Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 20 de junho de 2022
"mal-entendido"
“Há loucura que compõe e Há loucura que depõe.”
***
***
ARTE E CULTURA
PROVOCAÇÕES 382 COM RITA LUZ - BLOCO 02
https://tvcultura.com.br/videos/2749_provocacoes-382-com-rita-luz-bloco-02.html
*********************************************************************************
***
Maior Abandonado (Ao Vivo)
Barão Vermelho
https://www.kboing.com.br/barao-vermelho/maior-abandonado-ao-vivo/
*********************************************************************
Após a gafe, o xerife tentou explicar o mal-entendido.
Folha de S.Paulo, 22/07/2009
***
***
Boris Casoy: Acordo entre ministro do STF e presidente seria uma patifaria - Liberdade de Opinião
1.078 visualizações 20 de jun. de 2022 No Liberdade de Opinião desta segunda-feira (20), Boris Casoy avalia a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou ter negociado um suposto acordo com o ministro do STF Alexandre de Moraes para que inquéritos fossem arquivados.
https://www.youtube.com/watch?v=8fwzFtMUW6Q
***********************************************
***
Molica: PGR precisa investigar suposto acordo entre Moraes e Bolsonaro - Liberdade de Opinião
1.022 visualizações 20 de jun. de 2022 No Liberdade de Opinião desta segunda-feira (20), Fernando Molica comenta a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou ter negociado um suposto acordo com o ministro do STF Alexandre de Moraes para que inquéritos fossem arquivados.
https://www.youtube.com/watch?v=sfn_1bQJntM
"visão de mundo"
Filósofo Húngaro
***
'Em Ciências Humanas e Filosofia, o autor define visão de mundo como “expressões individuais e sociais ao mesmo tempo, sendo seu conteúdo determinado pelo máximo de consciência possível do grupo, em geral da classe social”. Para Goldmann o que determinado escritor consegue expressar em sua obra é a totalidade da visão de mundo de determinada classe social em determinado momento histórico, e não a totalidade da sociedade. Assim, ele discorda parcialmente de Lukács já que este defende que o proletariado (e quem expressa o seu ponto de vista) é o único que consegue alcançar a realidade em sua totalidade.'
***
***
www.campusvirtual.ufsj.edu.br
Texto 5 – O conceito de visão de mundo aplicado à educação ...
http://www.campusvirtual.ufsj.edu.br/mooc/ciencianacomunidade/texto-5-o-conceito-de-visao-de-mundo-aplicado-a-educacao-em-ciencias/
Apesar de escrita durante o final de sua vida, Lukács concebia sua Ontologia como um novo recomeço. Segundo o relato de Nicolas Tertulian, Lukács dizia em tom autoirônico que "é privilégio de alguns gênios da filosofia, como Aristóteles ou Marx, esclarecer muito precocemente, aos vinte anos, o essencial de seu pensamento inovador; para os outros, para o comum dos mortais, pode acontecer (...) que somente aos 80 anos consigam clarear o núcleo de sua filosofia" (Tertulian, 1986, p. 52). Por mais desconcertante que essa declaração possa parecer, vale lembrar que a Ontologia lukacsiana foi concebida não só como o resgate de uma perspectiva filosófica, mas também como um esforço para o renascimento do marxismo, empobrecido por décadas de interpretações simplificadoras, que encontraram no stalinismo sua face mais brutal.
Para uma ontologia do ser social I
György Lukács
Apresentação: José Paulo Netto
Tradução: C. N. Coutinho; M. Duayer e N. Schneider
Boitempo
São Paulo, 2012, 431 págs.
http://old.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662013000300011&script=sci_arttext
***
José Mauro Coelho não aguenta pressão e renuncia ao cargo de presidente da Petrobrás
3.563 visualizações 20 de jun. de 2022
https://www.youtube.com/watch?v=tm1qAyKxkIQ
*******************************************************
***
Fernando Molica: CPI da Petrobras é risco muito grande para o governo - Liberdade de Opinião
3.238 visualizações 20 de jun. de 2022 No Liberdade de Opinião desta segunda-feira (20), Fernando Molica avalia a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) de criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a atual gestão da Petrobras.
https://www.youtube.com/watch?v=Pcs5lYrejJA
***
Os Paralamas Do Sucesso - Lanterna Dos Afogados
17.874.944 visualizações 2 de ago. de 2014 Music video by Os Paralamas Do Sucesso performing Lanterna Dos Afogados. (C) 2014 EMI Records Brasil Ltda, Universal Music International
https://www.youtube.com/watch?v=trFdRPqjwyk
*************************************************
***
Bolsonaro não deve terminar o governo. Vai renunciar.
136.318 visualizações Transmitido ao vivo em 17 de jun. de 2022 Descobriram o óbvio: Tarcísio, o falastrão, não mora em São José dos Campos!
O ministro Fux diz que vai procurar Bolsonaro, o golpista, em busca de "paz nas eleições." Se o ministro deseja paz nas eleições, a última pessoa que deve procurar é justamente Bolsonaro, que conspira diuturnamente contra a democracia e as liberdades.
Bolsa desaba e dólar dispara. Onde está o "genial" Paulos Guedes?
https://www.youtube.com/watch?v=DfSipm3eX0c
************************************************
BOLSOANRO REITERA ACORDO ENTRE ELE E O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES MEDIADO POR EX PRESIDENTE TEMER POR CELULAR NO VIVA VOZ.
