segunda-feira, 29 de março de 2021

CUITELINHO

Ernesto desconvidado ***
*** Ernesto Araújo cai Por Claudio Dantas e Wilson Lima 29.03.21 12:20 Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados *** Ernesto Araújo anunciou sua saída há pouco em reunião com o secretariado no Itamaraty. A demissão foi uma exigência de Jair Bolsonaro, depois da crise aberta com o Senado no fim de semana. O ministro das Relações Exteriores já estava com a corda no pescoço desde a semana passada, mas o presidente da República tentava negociar sua permanência ou uma saída honrosa. A situação de Ernesto, porém, tornou-se insustentável depois que o próprio ministro usou o Twitter para insinuar que a senadora Kátia Abreu faria lobby pelo 5G da China. Em destaque: Ernesto Araújo A reação do Senado foi imediata, com ameaças ao Palácio do Planalto, pedido de impeachment do antichanceler e dezenas de críticas públicas, inclusive por parte de Rodrigo Pacheco, que tem buscado uma relação cordial com Bolsonaro. FONTE: O antagonista *** *** https://www.oantagonista.com/brasil/ernesto-araujo-cai/ *** ***
*** O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira ***
*** Ai quando eu vim da minha terra Despedi da parentáia Eu entrei no Mato Grosso Dei em terras paraguaia Lá tinha revolução Enfrentei fortes batáia, ai, ai ***
*** *** *** https://www.letras.mus.br/pena-branca-e-xavantinho/48101/ *** *** Guerra do Paraguai: 150 anos do seu término - Rubens Ricupero A tradição diplomática brasileira de não intervenção nos assuntos internos de outros países— interrompida agora pela canhestra diplomacia ideológica olavo-bolsonarista — começou com o final da desgraçada guerra que o Paraguai do ditador Solano Lopez deslanchou contra o Brasil, isso por intervenções nossas na política interna do Uruguai e outros problemas de fronteiras. A regra da não-intervenção foi seguida escrupulosamente na longa trajetória da diplomacia brasileira desde então – embora parcialmente desrespeitada sob o regime lulo-petista, se envolveu em diversos episódios eleitorais na região –, até que o inepto presidente atual e seu chanceler acidental deslanchassem ataques inacreditáveis ao então candidato argentino, depois eleito presidente. Poucas vezes em nossa história, tivemos exemplos tão baixos de incompetência diplomática. Paulo Roberto de Almeida 15/03/2020 https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2020/03/trauma-da-guerra-do-paraguai-iniciou-aversao-brasileira-a-conflitos.shtml *** *** https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/guerra-do-paraguai-150-anos-do-seu.html *** ***
*** DIANA PEQUENO CUITELINHO AO VIVO I *** CUITELINHO com DIANA PEQUENO, edição MOACIR SILVEIRA *** *** https://www.youtube.com/watch?v=x5rC8LXr2Ww *** *** https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2020/03/trauma-da-guerra-do-paraguai-iniciou-aversao-brasileira-a-conflitos.shtml Trauma da Guerra do Paraguai iniciou aversão brasileira a conflitos Episódio encerrado há 150 anos inspirou tradição diplomática de paz e não intervenção, diz Rubens Ricupero Rubens Ricupero Folha de S. Paulo, 13 de março de 2020 [resumo] Último conflito armado do Brasil com países da América Latina, a Guerra do Paraguai chegava ao fim há 150 anos. Episódio ainda controverso, a batalha encerrou o período de choques na bacia da Prata, iniciou a derrocada da monarquia e inspirou uma tradição diplomática de paz e não intervenção. No dia 1º de março, o Brasil completou 150 anos ininterruptos de paz com seus dez vizinhos. Nenhum outro país com tão vasta vizinhança ostenta essa tradição pacífica. *
*** CUITELINHO (letra e vídeo) com MILTON NASCIMENTO, vídeo MOACIR SILVEIRA *** *** CUITELINHO (letra e vídeo) com MILTON NASCIMENTO, vídeo MOACIR SILVEIRA *** *** https://www.youtube.com/watch?v=WxK57NaYOlk *** *** Em 1º de março de 1870, terminava, com a morte do ditador paraguaio Francisco Solano López, a Guerra do Paraguai contra a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai. Em Assunção, manifestações oficiais relembraram a efeméride; no Brasil, passou em brancas nuvens. A Batalha do Avaí (1877)
*** Detalhe da pintura "A Batalha do Avaí" (1877), de Pedro Américo Repetiu-se o que ocorrera no centenário do fim do conflito (1970). Nos cinco anos anteriores à data, os jornais guaranis recordaram dia a dia o que acontecera um século antes. O Brasil guardou silêncio, fiel à lição do barão do Rio Branco de que há vitórias que não se devem comemorar. Somente no aniversário do fim do conflito, o ministro do Exército emitiu nota exemplar, afirmando que o Brasil