Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 15 de junho de 2022
ATENUAÇÃO, AMPLIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
O resto é história.
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Se o tempo entendesse - Lucio Alves
508 visualizações 2 de nov. de 2016 Se o tempo entendesse, samba canção de Marino Pinto e Mário Rossi com Lúcio Alves acompanhado por Vero (Radamés Gnattali) e sua orquestra em disco Continental 16308 B (matriz 2430). Lançado em novembro/dezembro de 1950.
https://www.youtube.com/watch?v=m6uMdrkUGmo
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Didi ensina à Folha Seca - Treino do Botafogo (1985)
46.482 visualizações 3 de out. de 2017 Em treino no Botafogo, o craque Didi ensina os jogadores a executarem a famosa folha seca.
https://www.youtube.com/watch?v=ghVo_U--qj4
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Túlio Maravilha (Botafogo) x Flamengo - Brasileirão 1995
209.691 visualizações 10 de jun. de 2020 Com um Castelão tomado por 74 mil torcedores, a Estrela Solitária amassou o rival, viu grande atuação de Túlio, que vivia esplendorosa fase, lavou a alma e mostrou que os atrasos de salários não iriam diminuir a fome pelo título nacional.
https://www.youtube.com/watch?v=_K-nSsg-S4c
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Publicado em09/03/19 03:45
Memória: em 95, Túlio Maravilha usou a camisa 7 graças a marca de refrigerante
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Túlio Maravilha decidiu o título brasileiro de 1995 para o BotafogoTúlio Maravilha decidiu o título brasileiro de 1995 para o Botafogo Foto: Cezar Loureiro
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O ano é 1995, o mês é dezembro e o número que aparece na pequena área do Santos para garantir o título brasileiro do Botafogo é o 7.
Para os botafoguenses mais supersticiosos, bastou uma rápida consulta aos deuses do futebol para entender que um troféu daquele só poderia vir com um ídolo, como Túlio Maravilha, que vestisse a camisa mais ilustre do Glorioso. Já o patrocinador da época tinha uma razão menos saborosa: Túlio e a 7 foram unidos pelo refrigerante.
A Seven Up, bebida lançada pela Pepsi no Rio em janeiro daquele ano, logo estampou a camisa do Botafogo. Numa ação de marketing para valorizar a marca, a empresa acertou com o Botafogo de trocar a camisa de Túlio, que usava a 9, pelo número 7, em alusão ao refrigerante.
Inicialmente, a Seven Up estampou sua logomarca em preto e branco. A estreia da camisa com a marca colorida, que se tornaria emblemática para o Alvinegro, aconteceu em um clássico contra o Vasco, pelo Estadual. Vitória por 2 a 0, gols de Túlio.
— Trouxe sorte — sentenciou o então diretor da Pepsi, José Talarico, em entrevista à “Folha de S. Paulo” naquela época.
O resto é história.
https://extra.globo.com/esporte/botafogo/memoria-em-95-tulio-maravilha-usou-camisa-7-gracas-marca-de-refrigerante-23509624.html
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Alexandre de Moraes é eleito presidente do TSE e diz que Corte não tolerará milícias
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14/06/2022 21h55
O ministro Alexandre de Moraes foi eleito nesta terça-feira (14) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Atual vice da Corte Eleitoral, o magistrado substituirá Edson Fachin a partir de agosto e ficará responsável por liderar o tribunal em meio às eleições. Ricardo Lewandowski será vice-presidente.
https://noticias.uol.com.br/videos/2022/06/14/alexandre-de-moraes-e-eleito-presidente-do-tse-e-diz-que-corte-nao-tolerara-milicias.htm
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Reverso
Elizeth Cardoso
Ouça Reverso
Você vai sofrer muito mais do que eu já sofri, você vai
Você vai chorar muito mais do que eu já chorei, você vai
Você vai pedir pra voltar como um dia eu pedi, você vai
Você vai saber muito mais do que eu, quanto dói, você vai
Carinho, amor, mais amor, você vai me pedir e eu não dou
Embora eu padeça e amargue a paixão, o perdão eu não dou
Nas noites de frio você vai pedir agasalho e eu não dou
O orvalho abrigou-se em meu peito e perdão eu não dou
Carinho, amor, mais amor, você vai me pedir e eu não dou
Embora eu padeça e amargue a paixão, o perdão eu não dou
Nas noites de frio você vai pedir agasalho e eu não dou
O orvalho abrigou-se em meu peito e perdão eu não dou
Ouça Reverso
Composição: Gilberto Milfont / Marino Pinto.