TEMER APÓS ANÚNCIO DA CARTA, NEGARA TER OUVIDO TAL CONVERSA
***
***
Temer desmente Bolsonaro sobre acordo com Moraes | CNN 360º
66.869 visualizações 7 de jun. de 2022 Em resposta a Jair Bolsonaro (PL), Michel Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira (7) que “não houve uma condicionante” para que o presidente divulgasse a carta em que recuou de seus ataques a Alexandre de Moraes, depois dos atos de 7 de Setembro.
https://www.youtube.com/watch?v=DfSipm3eX0c
**************************************************
Bolsonaro acusa Moraes de descumprir acordo articulado por Temer
Presidente não revelou os termos que teriam sido combinados com ministro do STF, que resultaram em carta divulgada após Sete de Setembro do ano passado
***
***
Da CNN
07/06/2022 às 13:25 | Atualizado 07/06/2022 às 17:29
Compartilhe:
Facebook
Twitter
Linkedin
WhatsApp
flipboard
Ouvir notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (7) que a carta escrita com auxílio do ex-presidente Michel Temer (MDB) e divulgada após os protestos de Sete de Setembro do ano passado envolveu um acerto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo Bolsonaro, Moraes “não cumpriu nenhum dos itens” combinados para que a carta fosse publicada, sem detalhar os termos do acordo.
A fala de Bolsonaro ocorreu em entrevista ao programa Perspectivas, do SBT. O presidente disse não ter gravações da conversa com Temer e Moraes.
“Não falei isso para ninguém, estou falando primeiro para você. Estava eu, Michel Temer e um telefone celular na minha frente. Ligamos para o Alexandre de Moraes e falamos três vezes com ele, e combinamos umas certas coisas para assinar aquela carta. Ele não cumpriu nenhum dos itens que eu combinei com ele”, disse.
Leia Mais
Temer desmente Bolsonaro sobre acordo com Moraes
Temer desmente Bolsonaro sobre acordo com Moraes
Segunda Turma do STF derruba decisão de Nunes Marques favorável a Francischini
Segunda Turma do STF derruba decisão de Nunes Marques favorável a Francischini
Partido de Bolsonaro apresenta ao TSE empresa para auditar as eleições de 2022
Partido de Bolsonaro apresenta ao TSE empresa para auditar as eleições de 2022
“Logicamente, eu não gravei essa conversa, por questão de ética, jamais faria isso. Mas digo que o Alexandre de Moraes não cumpriu uma só das coisas que acertamos naquele momento para assinar aquela carta”, completou.
Questionado sobre o que foi combinado na ocasião, Bolsonaro disse que não iria responder.
“Não, não vou te falar. A carta está pública, nós combinamos ali, são outras questões para diminuir a pressão sobre essa perseguição que ele [Moraes] faz até hoje em cima de pessoas que me apoiam”, declarou o presidente, citando a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), que está em julgamento no Supremo Tribunal Federal.
Em resposta, Temer afirmou, porém, que “não houve uma condicionante” para que o presidente divulgasse a carta em que recuou de seus ataques a Alexandre de Moraes (veja abaixo a nota do ex-presidente).
No feriado de Sete de Setembro de 2021, durante um protesto na avenida Paulista, em São Paulo, Bolsonaro declarou que o sistema eleitoral brasileiro não oferecia segurança e disse que “qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá”.
“Acabou o tempo dele. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha”, afirmou, na ocasião.
Dois dias após a manifestação, Bolsonaro se reuniu com Temer e divulgou uma carta afirmando que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.
Disse ainda que suas palavras “por vezes contundentes, decorreram do calor do momento”.
Explicação sobre o uso do termo “ir à guerra”
Questionado sobre uma fala da semana passada, quando afirmou ter surgido “uma nova classe de ladrão” que tenta “roubar nossa liberdade” ― e, caso seja necessário, “iremos à guerra” ―, Bolsonaro respondeu que estava falando sobre manifestações não apenas nas ruas, porque isso “não sensibiliza Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso”.
“É ir às ruas, mas também agora não apenas ir às ruas. Saber o que eu pretendo fazer em ato contínuo. Que a população apenas indo às ruas não sensibiliza Alexandre de Moraes, Fachin, Barroso, não sensibiliza essas pessoas. Eles estão num propósito de botar a esquerda no poder de novo”, atacou o presidente, citando novamente que Fachin foi “o relator do processo que botou o Lula em liberdade”, nas palavras de Bolsonaro.
A CNN procurou os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luis Roberto Barroso, que preferiram não se manifestar. Temer divulgou uma nota afirmando que não houve condicionante para a elaboração da carta.
“Em relação à declaração de hoje do Senhor presidente da República sobre a assinatura da carta de 9 de setembro, tenho o dever de esclarecer que fui a Brasília naquela oportunidade com o objetivo de ajudar a pacificar o país e restabelecer o imperativo constitucional da harmonia entre os Poderes. As conversas se desenvolveram em alto nível como cabia a uma pauta de defesa da democracia. Não houve condicionantes e nem deveria haver pois tratávamos ali de fazer um gesto conjunto de boa vontade e grandeza entre dois Poderes do Estado brasileiro. Mais do que nunca, o momento é de prudência, responsabilidade, harmonia e paz.”
O presidente também foi questionado se o termo “ir à guerra” significa a utilização de armas. Bolsonaro negou.
“Ninguém vai pegar em armas não, não é isso. O pessoal sempre leva para um lado. Tem nada a ver. Essa guerra é uma guerra interna. Agora, nós devemos respeitar a manifestação popular. Isso é a essência da democracia. Pelo que parece, alguns aqui estão se lixando para isso. Mas não se esqueçam que a população, nós estamos do lado dela”, afirmou.
Ato no Sete de Setembro deste ano
Bolsonaro também afirmou que haverá um novo ato de Sete de Setembro neste ano, em meio à campanha eleitoral e menos de um mês antes do primeiro turno, marcado para 2 de outubro.