tinha preferido esperar para comemorar cem anos de paz a um século de guerra. Era, e é, a melhor maneira de celebrar a maior tragédia da história sul-americana. Passado tanto tempo, a Guerra do Paraguai continua a suscitar acusações e dúvidas que merecem esforço de elucidação. A quem cabe, por exemplo, a culpa pelo conflito? As hostilidades começaram em 11 de novembro de 1864, quando, sem declaração de guerra, os paraguaios capturaram o vapor brasileiro que conduzia o presidente (espécie de governador) designado para Mato Grosso. Em fins de dezembro, duas colunas invadiram o território mato-grossense. López protestara em agosto de 1864 contra a intenção brasileira de intervir na guerra civil uruguaia e advertira o Brasil das consequências de um ataque a seus aliados do Partido Blanco. Não houve, no entanto, nenhuma ameaça ou agressão direta contra o Paraguai da parte da Corte do Rio de Janeiro. Não existia, assim, justificativa para o Paraguai invadir o Mato Grosso, em seguida o Rio Grande do Sul e ocupar Uruguaiana. Aliás, a fim de atacar o território gaúcho, López violou o território argentino, possibilitando a aliança com o Brasil que não teria ocorrido sem essa provocação. Como se explica que um país cuja população em 1860 se estimava em cerca de 400 mil habitantes desafiasse a Argentina, com 1,7 milhão, o Brasil, com 9 milhões, e o Uruguai, com 250 mil, num total de menos de meio milhão contra 11 milhões? A explicação emerge da comparação dos efetivos dos exércitos prontos a entrar em combate, em que o Paraguai levava vantagem de quase três contra um (77 mil homens contra 18.300 do Brasil, 6 mil da Argentina e 3.100 do Uruguai, totalizando 27.400 aliados). Daí a estratégia de López de tentar, por meio do efeito surpresa de uma ofensiva fulminante, vitória que lhe permitisse resolver em favor de seu país as questões fronteiriças e de liberdade de navegação pendentes com o Brasil. Fracassada a guerra-relâmpago com a derrota guarani na batalha naval do Riachuelo e a capitulação das forças de ocupação de Uruguaiana (setembro de 1865), só então a luta se deslocou para o território paraguaio, invadido pelo Passo da Pátria (abril de 1866). ***
*** Reprodução de foto de Francisco Solano López *** Reprodução de foto de Francisco Solano López - Ministerio de Defensa/AFP *** Seguiu-se vagaroso avanço aliado até que, já sob o comando do Duque de Caxias, a guerra entrou na decisiva fase das batalhas da dezembrada (dezembro de 1868), culminando na ocupação de Assunção (1/1/1869). Doente, Caxias retornou ao Rio, convencido de que o conflito acabara. Temendo que o perigo só cessaria com o fim de López, dom Pedro 2º resolveu continuar a luta, numa decisão controvertida, análoga à tomada pelos Aliados contra Hitler. A guerra se prolongaria ainda por 15 meses, durante os quais se concentrou boa parte do pior em matéria de devastação, atrocidades, morte em combate de crianças e da maioria da população masculina paraguaia. Os números dessa época são incertos, mas o Paraguai pode ter perdido 250 mil vidas, mais da metade de seus habitantes. Dos 140 mil brasileiros que participaram da guerra, morreram cerca de 50 mil, mais de um terço, aos quais se somam 18 mil dos 30 mil argentinos e 5 mil dos 5.500 uruguaios. Mais de dois terços pereceram não em combate, mas em consequência de doenças, fome, exaustão e migrações forçadas da população civil obrigada a seguir o ditador. O esforço de guerra custou ao Brasil o equivalente a 11 anos do Orçamento anual, gerando déficit contínuo nas duas décadas seguintes. Foi o que inspirou o célebre desabafo do barão de Cotegipe: “Maldita guerra, atrasa-nos meio século”. Iniciada quando findava a Guerra de Secessão americana, a do Paraguai se assemelha a ela na duração e ferocidade da luta, antecipando o estilo de conflito total do futuro. Guardadas as proporções, os danos em vidas e destruição foram também devastadores. Para o Império brasileiro, ela encerra o ciclo de choques militares com os vizinhos da bacia do Prata, iniciado logo depois da Independência com a Guerra da Cisplatina (1825 a 1828) e prosseguido com as intervenções no Uruguai e na Argentina após 1850. Sequência dos atritos coloniais entre Espanha e Portugal, essa fase instável termina com a consolidação dos Estados nacionais e de suas fronteiras nas décadas finais do século 19. Joaquim Nabuco julgou que a Guerra do Paraguai teve importância tão decisiva para os destinos dos países do Cone Sul que pode ser considerada o “divisor de águas” da história dessas nações. Ela teria marcado o “apogeu do Império, mas dela também