https://www.letras.mus.br/elisete-cardoso/reverso/
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Bentes Art & Publishings
Anverso, reverso e as legendas nas moedas brasileiras
Anverso e reverso
O termo anverso, e o seu oposto, reverso, descrevem os dois lados das unidades de moeda e de muitos outros objectos com duas faces - normalmente em referência a moedas, mas também a papel moeda, bandeiras, medalhas, desenhos, e outras peças de arte ou artigos impressos. Wikipédia
https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-anverso-e-reverso-da-moeda-do-euro-com-trajeto-image62154749
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Lúcio Alves - Reverso
2.842 visualizações 15 de mai. de 2011 Lúcio Alves - 1950
Reverso (Gilberto Milfont / Marino Pinto)
Samuel Machado Filho
há 10 anos (editado)
Samba-canção de Gilberto Milfont e Marino Pinto. Estupenda criação de Lúcio Alves na Continental, lançada em novembro-dezembro de 1950 (16308-A, matriz 2429). O acompanhamento é de Radamés "Vero" Gnattali e sua orquestra. Do outro lado, "Se o tempo entendesse", de Marino Pinto e Mário Rossi.
https://www.youtube.com/watch?v=UpfpHsivXVw
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Mundo da Elétrica
O que são amplificadores operacionais? - Mundo da Elétrica
https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-sao-amplificadores-operacionais/
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Boris Casoy: Moraes será atenuador das investidas de Bolsonaro contra o TSE - Liberdade de Opinião
163 visualizações 15 de jun. de 2022 No Liberdade de Opinião desta quarta-feira (15), Boris Casoy repercute as declarações dadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após sua eleição para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). #CNNBrasil
https://www.youtube.com/watch?v=IQsraH4XH80
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Fernando Molica: Justiça Eleitoral deve acompanhar ritmo das redes sociais - Liberdade de Opinião
141 visualizações 15 de jun. de 2022 No Liberdade de Opinião desta quarta-feira (15), Fernando Molica avalia as declarações dadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após sua eleição para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
https://www.youtube.com/watch?v=ag8oBG1Ei2I
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Mundo Projetado
Amplificador Operacional - O que é e como funciona - Mundo Projetado
https://mundoprojetado.com.br/amplificador-operacional/
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Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Laboratório Experimental
Prática I: Circuitos Básicos com Amplificadores Operacionais e
caracterização dos mesmos
ATENSÃO: Consulte sempre os auxiliares para verificar a montagem do seu circuito.
O principal objetivo deste experimento é a familiarização com as propriedades básicas
e com as aplicações dos amplificadores operacionais (AmpOps) em instrumentação
biomédica. Os AmpOps são os dispositivos eletrônicos mais versáteis e comuns, utilizados
numa grande variedade de projetos que envolvem eletrônica.
Componentes eletrônicos: Cada bancada será composta de:
Geradores de função, osciloscópios, fontes DC, protoboards, placas de aquisição,
cabos BNC, multímetro, fios, kit de componentes (resistores, capacitores e amplificadores
operacionais), etc
I - Introdução
O amplificador operacional (AmpOp)que iremos utilizar é o popular 741 e/ou 071. Ele possui
8 pinos, numerados ao contrário do movimento dos ponteiros de um relógio, iniciando pelo
pino superior esquerdo (em geral o pino 1 é marcado por um ponto em baixo relevo, ou por
uma meia lua no topo superior do CI, como mostra a figura 1a). A saída dc do amplificador
é zerado usando um trimpot de offset conectado entre o pino 1 e o pino 5, com o terminal
móvel do trimpot conectado em – 12V, conforme ilustra a figura 1b, mas para nosso
experimento este procedimento não será necessário. A tensão que será utilizada para alimentar
o CI (circuito integrado) é de ± 12V. Na figura 2 mostramos o esquema interno do 741.
