Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 12 de junho de 2022
Um defunto dos últimos dias
***
"Tiro o chapéu às caveiras; gosto da respeitosa liberdade com que Hamlet fala à do bobo Yorick. Esqueletos de mostrador, fazendo gaifonas, sejam eles de verdade ou não, é coisa que me aflige. Há tanta coisa gaiata por esse mundo, que não vale a pena ir ao outro arrancar de lá os que dormem. Não desconheço que esta minha pieguice ia melhor em verso, com toada de recitativo ao piano: Mas é que eu não faço versos; isto não é verso:
***
***
Venha o esqueleto, mais tristonho e grave,
Bem como a ave, que fugiu do além...
***
***
Sim, ponhamos o esqueleto nos mostradores, mas sério, tão sério como se fosse o próprio esqueleto do nosso avô, por exemplo... Obrigá-lo a uma polca, habanera, lundu ou cracoviana... Cracoviana? Sim, leitora amiga, é uma dança muito antiga, que o nosso amigo João, cá de casa, executa maravilhosamente, no intervalo dos seus trabalhos. Quando acaba, diz-nos sempre, parodiando um trecho de Shakespeare: "Há entre a vossa e a minha idade, muitas mais coisas do que sonha a vossa vã filosofia."
Boas noites.
PALÍNDROMO
***
***
Tweet
Ver novos Tweets
Conversa
Eliane Brum
@brumelianebrum
1.551 dias.
Quem mandou matar Marielle?
E por quê?
5:23 AM · 12 de jun de 2022·Twitter for iPhone
https://twitter.com/brumelianebrum/status/1535900691054698496?s=24&t=YBa86tNSZynzboLG_buVSA
***
***
A cada sequência de dez números consecutivos, tem-se um número palíndromo. Cada número da sequência de 0 a 9 também são considerados palíndromos. Os números primos palíndromos também aparecem naturalmente na sequência dos números naturais. 0, 1, 2, 3, 5, 7, 8 , 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19,...
http://www.osfantasticosnumerosprimos.com.br/011-estudos-162-numeros-palindromos.html#:~:text=A%20cada%20sequ%C3%AAncia%20de%20dez,tem%2Dse%20um%20n%C3%BAmero%20pal%C3%ADndromo.&text=Cada%20n%C3%BAmero%20da%20sequ%C3%AAncia%20de%200%20a%209%20tamb%C3%A9m%20s%C3%A3o%20considerados%20pal%C3%ADndromos.&text=Os%20n%C3%BAmeros%20primos%20pal%C3%ADndromos%20tamb%C3%A9m,18%2C%2019%2C...
******************************************************************
Bons Dias!
***
Texto-fonte:
Obra Completa de Machado de Assis.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, Vol. III, 1994.
Publicado originalmente na Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, de 05/04/1888 a 29/08/1889.
1888
18 de novembro
Bons dias!
Agora acabou-se! Já se não pode contar um caso, meio trágico em casa de família, que não digam logo vinte vozes:
— Já sei, outra Mme. Torpille!
— Perdão, minha senhora, eu vi o que lhe estou contando. O homem não tinha pés nem cabeça...
— Mas tinha uma cruz latina no peito.
— Isso não sei, pode ser. A senhora sabe se trago também alguma cruz latina ao peito? Pois saiba que sim... Olhe, a cruz latina também figurou agora na revolução de rapazes em Pernambuco; a diferença é que não era no peito que eles a levavam, mas às costas. Por falar em latim, sabem que Cícero...
Aqui não houve mais retê-las; todas voaram, umas para as janelas, outras para os pianos, outras para dentro; fiquei só, peguei no chapéu e vim ter com os meus leitores, que são sempre os que pagam as favas.
E, prosseguindo, digo que o velho Cícero escreveu uma coisa tão certa, que até eu, que não sei latim, só por vê-la traduzida em sueco, entendi logo o que vinha a ser, e é isto: Grata populo est tabella... Em português: "O voto secreto agrada ao povo, porque lhe dá força para dissimular o pensamento e olhar com firmeza para os outros".
Ora bem, este voto secreto, que me é tão grato, quer o nosso ilustre Senador Cândido de Oliveira arrancá-lo ao eleitor, no projeto eleitoral que apresentou ao Senado. Note-se que foi justamente por ser secreto o voto, que eu, embora conservador, votei em S. Exa. para a lista tríplice. Não gostei da chapa do meu partido, e disse comigo: — “Não, senhor; voto no Cândido, no Afonso e no Alvim”. Quando mais tarde o Cruz Machado (Visconde do Serro Frio) me falou na eleição, declarei-lhe que ainda uma vez levara às urnas a lista da nossa gente. Era mentira; mas para isso mesmo é que vale o voto secreto.
