domingo, 27 de julho de 2025

HISTORIADORES... BAH... CONTADORES DE UMA FIGA!

Mar de Espanha "Historiadores... tsc... meros contadores tendenciosos!" Falar de mim Falar de minas Falar de estranho ausente mar Onde navega a minha sina Desde menina pirata do ar Falar de ti Falar do mundo Do meu destino atravessar O teu amor, o teu silêncio Onde alucina Ausente amar Mares da índia, mares da china São tantos mares a saquear Mares de Espanha, mares de minas As fantasias do navegar Estrela Dalva, estrela guia Sei que a minha travessia É calmaria São tempestades do sonhar Mar de Espanha · Aline · Sueli Costa · José Capinan Mares de Minas Aline - Tema 13 de jan. de 2022 Provided to YouTube by ONErpm E o Mundo Não Se Acabou Paula Toller Composição: Assis Valente. A História concede a seus personagens um tratamento no qual não podem sair em defesa própria, pela inevitável barreira espaço-temporal, mas que são revisitados pelos historiadores. O Que É Que A Bahiana Tem? (part. Dorival Caymmi) Carmen Miranda
Opinião do dia – Norberto Bobbio* (sobre incompletitude em Gramsci) “Não, Gramsci não é um escritor fragmentário; para quem escreve fragmentos, o fragmento é um fim em si mesmo. Nas notas gramscianas, aquilo que parece ser um fragmento para o leitor de hoje nada mais é do que a peça de um mosaico cujo desenho final o autor jamais perde de vista. O que dá um caráter fragmentário às notas dos Cadernos é pura e simplesmente a incompletitude, isto é, o fato de que o mosaico, ou melhor, os mosaicos (pois as pesquisas empreendidas por Gramsci eram diversas, ainda que coligadas entre si), permaneceram incompletos. Se Gramsci tivesse sido verdadeiramente um escritor fragmentário, seria ilegítima toda e qualquer extrapolação de teses gerais, ou mesmo de teorias, das suas notas. Em vez disso, a importância da obra gramsciana está precisamente no fato de que a recomposição dos assim chamados fragmentos possibilitou a reconstrução de verdadeiras teorias (ainda que às vezes mais esboçadas do que finalizadas) sobre a relação entre filosofia e política, entre teoria e práxis, entre Estado e sociedade civil, entre partido e massa, entre intelectuais e política etc.; estas teorias ou esboços de teorias constituem a novidade e ao mesmo tempo o interesse de uma leitura global e sistemática de suas notas do cárcere. Excetuando o fato de que Gramsci jamais escreve o fragmento pelo fragmento, algumas notas por si mesmas já contêm teorias in nuci, para as quais faz-se necessário um estilo sintético, em que Gramsci é mestre.” *Norberto Bobbio (1909-2004), “Ensaios sobre Gramsci e o conceito de sociedade civil”, p. 136. Editora Paz e Terra, S. Paulo, 2002
Resenha: A incompletitude sistemática de Gramsci segundo Norberto Bobbio No trecho extraído da obra Ensaios sobre Gramsci e o conceito de sociedade civil, Norberto Bobbio discute a natureza da escrita de Antonio Gramsci nos Cadernos do Cárcere, contrapondo a ideia de que o pensador italiano seria um autor fragmentário. Para Bobbio, essa é uma leitura equivocada. Ele argumenta que, ao contrário do que muitos possam pensar, Gramsci não escrevia fragmentos no sentido estrito — como peças isoladas e autônomas — mas sim partes de um mosaico maior, que, embora inacabado, revela um esforço sistemático de elaboração teórica. A fragmentariedade aparente de seus escritos decorre, segundo Bobbio, da incompletitude forçada pela prisão e pelas condições adversas sob as quais Gramsci produziu seus textos, e não de uma opção estética ou metodológica. Bobbio destaca que os chamados "fragmentos" gramscianos revelam um pensamento coerente e orientado por objetivos teóricos definidos, permitindo a reconstrução de teses fundamentais sobre temas como filosofia e política, Estado e sociedade civil, partido e massas, entre outros. Mesmo nas notas mais concisas, o autor encontra teorias "in nuci", isto é, em estado germinal, que exigem — e ao mesmo tempo revelam — um estilo sintético do qual Gramsci era profundo conhecedor. Essa qualidade exige do leitor um olhar atento, capaz de recompor o todo a partir das partes. A leitura de Bobbio, portanto, reabilita o valor sistemático da obra gramsciana, reforçando que sua importância reside justamente na possibilidade de extrair dessas notas um corpo teórico denso, inovador e interligado. Gramsci, longe de ser um pensador disperso, é apresentado como um autor rigoroso, que mesmo diante da adversidade, manteve a consistência de seu projeto intelectual.
Padroeiro dos Contabilistas – São Mateus. São Mateus foi um contabilista. Atuava na área da Contabilidade Pública, pois era um rendeiro, isto é, um arrendatário de tributos. O exercício da sua profissão exigia rígidos controles, os quais se refletiam na formulação do documentário contábil, sua exibição e sua revelação. Símbolos do Contabilista ::Conselho Federal de Contabilidade:: | https://cfc.org.br › biblioteca › simbolos-do-contabilista São Mateus Padroeiro dos Profissionais da Contabilidade O apóstolo Mateus, filho de Alfeu, e também conhecido por Levi, era de origem judaica. Exerceu na juventude o cargo de publicano, ou seja, o de cobrador de impostos, na cidade de Carfarnaum. Dentro de suas atribuições – idênticas às dos publicanos da velha Roma –, estavam a elaboração da escrita e a formulação dos principais documentos de receita. Atraído pela palavra de Cristo, Mateus deixou o telônio e dedicou-se à evangelização, deixando uma grande obra como escritor evangelista. Foto: reprodução Proclamado “Celeste Patrono dos Contabilistas”, em 6 de agosto de 1953, por iniciativa dos Colégios de Contabilistas italianos, São Mateus é venerado pela igreja, como mártir, em 21 de setembro (São Mateus [...], 1998, p. 9).
– Por isso que ele é meu "senseio". 👆 Na nossa Primeira Turma – Presidente, estou só para fazer uma retificação: um dia, eu me dirigi ao Ministro Flávio Dino, logo que ele assumiu, na nossa Primeira Turma, e disse a ele: "Vossa Excelência devia estar aqui há muito tempo." Então, eu não poderia esquecer isso. – Mas por remoção ou promoção? – Por merecimento. Por merecimento. – Obrigado. [risos] – Por merecimento. – Ah! Obrigado. – Por merecimento. – Por isso que ele é meu "senseio".
[先生 xiān shēng] Em japonês, sensei (先生) significa professor, mestre, ou alguém com grande conhecimento e experiência em uma determinada área. É um termo de respeito usado para se dirigir a quem ensina, seja em contexto formal — como escolas e universidades — ou em áreas como artes marciais, medicina, ou mesmo nas artes em geral. CARMEN MIRANDA | E o mundo não se acabou (1938) Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar E até disseram que o Sol ia nascer antes da madrugada Por causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar E até disseram que o Sol ia nascer antes da madrugada Por causa disso nessa noite lá no morro não vai ter batucada Acreditei nessa conversa mole Pensei que o mundo ia se acabar E fui tratando de me despedir E sem demora fui tratando de aproveitar Beijei na boca de quem não devia Peguei no pau de quem não conhecia Dancei pelada na televisão E o tal do mundo não se acabou Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar E até disseram que o Sol ia nascer antes da madrugada Por causa disso nessa noite lá no morro não vair ter batucada Chamei um cara com quem não me dava E perdoei a sua ingratidão E festejando o acontecimento Gastei com ele mais de quinhentão Agora eu soube que esse cara anda Dizendo coisa que não se passou Vai ter barulho, vai ter confusão Porque o mundo não se acabou Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar, ai E até disseram que o Sol ia nascer antes da madrugada Por causa disso nessa noite lá no morro não vair ter batucada Chamei um cara com quem não me dava E perdoei a sua ingratidão E festejando o acontecimento Gastei com ele mais de quinhentão Agora eu soube que esse cara anda Dizendo coisa que não se passou Vai ter barulho, vai ter confusão Porque o mundo não se acabou Vai ter barulho, vai ter confusão Porque o mundo não se acabou Xiii, vai ter barulho, vai ter confusão Porque o mundo não se acabou (ui) Composição: Assis Valente. Gilberto Gil se despede de Preta Gil em post: ‘Até os próximos 50 bilhões de anos’ Terra Brasil 26 de jul. de 2025 #terranoticias Gilberto Gil se despede de Preta Gil em post: ‘Até os próximos 50 bilhões de anos’. O pai da artista se manifestou neste sábado, 26, um dia após o velório e cremação do corpo da filha no Rio de Janeiro. “Até os próximos 50 bilhões de anos… Onde houver alegria e amor, haverá Preta”, escreveu o cantor e compositor ao publicar fotos onde beijava a cantora no caixão. Gilberto Gil também republicou imagens de sua chegada no velório, onde aplaudia os fãs que ali se aglomeravam para se despedir da artista, que morreu no domingo, 20. #terranoticias
No dia 2 de julho de 1944, o primeiro escalão da Força Expedicionária Brasileira (FEB), composto por 5.075 militares, embarcou no navio norte-americano General Mann no porto do Rio de Janeiro com destino à Itália, marcando o início da participação efetiva do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados; após cerca de duas semanas de viagem, os soldados desembarcaram em Nápoles para combater o avanço nazifascista na Europa, um feito histórico que inseriu o Brasil no cenário internacional e mobilizou mais de 25 mil brasileiros nos meses seguintes. Um foi escalado com a missão de perder, nacional e regionalmente. Outro, intimado a ser missionário fracassado, regional e nacionalmente. Ambos são úteis para a guerra de posições, visando movimentos futuros. Quem viveu, já viu. Quem vive, ainda verá. Quem viver, verá. Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar; Valente e Preta não acreditaram. Filho, pai e avô seguem não acreditando no fim — por bilhões de anos. Título da Resenha: “Fragmentos, Contabilidade e Batucada: Notas sobre História, Memória e Resistência” Ilustração pictórica (imagem sugerida): Uma colagem digital que conecta: A figura de Carmen Miranda em traje típico; O rosto pensativo de Norberto Bobbio; Um quadro clássico de São Mateus, com livro contábil em mãos; Um frame estilizado da interface de uma rede social com ícones de curtidas, comentários e compartilhamentos pairando sobre os rostos citados. Essa ilustração simboliza o cruzamento entre história, cultura popular, espiritualidade profissional e crítica política — tudo em rede. Epígrafe: “Se Gramsci tivesse sido verdadeiramente um escritor fragmentário, seria ilegítima toda e qualquer extrapolação de teses gerais [...] Em vez disso, a recomposição dos fragmentos possibilitou a reconstrução de verdadeiras teorias.” — Norberto Bobbio, sobre Gramsci Citação de apoio: “Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar... e o tal do mundo não se acabou.” — Assis Valente, na voz de Carmen Miranda Corpo da Resenha (Resumo Argumentativo com Costura): A provocação inicial — “Historiadores... bah... contadores de uma figa!” — ecoa como crítica e ironia frente à função de quem narra, reconstrói e julga o passado. A desconfiança na figura do historiador espelha uma tensão antiga: a autoridade de quem escreve a história versus os silêncios dos que a viveram. Contudo, a presença de Norberto Bobbio ilumina uma via alternativa. Ao resgatar os escritos de Antonio Gramsci, Bobbio desmantela a acusação de “fragmentação” como fraqueza, e propõe a ideia de incompletitude sistemática: não há falta de coesão, mas sim interrupção forçada, o que exige do leitor um esforço crítico, quase detetivesco. Assim, o historiador verdadeiro não é contador enviesado, mas tecelão de sentidos interrompidos. Neste mesmo jogo entre rigor e subjetividade, emerge São Mateus, padroeiro dos contabilistas. Sua trajetória revela o valor simbólico e documental da escrita — aqui, a contabilidade não apenas organiza receitas, mas cria um testemunho de tempo e ordem, ecoando o trabalho de memória da história. Há uma comunhão entre fé e método: o escriba evangelista também era um auditor da alma pública. Em meio a essa seriedade, Carmen Miranda irrompe com sarcasmo e resistência tropical: a canção “E o Mundo Não Se Acabou” explode em festa e afronta. O gesto da artista, que beija “na boca de quem não devia” e dança “pelada na televisão”, é uma micropolítica de sobrevivência — resposta corporal à profecia do fim. Riso, desejo e confusão emergem como ferramentas de resistência. A inclusão da expressão “senseio” — mescla bem-humorada entre “sensei” e “seu” — marca outra camada da costura: a afetividade, a pedagogia e a reverência aos mestres, mesmo nas instituições formais de poder. É nesse ponto que o vídeo do Supremo Tribunal Federal (com a presença de Flávio Dino) e a cultura japonesa se entrelaçam, mostrando como gestos simbólicos e culturais podem tensionar ou suavizar estruturas duras. O texto final, quase críptico, sugere personagens “escalados para perder”, usados em jogos maiores. Retoma Gramsci (a guerra de posições) e Valente (o mundo que não acaba) para afirmar que nem todo fracasso é inútil — alguns são ensaios, resistências silenciosas, fragmentos úteis para futuros mosaicos. Considerações Finais: Nesta colagem interpretativa de imagens, músicas, citações e vídeos, percebe-se que toda forma de registro — seja contábil, histórico, musical ou oral — é, ao mesmo tempo, construção e disputa. O historiador, como o contabilista ou o artista, precisa encarar o risco de ser lido como tendencioso. Mas é nesse risco que reside o poder de construir sentidos. A incompletude não é falha, mas convite. Sugestões para Aprofundamentos: Leitura dos Cadernos do Cárcere de Gramsci à luz da obra de Bobbio; Estudo sobre o papel dos contabilistas na história da administração pública e na construção documental do Estado moderno; Análise da obra e da persona de Carmen Miranda como símbolo de resistência e carnavalização da ordem; Discussão sobre formas não-acadêmicas de transmissão do saber, como memes, vídeos, músicas e ritos populares; Pesquisa sobre a noção de “sensei” na cultura japonesa aplicada ao ensino e à política. Conclusão: Se “anunciaram que o mundo ia se acabar”, o que vemos nesta costura é justamente o oposto: um mundo em expansão, em reinvenção permanente. Por trás da aparência fragmentária, pulsa uma teia — entre saberes, afetos e resistências. Se “anunciaram que o mundo ia se acabar”, o que vemos nesta costura é justamente o oposto: um mundo em expansão, em reinvenção permanente. Por trás da aparência fragmentária, pulsa uma teia — entre saberes, afetos e resistências. Essa teia, no entanto, está sob cerco. Como observa Luiz Sérgio Henriques, ao evocar Orwell, o mundo atual já ensaia sua dança distópica entre impérios ansiosos, slogans invertidos e cidadãos esmagados pelo peso de guerras simbólicas. O futuro totalitário de 1984 não é mais profecia — é cartilha em curso.
Lembrando Orwell - Luiz Sérgio Henriques* O Estado de S. Paulo Com seu ressentimento maciço, o ‘hegemon’ suicida propicia o declínio acelerado do próprio país e, mais do que isso, das liberdades liberais domingo, 27 de julho de 2025 Como lembra Luiz Sérgio Henriques, ao evocar a distopia de Orwell, vivemos sob o risco de que a manipulação ideológica, a pós-verdade e o ressentimento do “hegemon suicida” convertam-se em motores de destruição das liberdades e da memória. Oceânia, Lestásia, algoritmos, conspirações e revisionismos se entrelaçam na arquitetura do esquecimento. Ao mesmo tempo, como alerta Luiz Carlos Azedo, a retórica nacional-populista — encarnada no trumpismo e reverberada em suas ramificações brasileiras — transforma a diplomacia em chantagem e a soberania em mercadoria. Traidores e heróis são relidos no teatro do agora, onde o gogó substitui o poder real e a História vira moeda política.
Sem poder dissuasório, Lula depende da força das instituições – Luiz Carlos Azedo Correio Braziliense A crise só escalou no gogó do presidente Lula; nos bastidores, o governo tenta abrir as negociações com Trump, por meio do vice-presidente Geraldo Alckmin domingo, 27 de julho de 2025 Opinar sem ler é só isso: 'não li e achei. Ponto.' Respeita-se, claro — como se respeita um chute no escuro. Só não espere debate sério sobre o que sequer se tocou. Cabe a nós, leitores, historiadores, artistas e contadores, continuar tecendo — mesmo quando o mosaico parece incompleto, mesmo quando tentam arrancar-lhe as peças. "Mares de Espanha, mares de Minas": Essa justaposição entre o real e o imaginado reforça a tensão entre o que se tem e o que se deseja. "Estrela Dalva, estrela guia / Sei que a minha travessia / É calmaria / São tempestades do sonhar": Fecha com um lindo paradoxo — o navegar da vida pode ser sereno ou turbulento, mas é sempre marcado pelo sonho. Curiosidade: O título “Mar de Espanha” remete tanto a um local geográfico real (há uma cidade com esse nome em Minas Gerais) quanto à ideia de mares históricos e míticos, por onde passavam as caravelas, os sonhos coloniais, os encontros e desencontros culturais.

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