Introdução ao Amplificador Operacional 1
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
(a) (b)
Figura 1: Esquema de pinagem do AmpOp 741 ou 071.
A maior parte dos CIs é construído de forma a tolerar um curto-circuito entre a saída e
o terra, mas não conseguem suportar qualquer um dos dois seguintes erros:
a) Fontes de alimentação invertidas ou fora do limite de tolerância (– 12V < Vi < +12V).
Portanto, seja cuidadoso e evite “torrar” o seu amplificador operacional.
O amplificador operacional só funciona se as fontes de alimentação estiverem conectadas com
as tensões corretas. Portanto supõe-se que, mesmo quando não explicitamente especificado
nos diagramas de circuito, tais conecções devem ser efetuadas.
Introdução ao Amplificador Operacional 2
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Figura 3. Esquema equivalente do 741.
II - Parte Experimental
Passo 1: Seguidor de tensão
Conecte um amplificador operacional 741 (ou 071) como seguidor de tensão. Aplique
na entrada uma onda senoidal de 1kHz – 5 Vpp e observe no osciloscópio os sinais de entrada
e saída. Qual é o ganho e o ângulo de fase? Aumente a freqüência até que se note alguma
distorção no sinal de saída. Qual é a freqüência no ponto de 6 dB? (isto é, freqüência na qual
Vo/Vi = 0.5). Observe que o seguidor funciona como um filtro passa baixa. As resistências
internas e capacitâncias parasitas determinam a freqüência de corte (largura de banda é o
ponto de 6 dB).
Passo2: Impedância de saída
Ajuste o gerador para uma freqüência abaixo do ponto de 6 dB do seguidor. Observe a
saída do seu gerador no osciloscópio. Em seguida, conecte uma carga resistiva de valor igual
(ou próximo) à impedância de saída do gerador, entre a saída do gerador e o terra. O que
acontece com a amplitude do sinal de saída do gerador? Por quê? Retire o resistor. A seguir,
alimente a entrada do seguidor de tensão com a saída do gerador e observe o sinal na saída do
seguidor. Adicione a mesma resistência de carga usada anteriormente, entre a saída do
seguidor e o terra. O que você pode dizer a respeito da impedância de saída do seguidor de
tensão? Observe a distorção no sinal.
Introdução ao Amplificador Operacional 3
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Figura 5. Zf impedância de saída do instrumento
Passo 3: Impedância de entrada
Construa o divisor de tensão da figura 6. Primeiro, meça a voltagem de R2 com seu
multímetro. Porque a voltagem medida com o multímetro é menor que a metade da voltagem
aplicada? Agora, introduza o seguidor de tensão, como mostrado na figura 7. Qual é a
voltagem indicada pelo voltímetro nesta nova configuração? O que você pode dizer a respeito
da impedância de entrada do seguidor de tensão?
Figura 6. Divisor de tensão.
Introdução ao Amplificador Operacional 4
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Figura 7. Seguidor de tensão.
Passo 4: Amplificador inversor
Construa o amplificador inversor da Figura 8b, com um ganho de 100, utilizando
R2 = 100K e R1 = 1K. Observe a fase e amplitude do sinal de saída. Qual é a freqüência de 6
dB? Substitua o resistor de 100K por um de 10K para reduzir o ganho a 10. Qual é a
freqüência de 6 dB? (Teoricamente, ganho multiplicado pela largura de banda causada pelo
filtro passa baixa intrínseco do circuito). O outro é chamado “slew rate”, que é a máxima
velocidade com que a voltagem de saída pode variar especificada em volts/microseg. O slew
rate está também determinado por capacitâncias internas. É difícil determinar qual dos dois
fatores será mais importante para um dado amplificador operacional, mas seus efeitos são em
geral muito diferentes. A largura de banda transforma uma onda senoidal na entrada em uma
outra onda senoidal de menor amplitude na saída. O slew rate transforma uma onda senoidal
em uma onda triangular, onde a inclinação do triangulo é o próprio slew rate.
