Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
Folia de Rei
"ai ai
ai ó eis mina abençoe"
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Figura 1
Disposição espacial dos foliões, dono da casa e bandeira durante o canto
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"eles são bem recebidos por todos
mas são tratados nas casaS humildes da gente do povo como reis"
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SoundCloud
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Folia de Rei
Baiano e Os Novos Caetanos
Ouvir "Folia de Rei"
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Ai, andar andei!
Ai, como eu andei!
E aprendi a nova lei
Alegria em nome da rainha
E folia em nome de rei!
Alegria em nome da rainha
E folia em nome de rei!
Ai, mar marujei!
Ai, eu naveguei!
E aprendi a nova lei
Se é de terra que fique na areia
O mar bravo só respeita rei!
Se é de terra que fique na areia
O mar bravo só respeita rei!
Ai, voar voei!
Ai, como eu voei!
E aprendi a nova lei
Alegria em nome das estrelas
E folia em nome de rei!
Alegria em nome das estrelas
E folia em nome de rei!
Ai, eu partirei!
Ai, eu voltarei!
Vou confirmar a nova lei
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o Rei dos reis!
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o Rei dos reis!
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o Rei dos reis!
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo é o Rei dos reis!
Ouvir "Folia de Rei"
Composição: Arnaud Rodrigues / Chico Anísio.
Canto 321
Vendo Tendo Sendo
Canto 312
Vendo Sendo Tendo
Canto 231
Tendo Vendo Sendo
Canto 213
Tendo Sendo Vendo
Canto 132
Sendo Vendo Tendo
Canto 123
Sendo Tendo Vendo
Canto 32
Vendo Tendo
Canto 31
Vendo Sendo
Canto 23
Tendo Vendo
Canto 21
Tendo Sendo
Canto 13
Sendo Vendo
Canto 12
Sendo Tendo
Canto 3
Vendo
Canto 2
Tendo
Canto 1
Sendo
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Imagens 1 e 2
Chegada da Folia de Bom Jesus na casa de um devoto. Taboquinha, agosto de 2006
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Artigos • Mana 20 (2) • Ago 2014 • https://doi.org/10.1590/S0104-93132014000200002 COPIAR
Canto, voz e presença: uma análise do poder da palavra cantada nas folias norte-mineiras*
Wagner Diniz Chaves
Resumos
Durante as visitas que as folias realizam às casas dos devotos, os cantos ocupam lugar central, sendo importantes meios de interação entre os foliões, como são chamados os tocadores e cantadores que integram a equipe ritual, e deles com os moradores e o santo. Neste texto, com o foco etnográfico direcionado para as dimensões formais (como se canta), semânticas (o que se canta) e pragmáticas (o que se faz com o que se canta) do canto, discuto como a presença do santo é ritualmente construída e como se articula com determinadas relações sociais e valores culturais, aproximando e relacionando domínios - céu e terra, esse mundo e o outro, aqui e além, visível e invisível - e seres - vivos e mortos. Para levar a cabo esta análise, o canto será descrito em dois planos: primeiramente, partindo da ideia de que a palavra cantada surge, no contexto da visita de folia, como um "enunciado performativo" no qual "dizer é fazer", veremos como as dimensões poéticas e sonoras caracterizam o canto como um tipo particular de comunicação; em seguida, compreendendo o canto como "um ato de comunicação verbal", direciono o olhar para o texto cantado e para as interações entre foliões, moradores e santo, tal como criadas no contexto de uma visita da folia de São José.
