Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 11 de maio de 2022
Do ceticismo aos extremos:
Pois o homem é o exercício que faz
Raul Seixas
***
***
Eu Sou Egoísta
Raul Seixas
Ouça Eu Sou Egoísta
Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno, de deus, do mal
Eu sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
Onde eu tô não há bicho-papão
Eu vou sempre avante no nada infinito
Flamejando meu rock, o meu grito
Minha espada é a guitarra na mão
Se o que você quer em sua vida é só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E fica arretado se o açúcar demora
E você chora, cê reza, cê pede, implora
Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei... sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber sem tentar?
Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou antissocialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou egoísta, eu sou
Eu sou egoísta, eu sou
Por que não
Ouça Eu Sou Egoísta
Composição: Raul Seixas
***
Filosofias da História no Brasil: Thiago Lenine - A Filosofia da História de Alceu Amoroso Lima
114 visualizações11 de out. de 2021
***
HH Magazine Humanidades em Rede
693 inscritos
A série Filosofias da História no Brasil objetiva apresentar as ideias de brasileiros e brasileiras ainda pouco conhecidos do público acadêmico, os quais, no limiar entre a História e a Filosofia, elaboraram teorias sobre o caráter histórico da realidade no Brasil — não do Brasil ou sobre o Brasil, mas no Brasil.
A cada episódio, então, serão expostas as principais teses filosóficas acerca da historicidade da existência dos pensadores e das pensadoras em foco, desviando provisoriamente o nosso olhar das abordagens canônicas sobre o chamado ‘pensamento social brasileiro’.
Neste episódio, Thiago Lenine Tito Tolentino fala sobre a filosofia da história de Alceu Amoroso Lima.
***
Realização
FORUM História & Filosofia
https://www.facebook.com/forumhef/
Núcleo Interdisciplinar de Estudos Teóricos
https://nietufmg.wixsite.com/niet
https://www.facebook.com/NIET-N%C3%BA...
https://www.youtube.com/channel/UC8v6...
Laboratório de Estudos em Teoria e História da Historiografia
http://www.lethis.ufes.br/
https://www.facebook.com/lethis.ufes
https://www.instagram.com/lethis.ufes/
https://www.youtube.com/channel/UCxw2...
Apoio
HH Magazine
https://hhmagazine.com.br/
https://www.facebook.com/hhmagazinehu...
https://www.instagram.com/hh.magazine/
História da Historiografia
https://www.historiadahistoriografia....
https://www.facebook.com/HHistoriografia
Revista de Teoria da História
https://www.revistas.ufg.br/teoria/index
https://www.facebook.com/teoriadahist...
Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia
https://www.sbthh.org.br/
https://www.facebook.com/SBTHH/
Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade
https://www.facebook.com/ufopnehm/
https://www.instagram.com/ufop.nehm/
https://www.youtube.com/watch?v=xURfzZ5f3lg
***************************************************
***
Alceu Amoroso Lima (pseud. Tristão de Ataíde)
Alceu Amoroso Lima (pseud. Tristão de Ataíde) | Academia Brasileira de Letras
***
Cultura intelectual brasileira nos escritos de Tristão de Athayde
(1916-1928)
Thiago Lenine Tito Tolentino
Novembro 2016
À minha Mãe em silêncio a encarar o extremo.
Resumo
Esta tese aponta para um processo geral pelo qual a cultura
intelectual brasileira teria passado entre as décadas de 1910 e 1930.
Especialmente, ressalta-se a ascensão de perspectivas contrárias aos
princípios da Constituição republicana de 1891 que passa a ser vista
como ultrapassada e decadente, notadamente após a Primeira Guerra
Mundial, a Revolução Russa e o advento do fascismo italiano. Neste
sentido, a trajetória intelectual e biográfica do crítico literário Tristão
de Athayde (Alceu Amoroso Lima) é bastante expressiva. Nele
revela-se tal processo geral em variadas esferas que compõem a
complexidade da cultura intelectual brasileira: os debates culturais,
as avaliações acerca do noticiário internacional, as análises políticas,
as reflexões críticas sobre identidade nacional e a cisão de um país
dividido entre sertão e litoral, as disputas em torno da arte moderna
brasileira, as discussões sobre o papel da religião no interior da
sociedade, os embates sobre os direitos e as questões de gênero, as
reflexões acerca do melhor regime político para o Brasil etc. “Do
ceticismo aos extremos” revela como muitos desses tópicos
deixaram de ser tomados segundo perspectivas plurais e
relativamente democráticas em função de visadas totalizantes em
que o horizonte revolucionário e a utilização da violência para a
consecução dos objetivos políticos tornaram-se uma verdade quase
banal.