Segundo ele, será “uma concentração nas capitais e também um apoio a um possível candidato que esteja disputando”.
“Pelo que estou vendo, está sendo organizado por aí, e eu aplaudo. Eles vão participar do Sete de Setembro aqui em Brasília, o povo deve participar. Não só pelo Sete de Setembro, mas também… quando fala de Sete de Setembro, é Independência, né? Nós queremos nossa total independência, liberdade de expressão, liberdade religiosa, de ir e vir, de consciência, e não aquilo que esses dois ou três do TSE querem impor para todos nós”, criticou.
Bolsonaro disse que pretende participar do ato, mas colocou em dúvida o deslocamento para outras capitais além de Brasília.
“A previsão é participar. Vai ter um grande desfile em Brasília, depois eu não sei se vou para algum lugar ou não. Mas estaremos em época de eleições. Eu não tenho como deslocar pelo Brasil com a força aérea comigo. É diferente nessa época, eu só posso me deslocar para eventos oficiais. Eu não posso participar de um evento em outro lugar qualquer, como uma manifestação positiva. Eu vou ver o que vou fazer na época. Mas pretendo participar sim desse movimento se a gente tiver recursos para tal”, disse.
Temer diz que momento é de prudência e responsabilidade
O ex-presidente Michel Temer (MDB) comentou o caso por meio de nota divulgada nesta terça (7).
“Em relação à declaração de hoje do Senhor presidente da República sobre a assinatura da carta de 9 de setembro, tenho o dever de esclarecer que fui a Brasília naquela oportunidade com o objetivo de ajudar a pacificar o país e restabelecer o imperativo constitucional da harmonia entre os Poderes. As conversas se desenvolveram em alto nível como cabia a uma pauta de defesa da democracia. Não houve condicionantes e nem deveria haver pois tratávamos ali de fazer um gesto conjunto de boa vontade e grandeza entre dois Poderes do Estado brasileiro. Mais do que nunca, o momento é de prudência, responsabilidade, harmonia e paz”, disse o emedebista.
*Publicado por Marcelo Tuvuca, com informações de João Victor Soares, da CNN
Fotos – Todos os presidentes da história do Brasil
1 de 36
Veja todos os presidentes da história do Brasil
Manuel Deodoro da Fonseca (Deodoro da Fonseca)
1889 - 1891
Crédito: Divulgação/Presidência da República
2 de 36
Floriano Vieira Peixoto (Floriano Peixoto)
1891 - 1894
Crédito: Divulgação/Presidência da República
3 de 36
Prudente José de Morais e Barros (Prudente de Morais)
1894 - 1898
Crédito: Divulgação/Presidência da República
4 de 36
Manoel Ferraz de Campos Salles (Campos Salles)
1898 - 1902
Crédito: Divulgação/Presidência da República
5 de 36
Francisco de Paula Rodrigues Alves (Rodrigues Alves)
1902 - 1906
Crédito: Divulgação/Presidência da República
6 de 36
Afonso Augusto Moreira Penna (Afonso Pena)
1906 - 1909
Crédito: Divulgação/Presidência da República
7 de 36
Nilo Procópio Peçanha (Nilo Peçanha)
1909 - 1910
Crédito: Divulgação/Presidência da República
8 de 36
Hermes Rodrigues da Fonseca (Hermes da Fonseca)
1910 - 1914
Crédito: Divulgação/Presidência da República
9 de 36
Venceslau Brás Pereira Gomes (Venceslau Brás)
1914 - 1918
Crédito: Divulgação/Presidência da República
10 de 36
Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Delfim Moreira)
1918 - 1919
Crédito: Divulgação/Presidência da República
11 de 36
Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa (Epitácio Pessoa)
1919 - 1922
Crédito: Divulgação/Presidência da República
12 de 36
Arthur da Silva Bernardes (Arthur Bernardes)
1922 - 1926
Crédito: Divulgação/Presidência da República
13 de 36
Washington Luís Pereira de Sousa (Washington Luís)
1926 - 1930
Crédito: Divulgação/Presidência da República
14 de 36
Getúlio Dornelles Vargas (Getúlio Vargas)
1930 - 1945
Crédito: Divulgação/Presidência da República
15 de 36
José Linhares
1945 - 1946
Crédito: Divulgação/Presidência da República
16 de 36
Eurico Gaspar Dutra
1946 - 1951
Crédito: Divulgação/Presidência da República
17 de 36
Getúlio Dornelles Vargas (Getúlio Vargas)
1951 - 1954
Crédito: Divulgação/Presidência da República
18 de 36
João Fernandes Campos Café Filho (Café Filho)
1954 - 1955
Crédito: Divulgação/Presidência da República
19 de 36
Carlos Coimbra da Luz (Carlos Luz)
08/11/1955 a 11/11/1955
Crédito: Divulgação/Presidência da República
20 de 36
Nereu de Oliveira Ramos (Nereu Ramos)
1955 - 1956
Crédito: Divulgação/Presidência da República
21 de 36
Juscelino Kubitschek de Oliveira (Juscelino Kubitschek)
1956 - 1961
Crédito: Divulgação/Presidência da República
22 de 36
Jânio da Silva Quadros (Jânio Quadros)
31/01/1961 - 25/08/1961
Crédito: Divulgação/Presidência da República
23 de 36
João Belchior Marques Goulart (João Goulart)
1961 - 1964
Crédito: Divulgação/Presidência da República
24 de 36
Humberto de Alencar Castello Branco (Castello Branco)
1964 - 1967
Crédito: Divulgação/Presidência da República
25 de 36
Arthur da Costa e Silva (Costa e Silva)
1967 - 1969
Crédito: Divulgação/Presidência da República
26 de 36
Emílio Garrastazu Médici (Médici)
1969 - 1974
Crédito: Divulgação/Presidência da República
27 de 36
Ernesto Geisel
1974 - 1979
Crédito: Divulgação/Presidência da República
28 de 36
João Baptista de Oliveira Figueiredo (João Figueiredo)
1979 - 1985
Crédito: Divulgação/Presidência da República
29 de 36
José Sarney
1985 - 1990
Crédito: Divulgação/Presidência da República
30 de 36
