos de que o incêndio vizinho é ameaça de fogo em nossa casa e, de
imprevisto, irrompem chamas junto de nós, comprometendo-nos a segurança e
fulminando-nos a ilusória tranqüilidade.
Todos necessitamos ajustar resignação no lugar certo.
Se a Lei nos apresenta um desastre inevitável, não é justo nos desmantelemos em
gritaria e inconformação. É preciso decisão para tomar os remanescentes e reentretecêlos para o bem, no tear da vida.
Se as circunstâncias revelam a incursão do tifo, não é compreensível cruzar os braços e
deixar campo livre aos bacilos.
Sempre aconselhável a revisão de nossas atitudes no setor da conformidade.
Como reagimos diante do sofrimento e do mal?
Se aceitamos penúria, detestando trabalho, nossa pobreza resulta de compulsório
merecimento.
Civilização significa trabalho contínuo contra a barbárie.
Higiene expressa atividade infinitamente repetida contra a imundície.
Nos domínios da alma, todas as conquistas do ser, no rumo da sublimação, pedem
harmonia com ação persistente para que se preservem.
Paz pronta ao alarme. Construção do bem com dispositivo de segurança.
Serenidade é constância operosa; esperança é ideal com serviço.
Ninguém cultive resignação diante do mal declarado e removível, sob pena de agravá-lo e
sofrer-lhe clava mortífera.
Estudemos resignação em Jesus-Cristo. A cruz do Mestre não é um símbolo de
apassivamento à frente da astúcia e da crueldade e sim mensagem de resistência contra
a mentira e a criminalidade mascaradas de religião, num protesto firme que perdura até
hoje.
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/chicoxavier/estudeeviva.pdf
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Tudo pode ser melhor.
Quando você crê que pode mudar,
a mudança começa a aparecer.
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