Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 21 de março de 2021
CONFIABILIDADE
"Assimilando o sistema a um ser vivo, poderíamos dizer que o
projetista fornece a hereditariedade do sistema e o utilizador contribui com o meio ambiente."
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Fotógrafo de Rui Barbosa emociona com registros de sua comunidade
Diário de Salvador
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Em carta, economistas defendem urgência em vacinação e distribuição gratuita de máscaras
Foto: Reprodução
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Economistas defendem urgência em vacinação e distribuição gratuita de máscaras
Entre os signatários da carta, estão os ex-ministros da Fazenda Mailson da Nóbrega, Marcilio Marques Moreira, Pedro Malan e Rubens Ricupero
Iuri Pitta
Por Iuri Pitta, CNN
21 de março de 2021 às 12:12 | Atualizado 21 de março de 2021 às 12:19
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Pessoas com máscaras faciais caminham em rua de comércio popular em São Paulo durante pandemia de Covid-19
Foto: Amanda Perobelli/Reuters (15.jul.2020)
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Com 222 assinaturas, coletadas até a noite de sábado (20), uma carta elaborada por economistas de diversas matizes e trajetórias defende medidas urgentes de enfrentamento à pandemia no Brasil, como aceleração do ritmo de vacinação, distribuição gratuita de máscaras e campanha de conscientização sobre o uso, assim como coordenação nacional nas ações tomadas no âmbito local, em especial relacionadas ao distanciamento social.
O documento “O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo – Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia” aponta uma série de impactos econômicos e sociais atribuídos à pandemia e à demora na imunização.
Entre os signatários estão os ex-ministros da Fazenda Mailson da Nóbrega, Marcilio Marques Moreira, Pedro Malan e Rubens Ricupero; os ex-presidentes do Banco Central Afonso Celso Pastore, Arminio Fraga, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida; e o ex-governador capixaba Paulo Hartung, além de dezenas de acadêmicos e economistas ativos no debate público.
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Estima-se, por exemplo, que o atraso na vacinação reduziria a geração de produto ou renda em R$ 131,4 bilhões em 2021 e que, apenas no nível federal, o impacto fiscal foi de queda de 6,9% na arrecadação, o equivalente a R$ 58 bilhões. A título de comparação, o novo auxílio emergencial que será pago a partir de abril terá impacto fiscal de R$ 44 bilhões.
“Vacinas são relativamente baratas face ao custo que a pandemia impõe à sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22 bilhões, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 20209”, afirmam os economistas.
Distanciamento social e distribuição de máscaras
A carta dos economistas alerta para o risco de o quadro atual poder “deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade”. “Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social”, defendem os signatários.
Além disso, afirmam ser “essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos”, inclusive com distribuição gratuita à população de baixa renda e campanhas de orientação para o uso adequado.
“Considerando o público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e cinco reusos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de R$ 1 bilhão. Isto é, 2% do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial”, dizem os economistas.
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https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/03/21/economistas-defendem-urgencia-em-vacinacao-e-distribuicao-gratuita-de-mascaras
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FHC e FMI: as siglas da falta de luz
Paulo César Teixeira / Publicado em 3 de junho de 2001
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Privilegiado pela natureza, o Brasil tem 95% do consumo de energia elétrica da população garantido por águas caudalosas de rios e cachoeiras espalhados de Norte a Sul do território nacional. A exuberância do cenário natural contrasta, porém, com a falta de juízo de nossas autoridades. Agora mesmo, o governo federal tenta lavar as mãos e pôr a culpa na falta de chuva para justificar a ameaça de blecaute. O racionamento de energia elétrica revela uma crise sem precedentes, resultado direto da falta de investimentos. O governo federal contribui, juntamente com os veículos de comunicação, para uma verdadeira histeria coletiva em nome do tão falado “apagão”. Na década de 80, investimos em média US$ 14 bilhões ao ano no setor elétrico. Nos anos 90, apenas US$ 4 bilhões anuais foram despejados no sistema. Se a torneira dos investimentos secou, o consumo de energia subiu de 4% a 5% ao ano na última década. Para ter uma idéia do crescimento, basta dizer que é como se tivéssemos que agregar, a cada ano, uma demanda equivalente à de todo o estado do Paraná. Na década passada, ainda que em marcha-lenta ou mesmo em marcha-ré em alguns períodos, o PIB andou em média 2% ao ano. “Por paradoxal que pareça, o que nos salvou foi o modesto crescimento econômico”, ironiza o professor Carlos Lessa, que dá aula de Economia Brasileira na UFRJ. Se a economia acelerasse, o colapso de energia elétrica seria ainda mais violento. No total, a capacidade instalada de geração em todo o país gira em torno de 72 mil megawatts. “Faltam no mínimo mais 10 mil megawatts para atender a necessidade de consumo, o que corresponde a uma nova usina de Itaipu”, explica Maurício Tolmasquim, coordenador de Planejamento Energético da Coppe (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Ufrj). Uma hidrelétrica de grande porte, entretanto, demora 20 anos para sair do papel. Leva-se uma década só para estudar as condições de um aproveitamento seguro do rio. “A saída pode ser a construção de pequenas hidrelétricas ou termelétricas a carvão ou gás, além de centrais movidas a energia solar ou eólica (impulsionadas pelo vento) e até bagaço de cana”, sugere o economista da Coppe.
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PECADOS – Não faltou investir apenas na construção de novas geradoras. “Num sistema continental e cooperativo como o nosso, é preciso também ampliar as linhas de transmissão. No ano passado, a ligação precária entre São Paulo e Curitiba fez com que desperdiçássemos o equivalente a 4% do consumo de energia do país”, diz Tolmasquim. A bem da verdade, recursos não faltam. A privatização parcial do sistema rendeu até agora US$ 30 bilhões aos cofres públicos. Se o dinheiro fosse aplicado diretamente na ampliação da geração de energia, seria possível construir, por exemplo, 100 usinas a gás de 500 megawatts, o que implicaria num acréscimo de dois terços da capacidade de produção. Não investir em setores estratégicos, entretanto, faz parte da lição de casa imposta pelo Fundo Monetário Internacional. Em 1998, deixamos de aplicar US$ 17,6 bilhões no setor elétrico por recomendação expressa do FMI.
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Curva da banheira e taxa de falhas
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NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE
INTRODUÇÃO
A operação prolongada e eficaz dos sistemas produtivos de bens e serviços é
uma exigência vital em muitos domínios. Nos serviços, como a Produção,
Transporte e Distribuição de Energia, ou no serviço de transportes, as falhas
súbitas causadas por fatores aleatórios devem ser entendidas e
contrabalançadas se se pretende evitar os danos não só econômicos mas
especialmente sociais.
Também nas Indústrias, hoje caracterizadas por unidade de grande volume de
produção e de alta complexidade, dotadas de sistemas sofisticados de
automação, impõe-se, com grande acuidade, a necessidade de conhecer e
controlar as possibilidades de falhas, parciais ou globais, que possam
comprometer, para lá de certos limites, a missão produtiva. As perdas
operativas traduzem-se aqui por elevados prejuízos econômicos para a empresa
e para o país.
Estas exigências impulsionaram a criação e desenvolvimento de uma nova
ciência: A TEORIA DA CONFIABILIDADE. Esta disciplina tem por escopo os
métodos, os critérios e as estratégias que devem ser usados nas fases de
concepção, projeto, desenvolvimento, operação, manutenção e distribuição de
modo a se garantir o máximo de eficiência, segurança, economia e duração.
Em especial, viza-se ao prolongamento da atividade do sistema a plena carga e
de modo contínuo, sem que o sistema seja afetado por defeitos nas suas partes
integrantes.
Fundamentalmente, a teoria da Confiabilidade tem como objetivos principais:
• Estabelecer as leis estatísticas da ocorrência de falhas nos dispositivos e nos sistemas.
• Estabelecer os métodos que permitem melhorar os dispositivos e sistemas mediante a
introdução de estratégias capazes da alteração de índices quantitativos e qualitativos relativos
às falhas.
A teoria da Confiabilidade (ou, apenas, Confiabilidade) usa como ferramentas
principais:
• A Estatística Matemática
• A Teoria das Probabilidades
• O conhecimento experimental das causas das falhas e dos parâmetros que as caracterizam nos
diversos tipos de componentes e sistemas.
• As regras e estratégias para melhorar o desempenho dos sistemas de várias naturezas e as
técnicas para o desenvolvimentos dos sistemas.
Uma das finalidades da Confiabilidade é a elaboração de regras que permitam a
concepção de sistemas muito complexos (computadores, redes elétricas, usinas
químicas, sistemas de geração elétrica, aviões, naves espaciais, sistema de
controle e proteção, etc) capazes de funcionar satisfatoriamente mesmo com a
ocorrência de falhas em alguns dos seus componentes mais críticos. Os
princípios da Teoria da Redundância nasceram deste problema.
Um dos primeiros domínios onde, por força da necessidade foram usados
computos estatísticos para a determinação da confiabilidade foi o da Produção e
Distribuição de Energia Elétrica.
Mas foram, especialmente, o advento dos computadores de altíssima
complexidade de circuito e com enorme número de componentes, as missões
espaciais e as necessidade militares que forçaram à maturação, em termos mais
elaborados, da Teoria da Confiabilidade.
Para citar alguns domínios onde a Teoria da Confiabilidade é de aplicação
necessária, nomeamos os seguintes:
• Sistemas elétricos de potência, de geração, transmissão e distribuição.
• Concepção de sistemas eletrônicos analógicos e digitais.
• Redes de transporte, aéreas, marítimas e terrestres.
• Organização da Manutenção Corretiva e Preventiva dos processos e serviços.
• Cadeias de produção de peças.
• Estocagem de peças.
• Usinas nucleares.
• Missões Espaciais.
• Concepção de sistemas de controle e proteção.
• Planejamento da expansão dos Sistemas de Produção e Transporte de Energia Elétrica, etc.
11.2 CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE
CONFIABILIDADE - É a probabilidade de um sistema (componente, aparelho,
circuito, cadeia de máquinas, etc) cumprir sem falhas uma missão com uma
duração determinada.
Por exemplo, se a confiabilidade de um computador de um Centro de Operações
do Sistema (COS) for de 99,95% (para um período de 1 ano) isto significa que a
probabilidade de o computador funcionar sem defeito durante um ano é de
99,95%.
TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS (TMF ou MTBF) - É o tempo médio de
trabalho de um certo tipo de equipamento (reparável) entre 2 falhas seguidas.
DURAÇÃO DE VIDA - Tempo durante o qual um componente ou um sistema
mantém a sua capacidade de trabalho, fora do intervalo dos reparos, acima de
um limite especificado (de rendimento, de pressão, etc).
TEMPO MÉDIO PARA A FALHA (MTFF) - É o valor médio dos tempos de
funcionamento, sem contar o tempo de manutenção.
MTBF = MTFF + Tempo de Reparo
CONFIABILIDADE MEDIDA (OU ESTIMADA) - É a confiabilidade de um certo equipamento
medida através de ensaios empíricos (normalmente no fabricante).
CONFIABILIDADE PREVISTA (OU CALCULADA) - É a confiabilidade observada durante a
operação real dos componentes e dos sistemas. É este valor da confiabilidade média de grande número
de casos que permite a aferição das confiabilidades medida e prevista.
EFICÁCIA DE UM COMPONENTE OU SISTEMA - É a capacidade de desempenho da função
pretendida, incluindo a freqüência de falhas, o grau de dificuldades da manutenção e reparação e a
adequação ao trabalho projetado.
É interessante notar que o projetista e o utilizador tem conceitos diferentes sobre o melhor modo de
desempenhar a função pretendida. Assimilando o sistema a um ser vivo, poderíamos dizer que o
projetista fornece a hereditariedade do sistema e o utilizador contribui com o meio ambiente. A
eficácia do sistema depende da interação entre os 2 conjuntos de fatores.
DEPENDABILIDADE - Medida da condição de funcionamento de um item em um ou mais ponto
durante a missão, incluindo os efeitos da Confiabilidade, Mantenebilidade e Capacidade de
sobrevivência, dadas as condições da seção no início da missão, podendo ser expressa como
probabilidade de um item:
a) entrar ou ocupar qualquer um dos seus modos operacionais solicitados durante uma missão
especificada, ou
b) desempenhar as funções associadas com aqueles modos operacionais.
DISPONIBILIDADE - Medida do grau em que um item estará em estado
operável e confiável no início da missão, quando a missão for exigida
aleatoriamente no tempo.
ENVELHECIMENTO ACELERADO - Tratamento prévio de um conjunto de
equipamentos ou componentes, com a finalidade de estabilizar suas
características e identificar falhas iniciais.
MANTENEBILIDADE - Facilidade de um item em ser mantido ou recolocado no
estado no qual pode executar suas funções requeridas, sob condições de uso
especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas e
mediante os procedimentos e meios prescritos.
11.3 TIPOS DE FALHAS
Entende-se por falhas a diminuição parcial ou total da eficácia, ou capacidade de
desempenho, de um componente ou sistema.
De acordo com o nível de diminuição da capacidade, pode se classificar as falhas
em:
• Falhas Totais
• Falhas Parciais
Por exemplo, um rolamento de esferas defeituoso pode ainda operar durante
algum tempo, apesar de ruidoso e com sobreaquecimento (falha parcial) ao
passo que a capacidade de desempenho de uma lâmpada fundida é nula, sem
qualquer meio termo.
Conforme o modo como a falha evolui no tempo, desde o seu início, podemos
considerar duas possibilidades de falhas:
• Falhas Catastróficas
• Falhas Graduais
Como falhas catastróficas, cita-se um curto-circuito numa linha de transporte de
energia elétrica ou um bloco motor de explosão quebrado.
A alteração gradual da emissão catódica de um monitor de computador ou o
desgaste na camisa de um cilindro de um motor diesel, constituem casos de
falhas graduais (ou paramétricas).
Em alguns domínios da indústria e dos serviços podem ocorrer, quanto à
duração da falha:
• Falhas Temporárias (curto-circuito linha terra ou entre fases, devido a uma causa passageira).
• Falhas Intermitentes (mau contato no borne de um relé)
• Falhas Permanentes (lâmpada fundida, bobina queimada)
As falhas de vários componentes podem, ou não, estar ligadas causalmente
entre si. Se uma falha em um elemento induz falhas em outros, diz-se que a
falha é do tipo DEPENDENTE.
Por exemplo, um resistor aberto no circuito anódico de uma válvula, pode levar
esta à destruição. Uma folga excessiva no mancal de um motor elétrico, pode
levar a um roçamento do rotor na massa estatórica e produzir a destruição do
motor.
Se não houver inter-relação entre falhas, elas são do tipo INDEPENDENTE.
11.4 A FUNÇÃO CONFIABILIDADE
A confiabilidade constitui a probabilidade de funcionamento sem falhas durante
um tempo t, cuja função designativa é:
É interessante deduzir diretamente esta expressão da Confiabilidade.
Considere-se o caso de uma população inicial de No Componentes idênticos,
todos em funcionamento (ou sob teste). Ao fim do tempo t há um número Ns(t)
de sobreviventes. O número Nf(t) de elementos falhados ao fim do tempo t é:
Nf(t) = No - Ns(t).
Por definição, a confiabilidade será dada pela probabilidade de sobrevivência, ou
seja:
Admitamos uma população homogênea de componentes para os quais a taxa de
falha λ seja constante. Taxa de falhas constante significa que, em intervalos de
tempo elementares, de duração dt, o número de componentes falhados
(mortalidade) é dado por:
dN(t) = -N(t) λ.dt
Sendo: N(t) a população no instante t.
A partir desta expressão é fácil deduzir a equação que dá N(t) em função do
tempo.
De modo que:
A curva representativa da diminuição da população útil em função do tempo está
ilustrada na figura abaixo:
11.5 CURVA TÍPICA DE FALHAS
A curva da taxa de falhas de grande número de componentes e sistemas é
caracterizada por uma curva, designada por Curva em Banheira, na qual se
distinguem 3 regiões:
• Região J, designada como Período de Taxa de Falhas Inicial (ou período Juvenil).
Corresponde ao período de partida da componente ou sistema e é caracterizado por uma taxa
de falhas relativamente alta, a qual decresce com o tempo tendendo para um valor mais baixo e
constante.
Na população humana verifica-se uma curva deste tipo para a mortalidade dos indivíduos. A
taxa de mortalidade é mais alta nos primeiros meses de vida (mortalidade infantil); essa taxa
cai rapidamente e, por exemplo, é muito menor para crianças de 2 anos do que para recémnascidos. O mesmo acontece com circuitos eletrônicos, rolamentos, lâmpadas elétricas, etc.
• Região A, designada como Período de Taxa de Falhas Constante (ou período adulto). Durante
este período, que normalmente abrange a maior parte da vida útil do componente ou sistema, a
taxa de falhas é, aproximadamente, constante. Corresponde à idade adulta nas populações
humanas. Durante este período, a mortalidade, devida as causas aleatórias, verifica-se a uma
taxa constante.
• Região V, designada como Período de Falhas devidas à Deterioração (ou período Senil). É um
período que se segue ao de taxa de falhas constante e durante o qual a taxa de falhas sobe
rapidamente, devido a processos de deterioração (mecânica, elétrica, química, etc.). As avarias,
se não forem tomadas precauções prévias (manutenção preventiva), acabam por se suceder
catastróficamente em toda a população.
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