Fernando Afonso Collor de Mello (Fernando Collor)
1990 - 1992
Crédito: Divulgação/Presidência da República
31 de 36
Itamar Augusto Cautiero Franco (Itamar Franco)
1992 - 1994
Crédito: Divulgação/Presidência da República
32 de 36
Fernando Henrique Cardoso
1995 - 2002
Crédito: Divulgação/Presidência da República
33 de 36
Luiz Inácio Lula da Silva
2003 - 2010
Crédito: Divulgação/Presidência da República
34 de 36
Dilma Vana Rousseff (Dilma Rousseff)
2011 - 2016
Crédito: Divulgação/Presidência da República
35 de 36
Michel Miguel Elias Temer Lulia (Michel Temer)
2016 - 2019
Crédito: Divulgação/Presidência da República
36 de 36
Jair Messias Bolsonaro (Jair Bolsonaro)
2019 - Atualidade
Crédito: Divulgação/Presidência da República
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-acusa-moraes-de-descumprir-acordo-articulado-por-temer/
******************************
Tópicos
Alexandre de Moraes
Edson Fachin
Eleições 2022
Eleições Presidenciais
Jair Bolsonaro
Luís Roberto Barroso
TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-acusa-moraes-de-descumprir-acordo-articulado-por-temer/
****************************
Bolsonaro diz que negociou arquivamento do inquérito das fake news com Moraes
Segundo o presidente, esse foi um dos pontos do suposto acordo que teria feito com o ministro durante telefonema em 9 de setembro do ano passado
***
***
Da CNN
18/06/2022 às 16:10 | Atualizado 19/06/2022 às 11:59
Compartilhe:
Facebook
Twitter
Linkedin
WhatsApp
flipboard
Ouvir notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (18) que o suposto acordo que fez com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em setembro do ano passado envolvia o fim dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, investigações que têm como alvos alguns aliados do presidente.
“Conversei três vezes com ele [Moraes]. O [Michel] Temer estava lá ninguém nega, a carta eu assinei, fui ofendido por palavras mais variada possíveis, mas o que eu conversei com Alexandre de Moraes foi uma pacificação, o Temer entrou com carta, ele entrava em outras coisas, entre elas, em poucas semanas o arquivamento dos inquéritos de fake news e atos antidemocráticos. Ele cumpriu algo? Não”, afirmou o presidente, durante evento com religiosos no Amazonas.
Leia Mais
Temer desmente Bolsonaro sobre acordo com Moraes
Temer desmente Bolsonaro sobre acordo com Moraes
Bolsonaro acusa Moraes de descumprir acordo articulado por Temer
Bolsonaro acusa Moraes de descumprir acordo articulado por Temer
TSE divulga valor que cada partido vai receber do fundão; União Brasil receberá R$ 782 mi
TSE divulga valor que cada partido vai receber do fundão; União Brasil receberá R$ 782 mi
No começo de junho, Bolsonaro afirmou que um acordo teria sido firmado durante a conversa telefônica que teve com Moraes após os atos de Sete de Setembro de 2021.
Durante os protestos, o presidente chamou o ministro de “canalha” e disse que poderia descumprir decisões do Supremo. Depois de conversar com Moraes por telefone, em conversa intermediada por Temer, Bolsonaro recuou e disse que fez os ataques “no calor do momento”.
A informação sobre o suposto acordo já foi negada pelo ex-presidente Michel Temer, responsável por articular o diálogo entre o presidente e o ministro. Ainda na semana passada, o emedebista afirmou que o recuo do presidente não envolvia uma contrapartida.
A CNN procurou o ministro Alexandre de Moraes para comentar a fala do presidente, mas ainda não obteve resposta.
***
***
O inquérito das fake news, sob relatoria de Moraes, foi aberto de ofício pelo então presidente do STF, Dias Toffoli, em março de 2019, com o objetivo de investigar ataques e notícias falsas contra a Corte.
Entre os alvos da apuração estão, por exemplo, os bolsonaristas Daniel Silveira (PTB-RJ) e Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Em agosto do ano passado, Moraes incluiu o próprio Jair Bolsonaro entre o rol de investigados.
O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril de 2020, diante de discussões sobre a constitucionalidade do inquérito das fake news. A investigação, também relatada por Moraes, teve um escopo semelhante ao do inquérito das fake news, com muitos investigados em comum.
Em julho de 2021, o processo foi arquivado para dar lugar a ao inquérito dos atos antidemocráticos.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
*Publicado por Renan Porto, com informações de Kaio Teles
Tópicos
Alexandre de Moraes
Eleições
Eleições 2022
Eleições Presidenciais
Inquérito das fake news
inquérito dos atos antidemocráticos
Michel Temer
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-diz-que-negociou-arquivamento-do-inquerito-das-fake-news/
*******************************
Liberdade de Opinião
Auto confissão de crime
mentiras
abraço de afogados
******************************************************
Estrutura social e formas de consciência II:
a dialética da estrutura e da história. István
Mészáros. Tradução de Rogério Bettoni. São
Paulo, Boitempo, 2011. 370 p.
Renake Bertholdo David das Neves
Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro,
Brasil
O mais novo livro do filósofo húngaro István
Mészáros lançado pela Boitempo, na coleção
Mundo do Trabalho, tem como escopo fundamental demonstrar a relação dialética descoberta por Marx entre estrutura social e história,
objeto de relevância primordial para as ciências
humanas e sociais.
Mészáros faz uma apurada e erudita análise
da relação contida na metáfora base–superestrutura, isto é, a relação fundamental entre o
modo de produção, a base material da sociedade, e a consciência social, manifesta em suas
diversas formas – arte, religião, moral, política etc. O autor evidencia a concepção dialética
expressa no modelo de base e superestrutura,
refutando as acusações de ‘determinismo econômico’ imputado a Marx, e mostra que a metáfora deve ser entendida como uma totalidade
cujas partes não estão simplesmente interconectadas, nem são igualmente importantes: formam
um todo estruturado, com uma ordem interna
adequada e uma hierarquia determinada, ainda
que, em conformidade com o caráter intrínseco
a um complexo dialético, devam ser apreendidas como dinamicamente em mutação.
O autor deixa claro que, na concepção dialética de Marx, cada elemento da vida social
teve de ser explicado em termos de sua gênese
e transformação histórica. Reconhece a importância do famoso ‘Prefácio’ de 1859 à Contribuição à crítica da economia política, admitindo
que ele traz uma avaliação concisa da relação
entre base e superestrutura, mas também recorre largamente aos Grundrisse e a O capital a fim
de fundamentar seu argumento.
O filósofo explicita que não existe correspondência mecânica entre a materialidade e as
ideias, mas uma inter-relação dialética tripla que
constitui o intercâmbio entre base e superestrutura: primeiro, as relações de produção conformam a estrutura econômica da sociedade;
segundo, sobre essa base material, erige-se uma
superestrutura jurídica e política; por fim, o
terceiro fator essencial nesse intercâmbio é constituído pelas diversas “formas ideológicas” que se
arquitetam como “formas sociais determinadas
de consciência e, como tais, correspondem à superestrutura jurídica e política” (p. 127).
O exame da evolução da superestrutura jurídica e política ganha destaque nessa análise
sobre a relação entre a estrutura material e as
formas de consciência. Mészáros sublinha que
essa forma normativa se desenvolve como tal
apenas em sociedades que se diferenciaram em
classes, e não pode ser confundida com a ‘superestrutura’ em seu sentido primordial, sendo
uma forma historicamente específica de superestrutura e que adquirirá proeminência a partir
do advento do sociometabolismo do capital.
A superestrutura jurídica e política é definida, ao mesmo tempo, como um regulador do
intercâmbio social e um “usurpador a serviço
dos usurpadores da riqueza social” (p. 99). O
aporte de Mészáros sobre o tema joga por terra
o mito capitalista do Estado mínimo, do laissezfaire, pois apresenta categoricamente como o
Estado no capitalismo alcançou sua preponderância no curso do desenvolvimento da produção generalizada de mercadorias e da instituição
prática de relações de propriedade adequadas à
manutenção desse tipo de produção da riqueza
social, não podendo deixar de prescindir de seu
caráter centralizador e burocrático, que a tudo
invade, para garantir a reprodução ampliada do
capital, inclusive por meio do aparato militar. A
origem do Estado moderno, constata Mészáros,
não é resultado de uma determinação material
supostamente unilateral – explicação bastante
usual nas concepções marxistas vulgares –, mas
se constituiu dialeticamente por meio de sua
necessária interação recíproca com a base material do capital. Portanto, o Estado não apenas foi
moldado pela estrutura material da sociedade,
mas também moldou (e molda) a acumulação do
capital, assumindo a função de ser a estrutura
de comando geral do sistema do capital diante
da incontrolabilidade da dinâmica centrífuga de
uma produção que subsome o valor de uso ao valor de troca e que está sempre orientada para
a acumulação.
Mészáros defende que a continuidade da normatividade da superestrutura jurídica e política é radicalmente inconciliável com a ideia de
emancipação comunista; isso não significa que na sociedade dos ‘produtores associados’ seja
possível a ausência de uma normatividade, pois
o recuo progressivo das barreiras naturais exige
a intervenção crescente dos fatores superestruturais, porém de maneira autoconsciente, não
na forma alienada dos sistema do capital. A superação do Estado é, portanto, condição necessária, entretanto não suficiente, para a transição rumo a uma sociedade socialista. Caminho
que não é fácil, sustenta Mészáros, em face
dos exemplos das sociedades do Leste Europeu,
onde o Estado se reconstituiu mais poderoso do
que nunca.