procedem as causas principais da decadência e da queda da dinastia”. O triunfo da monarquia representou o brilho final de uma estrela que se apagava. Por volta de 1880, a política exterior do Brasil atingira todos seus objetivos: afastara do poder seus inimigos em Assunção, Montevidéu, Buenos Aires; evitara a eventual reconstituição de uma união dos demais contra o Império; obtivera a livre navegação dos rios e as fronteiras que desejava com uruguaios e paraguaios. Depois de 30 anos de variados conflitos, era como se a monarquia, exausta, tivesse perdido a energia para reformar-se a si própria, modernizando a estrutura social do país, debilitada pela escravidão. Nessa mesma época, a Argentina e, em menor grau, o Uruguai logravam pôr fim à longa instabilidade da fase formativa, atraíam capitais ingleses e imigrantes europeus que as transformariam em nações mais modernas e prósperas que o Brasil. A Guerra do Paraguai é tema histórico que se presta a controvérsias e geração de mitos a serviço de interesses ideológicos e políticos. O revisionismo argentino inventou a tese fantástica de que a causa de tudo seria a influência da Inglaterra imperialista. Entre os absurdos da fábula, omite-se que, no começo do conflito, o Brasil estava de relações rompidas com Londres desde a Questão Christie (1862 a 1865). A tese deu origem no Brasil a panfletos como o que denunciou o suposto genocídio que teria provocado 1 milhão de vítimas num país cuja população não atingia nem a metade desse número. A pior distorção, obra tardia de partido político paraguaio, consistiu na metamorfose do tirano sanguinário que foi Solano López num estadista sacrificado no altar da pátria. Quem desejar pisar em terreno firme nessas questões, dispõe de reconstituição primorosa da terrível tragédia, “Maldita Guerra”, de Francisco Doratioto, maior conhecedor brasileiro de história paraguaia. Livro até agora definitivo pela solidez da análise dos documentos, dele extraí dados e análises deste artigo. A Guerra do Paraguai e as intervenções no Prata nos legaram herança amarga de perdas humanas e atraso econômico e social. Data da guerra encerrada um século e meio atrás a “questão militar”, a tendência do Exército de intervir na política, um dos fatores da queda da monarquia e fenômeno perturbador da democracia que se prolonga até nossos dias. Os brasileiros como Rio Branco e Nabuco, que viveram na juventude as angústias da luta contra o Paraguai, adquiriram horror à guerra e às intervenções em países estrangeiros. Passaram a cultivar diplomacia avessa a julgar publicamente os demais, escrupulosa na observância do princípio de não se imiscuir na política interna dos vizinhos. O esquecimento dessas lições de nossa história abriu caminho à volta da prática lamentável de condicionar a amizade com os vizinhos a distorções ideológicas. Não surpreende que isso tenha provocado perigosa deterioração do relacionamento com a Venezuela, a ponto de gerar tensão militar na fronteira e grave retrocesso na relação com a Argentina, nosso principal vizinho. *** 2 6 Este é Ernesto Araújo VOLTARFacebookWhatsappTwitterMessengerLinkedinE-mailCopiar link Loading *** A República inseriu em sua Constituição a proibição da guerra de conquista. Posto à prova na crise do Acre, quando o país chegou perto do conflito, o compromisso com a paz foi mantido graças ao gênio diplomático de Rio Branco, que não se cansava de repetir que “o recurso à guerra é sempre desgraçado”. Mais tarde, nos anos 1970, o Tratado de Itaipu deu impulso ao projeto bilateral para ajudar o Paraguai no seu desenvolvimento econômico-social. Finalmente, o ex-presidente José Sarney inaugurou com o ex-presidente argentino Raul Alfonsín processo de edificação de confiança mútua que culminaria em duas das maiores conquistas da política externa: o Mercosul e o abandono dos projetos secretos para construir a bomba atômica. Superando dois séculos de confrontos, essas duas realizações complementares transformaram a bacia do Prata de antigo cenário de guerras em espaço de integração entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Nosso dever é não permitir que desvarios ideológicos ponham em risco a tradição de paz com os vizinhos, maior título de glória do povo brasileiro. Rubens Ricupero, foi secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, ministro do Meio Ambiente e da Fazenda (Governo Itamar Franco) e embaixador em Genebra, Washington e Roma. *** *** https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/guerra-do-paraguai-150-anos-do-seu.html *** *** que hermosa melodia del alma....
