Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 22 de junho de 2022
Tudo no mesmo saco
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"How Insensitive" TOM JOBIM (Sting,Alaide Costa,Pat Metheny)
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Insensatez - Tom Jobim
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How Insensitive - Tom Jobim
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A máquina que zelava por democracia ‘justa’ em Atenas
12 janeiro 2020
Relevo mostra a democracia coroando Demos, o povo de Atenas
Legenda da foto,
Em Atenas, a intenção era garantir que os órgãos importantes de seu sistema democrático não fossem contaminados pela corrupção
Quando se fala em democracia, esse sistema em que o povo é soberano, logo pensamos em eleições, já que em muitos países elas são a única ocasião em que sentimos que podemos participar das decisões.
Curiosamente, no berço da democracia, a Atenas antiga — onde o sistema nasceu e se desenvolveu por quase 200 anos —, as eleições eram consideradas antidemocráticas.
Para os atenienses clássicos, as eleições sempre privilegiavam as diferenças entre os candidatos, fossem eles riqueza, família ou a educação.
Isso não significa que eles nunca usaram o voto: foi por meio dele que escolheram aqueles que assumiram postos para os quais eram necessários especialistas, como generais do Exército, e que tomaram outras decisões importantes, como condenar Sócrates à morte — um dos grandes opositores da democracia.
Eles evitaram, no entanto, utilizar as eleições para escolher funcionários do governo ou juízes.
Ah por que você
Foi falso assim
Assim tão desalmado
What was I to do
What can one do
When a love affair is over
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Kkk tá fraco né?
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É isso
É um fraco ne
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Sequência
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Conversa
Christian Lynch
@CECLynch
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21 de jun
Bolsonaro precisa vencer a eleição. Prega tanto o extermínio do outro, que imagina que farão o mesmo com ele, se perder. Quando se sente acuado, radicaliza. Crê que criar um ambiente caótico de conturbação lhe dará chance de virar a mesa e escapar do perigo.
Christian Lynch
@CECLynch
·
21 de jun
Ocorre que esse comportamento é eleitoralmente contraproducente. O ambiente permanente de caos afasta de Bolsonaro o eleitor mediano, que quer segurança. Não dá para um presidente terceirizar a culpa. O eleitor identifica nele o fator de instabilidade e prefere removê-lo.
Christian Lynch
@CECLynch
·
21 de jun
Criar um ambiente de caos aproxima da derrota Bolsonaro e todos os que estão na sua canoa. O golpe como meio de restabelecer a paz não está ao seu alcance. Nenhum golpista com recursos os confiaria a um político com o perfil fraco e desequilibrado de Bolsonaro.
Christian Lynch
@CECLynch
·
21 de jun
A criação de um ambiente insuportável e caótico de conturbação, armando gente, difundindo desconfiança, jogando uns contra os outros, não é, portanto, meio de vitória eleitoral, nem de golpe. É meio para obrigar os outros a encontrarem uma saída para ele.
Christian Lynch
@CECLynch
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21 de jun
A principal aposta passa por explorar o inconformismo de alguns militares contra os ministros do Supremo, por terem devolvido os direitos políticos a Lula. Aposta que, engrossada na rua pelo eleitorado fascistóide, a intimidação obrigará Moraes a deixá-lo escapar impune.
Christian Lynch
@CECLynch
·
21 de jun
Simulação de força é a peça fundamental para que a máquina de intimidação de Bolsonaro funcione. A aparência é que importa. Aparência de popularidade, de capacidade de mobilização, de derrubar todos os limites à sua vontade e de adesão incondicional das forças armadas à sua ação.
Christian Lynch
@CECLynch
·
21 de jun
Daí o desespero contra os militares que dizem não haver perigo de golpe. Da divulgação de pesquisas indicando sua derrota no primeiro turno. Do noticiário negativo sobre economia. Tudo isso reduz a percepção de força indispensável para impor ou negociar com os outros uma saída.
Christian Lynch
@CECLynch
·
21 de jun
Sem saída, incapaz de conceber outra ação, Bolsonaro redobra então a aposta na criação do ambiente de caos e subversão da ordem, e assim sucessivamente, na expectativa de que a situação se torne tão crítica que force o surgimento de uma saída.
Mas o tempo corre contra ele.