Por sua vez, a relação entre base e superestrutura não pode ser dissociada de outra ideia
cara ao filósofo lukácsiano: a de uma ontologia
do ser social permeada por uma teleologia do
trabalho. O autor assinala que o fundamento
estrutural de todos os processos sociais “é a objetividade trans-histórica das determinações ontológicas sociais” (p. 49), uma vez que o metabolismo social é radicado no metabolismo entre
humanidade e natureza. E nesse metabolismo, o
trabalho cumpre a função de mediação ativa,
sempre com um pôr teleológico. Contudo, o materialismo histórico, alerta Mészáros, só pode
conceber a “teleologia objetiva e com fim aberto do trabalho em si” (p. 55), e jamais pode invocar a ideia de uma progressão de estágios ‘logicamente necessária’ no desenvolvimento histórico real. Esse foi um dos grandes equívocos
manifestos nas concepções idealistas da história, que acabaram por tratar a teleologia em
geral como uma forma de teologia, elaborando
suas explicações em termos de ‘causas finais’,
identificando-as com a manifestação do “propósito divino na ordem da natureza” (p. 55). A
refutação dos pontos de vista idealistas do processo histórico, no entanto, se deterá com maior
apuro em um capítulo dedicado às filosofias da
história de Kant e Hegel, cuja teleologia do processo histórico está carregada de aspectos teológicos, mas tributários das limitações de um
horizonte social determinado – a ascensão do
modo de produção capitalista –, e não de um
quadro teológico conscientemente assumido,
como era o caso em santo Agostinho, Joaquim
de Flora ou Friedrich Schlegel. Mészáros mostrará como os sistemas teleológicos desses pensadores são incompatíveis com a teleologia presente no pensamento marxiano, incidindo em
uma teologia que congela a história em um pon-to do tempo ‘ideologicamente conveniente’, autolegitimando a sociedade burguesa: a história
é “trazida para um fim”, em vez de representar
o quadro explicativo de toda a teoria, como o é
em Marx. O principal fio condutor da crítica
dessa teleologia da história apologética do capital será o excelente exame sobre a fusão entre
necessidade natural e necessidade histórica realizada por esses filósofos e também pela economia política. Tal síntese, como demonstra a
análise de Mészáros, transforma aquilo que é
historicamente específico em algo alegadamente
natural, tornando eterno o “controle social metabólico do capital” e dando ao capitalismo um
caráter supra-histórico. O autor, contudo, faz
questão de pontuar que esses pensadores empreenderam a apologia do capital na fase ascendente do modo de produção capitalista, quando,
apesar do impacto alienante que ele ocasionou
sobre as diversas esferas da vida humana, houve
o maior progresso produtivo de toda a história
até então e uma extensão da igualdade e liberdade a todos os indivíduos – mesmo que apenas
formalmente –, ao mesmo tempo em que o antagonismo de classes não era tão agudo. Tal apologética é muito distinta daquela perpetrada por
cientistas e filósofos que vêm realizando suas
investigações e reflexões já na fase descendente
do sociometabolismo do capital, uma vez que,
nesse último caso, a apologia é realizada contra
todas as evidências das contradições insolúveis
e dos antagonismos de classes explosivos desse
modo de produção. Mészáros assinala que a “busca da verdade” é abandonada em detrimento da
defesa dos interesses de reprodução e acumulação do capital.
O autor pondera que o conceito de mudança estrutural que exprime uma visão histórica
aberta, em direção a um futuro “estruturalmente alterável”, sobre a base das determinações
estruturais objetivas do desenvolvimento em
desdobramento em si, é absolutamente incompatível com o ponto de vista do capital.
O ser humano, assinala Mészáros, torna-se
sujeito histórico no desenvolvimento progressivo de sua capacidade para superar os graves
obstáculos da necessidade, seja ela natural ou
“histórica autoimposta”, alienante. É nesse processo de autoconstituição do sujeito ativo da
história que se pode identificar o processo histórico de transformação emancipadora da humanidade de que falava Marx.
O grande confronto histórico de nosso tempo enfrentado todos os dias pelos sujeitos históricos é o antagonismo estrutural fundamental
entre capital e trabalho. A defesa da transformação emancipadora que desmistifica criticamente o fetichismo do capital só poderia surgir
em um momento determinado, no início da fase
descendente do desenvolvimento do sistema do
capital. A ordem reprodutiva societal alternativa possui uma fundamentação objetiva, constituindo sua viabilidade a partir das “potencialidades positivas necessariamente malogradas
do capital”, como o tempo disponível proporcionado pela incrível produtividade do trabalho
que o capitalismo engendrou, mas que não pode
ser realizado como um ‘reino da liberdade’ num
sistema que se orienta pela acumulação cega.
O estudo de Mészáros responde não apenas
a uma preocupação teórica fundamental para
as ciências humanas e sociais. O empenho em
apresentar como se dão as determinações histórico-sociais, de demonstrar a diferença entre
aquilo que é particular e universal, e entre o que
é especificamente histórico e aquilo que é transhistórico (e de que nada há no que se refere ao
mundo dos homens que possa ser tomado como
supra-histórico) também vem suprir outro anseio, pois a apreensão do movimento histórico
real possibilita importante arma para a “necessária intervenção emancipadora” dos seres humanos. A referência à 11ª tese sobre Feuerbach
de Marx, aliás, será constante ao longo de todo
o livro: “Os filósofos apenas interpretaram o
mundo de diferentes maneiras; o que importa é
transformá-lo”.
O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro.João Márcio Mendes Pereira.
Rio de Janeiro,Civilização Brasileira,2010.502 p.
Marcela A. Pronko
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), Rio de Janeiro, Brasil
Frequentemente, ao se falar na atuação do Banco Mundial, costuma ser destacado seu papel financeiro e político, pelo caráter disciplinador
que assume sua intervenção por meio da imposição de condicionalidades embutidas na concessão de empréstimos aos países ‘da periferia’.
No âmbito acadêmico, adicionalmente, as produções que se debruçam sobre essa atuação o
fazem a partir de um olhar ou espaço de intervenção específico: alguma política setorial, sua
atuação circunscrita a um espaço geográfico determinado, uma estratégia particular. Entretanto, existem poucos trabalhos, menos ainda disponíveis em português, que abordem a intervenção do Banco Mundial desde uma perspectiva
histórica mais abrangente. Nesse sentido, o livro
O Banco Mundial como ator político, intelectual
e financeiro, de João Márcio Mendes Pereira,
vem preencher uma lacuna importante na produção acadêmica nacional, oferecendo ao leitor
uma história crítica e muito bem documentada
da instituição, desde sua criação em 1944 até os
dias de hoje.