Um fator importante que se deteriora no amplificador inversor é a alta impedância de
entrada. Neste caso, nós teremos o resistor R1 conectado entre a entrada e o terra virtual,
portanto a impedância de entrada será aproximadamente igual a R1. Com R2 = R1 (ganho = 1),
tente alimentar o amplificador inversor com o divisor de tensão mostrado na figura 8a. Anote
a voltagem do divisor antes e depois de conectar o amplificador. A partir destes dados, calcule
a impedância de entrada do amplificador e comprare-a com o valor de R1.
(a) (b)
Introdução ao Amplificador Operacional 5
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Figura 8. Circuito divisor de tensão (a esquerda) e um amplificador inversor (a direita)
Passo 5: Amplificador não-inversor
Construa o amplificador não inversor da figura 9 com um ganho de 10, usando
R1=1K, R2=10K e R3=10K. Observe o seu funcionamento repetindo os mesmos passos da
prática 3. Como no seguidor de voltagem, este amplificador possui uma alta impedância de
entrada.
Figura 9: Amplificador não-inversor
Passo 6: Amplificador diferencial
O circuito da figura 10b é um amplificador diferencial. Ele amplifica somente a
diferença entre as voltagens de suas entradas. Se uma mesma voltagem é aplicada
simultaneamente em suas duas entradas, a saída será nula. A sua habilidade de rejeitar um
mesmo sinal aplicado nas suas duas entradas é denominada de razão de rejeição de modo
comum. Isto depende tanto do amplificador operacional como do perfeito casamento entre
resistores. Como exercício, demonstre que Vo = (R2/R1) (V2 – V1).
Introdução ao Amplificador Operacional 6
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Construa o circuito utilizando R1 = 10K e R2 = 100K. Aplique uma onda senoidal de
1KHz e 0.5 Vpp na entrada do divisor de tensão. Conecte a entrada 1 do amplificador
diferencial no ponto A e a entrada 2 no ponto B do divisor. Qual é a amplitude e fase do sinal
de saída? Quais seriam os valores teóricos? Em seguida, conecte a entrada 1 no ponto B e a
entrada 2 no ponto A. Qual é a amplitude e fase do sinal de saída? Quais seriam os novos
valores esperados teoricamente? Agora conecte as duas entradas do amplificador diferencial
no ponto A. Qual é a voltagem de saída? Isto demonstra a razão de rejeição de modo comum.
(a) (b)
Figura 10. A esquerda: Divisor de tensão; A direita: Amplificador diferencial.
Referência:
Medical Instrumentation: Aplication and Design, John G. Webster Third Edition, 1999.
Links na Web: http://www.giimus.usp.br/adilton/IIB/IIB.htm
Introdução ao Amplificador Operacional 7
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Anexo 1:
Código de Cores Para Resistores
Abaixo está a tabela com as padronizações de cores para a identificação de resistores. Essa
prática tabela é útil para os técnicos de eletrônica e também de informática e eletricidade que
precisam trabalhar com esses componentes.
Cor do anel 1º anel
1º algarismo
2º anel
2º algarismo
3º anel. Zeros
a acrescentar
4º anel
tolerância
Preto - 0 - -
Marrom 1 1 1 -
Vermelho 2 2 2 -
Laranja 3 3 3 -
Amarelo 4 4 4 -
Verde 5 5 5 -
Azul 6 6 6 -
Violeta 7 7 7 -
Cinza 8 8 8 -
Branco 9 9 9 -
Ouro - - x 0,1 ±5%
Prata - - x 0,01 ±10%
sem cor - - - ±20%
Procedimento para Determinar o Valor do Resistor
1º Faixa Vermelha = 2
2º Faixa Violeta = 7
3º Faixa Marrom = 10
4º Faixa Ouro = 5%
O valor será 270Ω com 5% de tolerância. Ou seja, o valor exato da resistência para qualquer
elemento com esta especificação estará entre 256,5Ω e 283,5Ω.
Introdução ao Amplificador Operacional 8
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Prática II - Montagem de um Eletrocardiógrafo e medida in vivo
I - Introdução
A eletrocardiografia é um método fundamental para o diagnóstico de enfermidades
cardiovasculares. Atualmente, os centros clínicos dispõem de sistemas computadorizados para
o diagnóstico clínico através de medidas eletrocardiográficas.
