quarta-feira, 2 de julho de 2025

“Namastê”

Heurística "O Jogo de Perde-Perde, a Heurística da Esperança e a Dança do Vento Vivemos tempos em que as palavras carregam mais do que significados: elas ressoam como sinos em templos longínquos, despertando memórias, revoltas, esperanças e, por vezes, uma serenidade tão rarefeita quanto necessária. “Namastê”, por exemplo, não é apenas uma saudação; é um gesto de reverência à inteireza do outro, um reconhecimento silencioso de que o Eu e o Tu compartilham a mesma centelha de essência. A negação da separação. Uma heurística do espírito. Sim, heurística — essa palavra que escorrega entre definições acadêmicas e práticas de vida. Arte de descobrir, de criar caminhos diante de problemas não resolvidos; método, atalho, construção. No entanto, essa ferramenta que nos guia para soluções possíveis, ainda que imperfeitas, parece ter sido esquecida nos corredores dos palácios e nos gabinetes onde se decidem destinos coletivos. Ao invés dela, reina a repetição dos erros, a armadilha do tudo-ou-nada travestido de estratégia. Um jogo de perde-perde, como Elio Gaspari bem definiu a conduta de Lula em sua mais recente encruzilhada institucional. Levar ao Supremo Tribunal Federal a questão do aumento do IOF — um “combo” de improviso fiscal — revela não apenas um conflito político, mas uma falta de imaginação heurística, de sensibilidade dialógica. Trata-se, sobretudo, de um movimento que trai o próprio espírito da conciliação que os astros aconselharam para o dia 2 de julho. A diplomacia, como lembrado pelo horóscopo, funciona até certo ponto. Depois disso, é preciso agir. Mas agir com que propósito? Por quais valores? A negação do diálogo interno no governo, a ausência de escuta ao Banco Central, a exclusão dos ministros que cuidam da imagem do Executivo — tudo isso aponta para uma dinâmica que abandona a heurística da colaboração e se entrega ao orgulho ferido. E o que se colhe é exatamente o que se planta: desconfiança, ruído, isolamento. A decisão de escalar um aliado como bode expiatório, como foi Hugo Motta, apenas aprofundou o abismo entre o Planalto e o Congresso. Contudo, não se trata apenas de política. Trata-se de um modo de existir. Quando a poesia de Santiago Feliú nos lembra que “viaja en el viento todo el silencio que los hombres dejaron detrás de sí”, somos chamados a contemplar o rastro do que não foi dito, das negociações que não foram feitas, dos afetos que não foram acolhidos. Em tempos de fúria e cálculo, a ternura tornou-se um gesto radical. A heurística do coração, do improviso com propósito, da escuta com coragem, é o que permite que mesmo as pedras se tornem perdão, como canta Feliú. Mas ela exige maturidade emocional, e talvez seja essa a verdadeira crise do nosso tempo: um déficit de maturidade em liderar, em conciliar, em planejar não apenas o hoje, mas também o amanhã. Nesse cenário, o horóscopo oferece mais do que previsões banais: ele serve como alegoria de um tempo que ainda pulsa esperança. “As melhores iniciativas que você poderia tomar agora são as que tenham como objetivo a conciliação de todos os interesses.” Há sabedoria nisso, mesmo que venha disfarçada de astrologia. Afinal, estamos todos à procura de orientação — seja nas estrelas, seja nas entrelinhas dos decretos oficiais. A música brasileira, por sua vez, não silencia. Fausto Nilo canta “essa coisa acesa que hoje vejo em ti”. Essa coisa acesa pode ser a lucidez política, o amor radical, a imaginação ética. Não é passividade — é potência calma, assertiva, que sabe o momento certo de agir. Não pela força, mas pela consistência. É o contrário do jogo de perde-perde: é o caminho da construção simbiótica, em que não há vencedores solitários. Neste 2 de julho, enquanto a memória gira na luz, como escreveu Feliú, precisamos de uma nova heurística política: nem tecnocrática, nem mística — mas profundamente humana. Que reconheça as “ânsias do alvorecer”, sem medo de enfrentar os infernos internos e coletivos. E que não esqueça: sem escuta, sem presença real, sem humildade diante da complexidade, toda decisão corre o risco de ser apenas mais uma dança no escuro. E ao fim, que se diga: “Namastê”. Não como palavra vazia, mas como escolha ética. A escolha de não negar a humanidade no outro, nem em si." 'preferiu jogo de perde-perde' “Namastê” "só sai depois de ler seu h." https://www.google.com/search?q=Hor%C3%B3scopo%3F%C2%B4significado+da+palavra%3F&rlz=1C1VDKB_pt-PTBR1068BR1068&oq=Hor%C3%B3scopo%3F%C2%B4significado+da+palavra%3F&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIGCAEQRRg60gEJMTU1MTFqMGo5qAIAsAIB&sourceid=chrome&ie=UTF-8 'A saudação “Namastê” é a negação de haver qualquer diferença entre um Eu e outro Eu, literalmente significando “Não-Eu-Tu”.' 'As melhores iniciativas que você poderia tomar agora são as que tenham como objetivo a conciliação de todos os interesses, que apesar de divergentes, unem as pessoas em torno de um objetivo comum, progredir. Em frente.' 'Muita coisa interessante desponta no horizonte, porém, o mais interessante de tudo é que você terá margem suficiente para tomar essas iniciativas loucas que andou contendo nos últimos tempos. Isso vai aliviar bastante.' 'Tudo que você veio fazendo nos últimos tempos dará seus frutos na hora certa, nem antes nem muito menos depois. Difícil saber quando seria essa hora certa, mas por enquanto, o melhor a fazer é se preparar para descansar.' 'Nos últimos tempos você teve de suportar muita coisa, porque não estava no domínio da situação, mas o jogo começa a virar aos poucos nos próximos dias e essa situação irá se sustentar por várias semanas no futuro.' 'A diplomacia funciona até certo ponto, passado esse ponto é preciso abandonar a mesa de negociações e começar a tomar atitudes. Isso parecerá um modo mais agressivo, mas agora não é hora de se importar com aparências.' https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2025/07/7189055-horoscopo-do-dia-confira-o-que-os-astros-revelam-para-esta-quarta-2-7.html?utm_medium=editorial-push&utm_source=taboola 'substantivo feminino arte de inventar, de fazer descobertas; ciência que tem por objeto a descoberta dos fatos. história ramo da História voltado à pesquisa de fontes e documentos. informática método de investigação baseado na aproximação progressiva de um dado problema.' https://www.google.com/search?q=heur%C3%ADstica&rlz=1C1VDKB_pt-PTBR1068BR1068&oq=heur%C3%ADstica&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQABiABDIHCAIQABiABDIHCAMQABiABDIHCAQQABiABDIHCAUQABiABDIHCAYQABiABDIHCAcQABiABDIHCAgQABiABDIHCAkQABiPAtIBCDczNThqMGo3qAIIsAIB8QW3PVgm61ylnA&sourceid=chrome&ie=UTF-8 ' close Ansias del alba Santiago Feliu Cifra: Principal (violão e guitarra) Favoritar Cifra Tom: C C G Viaja en el viento F C todo el silencio C G F C que los hombres dejaron detrás de sí C G Monta en su cuento F C todo el invento C G F que su corazón deja escapar Dm F Pasarás y las piedras serán C G tu perdón caminante Am Em F que vas volviendo a nacer Dm F Si te acercas verás C G que podemos sentirlo los dos Am Em F y por fin de nuevo...a volar. C G Tintos en sangre F C mares y el tiempo C G F C del humano que pide vivir aquí C G Toda su vida F C corre el peligro C G F de vivir lo que quiere creer. Dm Savia del alma F C G aventura en la sangre que no ha de morir Am Em F y si no...cómo hay que seguir? Dm Pronto será F C G cuando estemos siguiendo los dos por amor Am Em F y si no que puedo tener? C G Dame un pedazo F C llévame en brazos C G F C que otra vez necesito sentirme en paz C G Patria sagrada F C ansias del alba C G F C no te olvides que estamos muy mal sin tí Dm Danza en el hombre F C G un infierno capaz de matarse y matar Am Em F desde la ternura hasta el sol. Dm Fieles amantes F cerrojos y pactos C G volcanes que están Am Em F esperando milagros del bien C G Vueltas eternas F C calles desiertas C G F la memoria girando en la luz. C G Viaja en el viento F C todo el silencio C G F C que los hombres dejaron detrás de si. Composição de Santiago Feliú.' https://www.cifraclub.com.br/santiago-feliu/ansias-del-alba/ 'COISA ACESA (Fausto Nilo) Atravessei os sete mares E por todos os lugares Por onde andei você me dava vida Foi uma dádiva da natureza Essa coisa acesa Que hoje vejo em ti Não acredito nem que o mundo chora Foi bonito agora Vi você sorrir Chega nêgo, nêgo, nêgo, nêgo nêgo, nêgo, pára Chega nêgo, nêgo, nêgo, nêgo Teu chamego para mim Tudo que me dá sossego é assim Chega nêgo, nêgo, nêgo Vem pra mim.' https://www.youtube.com/watch?v=y5AorJTVeW0 'quarta-feira, 2 de julho de 2025 Lula preferiu jogo de perde-perde com o Congresso – Elio Gaspari O Globo Existe um mau espírito em Brasília, e ele às vezes captura o presidente, fazendo com que exacerbe as crises que entram no Palácio do Planalto. Com Bolsonaro, o mau espírito fez a festa, levando-o a falar em “meu Exército”, louvando a cloroquina e demonizando as vacinas. Lá se foi o tempo de Fernando Henrique Cardoso, quando as crises entravam gordas no Planalto e saíam magras. Lula decidiu levar ao Supremo Tribunal Federal a questão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Seja qual for a decisão do STF, o governo de Lula perde. Se perder, perdeu; se ganhar, terá de lidar com um Congresso ferido. Tudo isso por causa de um aumento de imposto incentivado na sanduicheria do Ministério da Fazenda, sem que fossem ouvidos o Banco Central e ministros que cuidam da imagem do governo. Se os çábios da Fazenda tivessem mais humildade, teriam tirado o “combo” do escurinho de Brasília; ouvindo colegas do governo, buscariam outras ideias. O aumento do IOF foi um “combo” (nas palavras do ministro Fernando Haddad) para compensar uma perda de arrecadação na busca de equilíbrio das contas públicas. No sanduíche, viria também um corte de gastos. O “combo” desandou, e o governo tentou, sem sucesso, negociar uma gambiarra. Não conseguiu e resolveu ir para o tudo ou nada no plenário. Na realidade, tratava-se de um nada ou nada, pois o presidente da Câmara avisara que não havia votos suficientes para aprová-lo. Batido, o mau espírito convenceu Lula a zangar-se com Hugo Motta e a levar a crise ao Supremo. Ao escalar Motta para bode expiatório, a turma da Fazenda e parte do Planalto resolveram ampliar a crise. Terão de lidar com um aliado ferido. Na retórica oficial, a ida ao STF pretende defender uma prerrogativa constitucional do Poder Executivo. No recheio de um novo “combo”, enfiaram também uma hipotética defesa do andar de baixo. Contem outra, doutores. Apesar da promessa de Lula na sua posse, a fila dos segurados do INSS chegou a 3,9 milhões. Desde 2019 (governo Bolsonaro), milhares de aposentados vinham reclamando das tungas que tomavam de entidades fraudulentas. Até a metade deste ano, os larápios tiveram mão livre e roubaram bilhões de reais de milhões de segurados. Uma Medida Provisória publicada no último dia 11 mexeu no prazo do auxílio-doença concedido a partir de análise documental. O segurado podia receber seu benefício por 180 dias. Agora, só receberá por 30 dias. Passado esse prazo, deverá conseguir uma perícia médica presencial ou ser atendido por um serviço de telemedicina. Antes mesmo da vitória no segundo turno, Lula sabia que os eleitores haviam escolhido um Congresso conservador, com uma banda feroz. Ele prometia amortecer essa desdita conversando com parlamentares, mas jogou as palavras ao vento. No perde-perde em que se meteu, o melhor resultado para a encrenca seria perder no Supremo. Ganhando, levará água para a banda feroz, às vésperas de um ano eleitoral, com um governo em viés de baixa junto à opinião pública. Uma receita para novos desastres.' https://gilvanmelo.blogspot.com/2025/07/lula-preferiu-jogo-de-perde-perde-com-o.html

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