*** Cuitelinho - Monica Salmaso (letra da música) - Palco MP3 palcomp3.com.br *** *** Cuitelinho - Mônica Salmaso (Estúdio) *** Música: Cuitelinho Interprete: Mônica Salmaso Composição: Paulo Vanzolini, Antônio Xandó & Domínio público Álbum: Alma Lírica Letra: Cheguei na beira do porto Onde as onda se espaia As garça dá meia volta E senta na beira da praia E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia, ai, ai Ai quando eu vim da minha terra Despedi da parentáia Eu entrei no Mato Grosso Dei em terras paraguaia Lá tinha revolução Enfrentei fortes batáia, ai, ai A tua saudade corta Como aço de naváia O coração fica aflito Bate uma, a outra faia E os óio se enche d'água Que até a vista se atrapáia, ai... Eu vou pegar seu retratinho E colocar numa medáia Com seu vestidinho branco e um laço de cambraia Pendurá-la em meio peito Onde o coração trabaiá *** *** https://www.youtube.com/watch?v=1-8S0vYEMsA *** ***
*** Hoje na História: 1954 - Alfredo Stroessner assume oficialmente o poder no Paraguai *** Ditadura repressora duraria 35 anos; mesmo após sua queda, país sul-americano não atingiu estabilidade política *** JOÃO NOVAES *** *** https://operamundi.uol.com.br/hoje-na-historia/30608/hoje-na-historia-1954-alfredo-stroessner-assume-oficialmente-o-poder-no-paraguai *** *** HISTÓRICO DA DITADURA CIVIL-MILITAR DO PARAGUAI Os antecedentes ao golpe de 1954 no Paraguai, remetem a um quadro de instabilidade política, social e econômica. Depois da Guerra do Chaco (1932-1935), conflito entre Paraguai e Bolívia, o mais sangrento da história moderna da América Latina (LEWIS, 2018), o país ficou economicamente arrasado. Mesmo que o Paraguai tenha saído vitorioso do embate, os efeitos da guerra e da crise econômica repercutiram diretamente na instabilidade política até culminar no golpe de Estado encabeçado pelo general Stroessner, em 1954. De fato, no ano seguinte à instituição do armistício no Chaco, em 1936, eclodiu no Paraguai a “Revolução Febrerista”, encabeçada pelo coronel Rafael Franco. Durante os 18 meses no poder, os “febreristas” lançaram um projeto de reforma agrária e implementaram o reconhecimento de direitos trabalhistas. Contudo, essa sublevação mal emplacou algumas reformas estruturais e foi derrubada por uma contrarrevolução dos liberais. Ainda assim, o episódio marcou o declínio de um longo período de dominação do Partido Liberal na política paraguaia e desencadeou um processo resultante na ditadura do general Higinio Moríngio (1940-1948) e, posteriormente, na Guerra Civil de 1947. Com o fim do governo de Moríngio, em 1948, iniciou-se um período de dominação do Partido Colorado, que, em tese, persiste até os dias de hoje. Após a renúncia de Moríngio e uma sucessão de presidentes provisórios, tomou posse, em 1949, o presidente eleito Federico Chaves do Partido Colorado. Em meio a uma economia totalmente deteriorada, com o aumento da inflação e da estagnação da produção agrícola e pecuária, seu governo precisou comprar itens básicos de consumo para revender a preços de custo à população, a fim de se evitar uma crise famélica no país. Além disso, a desvalorização cambial, a fuga de trabalhadores especializados e de capitais obstavam a recuperação econômica a curto e longo prazos. Diante desse contexto, Chaves passou a perseguir os opositores e a reprimir as agitações políticas, ao mesmo tempo que procurou mostrar um governo firme o suficiente para atrair novos investimentos estrangeiros; também implementou o controle de preços e concedeu aumentos de salários para manter o poder aquisitivo da maior parcela da população. De todo modo, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita diminuiu significativamente no início de 1954, o mercado paralelo cresceu, tanto o cambial quanto o de produtos básicos e o país foi considerado de alto risco para os investidores, depois de ser decretada a moratória sobre os pagamentos da dívida externa em 1952. Sem o empréstimo de cerca de 5 milhões de dólares, provenientes dos Estados Unidos da América (EUA), a importação de produtos essenciais teria sido impossível (LEWIS, 2018). Em face da grave crise econômica, o presidente do Banco Central, Epifanio Méndez Fleitas, com o amplo apoio de setores do governo e das Forças Armadas, defendeu a sujeição do Paraguai ao auxílio financeiro do peronismo argentino e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Porém, o presidente Federico Chaves se opôs veementemente a essa alternativa. Com isso, Méndez Fleitas se exonerou do cargo e passou a almejar a presidência da República. Para tanto, conspirou juntamente com o então comandante supremo das Forças Armadas, o general Alfredo Stroessner, que havia se destacado na Guerra Civil paraguaia (1947) e não via com bons olhos a expansão e o fortalecimento da Polícia Nacional sob o comando de Chaves (LEWIS, 2018). Em 03 de maio de 1954, uma crise envolvendo o comando da base militar de Campo Grande, próxima da capital Assunção, deflagrou a sublevação das Forças Armadas. Partidários de Stroessner tentaram assumir o controle da unidade, mas acabaram presos por ordens do presidente. Stroessner reagiu, considerando a interferência civil uma afronta aos militares. Assim, teve início o golpe, apoiado pelos EUA, que depôs o então presidente constitucionalmente eleito e desencadeou a Ditadura Civil-Militar no Paraguai. Após os embates na capital Assunção, no dia seguinte, em 4 de maio, Chaves foi forçado a renunciar e enviado como embaixador paraguaio na França. O Partido Colorado indicou à presidência interina Tomás Romero Pereira, o qual permaneceu no cargo até a decisão final de quem deveria assumir o cargo, Stroessner ou Méndez Fleitas. Mediante intensas negociações, o general Stroessner tomou posse em 15 de agosto de 1954 e Méndez Fleitas assumiu novamente a presidência do Banco Central. Para consolidar o regime, o ditador precisou controlar duas instituições-chave, as Forças Armadas e o Partido Colorado (LEWIS, 2018). Segundo Paul Lewis (2018, p. 280): “O primeiro dava-lhe a força bruta que os ditadores requerem, enquanto o segundo lhe propiciava a base popular de que poucos governos militares desfrutaram”. De fato, o poder do “stronato” residiu, justamente, na coesão de uma estrutura de poder interdependente, composta pelos militares, governo e o partido. Cada um desses setores desempenhou um papel fundamental na repressão, no controle político e na mobilização de setores populares. A unificação dessa estrutura de poder nas mãos de Stroessner fez com que ele fosse ao mesmo tempo presidente da República, comandante das Forças Armadas e presidente honorário do Partido Colorado. Esse fator garantiu também a longevidade e estabilidade do regime, sob a forma de um Estado corrupto, repressivo e onipresente (LAMBERT, 1997). A fim de construir tal unidade o ditador neutralizou as principais forças dentro do Partido Colorado e o reorganizou completamente. Em pouco tempo, esse partido tornou-se monolítico, típico de regimes totalitários (LEWIS, 2018). Os seguidores de Méndez Fleitas, denominados “epifanistas”, foram expurgados, exilados ou presos. O próprio presidente do Banco Central foi destituído e exilado em 1955. As alas democráticas dos colorados, apoiadores do ex-presidente Chaves e opositores do acordo com o FMI, congregados no “Movimiento Popular Colorado” (MOPOCO), foram igualmente perseguidas, sob a justificativa da “luta contra o comunismo”. A facção paramilitar de extrema-direita do partido, o “Guión Rojo”, liderada pelo então ministro do interior, também foi afastada do poder no início da década de 1960, em meio a um escândalo policial. Entre os militares, apenas os simpatizantes de Stroessner eram mantidos nas fileiras do Exército. O ditador inspecionava pessoalmente as instalações militares, ratificava as aquisições de equipamentos e controlava as promoções, bem como as atribuições de seu corpo de oficiais. Além disso, os militares contavam com inúmeros privilégios, aos quais se somavam os benefícios da corrupção institucionalizada, do contrabando, do tráfico de drogas e do “loteamento de cargos” em todas as esferas do governo, principalmente em empresas estatais. Temendo o risco de um golpe de Estado ou de um atentado contra sua vida, Stroessner criou um regimento de escolta presidencial fortemente armado. Esse organismo foi alvo de recentes investigações por parte da “Dirección General de Verdad, Justicia y Reparación” da “Defensoria del Pueblo” paraguaia, pois, mantinha uma rede de mulheres, adolescentes e crianças como escravas sexuais a serviço do ditador Stroessner. As vítimas eram sequestradas, mantidas em cárcere privado e depois desaparecidas, muitas delas foram brutalmente assassinadas. Stroessner concedeu, ainda, asilo político a diversos criminosos de guerra nazistas, demonstrando as suas simpatias ideológicas pelo nazi-fascismo europeu. Nesse processo de consolidação, com o afastamento dos rivais, a perseguição dos oposicionistas e o controle sobre o Partido Colorado, Stroessner submeteu-se sucessivamente ao escrutínio das urnas, mas sem candidatos de oposição. Essas eleições tinham resultados no mínimo questionáveis. A partir da queda dos regimes ditatoriais personalíssimos de Fulgêncio Batista em Cuba (1959) e de Marcos Pérez Jiménez na Venezuela (1958), bem como em razão da pressão estadunidense, o regime de Stroessner viu-se obrigado a permitir alguma oposição moderada ao governo ditatorial, como