Neste experimento, será desenvolvido electrocardiógrafo simplificado equivalente aos
eletrocardiógrafos comerciais, com a vantagem de poder acessar o sinal através de um
computador pessoal e aplicar os processamentos desejados.
O sinal cardíaco é de amplitude muito pequena (~1 mV), e encontra-se imerso em
outros sinais que são de amplitudes muito maiores, como por exemplo os artefatos gerado
pelo sinal de 60 Hz da rede elétrica. Para poder registrar o sinal cardíaco, será preciso
eliminar os ruídos, usando circuitos diferencias e filtros dedicados conforme procedimentos
descritos a seguir.
A figura 1 mostra um circuito utilizado para adquirir a sinal cardíaco. Este é um
amplificador de instrumentação composto de dois seguidores de tensão e um amplificador
diferencial. Os pequenos sinais provenientes do coração são amplificados e o ruído
minimizado pelo amplificador diferencial, por ter muito pouco ganho em modo comum. Os
amplificadores indicados são de tecnologia JFET, os quais apresentam uma alta impedância
de entrada e uma pequena corrente de polarização, blindando assim a corrente elétrica numa
margem de segurança para o paciente.
No circuito da figura 1, observa-se as entradas VRA e VLA, que são os potenciais
elétricos da mão direita e esquerda respectivamente; VRL é o potencial elétrico da perna
direita que é utilizado como referencia dos potenciais bioelétricos.
As resistências R1 e R2 devem ser iguais e o ganho nos seguidores de tensão é
controlado pela resistência R3. Este ganho será a razão entre R3 e R1 ou R2. Para que o sinal
do ruído seja bastante minimizado, é fundamental que os resistores R4 e R5, bem como R6 e
R7 sejam idênticos. O ganho neste amplificador diferencial será dado pela razão entre R6 e
R5 ou R7 e R4. O sinal na saída deste circuito será dado por:
( out VRA VRL R
R
R
R V ⎟ − ⎠
⎞ ⎜
⎝
⎛
⎟ + ⎠
⎞ ⎜
⎝
⎛ = − 1
3
2 1
5
6 ) 1
Introdução ao Amplificador Operacional 9
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Figura 1: Circuito elétrico do eletrocardiógrafo composto de um amplificador de
instrumentação e um filtro passa banda montado com um único Operacional TL074. Este
operacional é composto de 4 amplificadores operacionais integrados conforme indicado pelos
módulos A, B, C e D. O módulo D está indicado na figura do filtro passa banda (fig. 2).
Filtro Passa Banda
O sinal de eletrocardiografia deve passar por um filtro passa banda, com uma faixa
especificada pelas normas médicas que está entre 0,05 e 100 Hz. Sinais acima de 100 Hz não
são provenientes do coração e a filtragem abaixo de 0.05 hz, eliminará uma diferença de
potencial entre os eletrodos e a superfície da pele que acumulam níveis de até 300 mV e que
podem saturar os circuitos do amplificador. Eliminados estes ruídos, garantimos assim um
ganho maior no sinal eletrocardiográfico.
A figura 2 mostra o circuito do filtro passa banda. Neste circuito a resistência R3 e o
capacitor C2 atuam como um filtro passa-alto e o valor destes elementos define a freqüência
de corte inferior (fL), que deve ser em torno de 0.05 Hz. Já a resistência R2 e o capacitor C1,
formam o filtro passa baixo, que define a freqüência de corte superior (fH) que deve ser em
torno de 100 Hz.
Introdução ao Amplificador Operacional 10
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
A expressão empregada para determinar os valores dos componentes nos filtros passabaixo e passa-alto é dada por:
2 3 2
1
R C fL
π = 2
2 2 1
1
R C fH
π = 3
A amplificação do sinal nesta etapa do filtro passa-banda pode ser calculado
eliminando os capacitares. Pois, para estas freqüências de operação, o capacitor C2 é
equivalente a um curto-circuito e o capacitor C1 é equivalente a um circuito aberto. Desta
forma, o circuito se reduz a um amplificador não inversor, ou seja,
out Vin R
R V ⎟
⎠
⎞ ⎜
⎝
⎛ = +
2
2 1 4
Figura 2: Circuito de um filtro passa banda entre 0.05 e 100 Hz.
