quarta-feira, 30 de julho de 2025

PLANTAR É PRECISO

Plantar é preciso, colher não é preciso. Dindi Tom Jobim Composição: Aloysio de Oliveira / Tom Jobim / Ray Gilbert. De Jobim a Wagner, de Antonio Carlos a Jaques. De pragmatismo responsável a paganismo irresponsável, de classes produtoras a classes plantadoras. Como nossos pais, como nossos avós, como a nós e nós.
Tarifaço: em Washington, senadores pedem mais prazo para negociações A comissão do Senado que está nos EUA reuniu-se, na segunda-feira (28), com representantes de grandes empresas estadunidenses que exportam para o Brasil. Os senadores devem enviar uma carta a autoridades norte-americanas pedindo mais prazo para as negociações e adiamento da entrada em vigor da sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros. O grupo coordenado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), também se encontrou com especialistas em comércio exterior. Nesta terça-feira (29), os senadores têm reuniões com parlamentares estadunidenses. Fonte: Agência Senado 29/07/2025, 12h41 Nas entrelinhas Análise: Lula vive dilema político: resistir ao tarifaço de 50% ou aceitar humilhação O retorno do chanceler Mauro Vieira ao Brasil, sem conseguir sequer uma audiência com representantes da Casa Branca, sinaliza o fracasso da última tentativa diplomática de alto nível antes da entrada em vigor das tarifas, prevista para 1º de agosto O governo brasileiro enfrenta, neste momento, um dos mais complexos dilemas da política externa contemporânea: aceitar a humilhação implícita nas exigências políticas do presidente Donald Trump para suspender o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros ou arcar com as consequências econômicas de uma medida punitiva, injusta e de motivação extra comercial. O retorno do chanceler Mauro Vieira ao Brasil, sem conseguir sequer uma audiência com representantes da Casa Branca, sinaliza o fracasso da última tentativa diplomática de alto nível antes da entrada em vigor das tarifas, prevista para 1º de agosto. O nosso ministro das Relações Exteriores sequer foi recebido pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, um falcão da extrema-direita da Flórida. O silêncio de Washington revela disposição de confronto e chantagem, não de negociação, como aliás vem anunciando o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), interlocutor de Rubio e artífice da crise diplomática e comercial. A principal exigência de Trump é a revisão da inelegibilidade e a suspensão do julgamento de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Lula tem reunião com ministros do União Brasil no Planalto A medida já provoca impactos no mercado interno: a retração nas encomendas dos EUA derruba os preços da carne e das frutas no Brasil, o que favorece os consumidores de um modo geral, especialmente os de menor renda, que podem sonhar com a picanha de domingo. Entretanto, como na fábula da cigarra e da formiga, a incerteza sobre o destino das exportações paralisa cadeias produtivas inteiras. O caso do suco de laranja é emblemático: com quase metade de suas exportações indo para os EUA, o setor alerta para uma crise iminente e anuncia que vai deixar as laranjas apodrecerem no pé. Por outro lado, a alta dos contratos futuros de café pode beneficiar alguns produtores no curto prazo, mas não favorece nossos consumidores nem compensa as perdas estruturais de mercados. A indústria sofre os efeitos mais agudos: segmentos como autopeças, aviação e eletroeletrônicos enfrentam o risco de ruptura de contratos e paralisia nos investimentos, diante da insegurança jurídica e comercial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reiterado disposição de negociar, mas as informações recentes de Washington, segundo diplomatas e a missão parlamentar que viajou para Washington, é de que Trump estaria irritado com declarações e comentários irônicos ou desafiadores de Lula e pretende impor uma humilhação ao presidente brasileiro para começar a conversar. Há uma dimensão política e ideológica: ao vincular o fim das tarifas à interrupção do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, Trump rompeu todos os protocolos diplomáticos e expôs a real motivação da medida: pressionar o Brasil a abandonar sua independência institucional e judicial. Trata-se de uma "quase sanção econômica", travestida de disputa comercial, com objetivo explícito de interferir no funcionamento da democracia brasileira. Nas entrelinhas: Contagem regressiva para o tarifaço estressa o mercado Medidas de emergência Nesse cenário, o Brasil precisa combinar firmeza institucional e prudência, com uma estratégia de enfrentamento sofisticada, em níveis diplomático, comercial e financeiro. No plano diplomático, acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e buscar o apoio de parceiros estratégicos — na União Europeia, no Brics e no G20 —, o que não é fácil, diante da natureza extra-comercial da medida americana. A coalizão com países também afetados, como México e Canadá, pode reforçar o desgaste da Casa Branca, mas nada disso muda o fato de que Trump se lixa para as convenções internacionais: usa seu poder econômico e militar de forma imperial. O ultimato de 10 dias que deu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para acabar com a guerra da Ucrânia, mostra que quem pode mais, pode menos. No plano comercial, a diversificação dos mercados torna-se urgente. Produtos como café, carne e minério podem ser redirecionados, em parte, para a China, porém, a preços menores. Entretanto, produtos industrializados, como aviões e autopeças, não encontrarão substitutos fáceis de mercado. Por essa razão, o governo terá de adotar medidas de emergência, como na crise financeira de 2008 e durante a pandemia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já anunciou que essas medidas estão sendo preparadas e serão indispensáveis para amortecer os impactos sobre a produção e o emprego. Para além da lógica da compensação, o Brasil precisa fortalecer sua soberania produtiva, ampliar o financiamento às exportações com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco do Brics, estimular acordos bilaterais com moedas locais e incentivar a substituição de insumos importados. A crise tarifária é uma armadilha de Trump, que pretende testar os limites do governo Lula, humilhá-lo publicamente ou empurrá-lo para uma espiral de retaliações que comprometam a recuperação econômica brasileira. Por isso mesmo, o Brasil deve seguir em busca do diálogo, com altivez, dignidade e disposição para negociar. Saiba Mais Política Tebet diz que estará no palanque de Lula em 2026 e vê Trump mais focado em Moraes Política Cid diz que foi 'traído' pela PGR que o mandou para o 'fuzilamento' e pede absolvição Política Motta aguarda posicionamento do MJ e da Itália para decidir sobre cassação Correio Braziliense Tags governo lula Tarifaço Trump PRI-3007-ENTRELINHAS - (crédito: Maurenilson Freire) Jornalista Jamil Chade é o convidado do Dando a Real com Leandro Demori TV Brasil Compartilhar Estreou em 17 de jun. de 2025 #DRcomDemori Este #DRcomDemori recebe o jornalista e correspondente internacional Jamil Chade para uma conversa sobre história, geopolítica e atualidade. Destaque para a situação de Gaza, a extrema-direita no governo Trump e a tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023 no Brasil.
Antonio Carlos Jobim (Um Homem Iluminado) Resumo: O arquivo de Antonio Carlos Jobim, assim como todo arquivo pessoal, foi colecionado e mantido para satisfazer o desejo de um homem que sempre se preocupou com sua imagem. Este trabalho demonstra a história da construção e organização desse acervo, além de fortalecer a hipótese de que o arquivo, em sua integridade, configura-se como uma escrita autobiográfica. Abordo a organização arquivística do fundo Antonio Carlos Jobim, dentro do Instituto que leva seu nome, e dou ênfase na subsérie Cadernos de anotações, da série Produção Intelectual do Titular. Esses cadernos são um tipo de documento singular, quer pelo uso que deles fazia o maestro, quer pela sua prática memorial. O estudo destas fontes primárias nos permite inferir a imagem construída pelo próprio titular, e também evidencia o plano dos guardiões dessa memória em perpetuá-la: Jobim decidiu manter um arquivo pessoal com o claro propósito de preservar sua obra e projetá-la para o futuro. Esse cuidado foi transmitido para seus herdeiros, que além das obras musicais, cuidam, hoje, de seu legado arquivístico dentro do Instituto Antonio Carlos Jobim. Abstract: Antonio Carlos Jobim archive as well as his personal archive was collected and arranged to fulfill the desire of a man concerned with his image. This work reveals the history underneath the organization of his private documents. Also, it presents proofs of an autobiographical intent. I approach the construction of Jobim archives at Instituto Antonio Carlos Jobim and I emphasize the sub series Caderno de Anotações Notebooks in the serie Produção Intelectual do Titular; those notebooks can be considered unique documents and they are an important evidence of his daily use and memorial practice. The study of primary sources of this nature allows us to infer the image constructed by Jobim as well as the plans of the guardians of his legacy. The maintenance of his personal and musical archive highlights the composer's purpose of preserving his works to future generations. Jobim´s musical and personal archives are under his family responsibility at Instituto Antonio Carlos Jobim in Rio de Janeiro. Waters Of March Tom Jobim A stick, a stone, it's the end of the road It's the rest of a stump, it's a little alone It's a sliver of glass, it is life, it's the Sun It is night, it is death, it's a trap, it's a gun The oak when it blooms, a fox in the brush The knot in the wood, the song of a thrush The wood of the wind, a cliff, a fall A scratch, a lump, it is nothing at all It's the wind blowing free, it's the end of the slope It's a beam it's a void, it's a hunch, it's a hope And the river bank talks of the waters of march It's the end of the strain, it's the joy in your heart The foot, the ground, the flesh and the bone The beat of the road, a slingshot's stone A fish, a flash, a silvery glow A fight, a bet, the range of a bow The bed of the well, the end of the line The dismay in the face, it's a loss, it's a find A spear, a spike, a point, a nail A drip, a drop, the end of the tale A truckload of bricks in the soft morning light The shot of a gun in the dead of the night A mile, a must, a thrust, a bump It's a girl, it's a rhyme, it's a cold, it's the mumps The plan of the house, the body in bed And the car that got stuck, it's the mud, it's the mud A float, a drift, a flight, a wing A hawk, a quail, the promise of spring And the river bank talks of the waters of march It's the promise of life, it's the joy in your heart A snake, a stick, it is john, it is joe It's a thorn in your hand and a cut in your toe A point, a grain, a bee, a bite A blink, a buzzard, a sudden stroke of night A pin, a needle, a sting, a pain A snail, a riddle, a wasp, a stain A pass in the mountains, a horse and a mule In the distance the shelves rode three shadows of blue And the river bank talks of the waters of march It's the promise of life in your heart, in your heart A stick, a stone, the end of the road The rest of a stump, a lonesome road A sliver of glass, a life, the Sun A knife, a death, the end of the run And the river bank talks of the waters of march It's the end of all strain, it's the joy in your heart Composição: Antonio Carlos Jobim.
CulturaAlemanha O que Richard Wagner ensina sobre o jeito alemão de ser Elizabeth Grenier | Augusto Valente 17/04/202217 de abril de 2022 Mostra em Berlim examina "sentimento alemão" a partir de uma figura controversa. O músico e dramaturgo do século 19 incorporou o melhor e o mais assustador da nação alemã.

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