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How Insensitive
Tom Jobim
Ouça How Insensitive
How Insensitive
How insensitive
I must have seemed
When she told me that she loved me
How unmoved and cold
I must have seemed
When she told me so sincerely
Why she must have asked
Did I just turn and stare in icy silence
What was I to say
What can you say
When a love affair is over
Now she's gone away
And I'm alone
With a memory of her last look
Vague and drawn and sad
I see it still
All her heartbreak in that last look
How she must have asked
Could I just turn and stare in icy silence
What was I to do
What can one do
When a love affair is over
Quão Insensível
Quão insensível
Eu devo ter parecido
Quando ela me disse que me amava
Quão frio e imóvel
Eu devo ter parecido
Quando ela me disse com tanta sinceridade
Por que ela teve que perguntar?
Eu apenas me virei e a encarei em um silêncio gélido?
O que eu devia ter dito?
O que alguém diz
quando um caso de amor se acaba?
Agora ela se foi
E eu estou só
Com a memória de seu último olhar
Vago e cansado e triste
Eu ainda vejo
Toda sua mágoa, naquele último olhar
Como ela pode ter perguntado?
Poderia eu apenas me virar e encará-la em um silêncio gélido?
O que eu devia fazer?
O que alguém pode fazer
Quando um caso de amor se acaba?
Ouça How Insensitive
Composição: Antonio Carlos Jobim / Norman Gimbel / Vinícius de Moraes.
A Sensibilíssima República e o "fator Ribeiro"
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Parte da kleroterion, a máquina usada para os sorteios
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Ruy Castro: A devolução das ilusões
Folha de S. Paulo
Urge uma Loja do Ex para os milhões de ex-eleitores de Bolsonaro
Li na Folha (10) que um shopping do Pará lançou uma opção para quem quiser se desapegar de objetos tornados inúteis ou dolorosos pelo fim de um relacionamento. É a Loja do Ex, que recebe essas doações e as destina a uma instituição de caridade. Imagino que as mulheres sejam as maiores doadoras. Como quase sempre é o homem que vai embora e deixa tudo para trás, não é incomum a sua ex se ver, de repente, na posse de um par de chuteiras, um jogo de cuecas novas, uma churrasqueira, um boné do time dele, uma coleção de Carlos Zéfiro e outros itens abandonados pelo sujeito.
A ideia de se livrar de tudo isso é boa demais para se limitar aos objetos que um dia foram importantes para o casal. Deveria se estender também à devolução das certezas e ilusões que um dia eles defenderam em comum, mas que depois se revelaram falsas, mentirosas, criminosas. Nesse caso, o ex será aquele em quem eles acreditaram e com quem romperam por se sentirem tapeados, traídos, feitos de bobos. E, nos dias de hoje, isso inclui majoritariamente os casais que votaram em Jair Bolsonaro em 2018.
Onde haverá uma Loja do Ex para receber a balela de que ele iria "acabar com a corrupção"? A loja terá espaço para acomodar os bilhões que Bolsonaro entregou ao centrão? Os milhões de doses de cloroquina vendidas em vez de vacinas? Os quilos de ouro que seus amigos pastores extorquiram dos prefeitos? As rachadinhas praticadas por ele e seus filhos? O império imobiliário que eles construíram com dinheiro vivo? Os cheques na conta de dona Michelle?
E as promessas de liberdade e democracia, com todas as ameaças de golpe contra a eleição? E o "Brasil acima de tudo", com a Amazônia na mão dos destruidores, ladrões, traficantes e assassinos? E o "Deus acima de todos" na boca da gente mais rasteira que já o invocou?
É isso aí. Urge uma Loja do Ex para os milhões de ex-eleitores de Bolsonaro
How Insensitive
Perry Como
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Ouça How Insensitive
How insensitive . . . I must have seemed
When she told me that she loved me . . .
How unmoved an cold . . . I must have seemed
When she told me so sincerely . . .
Why . . . she must have asked
Do I just turn an stare in icy silence?
What was I to say. . .
What can you say when a love affair is over?
< instrumental break >
Now, shes gone away
And Im alone with a memory of her last look . . .
Vague an drawn an sad . . . I see it still
All her heartbreak in that last look . . .
How . . . she must have asked
Could I just turn an stare in icy silence?
What was I to do . . .
What can one do when a love affair is over?
What can you do
When a love affair is over?
Its over . . .
https://www.letras.mus.br/como-perry/496896/
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How Insensitive: Journey Through The Real Book #154 (Jazz Piano Lesson)
3.375 visualizações 10 de abr. de 2020 A jazz piano lesson to demonstrate how Jobim's bossa nova "How Insensitive" is based on Chopin's Prelude in Em, along with a solo jazz piano performance of the tune.
Learn the 5 Essential Left Hand Techniques with my free ebook: Jazz Piano Left Hand Techniques: https://keyboardimprov.com/jazz-left-...
Ron Drotos: Jazz piano solo and musical/historical discussion of Antonio Carlos Jobim’s bossa nova “How Insensitive,” which was inspired by Chopin’s Prelude in Em.
Playing Chopin’s Famous Prelude in Em 0:00
Chopin’s use of the 5th and flat-6th scale degrees of the natural minor scale in his Prelude in Em 0:53
Transposing Chopin’s Prelude in Em down a whole step to Dm, to match the key of Jobim’s “How Insensitive” 1:24
The harmony in Chopin’s Prelude in Em 1:48
Playing Jobim’s “How Insensitive” in the style of Chopin’s Em Prelude 2:50
Playing the left hand part of Chopin’s Prelude in Em under Jobim’s melody of “How Insensitive” 3:07
Antonio Carlos Jobim as composer of “The Girl From Ipanema,” “Corcovado,” and “How Insensitive” 3:40
Jobim’s “How Insensitive” as based on Chopin’s Prelude in Em 4:22
The emotional mood of Jobim’s “How Insensitive” 4:29
The descending bass line and harmonic journey in “How Insensitive” 5:17
Which scale to use on tonic minor chords: Natural minor or Dorian? 5:52
The characteristic sound of the Natural Minor Scale 6:26
How the Dorian Mode differs in sound from the Natural Minor Scale 6:39
Clearing up one of the biggest myths about playing jazz: We don’t always have to define a scale or mode for every chord! 7:20
Learning to improvise by studying how Chopin used neighboring tones 8:57
Improvising in the style of Chopin 9:34
Letting the emotional feeling of a tune come through us while we play jazz piano 10:02
Beginning by improvising with the “Chopin neighboring-tone concept” 10:13
Using the interval of the 7ths as a motif 10:58
Developing the motif melodically 11:09
Playing the “How Insensitive” melody, with an improvised part above it 11:43
Harmonizing the melody with parallel 6ths above 12:19
A more lyrical “descant” above the main melody 12:29
Improvising in parallel 6ths 13:11
A single-note melodic line13:24
Improvising with parallel 3rds 13:34
Quarter-note triplets 13:47
Improvising on the tune’s melody 13:56
Further developing the 3rds motifs during the solo 14:14
Bringing in the “How Insensitive” melody with the left hand, under the 3rds 14:33
Continuing with the melody, with the right hand 15:00
Improvising an independent alto voice under the melody 15:45
Playing one more chorus, with Impressionistic textures 16:05
Improvising an ending, on a D minor chord 17:29
The many recordings of “How Insensitive,” by artists as diverse as jazz musicians, Judy Garland, and even The Monkees! 17:53
Here are some more Free Jazz Piano Lessons for you at the KeyboardImprov website:
https://keyboardimprov.com/free-begin...
If you'd like some fun jazz rhythm and ear training exercises, you'll enjoy this ebook I created:
Essential Training For Jazz Pianists
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Thanks for joining me on this musical adventure, and please LIKE, COMMENT and SHARE this video with your musical friends.
If you'd like to start my full video course, you'll find it here:
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For Zoom and Skype lessons, please email me at rondrotos@keyboardimprov.com.
Enjoy the journey, and "let the music flow!"
Ron
https://www.youtube.com/watch?v=Axe16TXQ9mM
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SENSO INCOMUM
Na disputa entre os magistrados Caneca e Nebraska, ganhou Weintraub
25 de junho de 2020, 8h00
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Por Lenio Luiz Streck
1. A Sereníssima República e o "fator Weintraub"
O grande Machado de Assis escreveu o conto A Sereníssima República, na qual o Cônego Vargas relata sua descoberta: "aranhas falantes, que se organizaram politicamente". Bom, hoje provavelmente Machado usaria outra espécie de animal.
Enfim, sigo. O Cônego lhes ofereceu um sistema eleitoral a partir de sorteio, onde eram colocadas bolas com os nomes dos candidatos em sacos.
O inusitado ocorreu quando da eleição de um magistrado (para uma corte superior). Havia dois candidatos. A disputa era “Nebraska contra Caneca”. Em face de problemas anteriores — grafia errada de nomes de candidatos nas bolas — a lei estabeleceu que uma comissão de cinco assistentes poderia jurar ser o nome inscrito o próprio nome do candidato.
Feito o sorteio, saiu a bola com o nome de Nebraska. Ocorre que faltava ao nome a última letra (A). Mas as cinco testemunhas resolveram o problema. Afinal, Nebrask, faltando um A, só poderia ser... Nebraska.
Caneca, o derrotado, impugnou o resultado. Trouxe um grande filólogo, formado por uma famosa Universidade que apresentou a sua tese:
“Em primeiro lugar, não é fortuita a ausência da letra 'a' do nome Nebraska. Não havia carência de espaço. Logo, a falta foi intencional.