Filtro Notch
O filtro Notch se caracteriza por eliminar sinais com freqüência específica. Em nosso, iremos
eliminar o ruído induzido pelo 60 Hz da rede elétrica. Durante o registro dos potenciais
elétricos é inevitável a presença deste tipo de ruído. Portanto, este tipo de filtro se torna
extremamente necessário. A figura abaixo, mostra as características do filtro Notch.
Introdução ao Amplificador Operacional 11
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Figura 4: Esquema do filtro Notch.
Neste modelo de filtro Notch, o valor de R1 deve ser igual ao valor de R2 e o valor de
R3 deve se igual a metade de R2. Da mesma forma, o valor de C1 e C2 devem ser iguais e o
valor de C3 deve ser igual a soma de C1 com C2. A expressão abaixo, determina o valor da
freqüência que se deseja eliminar.
2 2
0 2
1
R C f
π
=
Amplificador
Para que a amplitude do sinal na saída do filtro Notch fique numa faixa entre 0 e 10
Volts, que é a faixa de tensão comum para as entradas das placas digitalizadoras A/D, o
mesmo deve ser amplificado. Um amplificador simplificado para este tipo de sinal é o
somador inversor apresentado na figura 5. Veja que neste circuito, um nível DC é somado
(offset) para garantir um pequeno sinal positivo na saída do amplificador entre 0 e 10 Volts.
Observe que na entrada do amplificador usa-se um buffer seguidor de tensão para garantir um
casamento de impedância adequado do sinal.
Figura 5: Amplificador somador inversor.
Introdução ao Amplificador Operacional 12
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
PARTE EXPERIMENTAL: Construção de um Amplificador Diferencial
Otimizado (Amp. de Instrumentação) e de um filtro passa- banda
Passo 1: Montagem do circuito instrumental
A principal inconveniência do amplificador diferencial é o compromisso necessário
entre o ganho de tensão e a resistência de entrada vista por cada uma das fontes de sinal. Uma
alternativa a este circuito é o amplificador de instrumentação representado na figura 1, neste
caso constituído por dois amplificadores não inversores (AmpOps: A e B) e um amplificador
diferença (AmpOp: C). A resistência de entrada vista por cada uma das duas fontes é infinita
(coincidem ambas com a resistência de entrada dos terminais positivos dos AmpOps: VRA e
VLA), ao passo que o ganho de tensão é dado pelo primeiro fator na equação 1.
Montagem e teste: Construa o circuito da figura 1 utilizando R1= R2=100K, R3 = R4
= R5=10K e R6 = R7 = 33 K. Alimente as entradas VRA e VLA com um divisor de tensão
composto de dois resistores de 1 K, energizado com uma fonte ac de 100 mV e 1 KHz (use o
gerador de funções) (ver figura 6).
Figura 6: Divisor de tensão
1.1 – Qual é a amplitude do sinal nas saídas dos dois amplificadores não inversores (pino 1 e
pino 7)? Quais seriam os valores esperados teoricamente?
1.2 – Qual é a tensão na saída Vout. Qual a máxima ampliação observada?
Introdução ao Amplificador Operacional 13
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
1.3 – Conecte as entradas VRA e VRL diretamente na saída do gerador de sinal e repita as
medidas 1.1 e 1.2. Qual a amplitude do sinal observado na saída Vout para um sinal? Discuta
os resultados observados.
Passo 2: Montagem do filtro Passa Banda;
- Monte o filtro da figura 2, use valores de C1 e C2 próximos daqueles indicados no circuito.
Coloque na entrada Vin um sinal de 100 mV e varie a freqüência para determinar as
freqüências de corte fL e fH. Lembre que a freqüência de corte é aquela em que a amplitude
do sinal cai à metade (6 dB).