O livro é o resultado da tese de doutoramento
defendida pelo autor no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal
Fluminense, em janeiro de 2009, elaborada sob
a orientação da Profa. Dra. Virgínia Fontes, autora do prefácio. Estruturado em oito partes –
uma introdução, seis capítulos e umas breves
considerações finais –, o livro oferece uma caracterização inicial do Grupo Banco Mundial,
mostrando sua abrangência e complexidade,
seguida de uma exposição cronológica da sua
atuação que cobre 64 anos de história, apoiada
numa longa e minuciosa pesquisa com fontes
primárias originais e de extensa revisão bibliográfica, o que já constitui uma valiosa contribuição para os interessados no tema. Parte desse
esforço de sistematização se revela na volumosa
inserção de tabelas, mapas e gráficos que ilustram, com dados recolhidos em diversas fontes,
as análises e interpretações do autor.
A tese central do livro, explicitada na Introdução, é “que o Banco age, desde suas origens,
ainda que de diferentes formas, como um ator
político, intelectual e financeiro, e o faz devido
à sua condição singular de emprestador, formulador de políticas, ator social e produtor e/ou
veiculador de ideias em matéria de desenvolvimento capitalista, sobre o que fazer, como fazer, quem deve fazer e para quem fazer” (p. 29).
A substantiva elaboração que sustenta essa tese
se desenvolve, minuciosamente, nos capítulos
subsequentes.
O primeiro capítulo do livro oferece um
panorama das organizações que compõem o
Grupo Banco Mundial, e que extrapolam em
muito suas instituições mais conhecidas: o BIRD
(Banco Internacional para a Reconstrução e o
Desenvolvimento), mais conhecido como Banco
Mundial, e a AID (Associação Internacional de
Desenvolvimento). Assim, o autor apresenta a
complexidade institucional de um conglomerado de organizações, mostrando sua abrangência
e a capilaridade das suas formas de atuação,
além do grau de articulação política, econômica
e institucional dentro e fora do próprio grupo.
O segundo capítulo abrange desde os debates travados antes mesmo da Conferência de
Bretton Woods (1944), apontando as assimetrias
de poder que a caracterizaram e o papel desempenhado pelo Banco, como parte das políticas
estadunidenses no cenário do pós-guerra, até
sua consolidação do ponto de vista financeiro,
vinte anos mais tarde, alcançando uma abrangência de atuação praticamente global.
O terceiro capítulo, que cobre um curto
período de seis anos, caracteriza o período em
que a organização, como um todo, mais cresceu,
sob o auge do credo internacional do desenvolvimento. Esse movimento expansivo do Banco
se consolidaria sob a longa gestão de Robert
McNamara, desenhando uma estratégia de ‘assalto à pobreza’ que teve implicações profundas
e conhecidas no reordenamento da periferia ao
longo das décadas de 1960 e 1970. Esses processos são abordados no capítulo quarto, que situa
também as tensões políticas surgidas como expressão de um novo momento da economia internacional e seus reflexos na reorientação da
instituição.
Assim, a virada liberal-conservadora e o
processo de neoliberalização, vistos através da
atuação do Banco, constituem os eixos do capí-tulo quinto, mostrando a gestação das coordenadas estratégicas que passaram a orientar sua
ação política, intelectual e financeira no início
da década de 1990. O último capítulo, cuja análise se estende até o ano de 2008, desvenda o
papel e as estratégias da organização para a reciclagem da política neoliberal durante os anos
finais do século XX e a primeira década do século XXI, justamente quando começam a ficar
evidentes seus resultados mais perversos. Essa
reciclagem implica, basicamente, uma reorientação política baseada na redefinição do papel
do Estado, o que inclui, além de sua re-funcionalização, uma nova forma de relação com a
chamada ‘sociedade civil’. Pretendendo distanciar-se da ‘ortodoxia neoliberal’, o Banco Mundial adere aos apelos de um ‘capitalismo com
rosto humano’ sem abrir mão, com isso, do seu
receituário básico de reformas. Em vários países da América Latina, entre eles Argentina e
Brasil, essa reciclagem tem recebido diferentes
nomes – por exemplo, terceira via, neo-desenvolvimentismo – aprofundando, entretanto, os
princípios do credo neoliberal.
Como o autor destaca nas suas considerações finais, essas seis décadas de história retratam a particularidade dessa organização para a
qual, apesar de ser reconhecida como um banco, “o dinheiro sempre foi visto como o lubrificante necessário para mover o produto principal: prescrições políticas e ideias sobre o que
fazer, como fazer, quem deve fazer e para quem
fazer em matéria de desenvolvimento capitalista” (p. 474). Assim, uma das principais contribuições do livro é a de mostrar, ao longo de
toda a vida da instituição, o importante e profícuo papel educador desempenhado pelo Banco Mundial e os mecanismos através dos quais
esse papel educador se põe em ato: formação de
quadros, propaganda, pesquisa e sistematização
de informações, destacando, também, a consciência que o próprio Banco tem desse seu papel, ao
enunciar como uma das suas vantagens estratégicas contemporâneas a de se constituir no
‘banco do conhecimento’. Todos esses elementos permitem apontar que o papel educador do
Banco Mundial não deve ser considerado só no
sentido estrito de formação direta de burocratas
e funcionários através de agências e/ou ações
específicas, mas no sentido amplo da conformação ético-política das populações dos diversos países às ideias difundidas por ele, hoje as do credo neoliberal reciclado, na construção de
um consentimento ativo como importante instrumento de convencimento e adesão. Trata-se
do exercício de uma nova ‘pedagogia da hegemonia’, isto é, das novas estratégias do capital
para educar o consenso, que o Grupo Banco Mundial, através das suas variadas organizações, tão
efetivamente desenvolve. Essa contribuição abre
perspectivas novas de pesquisa sobre a atuação
do Banco Mundial na definição de políticas,
particularmente das políticas sociais em nossos
países, que fogem ao escopo do livro, mas que
aponta a importância de se estudar as formas
concretas, no plano de cada formação nacional,
de como esses mecanismos se processam e se redefinem caso a caso.