forma de evitar uma nova Revolução Cubana no continente (LEWIS, 2018). Na passagem da década de 1950 para 1960, o estado de sítio foi suspenso e concedeu-se anistia a alguns exilados políticos, com exceção dos opositores e partidos de esquerda. O Partido Liberal e algumas dissidências, que se encontravam exilados, foram permitidos e legalizados. No entanto, o período de “pseudo-abertura” do regime durou pouco tempo. A greve geral de trabalhadores em 27 de agosto de 1958 foi duramente reprimida e o estado de sítio novamente instaurado. A chegada clandestina de jovens opositores ao Alto Paraná, através da fronteira com a Argentina, com o objetivo de formar grupos de resistência armada contra o regime, foi decisiva para justificar o recrudescimento da repressão implementada por Stroessner. A resistência mais decidida contra o “stronato” partiu dos trabalhadores urbanos e rurais, dos grupos de guerrilha armada, do movimento estudantil e da Igreja católica, mas, sob a égide da “guerra contra o comunismo” e com o emprego de uma força notoriamente desproporcional, Stroessner conseguiu rapidamente dizimar todo e qualquer foco de instabilidade. O movimento sindical sofreu interferência direta, com a imposição de uma liderança fantoche na “Central Paraguaya de Trabajadores” (CPT), tendo por objetivo afastar a influência dos comunistas sobre os sindicalizados. Antes da greve geral de 1958, os principais líderes do “Partido Comunista Paraguayo” (PCP) foram presos arbitrariamente e mantidos sequestrados na sede da “Comisaría Tercera” no centro de Assunção. Das organizações de guerrilha, que consideravam a luta armada como a única possível para a derrocada da ditadura, destacaram-se a “Frente Unido de Liberación Nacional” (FULNA), apoiada pelo PCP e por Cuba e o “Movimiento 14 de Mayo” (M-14), formado por setores radicalizados dos partidos Liberal e Febrerista, que pretendia desencadear uma convulsão popular e camponesa e um consequente golpe de Estado contra Stroessner. Todavia, esses grupos de guerrilha, ao invés conseguirem o apoio dos camponeses, acabaram sendo delatados por eles e, consequentemente, reprimidos. Estima-se que cerca de 400 membros das guerrilhas foram mortos nas ações de repressão do Exército paraguaio (NICKSON, 2013). Um outro pólo de resistência foi o da Igreja católica, principalmente, na organização das “Ligas Agrarias Cristianas” (LACs), onde se congregavam setores camponeses, trabalhadores sem terras e alas progressistas católicas, porém, a violência política e a repressão nem sequer poupou a instituição religiosa e as delações acabaram por facilitar a desarticulação desses movimentos. Até mesmo o campus da Universidade Católica do Paraguai foi invadido por forças militares, em 1972, para dissolver uma manifestação contrária ao regime (LEWIS, 2018). Além da Igreja, as manifestações organizadas pelo movimento estudantil chamaram a atenção para a vinculação ideológica do regime com os interesses imperialistas e foram, da mesma forma, reprimidas de forma violenta. Muitos dirigentes estudantis foram presos, torturados e arbitrariamente processados com base em leis de segurança nacional ou por profanação do estado de sítio (SADER; JINKINGS, 2006). Ante a violência e a repressão, com a oposição completamente sufocada, Stroessner procurou legitimar-se pela estabilização econômica (LEWIS, 2018). O ditador sentia-se forte o suficiente para impor ao povo paraguaio, em 1957, um dos primeiros planos de estabilização monetária proposto pelo FMI, apoiado pelos EUA, que consistia em políticas de austeridade em gastos sociais e um auxílio financeiro de 11 milhões de dólares, de modo a controlar a inflação (NICKSON, 2013). Em troca do aporte financeiro internacional, a ditadura restringiu o crédito, eliminou subsídios, efetivou o controle de preços e o congelamento dos salários. Essas medidas eram bastante impopulares, motivo pelo qual a violência política era diuturnamente empregada e legitimada com base em programas de melhorias internas da infraestrutura, basicamente rodoviária, que serviram para atrair investimentos estrangeiros, bem como deram ensejo ao slogan do regime: “Paz y Progreso con Stroessner” (LEWIS, 2018). A política de estabilização do FMI, consequentemente, fez a dívida externa do país subir para mais de 80 milhões de dólares durante a década de 1960 e a inflação voltou a crescer nos anos de 1970. Enquanto os proprietários de terras, empresários e funcionários públicos de alto escalão enriqueciam, a classe trabalhadora assistiu à queda do seu precário padrão de vida, a desigualdade social aumentou e, também, a concentração de renda (LEWIS, 2018). Os níveis de crescimento do país atingiram altos índices principalmente