E qual a intenção? A de chamar a atenção para a letra 'k', desamparada, solteira, sem sentido. Ora, na mente,'k' e “ca” é a mesma coisa.
Logo, quem lê o final lerá 'ca'; imediatamente, volta-se ao início do nome, que é “ne”. Tem-se, assim, “cané”.
Resta a sílaba do meio 'bras', cuja redução a esta outra sílaba 'ca', última do nome Caneca, é a coisa mais demonstrável do mundo. Mas não demonstrarei isso.
É óbvio. Há consequências lógicas e sintáticas, dedutivas e indutivas... Aí está a prova: a primeira afirmação mais as silabas 'ca' às duas 'Cane' dando o nome Caneca.”
Pronto. Eis o ganhador: Weintraub! Simples assim. Era ministro. Pediu demissão. Usou o cargo para entrar nos EUA. Burlou o sistema. Descobriram o nosso Caneca. O governo deu o drible das aranhas e republicou a demissão. Piorou a situação. Viva a Sereníssima Res-privada!
2. Un Ballo in Maschera (ópera de Verdi escrita no Planalto)
Por falar em Sereníssima, leio que o Presidente da Sereníssima República foi obrigado, por decisão judicial, a usar máscara (maschera). No baile de Brasília (no RS também), todos devem usar máscara. Que ótimo!
Então: Bolsonaro é um morador de Brasília. Logo, deveria usar máscara. Porém, segundo a AGU, a decisão judicial não pode obrigar o Presidente. Por que será que não?
Bem, a AGU recorreu da decisão. Pois é. Diz que é para preservar a harmonia entre os poderes. Eu diria que a ação serve para preservar a saúde pública. Afinal, Weintraub não foi multado? Não deve ser fácil ser AGU. Toda hora tem de servir de cleaner. Depois se diz que a AGU é de Estado. E que não é órgão de governo. E nem é órgão de defesa do Presidente. Por mim, sem problemas que a AGU faça isso. Meus amigos advogados públicos sempre dizem que são "de Estado". Não os contesto. Porém...
3. Extra, extra: Cura total e rápida do Coronavírus - 4.564 casos já registrados
Com insônia por causa das versões e "transversões" da dupla WW (Wassef-Weintraub), zapeando, descobri a grande novidade. Uma das Igrejas que tem programa à noite tem uma tabela de curas, por reza, do coronavírus. Sério. Ontem o placar estava em 4.564 curas. Só num dia foram 111 curas.
Fiquei pensando: isso só de um rezador. Se juntarmos todos da Igreja dele, teremos milhares, dezenas de milhares de curas da Covid-19. O Ministério da Saúde deveria estar atento.
Bom, depois que ouvi de um pastor que a oração tinha tirado um sujeito do SPC e, já de outra religião, vi (na TV) que uma dívida tinha sumido, desaparecido. Com reza. Com isso, poderíamos pagar todas as dívidas, pois não? Em nome de o Senhor Jesus!
Diz-se que isso tudo é liberdade de crença. Bom, a hermenêutica teve seu início, na modernidade, em três frentes: bíblica, jurídica e filológica. Quem sabe aí não está uma neo-interpretação da Constituição?
4. E o Prefeito decretou jejum e orações!
Leio que um Prefeito do Mato Grosso do Sul decretou um dia de jejum e 21 de orações. Tudo para enfrentar a Covid-19. O interessante é que isso foi parar no Tribunal de Justiça, por certo por ser inconstitucional. Já houve decisão. Segundo o TJ, o decreto do alcaide não fere o Estado laico, porque não obriga a população a jejuar e nem a praticar orações.
Seria, então, uma norma sem sanção. Tipo "não fume", sendo apenas um conselho. Está bem. Dizem que o próximo decreto do burgomestre será sobre prática de sexo, mas sem caráter cogente.
E está no forno outro decreto: proibição de morar debaixo da ponte. Normatividade? Depende. Os ricos não serão atingidos. Como dizia Anatole France! Ou o camponês salvadorenho, de La Torre Rangel: la ley es como la serpiente; solo pica al descalzos.
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Lenio Luiz Streck é jurista, professor de Direito Constitucional e pós-doutor em Direito. Sócio do escritório Streck e Trindade Advogados Associados: www.streckadvogados.com.br.
Revista Consultor Jurídico, 25 de junho de 2020, 8h00
https://www.conjur.com.br/2020-jun-25/senso-incomum-disputa-entre-magistrados-caneca-nebraska-ganhou-weintraub
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