quarta-feira, 11 de maio de 2022

Do ceticismo aos extremos:

Pois o homem é o exercício que faz Raul Seixas *** *** Eu Sou Egoísta Raul Seixas Ouça Eu Sou Egoísta Se você acha que tem pouca sorte Se lhe preocupa a doença ou a morte Se você sente receio do inferno Do fogo eterno, de deus, do mal Eu sou estrela no abismo do espaço O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço Onde eu tô não há bicho-papão Eu vou sempre avante no nada infinito Flamejando meu rock, o meu grito Minha espada é a guitarra na mão Se o que você quer em sua vida é só paz Muitas doçuras, seu nome em cartaz E fica arretado se o açúcar demora E você chora, cê reza, cê pede, implora Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho Eu quero é ter tentação no caminho Pois o homem é o exercício que faz Eu sei... sei que o mais puro gosto do mel É apenas defeito do fel E que a guerra é produto da paz O que eu como a prato pleno Bem pode ser o seu veneno Mas como vai você saber sem tentar? Se você acha o que eu digo fascista Mista, simplista ou antissocialista Eu admito, você tá na pista Eu sou ista, eu sou ego Eu sou ista, eu sou ego Eu sou egoísta, eu sou Eu sou egoísta, eu sou Por que não Ouça Eu Sou Egoísta Composição: Raul Seixas *** Filosofias da História no Brasil: Thiago Lenine - A Filosofia da História de Alceu Amoroso Lima 114 visualizações11 de out. de 2021 *** HH Magazine Humanidades em Rede 693 inscritos A série Filosofias da História no Brasil objetiva apresentar as ideias de brasileiros e brasileiras ainda pouco conhecidos do público acadêmico, os quais, no limiar entre a História e a Filosofia, elaboraram teorias sobre o caráter histórico da realidade no Brasil — não do Brasil ou sobre o Brasil, mas no Brasil. A cada episódio, então, serão expostas as principais teses filosóficas acerca da historicidade da existência dos pensadores e das pensadoras em foco, desviando provisoriamente o nosso olhar das abordagens canônicas sobre o chamado ‘pensamento social brasileiro’. Neste episódio, Thiago Lenine Tito Tolentino fala sobre a filosofia da história de Alceu Amoroso Lima. *** Realização FORUM História & Filosofia https://www.facebook.com/forumhef/ Núcleo Interdisciplinar de Estudos Teóricos https://nietufmg.wixsite.com/niet https://www.facebook.com/NIET-N%C3%BA... https://www.youtube.com/channel/UC8v6... Laboratório de Estudos em Teoria e História da Historiografia http://www.lethis.ufes.br/ https://www.facebook.com/lethis.ufes https://www.instagram.com/lethis.ufes/ https://www.youtube.com/channel/UCxw2... Apoio HH Magazine https://hhmagazine.com.br/ https://www.facebook.com/hhmagazinehu... https://www.instagram.com/hh.magazine/ História da Historiografia https://www.historiadahistoriografia.... https://www.facebook.com/HHistoriografia Revista de Teoria da História https://www.revistas.ufg.br/teoria/index https://www.facebook.com/teoriadahist... Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia https://www.sbthh.org.br/ https://www.facebook.com/SBTHH/ Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade https://www.facebook.com/ufopnehm/ https://www.instagram.com/ufop.nehm/ https://www.youtube.com/watch?v=xURfzZ5f3lg ***************************************************
*** Alceu Amoroso Lima (pseud. Tristão de Ataíde) Alceu Amoroso Lima (pseud. Tristão de Ataíde) | Academia Brasileira de Letras *** Cultura intelectual brasileira nos escritos de Tristão de Athayde (1916-1928) Thiago Lenine Tito Tolentino Novembro 2016 À minha Mãe em silêncio a encarar o extremo. Resumo Esta tese aponta para um processo geral pelo qual a cultura intelectual brasileira teria passado entre as décadas de 1910 e 1930. Especialmente, ressalta-se a ascensão de perspectivas contrárias aos princípios da Constituição republicana de 1891 que passa a ser vista como ultrapassada e decadente, notadamente após a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa e o advento do fascismo italiano. Neste sentido, a trajetória intelectual e biográfica do crítico literário Tristão de Athayde (Alceu Amoroso Lima) é bastante expressiva. Nele revela-se tal processo geral em variadas esferas que compõem a complexidade da cultura intelectual brasileira: os debates culturais, as avaliações acerca do noticiário internacional, as análises políticas, as reflexões críticas sobre identidade nacional e a cisão de um país dividido entre sertão e litoral, as disputas em torno da arte moderna brasileira, as discussões sobre o papel da religião no interior da sociedade, os embates sobre os direitos e as questões de gênero, as reflexões acerca do melhor regime político para o Brasil etc. “Do ceticismo aos extremos” revela como muitos desses tópicos deixaram de ser tomados segundo perspectivas plurais e relativamente democráticas em função de visadas totalizantes em que o horizonte revolucionário e a utilização da violência para a consecução dos objetivos políticos tornaram-se uma verdade quase