OBS: guarde este circuito para o próximo passo
Passo 3 - Medidas das atividades elétricas do coração (eletrocardiograma)
Agora vocês irão medir a atividade elétrica do coração de um membro do grupo
usando o amplificador instrumental que vocês acabaram de montar nos itens anteriores. Sejam
cautelosos e fiquem atentos para evitar qualquer interferência nas medias. Lembrem que agora
a fonte de sinal é o seu colega e não mais o gerador. Selecionem um membro do grupo para
ser o voluntário e acople nele dois eletrodos conforme mostra a figura abaixo. Adicione um
eletrodo no lado esquerdo e outro no lado direito tórax (próximo ao ombro) e um terceiro
eletrodo na perna esquerda. Caso os eletrodos não tenham gel, adicione o gel AgCL
disponível para melhorar o contato.
Figura 7: Esquema da medida das atividades elétricas
cardíacas usando um amplificador instrumental diferencial.
Introdução ao Amplificador Operacional 14
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Passos para as medidas
3.1 – Com o osciloscópio, verifique o sinal cardíaco diretamente entre os pares de
eletrodos VRA e VLA . Você consegue ver o sinal cardíaco ou apenas ruído? Descreva sua
observação.
3.2 – Conecte o par de eletrodos nas entradas VRA e VLA do amplificador instrumental.
Conecte a saída do amplificador (Vout) no osciloscópio. E agora, você ver algum sinal
cardíaco? Desenhe o formato do sinal observado. Repita este procedimento entre os pares de
eletrodos VRA e VLL (LEAD II) e entre VLA e VLL (LEAD III). Compare os sinais observados
com os correspondentes da literatura.
3.3 – Conecte a saída do seu amplificador instrumental Vout na entrada Vin do filtro
passa banda e repita as medidas no ítem 3.2.
3.4 – Adquira o sinal cardíaco filtrado com um computador através de uma placa
digitalizadora AD controlada por um software em ambiente LabView usando os seguintes
parâmetros de digitalização: Número de pontos: 10.000; Freq. de digitalização: 1000 Hz;
limites de amostragem: -10 à 10 Volts.
Nome dos arquivos: Sinal VRA - VLA (leadI.dat); Sinal VRA - VLL (leadII.dat); Sinal VLA - VLL
(leadIII.dat).
3.5 – Mude os eletrodos de posição, colocando nos pulsos dos braços esquerdo e
direito e na perna direita. O que acontece com o sinal.
MELHORANDO O SEU SINAL (essa tarefa não é obrigatória nas atividades do curso)
Caso você deseje melhorar a qualidade do seu sinal, você deve adicionar um filtro
Noth e um Amplificador somador na saída, conforme descrição a seguir.
Introdução ao Amplificador Operacional 15
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
Passo 1: Montagem do filtro Notch;
- Monte o filtro da figura 4, use o Op TL072 (ou equivalente) e valores de R e C conforme
indicados no circuito. Coloque na entrada Vin um sinal de 100 mV com freqüência de 60 Hz.
Determine o fator de atenuação na amplitude do sinal de 60 Hz.
OBS: guarde este circuito para o próximo passo
Passo2: Montagem do Amplificador somador;
- Monte o Amplificador da figura 5, use o Op TL072 (ou equivalente) e valores de R e C
conforme indicados no circuito. Coloque na entrada Vin um sinal de saída do filtro alimentado
com um sinal de 100 mV e com freqüência de 60 Hz.
Ajuste o potenciômetro R3 para que o sinal de saída seja positivo e próximo de zero.
MATERIAIS
Gerador de função; resistores, Capacitores e operacional TL074; eletrodos e gel.
Atenção: Discuta os resultados com base nos detalhes apresentado na literatura sobre
medidas de atividades elétricas.
Referências:
1. Medical instrumentation: application and design (2001). John G. Webster, editor ;
contributing authors, John W. Clark, Jr.
2. Introduction to Biomedical Equipment Technology (1998). Joseph J. Carr –
John M. Brown e Prentice Hall;
3. Jaakko Malmivuo & Robert Plonsey: Bioelectromagnetism - Principles and
Applications of Bioelectric and Biomagnetic Fields, Oxford University Press, New
York, 1995
Introdução ao Amplificador Operacional 16
Roteiro de práticas de Introdução à Instrumentação Biomédica Prof. Adilton Carneiro
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1622607/mod_resource/content/0/LabExperimental-Constru%C3%A7%C3%A3o%20e%20Caracteriza%C3%A7%C3%A3o%20de%20um%20eletrocardiograma.pdf
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