por meio da crescente influência brasileira. A construção da usina binacional de Itaipu, a construção da Ponte da Amizade e a outorga do porto de Paranaguá isento de qualquer imposto, visavam diminuir a influência argentina sobre o Paraguai, bem como estreitaram os laços entre as ditaduras brasileira e paraguaia e promoveram o crescimento econômico favorável aos capitais de ambos os países (NICKSON, 2013). Em 1967, o Partido Colorado convocou a oposição moderada para formar uma Assembleia Constituinte, uma vez que a constituição impedia novas reeleições de Stroessner. Finalmente, a nova Constituição apenas institucionalizava o “stronismo” e modificava o obstáculo que impedia a continuidade da liderança do ditador (SADER; JINKINGS, 2006). Em 1988, aos 75 anos, Stroessner foi “reeleito” para o seu oitavo mandato presidencial. Entretanto, desde 1982, a brusca desaceleração econômica, com a volta da inflação na casa dos 30% e o término da construção da usina de Itaipu, que encerrou um ciclo de investimentos estrangeiros, davam sinais da crise do regime (LEWIS, 2018). A crise econômica que se iniciava e o declínio do governo ditatorial possibilitaram o reagrupamento de movimentos sociais. Os trabalhadores reuniram-se no “Movimiento Intersindical de Trabajadores” (MIT), em resposta às fraudes e intervenções na CPT; os pequenos proprietários rurais, trabalhadores sem terra e populações indígenas organizaram-se no “Movimiento Campesino Paraguayo” (MCP), para se defenderem da “grilagem” de terras, da espoliação pelos latifundiários e da invasão, inclusive dos grandes agropecuaristas brasileiros. Com isso, o núcleo de poder de Stroessner, militares que consideravam a fidelidade ao ditador acima da fidelidade ao Partido Colorado, tornou-se cada vez mais arbitrário. A censura e o controle sobre a mídia intensificou-se, estendendo-se às grandes empresas de comunicação do país que expunham os incontáveis casos de corrupção no governo (LEWIS, 2018). Nesse contexto, em 03 de fevereiro de 1989, Stroessner foi derrubado por um golpe de Estado, encabeçado pelo general Andrés Rodriguez, o segundo na cadeia de comando e sogro do filho mais novo do ditador. Assim como o poder ditatorial foi consolidado com base na articulação entre as Forças Armadas e o Partido Colorado, da mesma forma se deu a sua derrocada. O golpe contra Stroessner foi deflagrado em defesa da “dignidade” dos militares e após a reunificação dos colorados. Obviamente, as bandeiras que foram adotadas, da democratização, proteção aos direitos humanos e defesa da Igreja católica, estavam no final da lista de prioridades do general Rodriguez (NICKSON, 1997). Efetivamente, Rodriguez foi beneficiado pelos proveitos do tráfico de drogas e do enriquecimento ilícito durante toda ditadura, mas, quando Stroessner, em meio à crise econômica nacional e em face do cenário internacional de abertura política democrática, tentou impor que seu filho mais velho, o coronel Gustavo Stroessner, o sucedesse na presidência na eleição de 1993, os militares consideraram tal opção inaceitável. Além de estar implicado em diversos casos de corrupção, especulava-se nos quartéis do país, que o filho do ditador era homossexual e isso foi considerado uma afronta ao “orgulho” e à “honra” dos militares (LEWIS, 2018). Oficialmente, ele não possuía as credenciais necessárias para comandar o país. Assim, com o amplo apoio das Forças Armadas, o general Rodriguez destituiu Stroessner do cargo e convocou nova eleição em um curto período de tempo, de modo que qualquer oposição não teria tempo hábil para se articular. Rodriguez saiu vitorioso no pleito e manteve-se no cargo até 1993, denotando que não houve uma verdadeira ruptura com o período ditatorial (LEWIS, 2018). Após a eleição de 1993, tomou posse o primeiro presidente civil eleito no Paraguay em mais de 35 anos. O empresário Juan Carlos Wasmosy foi eleito também pelo Partido Colorado. Alfredo Stroessner, imediatamente após o golpe de Estado que o destituiu, rumou para o Brasil, onde recebeu asilo político e permaneceu até falecer em 2006, sem nunca ter sido processado ou julgado. Seu filho Gustavo Stroessner também se asilou no Brasil, onde diversos pedidos de extradição foram veementemente negados pela justiça brasileira. Os crimes praticados pelo filho do ditador foram considerados prescritos em 2010. Contudo, a agitação social por memória e justiça no Paraguai ganhou maior ímpeto, em 1992, com a descoberta do “Arquivo do Terror”, os arquivos secretos da polícia “stronista”, encontrados na cidade de Lambaré. Os documentos, comprobatórios de crimes de lesa humanidade e de intensa participação da ditadura paraguaia na Operação Condor, foram transferidos para o Palácio de Justiça da capital e deram origem ao “Centro de Documentación y Archivo para la Defensa de los Derechos Humanos” (CDyA), viabilizando pesquisas sobre a repressão durante o período stronista (SILVA, 2018). Em 2004, em respostas às demandas sociais de vítimas da ditadura e dos organismos de direitos humanos, foi criada a “Comisión de Verdad y Justicia” (CVJ), a qual emitiu o seu informe final em 2008, dando conta de cerca de 20 mil vítimas da ditadura, 4 mil delas assassinadas (PARAGUAI, 2008). Com a chegada de Fernando Lugo ao poder, em 2008, foram implementadas medidas de reparação e justiça às vítimas da ditadura e as funções da CVJ foram orientadas para a investigação das violações de direitos humanos, preservação da memória das vítimas e identificação de responsáveis pela repressão. Para tanto, foi criada, em 2009, a “Dirección General de Verdad, Justicia y Reparación”, um órgão de gestão independente para continuar o trabalho da CVJ e resguardar a integridade dos documentos descobertos. Mesmo com o golpe parlamentar perpetrado contra Fernando Lugo, em 2012, esse órgão continua ativo, realizando investigações com relação aos crimes perpetrados pelo “stronato”. Fonte: MEMÓRIA E RESISTÊNCIA *** *** http://www.usp.br/memoriaeresistencia/?page_id=289 *** ***
*** Sons da Terra 18/03: você sabe o que é um 'cuitelinho', cantado na música caipira? | Terra da Gente | G1 g1.globo.com *** *** https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2021/03/18/sons-da-terra-1803-voce-sabe-o-que-e-um-cuitelinho-cantado-na-musica-caipira.ghtml *** *** *** Cuitelinho - Arranjo - Solo da Introdução *** Pacheco Pro *** *** https://www.youtube.com/watch?v=D6wVumnWSZQ *** *** ENEM 2009 QUESTÃO 111 Cuitelinho Cheguei na bera do porto Onde as onda se espaia. As garça dá meia volta, Senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta Que o botão da rosa caia. Quando eu vim da minha terra, Despedi da parentaia. Eu entrei em Mato Grosso, Dei em terras paraguaia. Lá tinha revolução, Enfrentei fortes bataia. A tua saudade corta Como o aço de navaia. O coração fica aflito, Bate uma e outra faia. E os oio se enche d´água Que até a vista se atrapaia. Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004. Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar, além de registrar um momento histórico. Depreende-se disso que a importância em preservar a produção cultural de uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cuitelinho evidenciam a A recriação da realidade brasileira de forma ficcional. B criação neológica na língua portuguesa. C formação da identidade nacional por meio da tradição oral. D incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do Brasil. E padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem mesmo significado. resolução Segundo o enunciado, “a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar”. A canção, portanto, representa uma proposta de construção da identidade nacional, à medida que traduz no texto escrito o registro oral da língua portuguesa pelo brasileiro: “Onde as onda se espaia” – se espalha (verso 2), “As garça dá meia volta” – as garças dão (verso 3), “E os oio se enche d’água” – olhos se enchem (verso 17), etc. RESPOSTA CORRETA: C formação da identidade nacional por meio da tradição oral. *** *** http://educacao.globo.com/provas/enem-2009/questoes/111.html *** *** O Arnesto nos convidou pra um samba Ah!... Esse Arnesto não tem jeito, viu!... Kkk *** *** Samba do Arnesto Adoniran Barbosa Samba do Arnesto Adoniran Barbosa O Arnesto nos convidou Prum' samba, ele mora no Brás Nós fumos, não encontremos ninguém Nós vortermos com uma baita de uma reiva Da outra vez, nós não vai mais Nós não semos tatu O Arnesto nos convidou Prum' samba, ele mora no Brás Nós fumos, não encontremos ninguém Nós vortermos com uma baita duma reiva Da outra vez, nós num vai mais No outro dia encontremo com o Arnesto Que pediu desculpas, mas nós não aceitemos Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa Mas você devia ter ponhado um recado na porta O Arnesto nos convidou Prum' samba, ele mora no Brás Nós fumos, não encontremos ninguém Nós vortermos com uma baita duma reiva Da outra vez, nós num vai mais No outro dia encontremo com o Arnesto Que pediu desculpas, mas nós não aceitemos Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa Mas você devia ter ponhado um recado na porta Um recado ansim', ói Ói, turma, num deu pra esperar Ah, duvido que isso num faz mar, num tem importância Assinado em cruz, porque não sei escrever Arnesto Fonte: Musixmatch Compositores: Adoniran Barbosa / Alocin *** *** https://www.youtube.com/watch?v=TH5zxAiq0k8 *** ***

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