Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 20 de julho de 2022
Incertezas E Princípios
Estamos perdendo a confiança no futuro. Não acreditamos mais que ele seja favorável, que poderá resolver os nossos problemas, e, se disseminam, no mundo contemporâneo, tradições que olham para o passado
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quarta-feira, 20 de julho de 2022
Luiz Carlos Azedo - Simone Tebet vive semana decisiva no MDB
Correio Braziliense
O grupo pró-Lula ainda busca convencer Temer a aceitar a aliança, mas isso depende de uma iniciativa pessoal do petista, que mantém distância do ex-presidente por causa do impeachment de Dilma
A uma semana da convenção eleitoral do MDB, a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência da República vive uma semana decisiva, com muitas articulações políticas contrárias, mas em condições de derrotar a ofensiva dos caciques do MDB que desejam remover sua candidatura e apoiar o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva já no primeiro turno. Na segunda-feira, 11 representantes de diretórios regionais, a maioria do Nordeste, se reuniram com o PT para consolidar a dissidência que apoia Lula. Ontem, o ex-presidente Michel Temer e o presidente da legenda, deputado Baleia Rossi (SP), com apoio de 19 diretórios, reafirmaram a candidatura. A conta não fecha. São 27 diretórios.
Os senadores Eduardo Braga (AM), Renan Calheiros (AL), Veneziano Vital do Rêgo (PB), Rose de Freitas (ES) e Marcelo Castro (PI); o governador de Alagoas, Paulo Dantas; e os ex-senadores Eunício Oliveira (CE) e Edison Lobão (MA), além do presidente do diretório estadual do MDB no RJ, Leonardo Picciani, participaram do encontro com Lula. O governador do Pará, Helder Barbalho, e o ex-senador Garibaldi Alves (RN), aliados do petista, não compareceram.
Ontem, Eduardo Braga, Renan Calheiros, Rose de Freitas, Marcelo Castro, o deputado federal Isnaldo Bulhões (AL) e o ex-governador Moreira Franco (RJ) se reuniram com Temer, no seu escritório, no Itaim Bibi, em São Paulo. O ex-presidente é uma peça-chave no tabuleiro das relações entre os caciques emedebistas. Até agora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem trabalhando para dividir o MDB e não procurou Temer, principalmente por causa dos ressentimentos petistas em razão do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Temer anda descontente com a situação da candidatura de Simone Tebet, que não decolou nas pesquisas. A senadora pantaneira, porém, se beneficiou diretamente do fato de a cúpula do PSDB ter removido a candidatura do ex-governador João Doria e desistido da chapa própria. O Cidadania, liderado por Roberto Freire, que integra a federação com o PSDB, é a única legenda que se engajou na candidatura de Tebet, apesar de alguns deputados de sua bancada se fingirem de mortos. O PSDB, cuja cúpula chegou a anunciar o apoio a Tebet, não se mobiliza para a campanha da emedebista. Os tucanos vivem um salve-se quem puder, especialmente em São Paulo, onde o governador Rodrigo Garcia está em dificuldade para se reeleger.
Um balanço da situação interna do MDB mostra, porém, que Tebet ainda tem o apoio da maioria dos estados e dificilmente sua candidatura seria deslocada sem uma negociação muito ampla com o PT, para atrair Temer, o que é improvável. Uma ala que apoia a candidatura do presidente Jair Bolsonaro também não tem força para impor essa orientação. Por essa razão, prefere manter a candidatura de Tebet e barrar o apoio formal a Lula, o que daria muito tempo de televisão ao petista.
Rubicão
Segundo o senador Eduardo Braga, que lidera a dissidência, o grupo ainda não tem posição definida sobre como pretende se comportar na convenção. As disputas no MDB costumam ser resolvidas na base da Lei de Murici, “cada um cuida de si”. O partido é uma federação de grupos regionais, cujas lideranças convivem na divergência há muitos anos. De um lado, o grupo do ex-presidente José Sarney e de Renan Calheiros, aliados de Lula desde 2002; de outro, o grupo de Michel Temer e Moreira Franco, que se aliou a Lula em 2006 e fez parte da chapa de Dilma Rousseff em 2010 e 2014. Em 2016, Temer e Moreira romperam com Dilma Rousseff e aderiram às articulações do impeachment, o que a cúpula petista não perdoa.
A sete dias da convenção, o grupo pró-Lula ainda busca convencer Temer a aceitar a aliança, mas isso depende de uma iniciativa pessoal e pública de Lula, que mantém distância regulamentar do ex-presidente da República. A sorte de Tebet, mesmo estagnada nas pesquisas, é que o MDB também gosta de cristianizar seus candidatos, como fez com Ulysses Guimarães, em 1989; Orestes Quércia, em 1994; e mais recentemente, em 2018, com Henrique Meirelles.
A candidata do MDB ainda tem condições de tentar crescer nas pesquisas. Tebet é leve nas ruas, onde não é hostilizada, podendo circular nos eventos sem grandes aparatos, o que não acontece com Bolsonaro nem com Lula. Mesmo Ciro Gomes, candidato do PDT, tem mais dificuldades que ela, quando nada porque não leva desaforo para casa ao sofre provocações de petistas e bolsonaristas.
A convenção do MDB, marcada para o dia 27, será virtual. É um jogo de cartas marcadas, ou seja, a favor de Tebet ou contra ela, tudo será acertado antes. Do ponto de vista de sua candidatura, é um Rubicão, porque isso garantirá acesso ao tempo de radio e televisão quando a propaganda política começar para valer, em 15 de agosto. A distribuição de tempo entre os principais candidatos será a seguinte: Lula (PT) terá 3 minutos e 10 segundos a cada um dos dois blocos de 12 minutos e 30 segundos; Bolsonaro (PL), 2 minutos e 50 segundos; Bivar (União Brasil), 2 minutos por bloco; Simone Tebet (MDB), 1 minuto e 50 segundos; e Ciro Gomes (PDT), 50 segundos.
Penso na Lisboa de 1755: [...] primeiro, houve um terremoto que devastou grande parte da cidade, depois um incêndio destruiu aquilo que havia se salvado.
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Vídeo recria o terramoto e maremoto de Lisboa em 1755. Veja aqui como foi
482.915 visualizações 14 de abr. de 2015 Em novembro de 1755, um sismo de magnitude 8.5, com epicentro a cerca de 240 quilómetros de Lisboa, criou um tsunami que, em cerca de 40 minutos, devastou a cidade e matou mais de 10 mil pessoas.
Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna.
Um acontecimento entranhado na história de Lisboa que nunca será esquecido!
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Não tenham medo da incerteza.
Artigo de Zygmunt Bauman
Guerras, migrações, fim das utopias. Pode-se viver em um fim do mundo permanente? Um ano depois da morte de Zygmunt Bauman, eis a sua última lição.
O artigo foi publicado no jornal La Repubblica, 09-01-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
O fim dos tempos, o fim do mundo, o fim do universo: um assunto certamente diferente do habitual para mim, que não sou um especialista no campo. Não pretendo, portanto, informá-los sobre o estado atual da arte, da astronomia e da cosmogonia, sobre aquilo que os cientistas pensam sobre o fim do mundo.
Direi apenas que as teorias científicas que se ouvem por aí me deixaram muito confuso, dada a dificuldade de conciliar visões muito diferentes sobre a mesa. [...]
Não que isso deva nos preocupar imediatamente, que fique claro, já que se calculou que o universo viverá pelo menos mais 20 bilhões de anos, e, pelo menos eu, que sou irrevogavelmente velho, não tenho nenhuma esperança de chegar até lá.
Mas voltemos à pergunta inicial, ao porquê estamos hoje todos tão inquietos, por que são feitas tantas premonições sombrias sobre o que nos espera, tanto que, às vezes, não conseguimos sequer focar bem a questão como fim do mundo, mas sim como algo completamente novo e desconhecido e, portanto, ameaçador.
Por que vivemos essa condição nesta fase da nossa história? Essa é a pergunta que devemos nos fazer. Eu sugeriria, entretanto, não ter medo. Mesmo quando nos divertimos, vamos a uma festa com os nossos amigos, em algum lugar, profundamente, sentimos ansiedade. Não nos sentimos seguros: seguros de conseguir controlar as nossas vidas, seguros de ter a capacidade, os meios, a habilidade, os recursos, seguros de poder viver em um mundo em que isso seja possível.
Em suma, não conseguimos dar às nossas vidas a forma que gostaríamos, estamos assustados porque – permito-me sugerir – vivemos uma condição de constante incerteza. E o que é a incerteza? É a sensação de não poder prever como será o mundo quando acordarmos na manhã seguinte; é a fragilidade e a instabilidade do mundo. O mundo sempre nos pega de surpresa [...].
Penso na Lisboa de 1755: [...] primeiro, houve um terremoto que devastou grande parte da cidade, depois um incêndio destruiu aquilo que havia se salvado.
Estamos perdendo a confiança no futuro. Não acreditamos mais que ele seja favorável, que poderá resolver os nossos problemas, e, se disseminam, no mundo contemporâneo, tradições que olham para o passado
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O evento despertou grandes reações, e, entre os intelectuais, começou-se a discutir sobre que sentido tinha uma tragédia desse tipo e como Deus podia permitir tal massacre de inocentes. Voltaire se colocou à frente da campanha filosófica, sentenciando: “Vejam: a natureza é cega, atinge com a mesma imparcialidade e a mesma indiferença as pessoas boas e as pessoas más. Não faz escolhas, não pune. Distribui a sua fúria aleatoriamente. Se quiserem um mundo que esteja alinhado com a ética humana e a razão humana, vocês devem conquistar a natureza”. [...]
Hoje, a mais de 200 anos de distância, podemos ver como todos os esforços para dominar a natureza não tiveram qualquer efeito, e aqueles poucos que tiveram, na realidade, foram mal concebidos e deixaram traços da sua obra em milhões de quilômetros quadrados de terra estéril e desértica, milhões de vidas perdidas, vidas daqueles que, antes, cultivavam aquela terra.
Não funcionou. Por outro lado, outros perigos – qualquer evento envolve inconvenientes –, outros desconfortos foram se somando àquilo que acontecera. Eu acho que foi Freud que resumiu o significado do impulso à civilização: a pressão da civilização para corrigir e dar nova forma à sociedade. [...]
Todas as utopias, por mais diferentes que fossem entre si, tinham uma coisa em comum: estavam situadas em algum lugar no futuro. Ainda não existentes, ainda não conhecidas, ainda não exploradas, intuídas apenas por alguns navegadores solitários. Mas utopia e futuro tinham um significado muito parecido.
Eu acho que estamos perdendo a confiança no futuro. Não acreditamos mais que ele seja favorável, que poderá resolver os nossos problemas, e, se vocês derem uma olhada no nosso mundo contemporâneo, verão a disseminação de tradições que olham para o passado.
O passado é tão imaginário quanto o futuro. Vocês não estiveram no futuro e não o conhecem, mas também não estiveram no passado. Só podem ler livros sobre o assunto, que, dificilmente, podem restituir as sensações de uma vida realmente vivida no passado
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Quem sabe, talvez abandonamos algumas coisas prematuramente, erroneamente, estupidamente, talvez devêssemos voltar àqueles estilos de vida. Talvez alguns entre vocês pensem com nostalgia na vida sob Hitler, Stalin ou qualquer outro ditador do passado; mas vocês não fizeram experiência daquilo que foi, porque não é possível. O passado é tão imaginário quanto o futuro. Vocês não estiveram no futuro e não o conhecem, mas também não estiveram no passado. Só podem ler livros sobre o assunto, que, dificilmente, podem restituir as sensações de uma vida realmente vivida no passado.
Estas são, em linhas gerais, as causas do estado de incerteza atual. A fragilidade da posição social que conquistamos após uma longa vida de trabalho e que nos encontramos protegendo, a impossibilidade de prever o que acontecerá amanhã, a suspeita de que qualquer coisa que traga o futuro consigo não será melhor aquilo que existe hoje, mas talvez será pior, a sensação de impotência. Que, mesmo que conhecêssemos todos os segredos sobre o funcionamento das coisas, não teríamos as capacidades nem os instrumentos para impedir que coisas desagradáveis aconteçam. [...]
Cientistas importantes, como por exemplo Ilya Prigogine e Isabelle Stengers, receberam o Prêmio Nobel por terem descoberto que o universo – não só o nosso mundo e as coisas que nos cercam mais de perto, mas o universo inteiro – vive governado por contingências, acidentes e coincidências, em suma, pelo acaso. Não existem regras.
É absolutamente correto afirmar que estamos aqui por acaso
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Na história do mundo, verificaram-se cinco grandes catástrofes que quase nos levaram à extinção, que se aproximaram muito de tornar impossível este nosso estar aqui e agora, trocando ideias.
A maior, durante o período permiano, varreu 95% de todas as criaturas vivas. Portanto, é absolutamente correto afirmar que estamos aqui por acaso. Os nossos progenitores encontravam-se naqueles pequenos 5% de criaturas que restaram no mundo. Confiar na coerência do universo, na sua estabilidade ou previsibilidade, portanto, não é possível.
Confiar na coerência do universo, na sua estabilidade ou previsibilidade, portanto, não é possível
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Qualquer coisa que aconteça no universo acontece por acaso, de modo que eu acho que não é possível a completa eliminação da incerteza, mas acredito também que, dentro dos limites impostos a nós pelo universo, ainda há muito a fazer. Por exemplo, evitar o colapso do sistema de crédito ou a fuga súbita de migrantes de uma das guerras mais sujas e desagradáveis jamais ocorrida debaixo dos nossos olhos. Guerras previsíveis, guerras que podemos fazer com que não eclodam.
E eu me permito sugerir que essas coisas – as pequenas coisas que podemos fazer dentro dos limites das nossas capacidades – são tantas, a ponto de podermos nos empenhar nelas durante toda a nossa existência.
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https://www.ihu.unisinos.br/categorias/575079-nao-tenham-medo-da-incerteza-artigo-de-zygmunt-bauman
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Vídeo recria o terramoto e maremoto de Lisboa em 1755. Veja aqui como foi
482.915 visualizações 14 de abr. de 2015 Em novembro de 1755, um sismo de magnitude 8.5, com epicentro a cerca de 240 quilómetros de Lisboa, criou um tsunami que, em cerca de 40 minutos, devastou a cidade e matou mais de 10 mil pessoas.
Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna.
Um acontecimento entranhado na história de Lisboa que nunca será esquecido!
https://www.youtube.com/watch?v=xLKNU5IZcuo
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"- Vocês, adoradores da ciência - disse -, estão sempres falando com muita desenvoltura sobre a experiência, e todos vocês acreditam que ela leva diretamente à verdade. (...)
- Mas, com certeza, as próprias idéias que você está tão ansioso por distinguir dos objetos da percepção devem, por sua vez, provir da experiência, não é? (...)
- (...) Somente se derem à palavra 'forma' uma conotação muito ampla, se a usarem em um sentido mais amplo do que o puramente espacial, somente se a empregarem de maneira tão solta quanto, por exemplo, acabei de falar em 'estrutura', é que vou conseguir acompanhá-los, nem que seja em parte do caminho."
A PARTE E O TODO HEISEMBERG
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O Princípio da Incerteza Explicado
335.385 visualizações 31 de out. de 2020 O Princípio da Incerteza de Heisenberg é extraordinário. Ele nos revela algo fundamental e estranho da física quântica! Nesse vídeo eu explico como ele funciona e como ele aparece na mecânica quântica.
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Princípio da incerteza de Heisenberg
O princípio de incerteza de Heisenberg é um dos pilares conceituais da física quântica. De acordo com esse princípio, em sistemas de escalas reduzidas, como nos átomos e moléculas, grandezas relacionadas, tais como quantidade de movimento e posição, não podem ser medidas simultaneamente com exatidão. Quando se conhece a medida de uma delas dessa forma, perde-se completamente a precisão sobre a medida da outra grandeza.
Saiba mais: Quatro curiosidades da física quântica
Resumo sobre o princípio da incerteza
De acordo com o princípio da incerteza, não é possível que se meça, simultaneamente, as medidas de posição e quantidade de movimento, pois, quando se conhece uma delas, perde-se a informação sobre a outra. Além das grandezas de quantidade de movimento e posição, o princípio também se aplica às grandezas de energia e tempo.
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Δx – incerteza da posição
ΔQ – incerteza da quantidade de movimento
ΔE – incerteza da energia
Δt – incerteza do tempo
Analisando a relação anterior, é possível perceber que a incerteza da medida ΔQ, multiplicada pelo erro da medida Δt, deve ser sempre maior ou igual à constante de Planck (6,62607004.10-34 m2kg/s), dividida por 2π. Essa constante, já reduzida, pode ser escrita como a constante reduzida de Planck, dada por ħ =1,0545.10-34 J.s.
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Uma das formas de “visualizar” o princípio da incerteza é medindo a posição de um átomo, uma vez que, para fazê-lo, seria necessário emitir fótons em direção a ele, os quais, por sua vez, deveriam transferir-lhe quantidade de movimento. Com isso mediríamos a posição do átomo, mas perderíamos completamente a precisão de sua quantidade de movimento.
Veja também: Zero absoluto e sua relação com o princípio da incerteza de Heisenberg
O princípio da incerteza e o gato de Schroedinger
É comum que se relacione o experimento mental do gato de Schrodinger com o princípio da incerteza de Heisenberg, no entanto, não há uma relação direta entre eles. Primeiramente, o experimento do gato de Schrodinger não foi concretizado, por tratar-se de uma situação paradoxal. O experimento do gato de Schrodinger foi proposto como resposta a uma das interpretações da mecânica quântica, baseada em probabilidades e conhecida como interpretação de Copenhague.
De acordo com ela, a evolução dos sistemas quânticos depende de probabilidades, por isso, Schrodinger propôs uma situação hipotética em que um gato estivesse trancado no interior de uma caixa completamente isolada do meio externo. Com o gato, haveria um átomo radioativo que, caso sofresse um decaimento, acionaria um mecanismo capaz de liberar veneno no interior da caixa, matando-o.
Para a mecânica quântica, antes de realizarmos a medida para saber se o gato havia morrido, coexistem as chances de ele ter morrido ou de estar vivo, mas também a combinação dos dois estados, vivo e morto.
O princípio da incerteza relaciona-se com a capacidade de medir, com total precisão, grandezas como energia e tempo, ou quantidade de movimento e posição. Apesar do nome sugerir uma incerteza em conhecer-se o estado do gato no interior da caixa, as duas grandezas não são relacionadas. Além disso, o fenômeno quântico que explica o comportamento dos estados quânticos antes de terem sido medidos é chamado colapso da função de onda.
Acesse também: Definições básicas de probabilidade
Princípio da incerteza e processo de medição
É importante perceber que a impossibilidade de obter-se medidas quânticas exatas não se refere à qualidade dos instrumentos de medida, muito menos à destreza do instrumentador, mas sim ao comportamento dual dos sistemas quânticos, isto é, sua natureza permite-lhes comportarem-se hora como partículas, hora como ondas.
As partículas podem ter suas posições medidas com sucesso, enquanto as ondas podem ter sua quantidade de movimento determinada, com sucesso, com base na hipótese de DeBroglie, que afirma que objetos quânticos têm associados consigo um comprimento de onda e uma frequência.
Exercícios resolvidos sobre o princípio da incerteza
Questão 1) Sobre o princípio da incerteza de Heisenberg, assinale a alternativa correta:
a) De acordo com esse princípio, não é possível saber, com certeza, se o gato de Schrodinger encontra-se vivo ou morto antes de a caixa ter sido aberta.
b) De acordo com esse princípio, não é possível que se meça simultaneamente e com total precisão a posição e a quantidade de movimento de algum objeto quântico.
c) De acordo com esse princípio, não é possível medir com total precisão a grandeza posição de uma partícula quântica.
d) De acordo com esse princípio, não é possível medir com total precisão a grandeza quantidade de movimento de uma partícula quântica.
Gabarito: Letra b
Resolução:
O princípio da incerteza de Heisenberg afirma que não é possível ter precisão total e simultânea para as medidas de posição e quantidade de movimento, portanto, a única afirmativa verdadeira é: letra b.
Questão 2) De acordo com o princípio da incerteza, é impossível obter-se medidas quânticas com total precisão. Desse modo, podemos afirmar que essa impossibilidade
a) deve-se à capacidade técnica de quem realiza a medida.
b) deve-se principalmente à qualidade dos instrumentos de medida utilizados pelo experimentador.
c) deve-se, exclusivamente, à natureza dos sistemas quânticos, que hora se comportam como partículas, hora como ondas.
d) deve-se à presença de ruídos externos, como atrito, calor, vibrações, radiação etc.
e) deve-se à tecnologia dos aparelhos de medida, que ainda não é capaz de fazer medidas quânticas precisas.
Gabarito: Letra c
Resolução:
De acordo com o texto, vimos que o princípio da incerteza não está relacionado com a qualidade dos instrumentos utilizados nem com a habilidade de quem realiza a medida, mas sim com a natureza quântica, que faz com que os átomos e outras partículas possam comportar-se como ondas.
Questão 3) Segundo o princípio de incerteza de Heisenberg, ao conhecermos com total precisão a medida de posição de uma partícula quântica:
a) Perde-se parcialmente a precisão na medida da quantidade de movimento dessa mesma partícula.
b) Perde-se parcialmente a precisão na medida da energia dessa mesma partícula.
c) Perde-se completamente a precisão na medida da energia dessa mesma partícula.
d) Perde-se completamente a precisão na medida da quantidade de movimento dessa mesma partícula.
e) Ainda é possível medir simultaneamente, e com total precisão, a quantidade de movimento dessa partícula.
Gabarito: Letra d
Resolução:
O princípio da incerteza de Heisenberg impõe uma condição à precisão simultânea nas medidas de posição e quantidade de movimento de uma partícula quântica: se conhecemos uma delas com precisão total, perdemos completamente a precisão na medida da outra grandeza, portanto, a alternativa correta é: letra d.
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/principio-incerteza-heisenberg.htm
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THE BEATLES - Back in the U.S.S.R. - fan made Music Video - ROCK BAND / MODERN WARFARE
1.491.275 visualizações 21 de mai. de 2013 Here is a fan made Music Video I edited of THE BEATLES song "Back in the U.S.S.R." I was inspired to edit this video together after playing THE BEATLES ROCK BAND video game. Contains footage from that game as well as clips from CALL OF DUTY 4: MODERN WARFARE and DEAD OR ALIVE: Xtreme Beach Volleyball. I tried best to edit the footage to convey the lyrical content of the song although it is simply an interpretation. Enjoy.
https://www.youtube.com/watch?v=BLH1x_SGAL4
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Back In The U.S.S.R.
The Beatles
Back In The U.S.S.R.
Oh, flew in from Miami Beach BOAC
Didn't get to bed last night
On the way, the paper bag was on my knee
Man, I had a dreadful flight
I'm back in the USSR
You don't know how lucky you are, boy
Back in the USSR
(Yeah)
Been away so long, I hardly knew the place
Gee, it's good to be back home
Leave it till tomorrow to unpack my case
Honey, disconnect the phone
I'm back in the USSR
You don't know how lucky you are, boy
Back in the US, back in the US
Back in the USSR
Well, the Ukraine girls really knock me out
They leave the West behind
And Moscow girls make me sing and shout
That Georgia's always on my mi-mi-mi-mi-mi-mi-mi-mi-mind
Oh, come on!
Yeah, I'm back in the USSR
You don't know how lucky you are, boys
Back in the USSR
Well, the Ukraine girls really knock me out
They leave the West behind
And Moscow girls make me sing and shout
That Georgia's always on my mi-mi-mi-mi-mi-mi-mi-mi-mind
Oh, show me 'round your snow-peaked mountains way down south
Take me to your daddy's farm
Let me hear your balalaikas ringing out
Come and keep your comrade warm
I'm back in the USSR (hey)
You don't know how lucky you are, boys
Back in the USSR
Oh, let me tell you, honey
Hey, I'm back
I'm back in the USSR
Hey, it's so good to be home
Yeah, back in the USSR
De Volta À U.R.S.S.
Oh, voei de Miami Beach em um avião da BOAC
Nem dormi ontem à noite
Passei a viagem toda vomitando
Cara, eu tive um voo terrível
Estou de volta à URSS
Você não sabe a sorte que tem, rapaz
De volta à URSS
(Sim)
Estive tanto tempo fora que mal reconheci o lugar
Caramba, é bom estar de volta ao lar
Vou deixar para desfazer as malas amanhã
Meu bem, desligue o telefone
Estou de volta à URSS
Você não sabe a sorte que tem, rapaz
De volta à US, de volta à US
De volta à URSS
Bem, as garotas da Ucrânia realmente acabaram comigo
Elas deixam as ocidentais para trás
E as garotas de Moscou me fazem cantar e gritar
As da Geórgia não saem da minha me-me-me-me-me-me-me-me-mente
Oh, vamos!
Sim, estou de volta à URSS
Vocês não sabem a sorte que têm, rapazes
De volta à URSS
Bem, as garotas da Ucrânia realmente acabaram comigo
Elas deixam as ocidentais para trás
E as garotas de Moscou me fazem cantar e gritar
As da Geórgia não saem da minha me-me-me-me-me-me-me-me-mente
Oh, me mostre as suas montanhas cobertas de neve lá no sul
Me leve para a fazenda do seu pai
Me deixe ouvir a sua balalaica tocar
Venha aquecer o seu camarada
Estou de volta à URSS (ei)
Vocês não sabem a sorte que têm, rapazes
De volta à URSS
Oh, me deixe lhe contar, meu bem
Ei, estou de volta
Estou de volta à URSS
Ei, é tão bom estar em casa
Sim, de volta à URSS
Composição: Paul McCartney / John Lennon.
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