Religiosidade popular; Ritual; Folia de Reis; Folia de São José; Norte de Minas Gerais
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Imagem 3
Moradora passando a bandeira sobre os foliões. Folia de São José, Taboquinha, março de 2006
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Chants play a key role during the visits of the folias to the houses of the devotees, constituting an important means of interaction among the foliões - as players and singers on the ritual team are called - and between the foliões, the locals and the saint. In this article, which focuses on the ethnography of the formal dimensions (how they sing), semantics (what is sung) and pragmatics (what is done with the singing) of chanting, I discuss how the presence of the saint is ritually constructed and how it interacts with certain social relations and cultural values, thus approaching and relating domains - heaven and earth, this world and the other world, here and beyond, visible and invisible - and beings - the living and the dead. To carry out this analysis, the chant will be described in two levels: first, by pointing out that the chanted word arises, in the context of the visit of foliasas a "performative utterance" in which "to say is to do", we will see how both the musical and poetic dimensions characterize the chanting as a particular type of communication. Finally, by understanding the chant as "an act of verbal communication", I turn my attention to the chanted text and also to the interactions between foliões, locals and the saint as being created in the context of a visit of St. Joseph's folia.
Popular Religiosity; Ritual; Folia de Reis; Folia de São José; North of Minas Gerais
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Imagens 4 e 5
Seu Zé Podaça e Dona Ana beijando a bandeira, Folia de São José, Taboquinha, março de 2006
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Considerações finais
Neste texto procurei descrever e analisar o canto de folia como um "ato performativo", focalizando seus aspectos formais (como se canta), significativos (o que se canta), pragmáticos (o que se faz com o que se canta) e sua relação com determinados gestos, atitudes corporais e manipulação de objetos, notadamente a bandeira. Para iniciar a discussão de sua "eficácia", mostrei como os foliões constroem a distintividade, a autoridade e a sacralidade dessa modalidade especial de comunicação. Originário da visita que os reis fizeram ao menino Jesus por ocasião de seu nascimento, evento este que, segundo os foliões, sucedeu o princípio do mundo, o canto, através de livros e cópias,chegou aos homens. Escritura sagrada que remonta ao tempo "mítico" fundador da folia, o canto é um dos principais "fundamentos" do ritual.
Sacralizado a partir de sua origem e do conteúdo dos textos que compõem suas principais partes, o canto também se distingue, como linguagem, quando observamos sua forma interna. Definido como gênero poético-sonoro, situado na fronteira entre fala e música, vimos que o canto está sujeito a uma série de restrições - das formas sintáticas ao ritmo, dos modos de recitação à linha melódica, da afinação ao vocabulário usado, do andamento à métrica.
A "eficácia" do canto enquanto modo particular de linguagem vocal, mais formalizada e estilizada do que outros usos da palavra, também se fez notar pela recorrência, em distintos planos, de repetições, "voltas recursivas" e "redundâncias" (Tambiah 1985a:139-140): do ponto de vista sonoro, através da presença da repetição de uma mesma "frase" (ou volta) ao longo de toda a sua execução; em relação ao texto cantado, observei que, apesar de estar estruturado em uma sequência linear, com início, meio e fim, ele transmite a mesma mensagem - que o santo está presente - trazendo a dimensão do sagrado para o aqui e agora da visita. A partir da descrição do canto em seus elementos constitutivos, mostrei que uma das implicações da formalização e da redundância é a intensificação de sua força performativa ou "ilocucionária" que, de acordo com Austin (1962), é definida como a capacidade, presente em alguns "atos de fala", de fazer coisas, "não para relatar fatos, mas para influenciar pessoas" (:234).
Ao lado das dimensões verbais e sonoras, nossa pesquisa enfatizou ainda como no canto a experiência da presença do santo é construída pela combinação da palavra cantada com outras formas expressivas e os meios de comunicação. Assim, os gestos, as posturas e as atitudes corporais, os deslocamentos no espaço e a manipulação de objetos, como a bandeira, ao lado dos aspectos vocais e orais, eram constitutivos do canto como um evento comunicacional. Nesse sentido, especial atenção foi dada à circulação da bandeira durante a visita. Focalizando os ritos e as interações das pessoas com o objeto, assim como seus deslocamentos pelos espaços da casa, vimos que se, por um lado, o contato direto dos devotos com o santo em presença era produzido e vivenciado corporalmente, por outro, determinadas diferenciações de status e poder no âmbito da família eram criados, legitimados e manifestados.
Caracterizado pela antiguidade, a formalização, a redundância e associado à manipulação da bandeira e a outros meios de comunicação, o canto ainda foi descrito, seguindo o esquema tripartido proposto por Van Gennep (2011[1908]), em sua dinâmica e sequenciamento. Deste ponto de vista, o santo, eixo central para a construção das tríades relacionais no texto cantado, nunca aparece sozinho, mas sempre acompanhado de outras presenças, qualificadas diferentemente - nobres foliões, senhor, folia, cidadão, senhora dona - de acordo com o contexto da situação. Por meio da descrição e da análise do encadeamento dos versos em quadras, e da articulação destas em sequências de entrada, parte e saída, percebe-se como o santo ocupa distintas posições. A cada nova quadra, novas possibilidades de construção relacional são criadas para, na quadra seguinte, se modificarem.
Visível e invisível, presente e ausente, imanente e transcendente, deste mundo e do outro mundo, as posições que o santo ocupa no decorrer do discurso do canto não estão definidas ou delimitadas - as coisas podem ser e deixar de ser, em um constante processo de transformação. Nesses termos, o canto de folia se, por um lado, produz "dizeres" e delimitações através dos atos de nomeação, por outro, produz também "desdizeres", indo de encontro às suas próprias reificações. Assim, se em uma quadra o santo aparece como uma presença atuante (pedindo, levando, tirando, carregando, convidando), na seguinte ele passa a "referente" ausente, de quem se fala no passado (subiu, desceu, saiu) e que, portanto, não parece estar presente na situação. Em outros momentos ainda, como nas quadras da entrada, o santo ora é referenciado como uma presença, que já chegou, ora como alguém que mandou, através dos foliões, dar lembranças aos moradores.
Ao lidar com o santo, realidade intangível, que continuamente escapa às tentativas de delimitação, alternando "dizeres" (como os que enunciam sua presença) e "desdizeres" (como as proposições, sempre no passado, sobre seus feitos e milagres), o canto parece um bom exemplo do que autores como Sells (1994) e Velho (2007) denominam de "discurso apofático". Assumindo o transcendente como tema, neste tipo de discurso,"Cada enunciado produzido - positivo ou negativo - revela-se necessitando de correção, ad infinitum. O tema do discurso propriamente dito escapa continuamente aos esforços em noméa-lo ou mesmo àqueles que negam sua nomeabilidade. A regressão é controlada e torna-se a força semântica guia, a dynamis, de um novo tipo de linguagem" (Sells 1994:2, ênfase e tradução do autor).
Como acompanhamos ao longo desta descrição etnográfica, no cantonenhuma proposição acerca da realidade da presença do santo está isolada ou sozinha, mas vem sempre acompanhada de outras proposições, que não raro a contradizem. Ao final, a sensação é de que estamos diante de um discurso que procura, com palavras, se aproximar e abordar um domínio que está além (e aquém) das próprias palavras usadas para nomeá-lo.
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*** *** https://www.scielo.br/j/mana/a/NtccTwrVbTfRw4DVHRnRBNs/?lang=pt *** ***
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ProEnem
Análise combinatória - Permutação, arranjo e combinações simples - ProEnem
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No estudo das Permutações trabalhamos os casos em que trocamos de posição todos os elementos de uma sequência de objetos qualquer. Um Arranjo será, em geral, uma permutação de apenas uma parte dos objetos dados, onde a ordem dos mesmos também influencia na disposição dos elementos.
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ANÁLISE COMBINATÓRIA – PERMUTAÇÃO, ARRANJO E COMBINAÇÕES SIMPLES
Aprenda sobre Fatorial, Permutações, Arranjos e Combinações.
FATORIAL
Definimos como o fatorial de n (simbolizado por n!) ao produto do n primeiros números inteiros positivos. Caso n = 0, definiremos 0! =1. Dessa forma, teremos:
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Exemplo:
PERMUTAÇÕES
Permutar elementos significa trocá-los de posição. A maneira de calcular as possibilidades de fazer isso, vai depender da natureza dos elementos que a serem permutados. E é isso o que faremos a seguir.