Abstract
The purpose of this study is to reveal a general process by which the
“Brazilian intellectual culture” have passed between the 1910s and
1930s. In particular, it highlights the rising prospects against the
principles of the Republican Constitution of 1891 that is seen as
outdated after the First World War, the Russian Revolution and the rise
of Italian fascism. In this sense, the intellectual and biographical
trajectory of the literary critic Tristão de Athayde (Alceu Amoroso
Lima) is quite significant. Through his periodical work, it’s possible to
see the different aspects of this major process: cultural debates,
evaluations about international news, political analysis, critical
reflection on national identity and about the peculiar condition of a
country divided between hinterland and coast, disputes around the
Brazilian modern art, discussions about the role of religion in society,
conflicts about gender issues and women rights, the discussions about
the best political system for Brazil etc. "From skepticism to extremes"
reveals how each one of these topics stopped to embrace plurals views
and relatively democratic prospects, making the turning point to a
revolutionary horizon in which the use of violence to achieve political
goals became an almost banal truth.
Tristão de Athayde convertera-se ao catolicismo e partira para as disposições extremas,
especialmente após a morte de Jackson de Figueiredo. Desde então, ele se torna uma das
maiores forças conservadoras do país, combatendo o divórcio, o casamento civil, defendendo
o feminismo apenas em sua vertente católica, combatendo o comunismo, a liberdade religiosa,
defendendo a censura, recriminando o ensino laico, a luta de classes, sempre em função de uma
concepção integral do catolicismo o que, inclusive, lhe propiciou a sedução pelo integralismo.
Esta foi a passagem de Tristão de Athayde em Alceu Amoroso Lima. Ele, porém, viveu muito
e intensamente cada época de sua trajetória intelectual. Viu muita coisa. Dois pontos devem ter
lhe permitido vislumbrar a correção, por assim dizer, de erros anteriores. O primeiro, alheio a
ele próprio, diria respeito ao valor de sua crítica literária. Nos anos 1950, o poeta João Cabral
de Melo Neto lhe escrevia de Sevilha o seguinte:
Minha geração cresceu aceitando, sem exame, uma opinião apressada não sei se de
Mário de Andrade, segundo a qual o sr não seria um bom crítico de poesia. Mas esta
nota prova o contrário. A maneira como o senhor abordou a poesia de Murilo e a
minha, definindo primeiro a realidade concreta de cada poema para depois ver que
sentido (filosófico, moral, etc.) provocou, ou determinou aquela coisa-poema, que
sentido está por detrás dele (não como um original está por detrás de uma caligrafia),
essa maneira é a única maneira de abordar a poesia e não sei se o crítico Mário de
Andrade foi capaz de exercê-la. [...] sua nota me surpreendeu. Não como obra sua,
mas como obra da crítica brasileira em geral, sempre inclinada a identificar aquilo
que chamei sentido do poema com o que o poema diz diretamente. Crítica que quase
nunca mostra compreender que um poema é uma obra, é a concretização de uma
visão, de um sentido determinado, e não uma tradução, uma explicação ou uma
confissão desse sentido179
.
O segundo ponto diz respeito a sua inclinação política. Quando, nos anos 1960, ele foi
para o “lado oposto”, ou seja, combatera a ditadura militar, defendera a universalização da
democracia, inclusive pelo voto dos analfabetos e passou a considerar-se um socialista cristão.
Essa mudança lhe rendeu o reconhecimento de vários intelectuais, tanto dos jovens jornalistas
do O Pasquim, que o entrevistaram por mais de uma vez, quanto a homenagem feita pela revista Encontros com a civilização brasileira, por ocasião da celebração do seu aniversário de 85
anos. O volume contou com contribuições de Ênio Silveira, Paulo Evaristo Arns, Hélio
Pellegrino, Antônio Houaiss, Otto Lara Rezende, Oscar Niemeyer, Hélio Silva, Nelson
Werneck Sodré, Otto Maria Carpeaux, Edgar da Mata Machado, A L de Almeida Prado, Neusa
Simões e Leonardo Boff
180. Momento crucial em sua vida, ele nunca deixou de reelaborar o
significado de sua conversão e, em uma das últimas interpretações de si mesmo, o crítico
comentou que, na verdade, essa última fase mais à esquerda era um retorno ao que ele era antes
da influência de Jackson de Figueiredo:
Jackson exerceu também, pela sua morte, um desvio da minha própria fidelidade
comigo mesmo, com o meu temperamento, então, eu realmente reconsidero que hoje
eu sou muito mais eu mesmo do que como logo depois da morte do Jackson, em que
eu procurei, com uma certa simpatia pelo reacionarismo e até mesmo pelo
movimento integralista, sobretudo por ser um movimento antiburguês [...] eu hoje
sou um liberal, sem ser um liberalista, sou um liberal no sentido de que considero
que a liberdade e que o problema da liberdade e sobretudo nas circunstâncias atuais
do Brasil é um problema capital para o Brasil e de certo modo para o mundo [...]
sinto a alegria de viver, a disponibilidade de viver [...] 181
.
Ao fim da vida, houve um retorno de Alceu a Tristão.
________________________________________________
176 FIGUEIREDO, J de; LIMA, A A. Correspondência. Tomo I, p. 346. 177 FIGUEIREDO, J de; LIMA, A A. Correspondência. Tomo I, p. 347. 178 FIGUEIREDO, J de; LIMA, A A. Correspondência. Tomo II, p. 348. 179 Carta de João Cabral de Melo Neto a Alceu Amoroso Lima, 18/11/1957, acervo CAAL.
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AQ8PMU/1/do_ceticismo_aos_extremos___cultura_intelectual_brasileira_nos_escritos_de__trist_o_de_athayde__1916_1928_.pdf
*****************************
***
H. MORGENTHAU
A POLÍTICA ENTRE
AS NAÇOES
***
PARTE 1
TEORIA E PRÁTICA DA POLÍTICA
INTERNACIONAL
CAPÍTULO I
UMA TEORIA REALISTA DA
POLÍTICA INTERNACIONAL
Este livro tem por objetivo apresentar uma teoria sobre
política internacional. A prova pela qual tal teoria deve ser julgada
tem de caracterizar-se por uma natureza empírica e pragmática,
e nào apriorística e abstrata. Em outras palavras, essa teoria deve
ser testada, não em função de algum princípio abstrato preconcebido ou de determinado conceito desligado da realidade, mas
sim pelo seu propósito: trazer ordem e sentido para uma massa
de fenômenos que, sem ela, permaneceriam desconexos e incompreensíveis. Ela deve ser submetida a dois testes, um empírico
e outro teórico, qual seja: será que os fatos, tais como se apresentam hoje, prestam-se realmente à interpretaçào que essa teoria propõe para os mesmos? Será que as conclusões a que chega
a teoria decorrem, sob o prisma da lógica, necessariamente de
suas premissas? Em resumo: será que a teoria é coerente com os
fatos e com seus próprios elementos constitutivos?
A matéria suscitada por essa teoria diz respeito à natureza
de qualquer política. A história do pensamento político moderno não é mais do que a crônica da contenda entre duas escolas
doutrinárias que diferem fundamentalmente em suas concepções da natureza do homem, da sociedade e da política. A primeira acredita que uma determinada ordem política, racional e
moral, por ser derivada de princípios abstratos válidos universalmente, pode ser alcançada nas condições atuais e de pronto.
Ela pressupõe a retidão inerente e a maleahilidade infinita da
natureza humana, motivo pelo qual debita a incapacidade da
ordem social de elevar-se ao nível dos padrões racionais à falta de conhecimento e de compreensão, ~l obsolescência das instituições sociais ou ~l depravação de certos indivíduos ou grupos
isolados. Ela confia na educação, na reforma e no uso esporádico de métodos coercitivos para remediar esses defeitos.
A outra escola considera que o mundo, imperfeito como é
do ponto de vista racional, resulta do encontro de forças inerentes ~) natureza humana. Assim, para poder melhorar o mundo,
seria necessário trabalhar com essas forças, e lÜO contra elas.
Tendo em vista que vivemos em um universo formado por interesses contrários, em conflito contínuo, não há possibilidade de
que os princípios morais sejam algum dia realizados plenamente, razão por que, na melhor das hipóteses, devem ser buscados
mediante o recurso, sempre temporário, ao equilibrio de interesses e à inevitavelmente precária soluçao de conflitos. Assim
sendo, essa escola vê em um sistema de controles recíprocos
um princípio universal válido para todas as sociedades pluralistas.
Ela recorre mais a precedentes históricos do que a princípios
abstratos e tem por objetivo a realização do mal menor em vez
do bem absoluto.
Essa preocupação teórica com a natureza humana tal como
ela se apresenta, e com os processos históricos, à medida que
eles ocorrem, fez com que a teoria aqui caracterizada ganhasse o nome de realista. Quais são os princípios do realismo
político? Nào se poderá fazer aqui uma exposição sistemática
da filosofia do realismo político, mas nos bastará destacar seis
de seus princípios fundamentais, que têm sido freqüentemente
mal compreendidos.
SEIS PRINCÍÓPIOS DO REALISMO POLÍTICO
https://funag.gov.br/loja/download/0179_politica_entre_as_nacoes.pdf
******************************************************************************
***
DIA M 2022 - Marx: dialética para principiantes | José Paulo Netto
21.384 visualizaçõesTransmitido ao vivo em 3 de mai. de 2022
***
TV Boitempo
322 mil inscritos
DIA M 2022 - Marx: dialética para principiantes
Com José Paulo Netto
Mediação de Ana Paula Salviatti
🎂 Em homenagem aos 204 anos de nosso barbudo favorito, a Boitempo promove a tradicional festa de aniversário de Karl Marx de 3 a 9 de maio, além da promoção nos livros da Coleção Marx-Engels e sobre o marxismo, teremos uma programação híbrida especial com lives, vídeos e atividade presencial!
https://www.youtube.com/watch?v=ywZQnMnGejk
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário