Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 9 de julho de 2022
Êxitos e insucessos
“Sei viver em penúria e sei também viver em abundância.”
Paulo (Filipenses, 4:12)
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Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente
preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo
de evidência. São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando, desastradamente, as
oportunidades de elevação que a vida lhes confere. Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem
administrar, com mais propriedade, os recursos materiais. Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua
posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação. Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço
próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados
favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça. Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos, refere-se ao precioso
imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade
do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da
abundância. O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes. A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da
embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação. Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da
fartura ou da escassez, o conteúdo divino.
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Êxitos e insucessos
http://grupoama.org.br/books/Chico%20Xavier%20(Emmanuel)%20-%20Pao%20Nosso.pdf
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MECA PROCURA O FILHO
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pp.92-93, Eurípedes - O Homem e a Missão CORINA NOVELINO
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Felicidade que a prece proporciona
23. Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos
anunciar grandes coisas. Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para
vos outorgar todos os benefícios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão
grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento
e à prece! A prece! ah!... como são tocantes as palavras que saem da boca
daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo
das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que
conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós,
já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.
Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da
Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins,
mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos
vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem
não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos
poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçorosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se
lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de
desejos carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o
Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e
sentireis as doces emoções que lhe perpassavam na alma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida
celestial na morada de seu Pai. – Santo Agostinho. (Paris, 1861.)
https://febnet.org.br/wp-content/themes/portalfeb-grid/obras/evangelho-guillon.pdf
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A esperança é uma força que,
confirmada por Deus,
intensifica-se e facilita-lhe
a vida.
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PREFÁCIO
Pois bem, no que concerne a essas frases, (...)
descobri ser impossível recordar-lhes o enunciado
preciso. Assim, a cada orador fiz falar como, em
minha opinião, ele o teria feito naquelas
circunstâncias, atendo-me o mais estreitamente possível
à linha de pensamento que norteou sua fala.
Tucídides
É evidente, mas muito freqüentemente esquecido, que a ciência é
feita por homens. Isso é aqui relembrado na esperança de reduzir o
hiato entre duas culturas, a arte e a ciência. Este livro versa sobre o
desenvolvimento da física atômica nos últimos cinqüenta anos, tal
como o autor os vivenciou. A ciência natural baseia-se em experimentos; seus resultados dependem de conversas entre os que nela
trabalham, que se consultam mutuamente sobre a interpretação
desses experimentos. Tais conversas, que estão na origem da própria
ciência, constituem o conteúdo principal deste livro. É desnecessário
dizer que as conversas não podem ser reconstituídas fielmente após
várias décadas; apenas as cartas, quando citadas, são reproduzidas
literalmente [Wortlaut]. Tampouco o livro pretende ser uma coletânea de lembranças. Em vez disso, o autor fez uma condensação livre,
sacrificando detalhes; tudo o que deseja reconstituir é o quadro mais
amplo. Nessas conversas, nem sempre a física atômica está em primeiro plano. Problemas humanos, filosóficos ou políticos aparecem
reiteradamente, e o autor espera mostrar que, de fato, a ciência da
natureza é inseparável dessas questões mais gerais.
Muitos participantes são introduzidos no texto por seus prenomes, em parte por não serem conhecidos do público em geral, em parte porque o autor considera que esta é a melhor maneira de expressar sua relação com eles. Ademais, isso deve ajudar a evitar a
impressão de que o autor esteja apresentando um relato literal, fiel
em cada detalhe. Por essa razão, não houve qualquer tentativa de
traçar um retrato mais preciso dessas personalidades; elas só podem
ser reconhecidas, por assim dizer, por sua maneira de falar. Grande
valor foi conferido à correta e viva reprodução da atmosfera em que
ocorreram as conversas, pois nela se torna claro o processo criativo
da ciência. Ela ajuda a explicar como a cooperação entre pessoas
pode culminar em resultados científicos da máxima importância.
O autor pretendeu transmitir, inclusive aos que estão muito distantes da física atômica, uma impressão dos movimentos de pensamento [Denkbewegungen] que acompanharam a história do surgimento dessa ciência. Mas deve-se levar em conta que, muitas vezes,
as conversas carregam consigo, implicitamente, raciocínios matemáticos complexos e abstratos, que não podem ser compreendidos
sem um estudo pormenorizado.
Ao rememorar essas conversas, o autor pretendia atingir um objetivo mais amplo. A moderna física atômica lançou nova luz sobre
problemas filosóficos, éticos e políticos. Talvez este livro possa contribuir para que os fundamentos dessa discussão sejam compreendidos pelo maior número possível de pessoas.
A PARTE E O TODO
HEISENBERG
CONTRAPONTO
PP. 6-7
https://www.contrapontoeditora.com.br/arquivos/detalhes/Parte%20e%20o%20todo_pref.pdf
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"a liberdade é a felicidade - e a coragem é a liberdade".
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Tucídides
Historiador e general grego
460 a.C., Atenas (Grécia)
400 a.C., Atenas (Grécia)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
04/07/2008 10h40
Como um dos dez generais de Atenas, Tucídides foi mandado, em 424 a.C., à costa da Trácia para agir contra Brasidas (general espartano que lutou na Guerra do Peloponeso). Tendo falhado na missão, foi condenado a trinta anos de exílio. Provavelmente, os atenienses o chamaram de volta em 404 a.C.
Esse general-historiador escreveu uma história da Guerra do Peloponeso, uma das mais importantes obras históricas de todos os tempos, notável por seu estilo conciso, direto e nítido, por sua imparcialidade e seu método científico, pelo senso que o autor demonstra de percepção da conexão causal entre os eventos, e por seu raciocínio penetrante a respeito de questões políticas.
Tucídides refere-se ao seu próprio trabalho como "um patrimônio sempre útil e não uma composição para ser ouvida apenas no momento da competição por algum prêmio". Quintiliano (pedagogo e professor de retórica romano) diz que a História da Guerra do Peloponeso é "densa em sua contextura, enérgica, sempre ansiosa para ir adiante".
A guerra: uma mestra severa
Em seu livro, Tucídides apresenta os argumentos a favor e contra uma determinada atitude, sob a forma de discursos representando a essência das palavras pronunciadas pelos protagonistas dos eventos. E esse talvez seja o maior mérito da obra, pois ela estabelece um método científico de trabalho para o historiador: o da busca constante da imparcialidade.
Segundo alguns pesquisadores, essa habilidade, de dar voz a todos os atores de um determinado evento histórico, teria sido adquirida durante o exílio, quando Tucídides teve a oportunidade de apreciar os pontos de vista de cada um dos antagonistas que lutaram na guerra.
O livro traz uma ampla introdução, na qual trata das origens da raça helênica. A História, contudo, permaneceu incompleta, detendo-se abruptamente nos eventos do ano 411 a.C.
Entre as passagens mais notáveis, está a Oração Fúnebre, de Péricles, em homenagem aos atenienses mortos no primeiro ano da guerra, onde aparece uma das mais belas exortações à coragem: "a liberdade é a felicidade - e a coragem é a liberdade". Há também outros trechos memoráveis: o relato da peste em Atenas, o Diálogo Mélio e a expedição à Sicília.
Para Tucídides, "a guerra é uma severa mestra. Privando a maioria das pessoas da capacidade de satisfazer com facilidade suas necessidades diárias, faz seus espíritos descerem ao nível das circunstâncias reais".
De acordo com a tradição, Tucídides foi assassinado.
Dicionário Oxford de Literatura Clássica (grega e latina), Jorge Zahar Editor.
https://educacao.uol.com.br/biografias/tucidides.htm
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