S. Exa. quer o voto público. Há de ser escrito o nome do candidato em um livro com a assinatura do eleitor (art. 3° § 1°). Concordo que este modo dá certa hombridade e franqueza, virtudes indispensáveis. É fora de dúvida que, com o voto público, o caixeiro vota no patrão, o inquilino no dono da casa (salvo se o adversário lhe oferecer outra mais barata, o que é ainda uma virtude, a economia), o fiel dos feitos vota no escrivão, os empregados bancários votam no gerente, e assim por diante. Também se pode votar nos adversários. Mas, enfim, nem todos são aptos para a virtude. Há muita gente capaz de falar em particular de um sujeito, e ir jantar publicamente com ele. São temperamentos.
Se as nossas eleições fossem sempre impuras, vá que viesse aquela disposição no projeto; mas é raro que a ordem e a liberdade se não dêem as mãos diante das urnas. Uma eleição entre nós pode ser aborrecida, graças ao sistema de chamadas nominais, que obriga a gente a não arredar pé da seção em que vota; mas são em geral boas. E depois, se o voto secreto já fez algum bem neste nosso pequeno mundo, por que aboli-lo?
Bem sei tudo o que se pode de bem e de mal acerca do voto secreto. Em teoria, realmente, o público é melhor. A questão é que não permite o trabalhinho oculto, e, mais que tudo, obsta a que a gente vote contra um candidato, e vá jantar com ele à tarde, por ocasião da filarmônica e dos discursos.
Voto público e muito público — foi o que aquela linda Duquesa de Cavendish alcançou, estando a cabalar por um parente; parou dentro do carro à porta de um açougueiro e pediu-lhe o voto. O açougueiro, que era do partido oposto, disse-lhe brincando:
— Votarei, se Vossa Senhoria me der um beijo.
E a duquesa, como toda gente sabe, estendeu-lhe os lábios, e ele depositou ali um beijinho, que já agora é melhor julgar que experimentar. Neste sentido, todos somos açougueiros. Tais votos são mais que públicos. Complete S. Exa. o seu projeto, estabelecendo que as candidaturas só poderão ser trabalhadas por mulheres, amigas do candidato, devendo começar pelas mais bonitas, e está abolido o voto secreto. O mais que pode acontecer, é a gente faltar a nove ou dez pessoas, se a vaga for só uma; mas creia S. Exa. que não há beijo perdido.
Tinha outra coisa que dizer acerca do projeto ou antes, que perguntar a S. Exa., mas o tempo urge.
Há uma disposição, porém, que não posso deixar de agradecer desde já; é a abolição do 2° escrutínio, saindo deputado com os votos que tiver; maioria relativa, em suma. Tem um distrito 1.900 eleitores inscritos; comparecem apenas 104; eu obtenho 20 votos, o meu adversário 19, e os restantes espalham-se por diferentes nomes. Entro na Câmara nos braços de vinte pessoas. Há famílias mais numerosas, mas muito menos úteis.
Boas noites.
***
5:26
YouTube
São João Evangelista (27 de Dezembro)
Assistir
Enviado por: A Palavra Viva de Deus Oficial, 27 de dez. de 2018
https://www.youtube.com/watch?v=mcdGTTsJxcI
***
27 de dezembro
1888
27 de dezembro
Bons dias!
Cuidava eu que era o mais precavido dos meus contemporâneos. A razão é que saio sempre de casa com o Credo na boca, e disposição feita de não contrariar as opiniões dos outros. Quem talvez me vencia nisto era o Visconde de Abaeté, de quem se conta que, nos últimos anos, quando alguém lhe dizia que o achava abatido:
— Estou, tenho passado mal, respondia ele.
Mas se, vinte passos adiante, encontrava outra pessoa que se alegrava com vê-lo tão rijo e robusto, concordava também:
— Oh! agora passo perfeitamente.
Não se opunha às opiniões dos outros; e ganhava com isto duas vantagens. A primeira era satisfazer a todos, a segunda era não perder tempo.
Pois, senhores, nem o ilustre brasileiro, nem este criado do leitor, éramos os mais precavidos dos homens. Há dias, a gente que saía de uma conferência republicana, foi atacada por alguns indivíduos; naturalmente houve tumulto, pancadas, pedradas, ferimentos, recorrendo os atacados aos apitos, para chamar a polícia, que acudiu prestes. Pouco antes, dois soldados brigaram com o cocheiro ou condutor de um bonde, atracaram-se com ele, os passageiros intervieram, e, não conseguindo nada, recorreram aos apitos, e a polícia acudiu.
Estes apitos retinem-me ainda agora no cérebro. Por Ulisses! pelo artificioso e prudente Ulisses — Nunca imaginei que toda a gente andasse aparelhada desse instrumento, na verdade útil. Os casos acima apontados são diferentes, as circunstâncias diferentes, e diferentes os sentimentos das pessoas; não há uma só analogia entre os dois tumultos, exceto esta: que cada cidadão trazia um apito no bolso. É o que eu não sabia. Afigura-se-me ver um pacato dono da casa, prestes a sair, gritar para a mulher:
— Florência, esqueci-me da carteira, dá cá, está em cima da secretária.
Ou então:
— Florência, vê se há charutos na caixa, e atira-me alguns.
Ou ainda:
— Dá-me um lenço, Florência!
Mas nunca imaginei esta frase:
— Florência, depressa, dá cá o apito!
Não há negá-lo, o apito é de uso geral e comum. Uso louvável, porque a polícia não há de adivinhar os tumultos, e este modo de a chamar é excelente, em vez das pernas, que podem levar o dono não ao corpo da guarda, mas a um escuro e modesto corredor. Vou comprar um apito.
Creiam que é por medo dele, que não escrevo aqui duas linhas em defesa de um defunto dos últimos dias, o carrasco de Minas Gerais, pobre-diabo, que ninguém defendeu, e que uma carta de Ouro Preto disse haver exercido o seu desprezível ofício desde 1835 até 1858.
Fiquei embatucado com o desprezível ofício do homem. Por que carga d’água há de ser desprezível um ofício criado por lei? Foi a lei que decretou a pena de morte; e, desde Caim até hoje, para matar alguém é preciso alguém que mate. A bela sociedade estabeleceu a pena de morte para o assassino, em vez de uma razoável compensação pecuniária aos parentes do morto, como queria Maomé. Para executar a pena não se há de ir buscar o escrivão, cujos dedos só se devem tingir no sangue do tinteiro. Usamos empregar outro criminoso.
Disse então a bela sociedade ao carrasco de Minas, com aquela bonomia, que só possuem os entes coletivos: — “Você fez já um bom ensaio matando sua mulher; agora assente a mão em outras execuções e acabará fazendo obra perfeita. Não se importe com mesa e cama; dou-lhe tudo isso, e roupa lavada: é um funcionário do Estado”.
Deus meu, não digo que o ofício seja dos mais honrosos; é muito inferior ao do meu engraxador de botas, que por nenhum caso chega a matar as próprias pulgas; mas se o carrasco sai a matar um homem, é porque o mandam. Se a comparação se não prestasse a interpretações sublimes, que estão longe da minha alma, eu diria que ele (carrasco) é a última palavra do código. Não seguem isto, ao menos, ao patife Januário, — ou Fortunato, como outros dizem.
Em todo caso, não apitem, porque eu ainda não comprei apito, e posso responder que tudo isto é brincadeira, para passar os tempos duros do verão.
Boas noites.
https://www.machadodeassis.ufsc.br/obras/cronicas/CRONICA,%20Bons%20dias,%201888.htm
***************
Maioria dos militares do governo aprovou carta de Bolsonaro
O Poder360 apurou que generais ajudaram a apaziguar situação com STF; recuo desagradou grupo minoritário
***
***
Militares avaliaram como positiva a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro incentivada pelo ex-presidente Michel Temer
***
MURILO FAGUNDES
10.set.2021 (sexta-feira) - 11h55
atualizado: 10.set.2021 (sexta-feira) - 13h30
A maioria da ala militar — grupo de membros das Forças Armadas que hoje exercem cargos políticos — do governo Bolsonaro incentivou a publicação da “declaração à nação” divulgada na 5ª feira (9.set), em que o presidente afirmou ter “respeito pelas instituições da República”.
O Poder360 apurou que generais integrantes do governo, além de auxiliares diretos do presidente que já compuseram a corporação, avaliaram como positiva a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro incentivada pelo ex-presidente Michel Temer.
Por mais que seja chamada de “ala militar”, o grupo que ocupa cargos públicos no Executivo não é unificado quanto às suas correntes ideológicas.
Hoje, há duas principais vertentes: a dos militares conservadores e a dos bolsonaristas. A parcela de progressistas é pífia. Uma das estimativas é a de que a 1ª representa de 60% a 70% do efetivo.
A avaliação majoritária dentro desse grupo foi positiva. Segundo apurou o Poder360, a busca dos militares é por tranquilidade.
Já o grupo minoritário, mais radical, ficou desapontado com o recuo de Bolsonaro e avaliou que o tom do texto foi do ghost-writer Michel Temer, sem a marca incisiva e autoral do presidente.
“ESTADISTA E PATRIOTA”
O general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, publicou em sua página oficial no Twitter que Bolsonaro é “um estadista e patriota”. Pediu paciência aos bolsonaristas críticos.
“Hoje, me surpreendo ao ver muitos caírem no novo discurso opositor de ofensa ao PR”, escreveu. E completou: “Sua bravura foi posta a prova e ele jamais desistiu, apesar dos ataques covardes”.
A CARTA
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em nota na última 5ª feira (9.set) que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.
Declarou que “na vida pública as pessoas que exercem o poder não têm o direito de ‘esticar a corda’, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”.
O presidente afirmou que os ataques feitos ao ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) “decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”.
A declaração de Bolsonaro foi divulgada depois de o chefe do Executivo receber o ex-presidente Michel Temer no Palácio do Planalto.
A elaboração da carta foi encabeçada pelo emedebista, que costuma aconselhar Bolsonaro.
O Poder360 apurou que Bolsonaro e Alexandre de Moraes conversaram por telefone antes da divulgação do texto. A ligação também foi intermediada por Temer.
Leia a íntegra da nota do presidente:
“Declaração à Nação
No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como presidente da República, vir a público para dizer:
1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.
2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.
3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.
4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.
5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.
6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.
7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.
8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.
9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.
10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.
DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA
Jair Bolsonaro
Presidente da República Federativa do Brasil.”
autores
Murilo Fagundes
repórter
https://www.poder360.com.br/governo/maioria-dos-militares-do-governo-aprovou-carta-de-bolsonaro/
***
***
“…Sugestão aos senadores: cobrar do Ministro da Defesa números atualizados desse enclave militar na seara civil, para brindar cada um desses incumbentes militares, nesta condição , com um cópia da Constituição Cidadã, com autógrafos dos signatários dos que a aprovaram. Sorry PT. Essa tarefa caberá ao Tarefeiro-Mor do Partido Co-irmão e coordenador de campanha!…”
https://www.poder360.com.br/governo/maioria-dos-militares-do-governo-aprovou-carta-de-bolsonaro/
***
***
***
1:13 / 26:26
Nos EUA, Bolsonaro insulta Barroso e Moraes e faz motociata com foragido da justiça
53.595 visualizações Transmissão ao vivo realizada há 17 horas Em território estrangeiro, Bolsonaro ataca o STF e agride moralmente os ministros.
***
Bolsonaro volta a citar a condenação de Jeanine Anez e demonstra medo de ser preso após sair da Presidência.
Bolsonaro intensifica os insultos ao TSE e STF e prepara o clima para o golpe.
Marco Antonio Villa
662 mil inscritos
https://www.youtube.com/watch?v=waxHAHh_cKU
************************************************
***
Roda Viva | Jarbas Passarinho | 05/10/1988
11.454 visualizações 21 de fev. de 2016 No momento da promulgação da Constituição, Jarbas Passarinho fala sobre o papel dos civis no golpe de 64 e revela que foi cotado como sucessor de Costa e Silva em 1969
https://www.youtube.com/watch?v=5PhlqjQaM94
***************************************************
***
11 poemas de William Shakespeare imperdíveis
Rebeca Fuks
Doutora em Estudos da Cultura
11. Soneto XIV
Dos astros não retiro entendimento
Embora eu tenha cá de astronomia,
Mas não para prever a sorte, o intento
Das estações, ou fome, epidemia;
Nem sei dizer o que será do instante,
Prever a alguém quer chuva, ou vento, ou raio;
Se tudo há-de sorrir ao governante
Segundo as predições que aos céus extraio.
De teus olhos provêm meus atributos
E, astros constantes, leio ali tal arte:
Que a verdade e a beleza darão frutos
Se em ti deixas de tanto reservar-te;
Ou um vaticínio sobre ti revelo:
Teu fim põe termo ao verdadeiro e ao belo.
O soneto XIV fala sobre a capacidade de prever o futuro, de antecipar acontecimentos, mas não através da tradicional interpretação do que se passa com os astros.
Ao invés de olhar para o céu de modo a extrair informações, aqui o sujeito, apaixonado, consegue antever o que irá acontecer através dos olhos daquela que ama. É ao observar seu olhar de modo demorado que o poeta se torna capaz de prever o destino.
Conheça a biografia completa de William Shakespeare.
Publicado em 10/02/2021
Rebeca Fuks
Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).
https://www.ebiografia.com/poemas_william_shakespeare/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário