sexta-feira, 11 de julho de 2025

DEUS LHE PAGUE!

Alfred Kubin | Protect me from what I want Corolário “Um verdadeiro amor nunca fenece.” 2,10,4,5,6 12,9,6 21,6 27 Dois sempre no início Sete igualmente certo ao final *******
ALFRED KUBIN | Leitmeritz, Austria-Hungary 1877 - Zwickledt, Upper Austria 1959 | Symbolism, Expressionism. Teorema? “Sete palmos abaixo da terra.”🌍 4,6,6,2,4 10,8,4 18,4 22 Quatro no início e fim Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida Paulinho da Viola Fue un río que pasó en mi vida Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida si un dia Se um dia Mi corazón es consultado Meu coração for consultado Para saber si te equivocaste Para saber se andou errado Será difícil negarlo Será difícil negar Mi corazón tiene una locura por el amor Meu coração tem mania de amor El amor no es fácil de encontrar Amor não é fácil de achar La huella de mis decepciones permaneció, permaneció A marca dos meus desenganos ficou, ficou Sólo el amor puede borrar Só um amor pode apagar La huella de mis decepciones permaneció, permaneció A marca dos meus desenganos ficou, ficou Sólo el amor puede borrar Só um amor pode apagar Pero (oh, pero) Porém (ai, porém) Hay un caso diferente que marcó poco tiempo Há um caso diferente que marcou num breve tempo mi corazon por siempre Meu coração para sempre era el dia de carnaval Era dia de Carnaval Llevaba una tristeza Carregava uma tristeza No pensé en un nuevo amor Não pensava em novo amor Cuando alguien que no recuerdo anunció Quando alguém que não me lembro anunciou Portela, Portela Portela, Portela Samba trayendo el amanecer O samba trazendo alvorada mi corazón conquistó Meu coração conquistou ¡Oh! ¡Mi Portela! Ah! Minha Portela! cuando te vi pasar Quando vi você passar Sentí mi corazón acelerarse Senti meu coração apressado Todo mi cuerpo tomado, mi alegría regresa Todo o meu corpo tomado, minha alegria voltar No puedo definir ese azul Não posso definir aquele azul No fue del cielo ni fue del mar Não era do céu nem era do mar Fue un río que pasó por mi vida Foi um rio que passou em minha vida Y mi corazón se dejó llevar E meu coração se deixou levar Fue un río que pasó por mi vida Foi um rio que passou em minha vida Y mi corazón se dejó llevar E meu coração se deixou levar Fue un río que pasó por mi vida Foi um rio que passou em minha vida ¡Y mi corazón se soltó! E meu coração se deixou levar! Composição: Paulinho da Viola. Velhice — um espécime raro de canalhice Germina como solidão prenhe de si Definha ao embarcar na deserção dos dias Como um samba de Paulinho, sussurrado com o coração em silêncio miúdo Coração Vulgar Maria Bethânia Deixa desilusão pra quem não sabe amar E quem não sabe amar há de sofrer Porque não poderá compreender Que o amor que morre é uma ilusão E uma ilusão deve morrer O amor que morre é uma ilusão E uma ilusão deve morrer Um verdadeiro amor nunca fenece E pouca gente ainda o conhece Meu bem, se o teu amor morreu É porque ninguém o entendeu [Maria Bethânia diz: Lindo!] Deixa o teu coração viver em paz O teu pecado é querer amar demais Morre... [Maria Bethânia diz: É lindo, né, Pierre? Não existe! "Fenece" é a palavra mais bonita que tem no mundo] Corazón vulgar Coração Vulgar Un amor más muere en un corazón común Morre mais um amor num coração vulgar Deja desilusión a aquellos que no saben amar Deixa desilusão a quem não sabe amar Y aquellos que no saben cómo amar sufrirán E quem não sabe amar há de sofrer Porque no serás capaz de entender Porque não poderá compreender Ese amor que muere es una ilusión Que o amor que morre é uma ilusão Y una ilusión debe morir E uma ilusão deve morrer Ese amor que muere es una ilusión Que o amor que morre é uma ilusão Y una ilusión debe morir E uma ilusão deve morrer El amor verdadero nunca se desvanece Um verdadeiro amor nunca fenece Y pocas personas aún lo conocen E pouca gente ainda o conhece Cariño, si tu amor murió Meu bem, se o teu amor morreu Es porque nadie lo entendió É porque ninguém o entendeu Deja que tu corazón viva en paz Deixa o teu coração viver em paz Tu pecado es querer amar demasiado O teu pecado é querer amar demais Composição: Paulinho da Viola. Reportagens
BRICS É OU SÃO? Em resumo: A escolha entre singular e plural depende do foco da sua declaração. Se você está falando sobre o grupo como um todo, use o singular. Se você está falando sobre os países individualmente, use o plural. “Os Brics deixaram de ser considerados uma piada e passaram a ser vistos como uma ameaça” Especialista em relações internacionais, Marcos Cordeiro analisa os desafios que vão marcar a próxima reunião do bloco, que se inicia amanhã, na Rússia. Temas em evidência incluem incorporação de novos integrantes e desejo por criação de sistema próprio de pagamentos, a fim de reduzir dependência do dólar. O candidato à presidência dos EUA Donald Trump já ameaçou publicamente instaurar sobretaxas comerciais sobre produtos de países que deixem de fazer transações exclusivamente na moeda americana. Especialista em relações internacionais, Marcos Cordeiro analisa os desafios que vão marcar a próxima reunião do bloco, que se inicia amanhã, na Rússia. Temas em evidência incluem incorporação de novos integrantes e desejo por criação de sistema próprio de pagamentos, a fim de reduzir dependência do dólar. O candidato à presidência dos EUA Donald Trump já ameaçou publicamente instaurar sobretaxas comerciais sobre produtos de países que deixem de fazer transações exclusivamente na moeda americana. (...) Mas, no caso dos Brics, vale ver o que o Trump falou sobre a possibilidade de o bloco deixar de usar o dólar. Ele disse que ia taxar em 100% os produtos e danificar a economia dos países que deixassem o dólar. O Trump está verbalizando isso porque essa pressão política já é feita. Na perspectiva dele, se os EUA perderem seu privilégio em relação ao dólar, é como se perdessem uma guerra revolucionária. Imagem acima: fotos das bandeiras dos países integrantes do Brics durante reunião no Ceará, Brasil, em 2014. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são atitudes igualmente cômodas: ambas nos dispensam de pensar.” — Henri Poincaré MY GOD REGUARD YOU THANK YOU Esperança e Glória (1987)
Escravidão é uma necessidade do capitalismo, afirma José de Souza Martins Em novo livro, o sociólogo e professor da USP analisa o fenômeno da servidão contemporânea e seu papel na produção capitalista Post category:Cultura https://jornal.usp.br/?p=760616 24/05/2024 - Publicado há 1 ano Atualizado: 07/06/2024 às 16:35 https://jornal.usp.br/cultura/escravidao-e-uma-necessidade-do-capitalismo-afirma-jose-de-souza-martins/ sexta-feira, 11 de julho de 2025 Falta-nos o banho de capitalismo - José de Souza Martins Valor Econômico A queixa de Mário Covas até hoje se manifesta na continuidade da escravidão em episódios tópicos e reiterados Uma das explicações principais para o atraso político e social do Brasil não é a polarização entre esquerda e direita. A polarização explica apenas a pobreza da consciência crítica e política do povo brasileiro e a mais pobre ainda consciência da maioria dos políticos. Mário Covas, que foi senador e governador de São Paulo, fundador do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), tinha o dom de sintetizar em frases curtas impressões densas e significativas do que é propriamente singular na realidade política brasileira. Lembro-me de uma delas, a de que o Brasil precisa de um banho de capitalismo. Síntese perfeita do que tem caracterizado o Brasil por mais de um século, desde que o país aboliu a escravidão negra, em 13 de maio de 1888. A abolição não viabilizou nossa transformação numa sociedade propriamente capitalista. Os escravos libertados, naquele mesmo dia, foram abandonados à própria sorte. Quando logo de manhã, difundida pelo telégrafo, a notícia da assinatura da Lei Áurea foi chegando às estações ferroviárias do interior do país, onde as havia, e se difundindo pelas fazendas, muitos negros abandonaram o eito e as senzalas de seu cativeiro, à procura da liberdade que diziam ter-lhes chegado finalmente. No fim da tarde, famintos, foram voltando às fazendas, como revelou Florestan Fernandes na reconstituição dos fatos, em “A integração do negro na sociedade de classes”, à procura de abrigo e comida. Tinham sido transformados em pedintes. O ato da princesa Isabel libertara os senhores de escravos das irracionalidades e do ônus da escravidão sem de fato libertar seus cativos. Ao transformar a escravidão em coisa alguma, converteu o negro na nulidade social da anomia decorrente. O escravo não foi o sujeito de sua libertação. Foi-o o capital que carecia de urgente livramento para desempenhar suas funções capitalistas. O ex-escravo foi o descarte. O capitalismo só seria possível por meio do trabalho livre. Baseado na igualdade jurídica entre o comprador e o vendedor da força de trabalho, supostamente assumiu a forma social de uma sociedade de pessoas juridicamente iguais, mas economicamente desiguais. Sem o que não pode existir. Aqui, impregnado, porém, de um conjunto cada vez mais extenso de invisibilidades por meio das quais distribui indiretamente uma parte do lucro e, invisivelmente, as injustiças próprias da desigualdade social. E, ainda, as formas ocultas do lucro extraordinário, o que ultrapassa a taxa normal de lucro do capital. O capitalismo brasileiro parece criativo do que é próprio do modelo capitalista de produção. Explora o trabalho no explicitado e no disfarçado para dele extrair uma taxa anômala de lucro. Só precariamente agrega e integra quem para ele trabalha. A economia do capital é uma combinação contraditória de revelações e ocultações. É ele impossível sem a alienação social de quem perde e de quem ganha, de quem engana e se engana no processo de criação de riqueza. Essas ocultações e invisibilidades, nesse quase século e meio de trabalho livre, ocultam também as grandes irracionalidades de um capitalismo imperfeito e inacabado. O capitalismo apenas nascia por aqui, e ainda éramos escravistas, quando já tornávamos anticomunistas. Pelos dias do lançamento de “O manifesto comunista”, em 1848, de Marx, um filósofo, e Engels, um empresário industrial, ainda estávamos longe do trabalho livre e da possibilidade do socialismo. Marx sequer sabia que era marxista. No entanto, um delegado de polícia do interior de São Paulo reprimiu um protesto de colonos suíços, católicos, da Fazenda Ibicaba, do senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, acusando-os de serem comunistas. No sertão da Bahia, em Canudos, em 1897, o poderoso Barão de Jeremoabo, senhor de terra e de gente, acusava Antônio Conselheiro e os sertanejos que, por motivos religiosos, o seguiam, de serem comunistas. Sérgio Buarque de Holanda, na apresentação do livro do colono e professor primário Thomas Davatz, de Ibicaba, que narra os acontecimentos, observou que os fazendeiros livraram-se dos escravos, mas não se livraram da mentalidade escravista. Eram ricos, poderosos e ignorantes. A falta do banho de capitalismo, de que se queixava Covas, até hoje se manifesta na continuidade da escravidão em episódios tópicos e reiterados. Manifesta-se, também, no rentismo anticapitalista do latifúndio que açambarca terras e territórios para compensar com a renda da terra o empreendedorismo de amadores que complementa o capital com a renda da terra. Por esses meios anômalos, e anticapitalistas, para lembrar de “Alice no outro lado do espelho”, do matemático Lewis Carroll, quanto mais caminhamos para o lá adiante, mais longe dele ficamos. *José de Souza Martins é sociólogo. Professor Emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Professor da Cátedra Simón Bolivar, da Universidade de Cambridge, e fellow de Trinity Hall (1993-94). Pesquisador Emérito do CNPq. Membro da Academia Paulista de Letras. Entre outros livros, é autor de “Sociologia do desconhecimento - Ensaios sobre a incerteza do instante” (Editora Unesp, São Paulo, 2022).
EUA-BRASIL Tarifaço de Trump: a guerra ideológica agora ameaça o seu bolso Deixar a ideologia de lado é exatamente o que todos deveriam fazer neste episódio. Em uma batalha econômica, o emprego e o custo de vida costumam sempre sair derrotados Por Roberto Fonseca postado em 11/07/2025 06:00 Em relação aos efeitos práticos da artilharia tarifária de Trump contra o Brasil, é preciso aguardar a publicação efetiva da decisão anunciada pelo presidente norte-americano - (crédito: Ilustração gerada pelo Gemini One com base no artigo) A ameaça de Donald Trump de tarifaço às exportações brasileiras para os Estados Unidos é mais um triste capítulo da trágica polarização política em que vivemos. O extremismo existente provocou mortes no país, com ao menos dois casos durante a campanha eleitoral de 2022; seguiu com o quebra-quebra na área central de Brasília na noite da diplomação de Lula; agravou-se com a tentativa de explosão de um caminhão-tanque na véspera de Natal; e culminou com a tentativa de golpe de Estado na Praça dos Três Poderes. Agora, praticamente três anos depois, os embates entre direita e esquerda vão na contramão do que é a política: a arte do entendimento. Leia também: Congresso reage à tarifaço imposto por Donald Trump pelos EUA Em relação aos efeitos práticos da artilharia tarifária de Trump contra o Brasil, é preciso aguardar a publicação efetiva da decisão anunciada pelo presidente norte-americano. Só quando a carta com acusações políticas, divulgada apenas em redes sociais, se tornar um documento mais objetivo, com o detalhamento de quais setores serão sobretaxados, será possível uma análise mais precisa do impacto econômico. Afinal, sabemos apenas que a medida entrará em vigor em 1º de agosto. Na seara política, por sua vez, é mais um sinal de que a campanha eleitoral de 2026 começou. Na ciência política, é voz corrente de que interferências externas em assuntos domésticos costumam fortalecer sentimentos nacionalistas. Na carta divulgada, Trump cita que o aumento tarifário é uma resposta à forma como o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo tratado pelo Judiciário, devido ao processo criminal que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Como o eleitorado vai reagir à ofensiva norte-americana é um dos grandes pontos que a classe política tenta compreender e, principalmente, saber se Lula, com a popularidade em baixa, sairá fortalecido do episódio. Ao mesmo tempo, entre os deputados ligados ao agronegócio, há um sentimento de preocupação. Dados da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) indicam que os produtos brasileiros que tiveram maior aumento nas exportações aos EUA em 2025 são todos ligados ao campo: carne bovina (alta de 196%), sucos de frutas (96,2%) e café (42,1%). O agro, responsável por salvar o PIB brasileiro nos últimos semestres, teme os impactos no câmbio, o consequente aumento do custo de insumos importados e a perda de competitividade nas exportações como reflexos imediatos do tarifaço de Trump. "Entre esquerda e direita, o produtor vai pensar primeiro no próprio bolso. Não há ideologia nessa hora", comentou um deputado da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com quem conversei ontem. Leia também: Resposta a tarifaço de Trump partirá de Grupo de Trabalho, aponta Alckmin Deixar a ideologia de lado é exatamente o que todos deveriam fazer neste episódio. Em uma batalha econômica, o emprego e o custo de vida costumam sempre sair derrotados. Não há motivo para comemorar — e muito menos vibrar — com a "retaliação" de Trump ao governo brasileiro. Muitos apostam no cenário de terra arrasada para tentar colher frutos políticos no futuro. Diante de um cenário em que a política externa se cruza com disputas internas, é crucial que as lideranças brasileiras busquem o caminho do diálogo e do pragmatismo. A polarização, que já custou caro à sociedade, agora ameaça a economia. Sem a arte do entendimento, o preço a ser pago será por toda a população, independentemente de preferências ideológicas. Saiba Mais Opinião Análise: Copa do Mundo de Clubes veio para ficar Opinião E se o mundo estiver acabando? Opinião Tiro ideológico de Trump pode sair pela culatra Opinião Trump e a cruzada pela ignorância Roberto Fonseca + Tags lula Taxação Trump Por Roberto Fonseca postado em 11/07/2025 06:00 Sei Lá Mangueira Paulinho da Viola No sé Hose Sei Lá Mangueira Visto desde arriba Vista assim do alto Más como un cielo en el suelo Mais parece um céu no chão Cualquier cosa Sei lá En Mangueira, la poesía se extendió como un mar Em Mangueira a poesia feito um mar, se alastrou Y la belleza del lugar, para entender E a beleza do lugar, pra se entender Tienes que encontrarte a ti mismo Tem que se achar Que la vida no es solo lo que ves Que a vida não é só isso que se vê Es un poco más É um pouco mais Que los ojos no pueden percibir Que os olhos não conseguem perceber Y las manos no se atreven a tocar E as mãos não ousam tocar Y los pies se niegan a pisar E os pés recusam pisar No lo sé, no lo sé Sei lá não sei No lo sé, no lo sé Sei lá não sei No sé si toda la belleza de la que hablo Não sei se toda beleza de que lhes falo Solo sal de mi corazón Sai tão somente do meu coração En Mangueira la poesía Em Mangueira a poesia En un constante subir y bajar Num sobe e desce constante Camina descalzo enseñando Anda descalça ensinando Una nueva forma de vivir Um modo novo da gente viver De soñar, de pensar, de sufrir De sonhar, de pensar de sofrer No sé, no sé, no sé, no sé Sei lá não sei, sei lá não sei não La manguera es muy grande A Mangueira é tão grande Eso ni siquiera necesita explicación Que nem cabe explicação Composição: Hermínio Bello de Carvalho / Paulinho da Viola.

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