Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 3 de março de 2021
PIB fecha 2020 com queda de 4,1%
Contas Nacionais
PIB cresce 3,2% no 4º tri, mas fecha 2020 com queda de 4,1%, a maior em 24 anos
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Editoria: Estatísticas Econômicas | Alerrandre Barros | Arte: Helena Pontes
03/03/2021 09h00 | Última Atualização: 03/03/2021 09h53
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Fonte: IBGE
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Serviços prestados às famílias, como os restaurantes, foram os mais afetados pela pandemia - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 3,2% no quarto trimestre de 2020, mas encerrou o ano com queda de 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. É o maior recuo anual da série iniciada em 1996. Essa queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%. O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%.
Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (3), pelo IBGE.
“O resultado é efeito da pandemia de Covid-19, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, analisa a coordenadora de Contas Nacionais, Rebeca Palis.
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Em 2020, os serviços encolheram 4,5% e a indústria, 3,5%. Somados, esses dois setores representam 95% da economia nacional. Por outro lado, a agropecuária cresceu 2,0%.
Nos serviços, o menor resultado veio de outras atividades de serviços (-12,1%), que são os restaurantes, academias, hotéis. “Os serviços prestados às famílias foram os mais afetados negativamente pelas restrições de funcionamento. A segunda maior queda ocorreu nos transportes, armazenagem e correio (-9,2%), principalmente o transporte de passageiros, atividade econômica também muito afetada pela pandemia”, acrescenta Rebeca.
Caíram ainda, no setor de serviços, as atividades de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-4,7%), comércio (-3,1%), informação e comunicação (-0,2%). Já atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%) e as atividades imobiliárias (2,5%) avançaram em 2020.
Na indústria (-3,5), o destaque negativo foi o desempenho da construção (-7,0%), que voltou a cair depois da alta de 1,5% em 2019. Também apresentaram queda as indústrias de transformação (-4,3%), influenciadas pelo recuo na fabricação de veículos automotores, outros equipamentos de transporte, confecção de vestuário e metalurgia. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos caíram 0,4%. As indústrias extrativas, porém, avançaram 1,3%, devido à alta na produção de petróleo e gás que compensou a queda da extração de minério de ferro.
Soja e café puxam alta da agropecuária em 2020
A agropecuária cresceu, no ano, 2,0%, puxada pela soja (7,1%) e o café (24,4%), que alcançaram produções recordes na série histórica. Por outro lado, algumas lavouras registraram variação negativa na estimativa de produção anual, como, por exemplo, laranja (-10,6%) e fumo (-8,4%). “Isso decorreu do crescimento da produção e do ganho de produtividade da agricultura, que suplantou o fraco desempenho da pecuária e da pesca”, afirmou Rebeca Palis.
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Consumo das famílias é o menor em 24 anos
Pelo lado da demanda, todos os componentes recuaram em 2020, na comparação com o ano anterior. O consumo das famílias teve o menor resultado da série histórica (-5,5%). Isso pode ser explicado, segundo a coordenadora de Contas Nacionais, principalmente pela piora no mercado de trabalho e a necessidade de distanciamento social.
A queda no consumo do governo também foi recorde (-4,7%), e pode ser ilustrada pelo fechamento de escolas, universidades, museus e parques ao longo do ano. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) caíram 0,8%, encerrando uma sequência de dois anos positivos. A balança de bens e serviços registrou queda de 10,0% nas importações e 1,8% nas exportações.
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PIB avança 3,2% no quarto trimestre
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No quarto trimestre de 2020, o PIB avançou 3,2% na comparação com o terceiro trimestre do ano (7,7%), registrando o segundo resultado positivo nessa comparação, depois dos recuos de 2,1% no primeiro trimestre e do recorde negativo de 9,2% no segundo trimestre. Em valores correntes, isso corresponde a R$ 2,0 trilhões. Quando comparado ao quarto trimestre de 2019, o PIB caiu 1,1%.
“Essa desaceleração é esperada porque crescemos sobre uma base muito alta, no terceiro trimestre (7,7%), após um recuo muito profundo no auge da pandemia, o segundo trimestre (-9,2%)”, explica Rebeca Palis.
Os serviços e a indústria tiveram variação positiva de 2,7% e 1,9%, respectivamente. Já agropecuária recuou 0,5%, que segundo Rebeca trata-se de um ajuste da safra.
Pela ótica da despesa, destaque para os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) com crescimento de 20,0%. Também cresceram o consumo das famílias e o consumo do governo, respectivamente, 3,4% e 1,1%. No que se refere ao setor externo, as exportações caíram 1,4%, enquanto as importações avançaram 22,0% em relação ao terceiro trimestre de 2020.
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https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/30166-pib-cresce-3-2-no-4-tri-mas-fecha-2020-com-queda-de-4-1-a-maior-em-24-anos
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Produto Interno Bruto - PIB
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PIB cai 9,7% no 2º trimestre de 2020, segundo o IBGE
O Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 9,7% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior
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Fonte: IBGE
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O que é o PIB
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas.