banal. Abstract The purpose of this study is to reveal a general process by which the “Brazilian intellectual culture” have passed between the 1910s and 1930s. In particular, it highlights the rising prospects against the principles of the Republican Constitution of 1891 that is seen as outdated after the First World War, the Russian Revolution and the rise of Italian fascism. In this sense, the intellectual and biographical trajectory of the literary critic Tristão de Athayde (Alceu Amoroso Lima) is quite significant. Through his periodical work, it’s possible to see the different aspects of this major process: cultural debates, evaluations about international news, political analysis, critical reflection on national identity and about the peculiar condition of a country divided between hinterland and coast, disputes around the Brazilian modern art, discussions about the role of religion in society, conflicts about gender issues and women rights, the discussions about the best political system for Brazil etc. "From skepticism to extremes" reveals how each one of these topics stopped to embrace plurals views and relatively democratic prospects, making the turning point to a revolutionary horizon in which the use of violence to achieve political goals became an almost banal truth. Tristão de Athayde convertera-se ao catolicismo e partira para as disposições extremas, especialmente após a morte de Jackson de Figueiredo. Desde então, ele se torna uma das maiores forças conservadoras do país, combatendo o divórcio, o casamento civil, defendendo o feminismo apenas em sua vertente católica, combatendo o comunismo, a liberdade religiosa, defendendo a censura, recriminando o ensino laico, a luta de classes, sempre em função de uma concepção integral do catolicismo o que, inclusive, lhe propiciou a sedução pelo integralismo. Esta foi a passagem de Tristão de Athayde em Alceu Amoroso Lima. Ele, porém, viveu muito e intensamente cada época de sua trajetória intelectual. Viu muita coisa. Dois pontos devem ter lhe permitido vislumbrar a correção, por assim dizer, de erros anteriores. O primeiro, alheio a ele próprio, diria respeito ao valor de sua crítica literária. Nos anos 1950, o poeta João Cabral de Melo Neto lhe escrevia de Sevilha o seguinte: Minha geração cresceu aceitando, sem exame, uma opinião apressada não sei se de Mário de Andrade, segundo a qual o sr não seria um bom crítico de poesia. Mas esta nota prova o contrário. A maneira como o senhor abordou a poesia de Murilo e a minha, definindo primeiro a realidade concreta de cada poema para depois ver que sentido (filosófico, moral, etc.) provocou, ou determinou aquela coisa-poema, que sentido está por detrás dele (não como um original está por detrás de uma caligrafia), essa maneira é a única maneira de abordar a poesia e não sei se o crítico Mário de Andrade foi capaz de exercê-la. [...] sua nota me surpreendeu. Não como obra sua, mas como obra da crítica brasileira em geral, sempre inclinada a identificar aquilo que chamei sentido do poema com o que o poema diz diretamente. Crítica que quase nunca mostra compreender que um poema é uma obra, é a concretização de uma visão, de um sentido determinado, e não uma tradução, uma explicação ou uma confissão desse sentido179 . O segundo ponto diz respeito a sua inclinação política. Quando, nos anos 1960, ele foi para o “lado oposto”, ou seja, combatera a ditadura militar, defendera a universalização da democracia, inclusive pelo voto dos analfabetos e passou a considerar-se um socialista cristão. Essa mudança lhe rendeu o reconhecimento de vários intelectuais, tanto dos jovens jornalistas do O Pasquim, que o entrevistaram por mais de uma vez, quanto a homenagem feita pela revista Encontros com a civilização brasileira, por ocasião da celebração do seu aniversário de 85 anos. O volume contou com contribuições de Ênio Silveira, Paulo Evaristo Arns, Hélio Pellegrino, Antônio Houaiss, Otto Lara Rezende, Oscar Niemeyer, Hélio Silva, Nelson Werneck Sodré, Otto Maria Carpeaux, Edgar da Mata Machado, A L de Almeida Prado, Neusa Simões e Leonardo Boff 180. Momento crucial em sua vida, ele nunca deixou de reelaborar o significado de sua conversão e, em uma das últimas interpretações de si mesmo, o crítico comentou que, na verdade, essa última fase mais à esquerda era um retorno ao que ele era antes da influência de Jackson de Figueiredo: Jackson exerceu também, pela sua morte, um desvio da minha própria fidelidade comigo mesmo, com o meu temperamento, então, eu realmente reconsidero que hoje eu sou muito mais eu mesmo do que como logo depois da morte do Jackson, em que eu procurei, com uma certa simpatia pelo reacionarismo e até mesmo pelo movimento integralista, sobretudo por ser um movimento antiburguês [...] eu hoje sou um liberal, sem ser um liberalista, sou um liberal no sentido de que considero que a liberdade e que o problema da liberdade e sobretudo nas circunstâncias atuais do Brasil é um problema capital para o Brasil e de certo modo para o mundo [...] sinto a alegria de viver, a disponibilidade de viver [...] 