PERMUTAÇÕES SIMPLES
Uma permutação de n objetos distintos é qualquer agrupamento ordenados desses objetos, de modo que, se denominarmos Pn o número das permutações simples dos n objetos, então:
Pn = n!
De fato, imaginemos que dispomos de n objetos distintos para serem colocados em fila, ocupando n posições. Pelo Princípio Multiplicativo, temos n objetos para ocupar a 1a posição. Ocupada a 1a posição com um objeto, a 2a posição pode ser ocupada por qualquer um dos n – 1 objetos restantes. Daí, ocupada a 2a posição, a terceira posição pode ser ocupada por qualquer um dos n – 2 objetos restantes. Repetindo esse raciocínio até o último objeto, restará para ele a última posição da fila. Logo, pelo Princípio Multiplicativo, teremos: n . (n – 1) . (n – 2) . (n – 3) . … . 3 . 2 . 1 que é exatamente o mesmo que escrever n!
Exemplo
De quantas maneiras pode-se colocar 4 pessoas em fila?
Resolução:
Note que, temos 4 pessoas que podem ocupar o 1o lugar da fila. Daí, colocada a primeira pessoa na fila, restam 3 pessoas que podem ocupar o 2o lugar da fila. Em seguida, colocada a 2a pessoa, agora restam duas pessoas que podem ocupar o 3o lugar da fila. E por fim, colocada a segunda pessoa na fila, sobra uma pessoa para ocupar a última posição. Pelo Princípio Multiplicativo, teremos
ARRANJOS
No estudo das Permutações trabalhamos os casos em que trocamos de posição todos os elementos de uma sequência de objetos qualquer. Um Arranjo será, em geral, uma permutação de apenas uma parte dos objetos dados, onde a ordem dos mesmos também influencia na disposição dos elementos. Note que, quando temos um arranjo em que estamos interessados na troca de posição de todos os elementos, esse arranjo pode ser encarado como uma permutação. O que faremos a seguir, é analisar os diferentes tipos de arranjos.
ARRANJOS SIMPLES
Considere um conjunto com n elementos distintos. Qualquer sequência de p desses elementos (todos distintos) é chamada de Arranjo Simples (0 ≤ p ≤ n, com n e p naturais). Dizemos arranjo simples de n elementos tomados p a p, e simbolizamos por An ,p
Esse arranjo simples pode ser calculado da seguinte forma:
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De fato, suponha que dispomos de n objetos distintos, e escolheremos p desses objetos para serem colocados em uma fila, com p posições. Dessa forma a fila terá p objetos. Pelo Princípio Multiplicativo, temos n objetos para ocupar a 1ª posição. Ocupada a 1ª posição com um objeto, a 2ª posição pode ser ocupada por qualquer um dos n-1 objetos restantes. Daí, ocupada a 2ª posição, a terceira posição pode ser ocupada por qualquer um dos n-2 objetos restantes. Repetindo esse raciocínio até a posição de número p, teremos para ela n – p + 1objetos disponíveis para ocupá-la.
Pelo Princípio Multiplicativo teremos
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Multiplicando e, ao mesmo tempo, dividindo o segundo membro dessa igualdade por (n – p)!, temos.
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É importante enfatizar que nos problemas que envolvem a ferramenta do arranjo, a ordem dos termos agrupados importa, uma vez que uma sequência será diferente de uma outra se seus respectivos termos estiverem ordenados de forma distinta.
Exemplo:
Considere os algarismos 1,2,3,4 e 5. Quantos números com algarismos distintos, superiores a 100 e inferiores a 1.000, podemos formar?
Resolução:
O problema solicita que encontremos todos os números com três algarismos distintos uma vez que, todos os números maiores que 100 e menores que 1.000 têm três dígitos. Dessa forma, temos cinco algarismos disponíveis e usar três deles para formar números de três algarismos distintos. A solução do problema será o arranjo simples de 5 elementos tomados 3 a 3. Ou seja,
É muito importante notar que, todos os problemas de arranjo simples poderão ser resolvidos usando o Princípio Multiplicativo, e é o que sempre faremos aqui.
ARRANJOS COM REPETIÇÃO
Considere um conjunto com n elementos distintos. Qualquer sequência de p desses elementos é chamada de Arranjo com repetição (0 ≤ p ≤ n, com n e p naturais). Note que os p elementos podem ser distintos ou não, isto é, pode haver elementos repetidos. Daí o nome, arranjo com repetição.
Dizemos arranjo com repetição de n elementos tomados p a p, e simbolizamos por ARn, p.
Esse arranjo com repetição pode ser calculado da seguinte forma:
De fato, suponha que dispomos de n objetos distintos, e escolheremos p desses objetos para serem colocados em uma fila, com p posições. Dessa forma a fila terá p objetos. Pelo Princípio Multiplicativo, temos n objetos para ocupar a 1a posição. Ocupada a 1a posição com um objeto, como os objetos na fila podem ser repetidos, para 2a posição ainda temos n objetos disponíveis. Ocupada a 1a posição com um objeto, como os objetos na fila podem ser repetidos, para 2a posição ainda temos n objetos disponíveis. Repetindo esse raciocínio até a última posição, que é a posição de número p, como os objetos podem ser repetidos, ainda teremos n objetos disponíveis para essa posição. Assim, pelo Princípio Multiplicativo, teremos.
Exemplo:
Considere os algarismos 1,2,3,4 e 5. Quantos números, superiores a 100 e inferiores a 1.000, podemos formar?
Resolução:
O problema solicita que encontremos todos os números com três algarismos (distintos ou não) uma vez que, todos os números maiores que 100 e menores que 1.000 têm três dígitos. Assim, temos 5 elementos e precisamos escolher 3 para formar números, onde os algarismos podem ser repetidos ou não. Dessa forma, a solução do problema será o arranjo com repetição de 5 elementos tomados 3 a 3. Ou seja,
Note que, assim como foi feito no arranjo simples, podemos também no arranjo com repetição resolver qualquer problema usando o Princípio Multiplicativo, da seguinte forma:
Como foi dito no arranjo simples, é muito importante notar que, todos os problemas de arranjo com repetição também poderão ser resolvidos usando o Princípio Multiplicativo. Dessa forma, vale ressaltar que qualquer problema de arranjo, não importa se for simples ou com repetição, sempre é possível se resolver usando o Princípio Multiplicativo. E é o que sempre faremos aqui.
COMBINAÇÕES
Assim como foi feito no estudo dos arranjos, iremos separar as combinações em dois casos. As combinações simples e as combinações com repetição (também chamadas de combinações completas).
COMBINAÇÕES SIMPLES
Considere um conjunto com n elementos distintos. Qualquer subconjunto formado por de p desses elementos (todos distintos) é chamado de Combinação Simples (0 ≤ p ≤ n, com n e p naturais). Dizemos combinação simples de n elementos tomados p a p, e simbolizamos por Cn,p
Essa combinação simples pode ser calculada da seguinte forma:
De fato, considere um conjunto com n elementos distintos. Seja Cn, p é a quantidade de subconjuntos com p elementos distintos que podemos formar. Note que, em cada subconjunto formado, a ordem não importa. Se a ordem importasse, teríamos um arranjo simples desses elementos, que é An,p. Assim,
É importante enfatizar que nos problemas que envolvem a ferramenta da combinação a ordem dos termos agrupados não importa, uma vez que um subconjunto A será igual a um outro subconjunto B se seus respectivos elementos forem os mesmos.
Exemplo:
Uma escola quer organizar um torneio esportivo com 10 equipes, de forma que cada equipe jogue exatamente uma vez com cada uma das outras. Quantos jogos terá o torneio?
Resolução:
Considere E = {E1, E2, E3, … , E10} o conjunto dos times do referido torneio. Note que, resolver esse problema é determinar o número de subconjuntos com dois elementos que podemos formar, a partir dos elementos do conjunto E. Teremos, portanto:
Logo, teremos 45 subconjuntos, ou seja, 45 jogos nesse torneio.
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