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O PIB do Brasil em 2020, por exemplo, foi de R$ 7,4 trilhões. No último trimestre divulgado (4º trimestre de 2020), o valor foi de R$ 2 003,5 bilhões. Veja abaixo uma tabela com o PIB das Unidades da Federação brasileiras.
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Unidades da Federação PIB em 2018 (1.000.000 R$)
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Acre 15.331
Alagoas 54.413
Amapá 16.795
Amazonas 100.109
Bahia 286.240
Ceará 155.904
Distrito Federal 254.817
Espírito Santo 137.020
Goiás 195.682
Maranhão 98.179
Mato Grosso 137.443
Mato Grosso do Sul 106.969
Minas Gerais 614.876
Paraná 440.029
Paraíba 64.374
Pará 161.350
Pernambuco 186.352
Piauí 50.378
Rio de Janeiro 758.859
Rio Grande do Norte 66.970
Rio Grande do Sul 457.294
Rondônia 44.914
Roraima 13.370
Santa Catarina 298.227
Sergipe 42.018
São Paulo 2.210.562
Tocantins 35.666
O PIB mede apenas os bens e serviços finais para evitar dupla contagem. Se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.
Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.
O PIB não é o total da riqueza existente em um país. Esse é um equívoco muito comum, pois dá a sensação de que o PIB seria um estoque de valor que existe na economia, como uma espécie de tesouro nacional.
Na realidade, o PIB é um indicador de fluxo de novos bens e serviços finais produzidos durante um período. Se um país não produzir nada em um ano, o seu PIB será nulo.
Cálculo do PIB
Para o cálculo do PIB, são utilizados diversos dados; alguns produzidos pelo IBGE, outros provenientes de fontes externas. Essas são algumas das peças que compõem o quebra-cabeça do PIB:
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Balanço de Pagamentos (Banco Central)
Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ (Secretaria da Receita Federal)
Índice de Preços ao Produtor Amplo - IPA (FGV)
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA (IBGE)
Produção Agrícola Municipal - PAM - (IBGE)
Pesquisa Anual de Comércio - PAC (IBGE)
Pesquisa Anual de Serviços - PAS (IBGE)
Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF (IBGE)
Pesquisa Industrial Anual - Empresa - PIA-Empresa (IBGE)
Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física - PIM-PF (IBGE)
Pesquisa Mensal de Comércio - PMC (IBGE)
Pesquisa Mensal de Serviços - PMS (IBGE)
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Análises feitas a partir do PIB
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A partir da performance do PIB, pode-se fazer várias análises, tais como:
Traçar a evolução do PIB no tempo, comparando seu desempenho ano a ano;
Fazer comparações internacionais sobre o tamanho das economias dos diversos países;
Analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes), que mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de um país se todos recebessem partes iguais, entre outros estudos.
O PIB é, contudo, apenas um indicador síntese de uma economia. Ele ajuda a compreender um país, mas não expressa importantes fatores, como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde. Um país tanto pode ter um PIB pequeno e ostentar um altíssimo padrão de vida, como registrar um PIB alto e apresentar um padrão de vida relativamente baixo.
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https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
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Dia de PIB e de votação da PEC Emergencial: o que esperar daqui para frente
Mercado financeiro vai ter dia movimentado com agenda no Congresso e também com a divulgação dos resultados do Produto Interno Bruto de 2020
André Jankavski, do CNN Brasil Business, em São Paulo
03 de março de 2021 às 06:00
Fonte: CNN BRASIL
Abertura de Mercado André Jankavski
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Foto: CNN/Divulgação
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Esses dias foram de muito impacto na economia brasileira. Primeiro tivemos a apresentação de um novo texto para a PEC Emergencial, depois uma emenda neste texto que propõe mudanças sobre os gastos com o Bolsa Família.
E no meio destas investidas parlamentares, o avanço do COVID-19 em todo o país afetou estados e municípios como não víamos a muito tempo. A pressão em cima do Ministério da Economia nunca foi maior, ainda mais com o Brasil saindo do ranking de top 10 economias globais.
Neste episódio do Abertura de Mercado, André Jankavski fala sobre como o mercado reagiu não só às falas do presidente Jair Bolsonaro, mas ao seu decreto que zera os impostos federais em cima do diesel e do gás de cozinha, assim como sua Medida Provisória que aumentou o quanto as instituições financeiras devem pagar no CSLL, a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
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Após alta no preço, governo mira sonegação de impostos em postos de combustíveis
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Ouça também sobre os reflexos na bolsa com o caminhar na corda bamba da PEC Emergencial, juntamente com os pronunciamentos do governador de São Paulo, João Doria, sobre os avanços da COVID-19 no estado.
Na agenda do dia, tem a divulgação do PIB do quarto trimestre e do consolidado de 2020. A PEC Emergencial também está no radar dos investidores. Destaque também para a temporada de balanços, com resultados do Magazine Luiza, CCR e Taesa, entre outros.
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https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/03/03/dia-de-pib-e-de-votacao-da-pec-emergencial-o-que-esperar-daqui-para-frente
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