181 . Ao fim da vida, houve um retorno de Alceu a Tristão. ________________________________________________ 176 FIGUEIREDO, J de; LIMA, A A. Correspondência. Tomo I, p. 346. 177 FIGUEIREDO, J de; LIMA, A A. Correspondência. Tomo I, p. 347. 178 FIGUEIREDO, J de; LIMA, A A. Correspondência. Tomo II, p. 348. 179 Carta de João Cabral de Melo Neto a Alceu Amoroso Lima, 18/11/1957, acervo CAAL. https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AQ8PMU/1/do_ceticismo_aos_extremos___cultura_intelectual_brasileira_nos_escritos_de__trist_o_de_athayde__1916_1928_.pdf *****************************
*** H. MORGENTHAU A POLÍTICA ENTRE AS NAÇOES *** PARTE 1 TEORIA E PRÁTICA DA POLÍTICA INTERNACIONAL CAPÍTULO I UMA TEORIA REALISTA DA POLÍTICA INTERNACIONAL Este livro tem por objetivo apresentar uma teoria sobre política internacional. A prova pela qual tal teoria deve ser julgada tem de caracterizar-se por uma natureza empírica e pragmática, e nào apriorística e abstrata. Em outras palavras, essa teoria deve ser testada, não em função de algum princípio abstrato preconcebido ou de determinado conceito desligado da realidade, mas sim pelo seu propósito: trazer ordem e sentido para uma massa de fenômenos que, sem ela, permaneceriam desconexos e incompreensíveis. Ela deve ser submetida a dois testes, um empírico e outro teórico, qual seja: será que os fatos, tais como se apresentam hoje, prestam-se realmente à interpretaçào que essa teoria propõe para os mesmos? Será que as conclusões a que chega a teoria decorrem, sob o prisma da lógica, necessariamente de suas premissas? Em resumo: será que a teoria é coerente com os fatos e com seus próprios elementos constitutivos? A matéria suscitada por essa teoria diz respeito à natureza de qualquer política. A história do pensamento político moderno não é mais do que a crônica da contenda entre duas escolas doutrinárias que diferem fundamentalmente em suas concepções da natureza do homem, da sociedade e da política. A primeira acredita que uma determinada ordem política, racional e moral, por ser derivada de princípios abstratos válidos universalmente, pode ser alcançada nas condições atuais e de pronto. Ela pressupõe a retidão inerente e a maleahilidade infinita da natureza humana, motivo pelo qual debita a incapacidade da ordem social de elevar-se ao nível dos padrões racionais à falta de conhecimento e de compreensão, ~l obsolescência das instituições sociais ou ~l depravação de certos indivíduos ou grupos isolados. Ela confia na educação, na reforma e no uso esporádico de métodos coercitivos para remediar esses defeitos. A outra escola considera que o mundo, imperfeito como é do ponto de vista racional, resulta do encontro de forças inerentes ~) natureza humana. Assim, para poder melhorar o mundo, seria necessário trabalhar com essas forças, e lÜO contra elas. Tendo em vista que vivemos em um universo formado por interesses contrários, em conflito contínuo, não há possibilidade de que os princípios morais sejam algum dia realizados plenamente, razão por que, na melhor das hipóteses, devem ser buscados mediante o recurso, sempre temporário, ao equilibrio de interesses e à inevitavelmente precária soluçao de conflitos. Assim sendo, essa escola vê em um sistema de controles recíprocos um princípio universal válido para todas as sociedades pluralistas. Ela recorre mais a precedentes históricos do que a princípios abstratos e tem por objetivo a realização do mal menor em vez do bem absoluto. Essa preocupação teórica com a natureza humana tal como ela se apresenta, e com os processos históricos, à medida que eles ocorrem, fez com que a teoria aqui caracterizada ganhasse o nome de realista. Quais são os princípios do realismo político? Nào se poderá fazer aqui uma exposição sistemática da filosofia do realismo político, mas nos bastará destacar seis de seus princípios fundamentais, que têm sido freqüentemente mal compreendidos. SEIS PRINCÍÓPIOS DO REALISMO POLÍTICO https://funag.gov.br/loja/download/0179_politica_entre_as_nacoes.pdf ****************************************************************************** *** DIA M 2022 - Marx: dialética para principiantes | José Paulo Netto 21.384 visualizaçõesTransmitido ao vivo em 3 de mai. de 2022 *** TV Boitempo 322 mil inscritos DIA M 2022 - Marx: dialética para principiantes Com José Paulo Netto Mediação de Ana Paula Salviatti 🎂 Em homenagem aos 204 anos de nosso barbudo favorito, a Boitempo promove a tradicional festa de aniversário de Karl Marx de 3 a 9 de maio, além da promoção nos livros da Coleção Marx-Engels e sobre o marxismo, teremos uma programação híbrida especial com lives, vídeos e atividade presencial! https://www.youtube.com/watch?v=ywZQnMnGejk

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