Da mesma forma, resultam interessantes as
menções que o livro faz, em diferentes momentos, à atuação articulada do Banco Mundial
com outras agências privadas estadunidenses
de ‘cooperação internacional’, como a Fundação
Ford ou a Fundação Rockefeller, na criação e
desenvolvimento de programas específicos de
formação (o próprio Instituto Banco Mundial)
ou de atuação articulada junto às comunidades
científicas e acadêmicas dos países ‘clientes’ do
Banco, no sentido de reforçar organicamente
a visão de mundo veiculada por eles, contribuindo para produzir uma verdadeira reforma
intelectual e moral das nossas sociedades de
acordo com os interesses do capital em geral.
De leitura extremamente estimulante, a obra
constitui um trabalho relevante, consistente e
original. Relevante tanto pela temática escolhida, a história do Banco Mundial como agência
política, intelectual e financeira do grande capital e da hegemonia estadunidense com papel
decisivo na história recente dos nossos países,
quanto pela abordagem. Ao fazer uma história
da atuação do Banco não pautada só nos seus
discursos/preceitos, nem apenas na atuação político-financeira, mas também na relação contraditória desses elementos com o contexto interno dos Estados Unidos e com o próprio contexto
internacional, demonstra a formidável capacidade de adaptação da agência para contornar as
críticas, questionamentos e imperativos de todo
tipo, sem perder a direção do processo almejado.
De outro lado, a leitura evidencia um trabalho
de fôlego com fontes primárias e secundárias,
não necessariamente disponíveis para qualquer
pesquisador, fruto de uma pesquisa empírica
ampla e exaustiva capaz de evidenciar aspectos
que a pretensa ‘confidencialidade’ e a opacidade das atividades desenvolvidas pelo Banco
Mundial tendem a preservar do público. Por
sua vez, essa pesquisa empírica se completa com
um trabalho de reconstrução histórica sério, minucioso e coerente ao longo de todos os capítulos, oferecendo ao leitor um panorama explicativo e bem-informado sobre a trajetória dessa
instituição singular em nível mundial. Nesse
sentido, pelo caráter sistematizador e organizador de informações de diferente tipo, caráter
e procedência, trata-se, também, de um trabalho absolutamente original.
Por tudo isso, o livro representa uma contribuição indispensável para todos aqueles que
estiverem interessados em compreender a dinâmica histórica do processo de consolidação do
novo imperialismo, e de reconversão neoliberal
das nossas formações sociais nacionais até a
atualidade, com suas profundas e devastadoras
implicações nos mais diversos aspectos da vida
em sociedade. Fonte: Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 9 n. 3, p. 535-539, nov.2011/fev.2012
https://www.scielo.br/j/tes/a/X9cnR7Pzjmyd5zLB3vwfTJL/?format=pdf&lang=pt
n
**********************************************************************************
Título do Trabalho
O CONCEITO DE VISÃO DE MUNDO EM LUCIEN GOLDMANN
Autores
Aline Cristina Ferreira
Modalidade
Apresentação Oral
Área temática
GT 7 - Intelectuais, marxismo e produção cultural: dilemas da esquerda latino-americana
Data de Publicação
28/09/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/11snsp/236644-O-CONCEITO-DE-VISAO-DE-MUNDO-EM-LUCIEN-GOLDMANN
ISSN
2175-6880
Palavras-Chave
visão de mundo, totalidade, Lucien Goldmann
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o conceito de visão de mundo em Lucien Goldmann de modo a compreendê-lo enquanto um desenvolvimento das primeiras obras de Georg Lukács, especialmente A Alma e as Formas e História e Consciência de Classe. Não se trata de uma relação arbitrária entre os dois autores, já que o próprio Goldmann aponta explicitamente a influência de Lukács em sua conceituação de visão de mundo. Sua segunda tese de doutoramento, Le Dieu caché, debruça-se sobre a visão trágica de mundo, o que já havia sido abordado por Lukács em seu último ensaio de A Alma e as Formas (“Metafísica da Tragédia: Paul Ernst”). No entanto, Goldmann se preocupa em abordar o assunto de uma forma historicista pensada às últimas consequências, isto é, considerando a dimensão presente e futura (utópica) da história. Por isso há uma forte reivindicação ao livro História e Consciência de Classe. Assim trabalhamos sob a hipótese de os conceitos goldmannianos se conformam enquanto um rearranjo das principais discussões trazidas pelo jovem Lukács. O que não significa adesão total às ideias deste último autor, como podemos constatar pela própria definição de visão de mundo presente em suas obras. Em Ciências Humanas e Filosofia, o autor define visão de mundo como “expressões individuais e sociais ao mesmo tempo, sendo seu conteúdo determinado pelo máximo de consciência possível do grupo, em geral da classe social”. Para Goldmann o que determinado escritor consegue expressar em sua obra é a totalidade da visão de mundo de determinada classe social em determinado momento histórico, e não a totalidade da sociedade. Assim, ele discorda parcialmente de Lukács já que este defende que o proletariado (e quem expressa o seu ponto de vista) é o único que consegue alcançar a realidade em sua totalidade. Enfim, em nossa discussão sobre a conceituação de visão de mundo focalizaremos nessas constantes aproximações e distanciamentos entre Lukács e Goldmann, tendo como principal base o livro Le Dieu caché, que trata especificamente sobre a visão trágica de mundo, mas que também aborda outras visões de mundo, tais como a racionalista e a dialética.
https://www.even3.com.br/anais/11snsp/236644-o-conceito-de-visao-de-mundo-em-lucien-goldmann/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário