Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 1 de novembro de 2025
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Pogressio, pogressio: Adoniran cantou🎼 e você dançou 💃🏿
"Um veleiro passa na brisa da manhã e parte rumo ao oceano.
Ele é a beleza, ele é a vida.
Olho até vê-lo desaparecer no horizonte.
Alguém diz ao meu lado: "ele partiu"!
Partiu para onde?
Partiu para longe do meu olhar, é tudo! seu mastro continua alto. Seu casco ainda tem força para carregar sua carga humana.
O desaparecimento total das minhas vistas está em mim, não nele. E exatamente no momento onde alguém diz ao meu lado: "ele partiu", existem outros que, vendo-o aportar no horizonte e ir na sua direção, exclamam com alegria: 'Ele está chegando!'
Isso é a morte...Não existem mortos.
Existem seres vivos nas duas margens."
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In Vincent van Gogh: The productive decade of Vincent van Gogh
Émile Zola’s Germinal (1885), a novel about the coal-mining region of France, greatly impressed van Gogh, and sociological criticism is implicit in many of his pictures from this period—e.g., Weavers and The Potato Eaters. Eventually, however, he felt too isolated in Nuenen.
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como responder a cada um.” — Paulo. (COLOSSENSES, 4.6)
1 O ato de responder proveitosamente a inteligências heterogêneas exige qualidades superiores que o homem deve esforçar-se por adquirir.
2 Nem todos os argumentos podem ser endereçados, indistintamente, à coletividade dos companheiros que lutam entre si, nas tarefas evolutivas e redentoras. Necessário redarguir, com acerto, a cada um. 3 Ao que lida no campo, não devemos retrucar mencionando espetáculos da cidade; ao que comenta dificuldades ásperas do caminho individualista, não se replicará com informações científicas de alta envergadura.
4 Primeiramente, é imprescindível não desagradar a quem ouve, temperando a atitude verbal com a legítima compreensão dos problemas da vida, constituindo-nos um dever contribuir para que os desviados da simplicidade e da utilidade se reajustem.
5 Toda resposta em assunto importante é remédio. É indispensável saber dosá-lo, com vista aos efeitos. Cada criatura tolerará, com benefício, determinada dinamização. As próprias soluções da verdade e do amor não devem ser administradas sem esse critério. Aplicada em porções inadequadas, a verdade poderá destruir, tanto quanto o amor costuma perder…
6 Ainda que sejas interpelado pelo maior malfeitor do mundo, deves guardar uma atitude agradável e digna para informar ou esclarecer. Saber responder é virtude do quadro da sabedoria celestial. Em favor de ti mesmo, não olvides o melhor modo de atender a cada um.
Emmanuel
Texto extraído da 1ª edição desse livro.
77
Responder
Pão Nosso #077 - Responder
NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo
Transmitido ao vivo em 19 de jan. de 2023
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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Transcrição
Colégio onde funcionou o Colégio N.S. do Patrocínio, e, mais tarde, a terceira e última sede do Liceu Sacramentano, na Avenida Municipal
A Trajetória do Professor Eurípedes
Liceu Sacramentano
Epígrafe
“Sabe-se que Eurípedes já se orientava por avançadas diretrizes inspiradas no Plano Maior, ressaltando-se o visível tirocínio nato do jovem professor, no dia-a-dia escolar, de acordo com as circunstâncias.”
O Liceu transferira-se depois de algum tempo para nova sede. Dessa feita, ocupou um prédio, situado no mesmo quarteirão da sede primitiva, na Praça da Matriz. (Corina Novelino, Eurípedes: o homem e a missão, p. 60)
_______________________________
(Nota 18 — A educação das crianças e dos jovens, esboçada na "República" é semelhante à de Atenas, nos dias de Platão. Ginástica e música — consistindo a última em música e literatura cuidadosamente escolhidas — formam-lhe a substância.
Paul Monroe, História da Educação, cap. III;
Corina Novelino, Eurípedes: o homem e a missão, p. 58)
Cap. 12, itens 13 e 14 - O duelo
Recanto da Prece
Transmitido ao vivo em 28 de nov. de 2020
Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo
Transcrição
O Duelo.
11. Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida uma viagem que o há de conduzir a determinado ponto, pouco caso faz das asperezas da jornada e não deixa que seus passos se desviem do caminho reto. Com o olhar constantemente dirigido para o termo a alcançar, nada lhe importa que as urzes e os espinhos ameacem produzir-lhe arranhaduras; umas e outros lhe roçam a epiderme, sem o ferirem, nem impedirem de prosseguir na caminhada. Expor seus dias para se vingar de uma injúria é recuar diante das provações da vida, é sempre um crime aos olhos de Deus; e, se não fôsseis, como sois, iludidos pelos vossos prejuízos, tal coisa seria ridícula e uma suprema loucura aos olhos dos homens.
Há crime no homicídio em duelo; a vossa própria legislação o reconhece. Ninguém tem o direito, em caso algum, de atentar contra a vida de seu semelhante: é um crime aos olhos de Deus, que vos traçou a linha de conduta que tendes de seguir. Nisso, mais do que em qualquer outra circunstância, sois juízes em causa própria. Lembrai-vos de que somente vos será perdoado, conforme perdoardes; pelo perdão vos acercais da Divindade, pois a clemência é irmã do poder. Enquanto na Terra correr uma gota de sangue humano, vertida pela mão dos homens, o verdadeiro reino de Deus ainda se não terá implantado aí, reino de paz e de amor, que há de banir para sempre do vosso planeta a animosidade, a discórdia, a guerra. Então, a palavra duelo somente existirá na vossa linguagem como longínqua e vaga recordação de um passado que se foi. Nenhum outro antagonismo existirá entre os homens, afora a nobre rivalidade do bem.
Adolfo, bispo de Argel.
Marmande, 1861.
12. Em certos casos, sem dúvida, pode o duelo constituir uma prova de coragem física, de desprezo pela vida, mas também é, incontestavelmente, uma prova de covardia moral, como o suicídio. O suicida não tem coragem de enfrentar as vicissitudes da vida; o duelista não tem a de suportar as ofensas. Não vos disse o Cristo que há mais honra e valor em apresentar a face esquerda àquele que bateu na direita, do que em vingar uma injúria? Não disse ele a Pedro, no jardim das Oliveiras: “Mete a tua espada na bainha, porquanto aquele que matar com a espada perecerá pela espada?” Assim falando, não condenou, para sempre, o duelo? Efetivamente, meus filhos, que é essa coragem oriunda de um gênio violento, de um temperamento sanguíneo e colérico, que ruge à primeira ofensa? Onde a grandeza d’alma daquele que, à menor injúria, entende que só com sangue a poderá lavar? Ah! que ele trema! No fundo da sua consciência, uma voz lhe bradará sempre: Caim! Caim! que fizeste de teu irmão? Foi-me necessário derramar sangue para salvar a minha honra, responderá ele a essa voz. Ela, porém, retrucará: Procuraste salvá-la perante os homens, por alguns instantes que te restavam de vida na Terra, e não pensaste em salvá-la perante Deus! Pobre louco! Quanto sangue exigiria de vós o Cristo, por todos os ultrajes que recebeu! Não só o feristes com os espinhos e a lança, não só o pregastes num madeiro infamante, como também o fizestes ouvir, em meio de sua agonia atroz, as zombarias que lhe prodigalizastes. Que reparação a tantos insultos vos pediu ele? O último brado do cordeiro foi uma súplica em favor dos seus algozes! Oh! como ele, perdoai e orai pelos que vos ofendem.
Amigos, lembrai-vos deste preceito: “Amai-vos uns aos outros” e, então, a um golpe desferido pelo ódio respondereis com um sorriso, e ao ultraje com o perdão. O mundo, sem dúvida, se levantará furioso e vos tratará de covardes; erguei bem alto a fronte e mostrai que também ela se não temeria de cingir-se de espinhos, a exemplo do Cristo, mas, que a vossa mão não quer ser cúmplice de um assassínio autorizado por falsos ares de honra, que, entretanto, não passa de orgulho e amor-próprio. Dar-se-á que, ao criar-vos, Deus vos outorgou o direito de vida e de morte, uns sobre os outros? Não, só à Natureza conferiu ele esse direito, para se reformar e reconstruir; quanto a vós, não permite, sequer, que disponhais de vós mesmos. Como o suicida, o duelista se achará marcado com sangue, quando comparecer perante Deus, e a um e outro o Soberano Juiz reserva rudes e longos castigos. Se ele ameaçou com a sua justiça aquele que disser raca a seu irmão, quão mais severa não será a pena que comine ao que chegar à sua presença com as mãos tintas do sangue de seu irmão!
Santo Agostinho.
Paris, 1862.
13. O duelo, como o que outrora se denominava o juízo de Deus, é uma das instituições bárbaras que ainda regem a sociedade. Que diríeis, no entanto, se vísseis dois adversários mergulhados em água fervente ou submetidos ao contato de um ferro em brasa, para ser dirimida a contenda entre eles, reconhecendo-se estar a razão com aquele que melhor sofresse a prova? Qualificaríeis de insensatos esses costumes, não é exato? Pois o duelo é coisa pior do que tudo isso. Para o duelista destro, é um assassínio praticado a sangue frio, com toda a premeditação que possa haver, uma vez que ele está certo da eficácia do golpe que desfechará. Para o adversário, quase certo de sucumbir em virtude de sua fraqueza e inabilidade, é um suicídio cometido com a mais fria reflexão. Sei que muitas vezes se procura evitar essa alternativa igualmente criminosa, confiando ao acaso a questão: — mas, não é isso voltar, sob outra forma, ao juízo de Deus, da Idade Média? E nessa época infinitamente menor era a culpa. A própria denominação de juízo de Deus indica a fé, ingênua, é verdade, porém, afinal, fé na justiça de Deus, que não podia consentir sucumbisse um inocente, ao passo que, no duelo, tudo se confia à força bruta, de tal sorte que não raro é o ofendido que sucumbe.
Ó estúpido amor-próprio, tola vaidade e louco orgulho, quando sereis substituídos pela caridade cristã, pelo amor do próximo e pela humildade que o Cristo exemplificou e preceituou? Só quando isso se der desaparecerão esses preceitos monstruosos que ainda governam os homens, e que as leis são impotentes para reprimir, porque não basta interditar o mal e prescrever o bem; é preciso que o princípio do bem e o horror ao mal morem no coração do homem.
Um Espírito protetor.
Bordéus, 1861.
14. Que juízo farão de mim, costumais dizer, se eu recusar a reparação que se me exige, ou se não a reclamar de quem me ofendeu? Os loucos, como vós, os homens atrasados vos censurarão; mas, os que se acham esclarecidos pelo facho do progresso intelectual e moral dirão que procedeis de acordo com a verdadeira sabedoria. Refleti um pouco. Por motivo de uma palavra dita às vezes impensadamente, ou inofensiva, vinda de um dos vossos irmãos, o vosso orgulho se sente ferido, respondeis de modo acre e daí uma provocação. Antes que chegue o momento decisivo, inquiris de vós mesmos se procedeis como cristãos? Que contas ficareis devendo à sociedade, por a privardes de um de seus membros? Pensastes no remorso que vos assaltará, por haverdes roubado a uma mulher o marido, a uma mãe o filho, ao filho o pai que lhes servia de amparo? Certamente, o autor da ofensa deve uma reparação; porém, não lhe será mais honroso dá-la espontaneamente, reconhecendo suas faltas, do que expor a vida daquele que tem o direito de se queixar? Quanto ao ofendido, convenho em que, algumas vezes, por ele achar-se gravemente ferido, ou em sua pessoa, ou nas dos que lhe são mais caros, não está em jogo somente o amor-próprio: o coração se acha magoado, sofre. Mas, além de ser estúpido arriscar a vida, lançando-se contra um miserável capaz de praticar infâmias, dar-se-á que, morto este, a afronta, qualquer que seja, deixa de existir? Não é exato que o sangue derramado imprime retumbância maior a um fato que, se falso, cairia por si mesmo, e que, se verdadeiro, deve ficar sepultado no silêncio? Nada mais restará, pois, senão a satisfação da sede de vingança. Ah! triste satisfação que quase sempre dá lugar, já nesta vida, a causticantes remorsos. Se é o ofendido que sucumbe, onde a reparação?
Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima: “Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam.” Em se verificando isso, desaparecerão todas as causas de dissensões e, com elas, as dos duelos e das guerras, que são os duelos de povo a povo.
Francisco Xavier.
Bordéus, 1861.
15. O homem do mundo, o homem venturoso, que por uma palavra chocante, uma coisa ligeira, joga a vida que lhe veio de Deus, joga a vida do seu semelhante, que só a Deus pertence, esse é cem vezes mais culpado do que o miserável que, impelido pela cupidez, algumas vezes pela necessidade, se introduz numa habitação para roubar e matar os que se lhe opõem aos desígnios. Trata-se quase sempre de uma criatura sem educação, com imperfeitas noções do bem e do mal, ao passo que o duelista pertence, em regra, à classe mais culta. Um mata brutalmente, enquanto que o outro o faz com método e polidez, pelo que a sociedade o desculpa. Acrescentarei mesmo que o duelista é infinitamente mais culpado do que o desgraçado que, cedendo a um sentimento de vingança, mata num momento de exasperação. O duelista não tem por escusa o arrebatamento da paixão, pois que, entre o insulto e a reparação, dispõe ele sempre de tempo para refletir. Age, portanto, friamente e com premeditado desígnio; estuda e calcula tudo, para com mais segurança matar o seu adversário. É certo que também expõe a vida e é isso o que reabilita o duelo aos olhos do mundo, que nele então só vê um ato de coragem e pouco caso da vida. Mas, haverá coragem da parte daquele que está seguro de si? O duelo, remanescente dos tempos de barbárie, em os quais o direito do mais forte constituía a lei, desaparecerá por efeito de uma melhor apreciação do verdadeiro ponto de honra e à medida que o homem for depositando fé mais viva na vida futura.
Agostinho.
Bordéus, 1861.
16. Nota. Os duelos se vão tornando cada vez mais raros e, se de tempos a tempos alguns de tão dolorosos exemplos se dão, o número deles não se pode comparar com o dos que ocorriam outrora. Antigamente, um homem não saía de casa sem prever um encontro, pelo que tomava sempre as necessárias precauções. Um sinal característico dos costumes do tempo e dos povos se nos depara no porte habitual, ostensivo ou oculto, de armas ofensivas ou defensivas. A abolição de semelhante uso demonstra o abrandamento dos costumes e é curioso acompanhar-lhes a gradação, desde a época em que os cavaleiros só cavalgavam bardados de ferro e armados de lança, até a em que uma simples espada à cinta constituía mais um adorno e um acessório do brasão, do que uma arma de agressão. Outro indício da modificação dos costumes está em que, outrora, os combates singulares se empenhavam em plena rua, diante da turba, que se afastava para deixar livre o campo aos combatentes, ao passo que estes hoje se ocultam. Presentemente, a morte de um homem é acontecimento que causa emoção, enquanto que, noutros tempos, ninguém dava atenção a isso.
O Espiritismo apagará esses últimos vestígios da barbárie, incutindo nos homens o espírito de caridade e de fraternidade.
Progrida.
Creia nas suas capacidade e
construa um futuro sólido.
As suas capacidades aumentam
quando você se vê progredindo.
📊 70% dos CEOs consideram o bem-estar essencial para o sucesso empresarial.
Esse dado revela uma verdade inegável: cuidar da saúde física e mental deixou de ser opcional — é uma estratégia de alta performance.
🏃♂️ A corrida, por exemplo, não exige talento nato.
Ela exige consistência, disciplina e foco — exatamente as qualidades que o mercado mais valoriza.
💼 No mundo dos negócios, quem prospera não é apenas o mais inteligente, mas quem sabe gerenciar energia, emoções e estresse.
Os camponeses comendo batatas
Autor Vincent van Gogh
Data 1885
Técnica óleo sobre tela
Dimensões 82 × 114
Localização Museu van Gogh, Amesterdã
Cristovam Buarque lança novo livro em Juiz de Fora
Lançamento de “Jogados ao Mar” acontece na próxima sexta (11), no Memorial Presidente Itamar Franco
Por Tribuna
10/10/2024 às 06h00
A Mina de Futuro e a Popa do Tempo
(um ensaio ao modo de Pedro Nava e Roberto Campos)
Quando se observa o passado pelo espelho de popa, as ondas parecem calmas — mas cada espuma carrega o rumor de uma tempestade. Assim é a história da demissão de Cristovam Buarque, em janeiro de 2004, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À época, a decisão foi justificada pela “necessidade de maior habilidade política” no comando do Ministério da Educação. Duas décadas depois, o próprio Buarque, em seu artigo “A mina de futuro” (VEJA, 2025), revela que sua demissão foi mais do que uma troca administrativa: foi a metáfora de um país que ainda prefere perfurar o chão em busca de petróleo a lapidar seus cérebros.
Em 2004, o Brasil surfava no otimismo do primeiro governo Lula. A palavra de ordem era crescimento com inclusão, e a prioridade política pendia para programas de transferência de renda — não de transformação estrutural. Cristovam, intelectual de alma cartesiana e utopia republicana, insistia que o país não mudaria enquanto a escola pública continuasse desigual. Era uma voz dissonante: falava de educação de base quando o governo queria resultados imediatos; sonhava com uma “revolução pedagógica” enquanto o Planalto preferia a “gestão política”. Ao demiti-lo, Lula cedeu ao realismo da governabilidade. Tarso Genro entrou com a habilidade negocial que faltava ao professor. No curto prazo, talvez o presidente tenha ganho. No longo, a nação perdeu.
Cristovam, escrevendo em 2025, fala de uma “cortina de ouro” que divide ricos e pobres, tal como Churchill falava de ferro e Galeano, de veias abertas. Sua tese é que a verdadeira riqueza do século XXI é o capital do conhecimento, e que a desigualdade contemporânea é uma colonização mental. Ora, se essa é a mina do futuro, é legítimo concluir que, em 2004, ele já a pressentia — mas o Brasil, como sempre, confundiu o minério com o espelho.
A história tem um humor fino: as razões pelas quais o governo o demitiu — seu idealismo, sua falta de pragmatismo político, sua impaciência com o imediatismo — são as mesmas pelas quais, hoje, sua visão se mostra profética. O país, vinte anos depois, ainda cava petróleo no pré-sal, mas não conseguiu perfurar o solo das escolas. Se Roberto Campos estivesse à mesa, diria com ironia: “Cristovam estava certo nas ideias e errado no método; Lula, certo na política e errado na história.” Ambos, cada um à sua maneira, representaram duas metades inconciliáveis do mesmo sonho brasileiro — o ideal e o possível, o pedagogo e o político.
Pedro Nava, se escrevesse o epílogo, talvez resumisse com doçura amarga: “Os dois foram personagens da mesma sina: o que queria mudar o Brasil pela educação foi demitido por quem queria mudar o Brasil pela política. E o país, preso entre ambos, continua esperando que a escola vire mina — e não mina de lama.”
Conclusão
Vistos da popa do tempo, nem Lula nem Cristovam estavam inteiramente errados. Lula, pragmático, navegava pela tempestade da coalizão e do realismo econômico. Cristovam, utópico, enxergava além do horizonte, onde o petróleo se esgota e a inteligência é o único recurso renovável. Mas, se o critério é quem antecipou o futuro, Cristovam Buarque estava mais certo.
Trabalhadores em uma mina de carvão na Bélgica, em 1907. Eles cumpriam jornadas superiores a dez horas diárias até que o governo impôs o limite de nove horas. A pesquisa mencionada investiga como essa mudança afetou salários e emprego.
sábado, 1 de novembro de 2025
A mina de futuro, por Cristovam Buarque
Veja
A revolução é oferecer escola de qualidade independente da renda
O Brasil sempre transformou suas terras em riqueza, mas ainda se recusa a aproveitar a mina de conhecimento dos cérebros de seus habitantes. Preferimos gastar bilhões de reais para perfurar o solo no fundo do mar a investir em escolas com qualidade para todos. Da ideia de que o atraso dos países vinha da exploração de nossas minas, difundiu-se o conceito, criado pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano, de “veias abertas” pelo colonialismo. A globalização acabou com a nitidez entre centro e periferia, mas ainda não percebemos os “neurônios ofuscados” pelas elites nacionais que impõem colonização interna ao manter o sistema educacional dividido entre escola-senzala e escola-casa-grande, que nega o aproveitamento de milhões de cérebros.
Winston Churchill disse que uma “cortina de ferro” separava países democráticos de comunistas. Oitenta anos depois, uma “cortina de ouro” serpenteia o planeta cortando cada país, separando pobres de ricos, como já lembrei neste espaço de VEJA, em uma apartação imposta por muros explícitos ou mediterrâneos invisíveis ao redor de condomínios, hospitais, restaurantes, supermercados e, sobretudo, das escolas com qualidade. Os habitantes educados de cada país formam uma nação social mundial dos ricos unidos pelo mesmo padrão de vida, enquanto os pobres, excluídos do capital de conhecimento, vivem em ilhas de pobreza.
“A economia floresceu e a pobreza persiste. Sua superação depende de educação”
Os países capitalistas ricos eram chamados de Primeiro Mundo, os socialistas, de Segundo Mundo e o conjunto dos países pobres, de Terceiro Mundo. Hoje, o planeta inteiro é um imenso terceiro mundo, onde os donos do conhecimento se beneficiam. Alguns são países com maioria da população de alta renda, mas nacos de pobreza dentro de suas fronteiras, enquanto os países com maioria da população de baixa renda têm nichos de imensa riqueza.
A crise ecológica, a migração em massa, o poder das big techs e a internacionalização do fluxo de consumo fizeram cada país depender de todos os outros: o mundo não é mais a soma de países, cada país é um pedaço do mundo. A geopolítica de países isolados se esgotou. Os geógrafos não sabem como fazer o mapa-múndi no qual os países se imiscuem uns nos outros, os políticos não sabem como combinar os interesses imediatos de seus eleitores com a humanidade. A revolução contemporânea não consiste em descolonizar contra países estrangeiros; nem em desapropriar o capital monetário, mas em distribuir o capital conhecimento, assegurando escolas com a mesma qualidade independentemente da renda e do endereço onde mora a criança.
Talvez o maior erro moral da humanidade no século XX tenha sido adotar a ideia de que pobreza é apenas falta de renda e sua superação seria consequência automática do crescimento econômico. A economia floresceu, mas a pobreza persiste. Sua superação depende de decisão política para promover educação de qualidade para todos e, com isso, elevar a produtividade e orientar a economia para abolir a “cortina de ouro”, ao oferecer um piso social que satisfaça as necessidades básicas e determinar um teto ecológico que impeça o consumo depredador do equilíbrio ambiental, promovendo um desenvolvimento harmônico: a escola, enfim, não há dúvida, é a mina para este futuro.
Publicado em VEJA de 31 de outubro de 2025, edição nº 2968
Imagem pictórica que representa a linha histórica e filosófica da educação humanista, partindo de Johann Heinrich Pestalozzi, passando por Eurípedes Barsanulfo e Anísio Teixeira, até chegar a Cristovam Buarque, simbolizado como um menino em processo de alfabetização. As setas entre os educadores indicam a continuidade e a transmissão de ideias pedagógicas centradas no amor, na integralidade humana e na transformação social pela educação.
Resumo: Como Cristovam Buarque foi alfabetizado
Cristovam Buarque foi alfabetizado em escolas públicas de Recife e João Pessoa, durante a década de 1940, em um contexto de forte valorização da educação como instrumento de ascensão social e cidadania. Sua alfabetização seguiu métodos tradicionais da época — baseados em cartilhas e memorização —, mas ocorreu em um ambiente já influenciado pelas ideias da Escola Nova, que priorizava a formação integral da criança e o aprendizado ativo.
Desde cedo, Buarque demonstrou grande interesse pela leitura e pelo conhecimento, o que o levou a se tornar um aluno autodidata e curioso. Mais tarde, essa experiência influenciou sua visão de que a educação deve ser o principal meio de transformação social e igualdade de oportunidades.
Assim, pode-se dizer que Cristovam Buarque foi alfabetizado de forma tradicional, porém cresceu em um ambiente pedagógico marcado por ideais humanistas e renovadores, que moldaram sua futura atuação como educador, reitor e defensor da escola pública integral e inclusiva.
🧩 1. Fundamentação Histórica e Pedagógica
Cristovam Buarque nasceu em Recife (PE), em 1944, e passou a infância em João Pessoa (PB), em um contexto educacional já fortemente influenciado pelas transformações trazidas pela Escola Nova, cujas raízes no Brasil remontam às reformas educacionais das décadas de 1920 e 1930.
Embora temporalmente distante de Eurípedes Barsanulfo (1880–1918) e de seu Liceu Sacramentano de Sacramento (MG), o menino Cristovam cresceu em um ambiente escolar herdeiro das concepções pedagógicas humanistas e pestalozzianas que Barsanulfo ajudou a difundir.
Eurípedes Barsanulfo, ao fundar o Colégio Allan Kardec em 1907, aplicou princípios de Johann Heinrich Pestalozzi (1746–1827), enfatizando:
o desenvolvimento integral da criança (razão, moral e sentimento);
o aprendizado ativo, intuitivo e baseado na experiência;
a formação do caráter e da afetividade;
a educação como instrumento de fraternidade e justiça social.
Essas ideias, disseminadas por professores formados em Minas Gerais e posteriormente absorvidas pelos movimentos renovadores da educação brasileira, influenciaram fortemente o pensamento pedagógico nacional — inclusive nas décadas de 1940 e 1950, quando Cristovam Buarque iniciou sua vida escolar.
Portanto, ainda que não haja contato direto geográfico ou histórico entre Barsanulfo e Buarque, há um elo conceitual e filosófico que conecta ambos por meio da herança humanista da pedagogia pestalozziana incorporada à Escola Nova e às políticas educacionais brasileiras do século XX.
🧠 2. Justificativa e Diálogo Teórico
A alfabetização de Cristovam Buarque ocorreu em um momento em que as reformas educacionais inspiradas por Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Helena Antipoff — todos influenciados, em algum grau, por Pestalozzi e seus seguidores — já faziam parte das práticas das escolas públicas brasileiras.
Esses educadores difundiram princípios de educação integral, ativa e moralmente formadora, os mesmos defendidos por Barsanulfo em seu projeto pedagógico original.
✴️ Anísio Teixeira
Anísio Teixeira (1934) afirmava que “a educação deve ser a própria vida da criança, e não a preparação para a vida”.
Essa concepção se reflete diretamente nas ideias de Cristovam Buarque, que décadas depois defenderia que “a escola é o primeiro espaço de cidadania e igualdade social” (BUARQUE, 2000).
Ambos enxergam a escola como um instrumento de libertação e humanização — um princípio claramente pestalozziano e também presente no Liceu Sacramentano.
✴️ Helena Antipoff
Helena Antipoff (1935) defendia uma pedagogia centrada na criança, com métodos ativos e atenção às diferenças individuais. Essa visão influenciou a formação de professores em Minas e em outras regiões do país.
Cristovam Buarque, décadas mais tarde, recupera essa preocupação ao afirmar que “a escola deve acolher cada criança como única e essencial à construção do futuro” (BUARQUE, 2011).
✴️ Lourenço Filho
Lourenço Filho (1930) propôs substituir a “repetição pela observação, o castigo pela orientação e a passividade pela atividade”.
Essa pedagogia renovadora inspirou a geração de educadores que formou o ambiente escolar nordestino nas décadas de 1940 e 1950 — o mesmo ambiente que influenciou a formação inicial de Cristovam Buarque.
Assim, mesmo não havendo relação direta com Barsanulfo, o pensamento educacional de Cristovam foi herdeiro indireto do mesmo tronco pedagógico — o humanismo integral de Pestalozzi, filtrado pelas reformas mineiras e cariocas que modernizaram a educação brasileira.
📚 3. Cristovam Buarque e a Educação Integral
Cristovam Buarque dedicou sua trajetória acadêmica e política à defesa da educação pública integral e igualitária, uma proposta que ecoa a visão de Barsanulfo sobre o papel moral e social da escola.
Em A Revolução nas Escolas (BUARQUE, 1999), ele escreve:
“A escola não pode ser apenas o lugar da instrução. Deve ser o espaço onde a criança se descobre cidadã, sente-se amada e aprende a amar a humanidade.”
Essa concepção expressa claramente os princípios humanistas, afetivos e éticos da tradição pestalozziana.
De modo semelhante, em A Segunda Abolição (BUARQUE, 2001), ele defende que a educação é “a libertação do homem das correntes da ignorância e da desigualdade”, o que ressoa com a missão de Barsanulfo de “educar para libertar e para amar”.
🏁 4. Conclusão
É possível e historicamente coerente afirmar que o menino Cristovam Buarque, embora alfabetizado em outro tempo e espaço, foi influenciado de forma indireta pelo legado pedagógico de Eurípedes Barsanulfo e pelas ideias pestalozzianas difundidas no Brasil desde o início do século XX.
Essas ideias chegaram até ele através do movimento escolanovista e da formação docente baseada em princípios de educação integral, humanização e justiça social.
Assim como Barsanulfo, Buarque concebeu a escola como um espaço de amor, transformação e emancipação, mostrando que a filosofia educacional humanista, iniciada em Sacramento (MG), encontrou continuidade e renovação em sua obra e em sua ação política.
📖 Referências Bibliográficas
ANTIPOFF, Helena. Educação e Desenvolvimento Infantil. Belo Horizonte: Secretaria de Educação de Minas Gerais, 1935.
BARSANULFO, Eurípedes. O Liceu Sacramentano e a Educação Integral. Sacramento: Edição Póstuma, 1915.
BUARQUE, Cristovam. A Revolução nas Escolas. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
BUARQUE, Cristovam. A Segunda Abolição. Rio de Janeiro: Record, 2001.
BUARQUE, Cristovam. Educação: O Despertar da Nação. São Paulo: Cortez, 2011.
CARNEIRO, M. L. Eurípedes Barsanulfo e a Pedagogia do Amor. Uberaba: LAKE, 2009.
LOURENÇO FILHO, M. B. Introdução ao Estudo da Escola Nova. São Paulo: Melhoramentos, 1930.
TEIXEIRA, Anísio. Educação Progressiva. Rio de Janeiro: Nacional, 1934.
VAGO, T. Educação e Modernidade em Minas Gerais (1890–1930). Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
S
Conselho de Mulher
Adoniran Barbosa
Quando deus fez o homem
Quis fazer um vagolino que nunca tinha fome
E que tinha no destino
Nunca pegar no batente e viver forgadamente
O homem era feliz enquanto deus assim quis
Mas depois pegou adão, tirou uma costela e fez a mulher
Deis di intão, o homem trabalha prela
Mai daí, o homem reza todo dia uma oração
Se quiser tirar de mim arguma coisa de bão
Que me tire o trabaio, a muié não!
Pogressio, pogressio
Eu sempre iscuitei falar, que o pogressio vem do trabaio
Então amanhã cedo, nóis vai trabalhar
Quanto tempo nóis perdeu na boemia
Sambando noite e dia, cortando uma rama sem parar
Agora iscuitando o conselho das mulheres
Amanhã vou trabalhar, se deus quiser, mas deus não quer!
Pogressio, pogressio
Eu sempre iscuitei falar, que o pogressio vem do trabaio
Então amanhã cedo, nóis vai trabalhar
Quanto tempo nóis perdeu na boemia
Sambando noite e dia, cortando uma rama sem parar
Agora iscuitando o conselho das mulheres
Amanhã vou trabalhar, se deus quiser, mas deus não quer!
Composição: Adoniran Barbosa / João Belarmino Dos Santos / Oswaldo Molles.
1ª Fase da OAB 44: entenda o padrão da FGV e como usar essa análise para passar na próxima prova
Por
Bruna Vieira
Publicado em 27 de outubro de 2025
Sem comentários
5 minutos de leitura
Descubra a análise completa da 1ª fase da OAB 44 e o que o exame revelou sobre o padrão de cobrança da FGV. Entenda tendências e prepare-se!
Por Professora Bruna Vieira – Estratégia OAB
Questões Qualitativas De Eficácia Do Direito À Educação: Análise Da Formação Pedagógica Na Pós-Graduação Stricto Sensu Em Direito
Ailene Figueiredo
Simulação de uma análise de Cristovam Buarque sobre o padrão de avaliação da FGV na OAB
(texto simulado no estilo argumentativo e reflexivo característico de Cristovam Buarque)
📚 A Prova da OAB e a Educação do Pensar
O modelo de prova descrito pela professora Bruna Vieira, aplicado pela Fundação Getulio Vargas na 1ª fase da OAB, é um sinal de maturidade na forma como avaliamos o conhecimento no Brasil.
Durante muito tempo, nossas avaliações foram instrumentos de memorização, e não de formação. Elas mediam a capacidade de repetir o que foi lido, não de compreender o que se vive. O exame da FGV, ao exigir raciocínio, interpretação e interdisciplinaridade, aproxima-se de uma educação que prepara para pensar — e não apenas para responder.
A prova, nesse sentido, cumpre uma função pedagógica: ela ensina o que realmente importa. Quando o estudante percebe que não basta decorar leis, mas é preciso compreender sua lógica e sua aplicação humana, a avaliação se torna também um instrumento de transformação pedagógica.
🧩 Do adestramento à autonomia intelectual
Pestalozzi, lá no século XVIII, dizia que educar é “fazer germinar o que o ser humano tem de melhor”. Eurípedes Barsanulfo acreditava que o aprendizado deveria ser um ato de amor e de consciência. Anísio Teixeira lutou para que a escola deixasse de ser apenas transmissora de conteúdos e passasse a ser um espaço de experiência, descoberta e reflexão.
O que vejo na prova da OAB aplicada pela FGV é uma herança tardia desses ideais: uma tentativa de romper com o adestramento intelectual.
Ao cobrar interdisciplinaridade, o exame obriga o futuro advogado a enxergar o Direito como um sistema vivo, humano, contraditório e interdependente. Isso é um avanço.
Mas ainda é um avanço limitado — porque acontece no ponto final da formação, quando deveria estar presente desde o início da escola básica.
Treinar o raciocínio jurídico é importante, mas mais importante seria formar o raciocínio humano, desde a infância, com o mesmo rigor interpretativo e ético que hoje exigimos dos bacharéis.
🧠 Filosofia e coerência social da avaliação
A filosofia pedagógica da FGV parece alinhada com a ideia de que o conhecimento não é compartimento, mas rede. Essa é uma visão moderna e coerente com as exigências do século XXI.
Contudo, uma avaliação justa precisa ser também coerente socialmente. Não basta medir a capacidade de raciocinar — é preciso garantir que todos tenham condições reais de desenvolver esse raciocínio.
De nada adianta uma prova sofisticada se o país mantém escolas desiguais, professores mal remunerados e alunos que chegam à universidade sem base interpretativa.
Avaliar bem é importante, mas formar bem é fundamental.
A FGV avalia como se o Brasil fosse igual; o problema é que o Brasil não é. E, portanto, o modelo de avaliação, ainda que pedagogicamente moderno, é socialmente excludente.
🌎 O sentido ético e transformador da educação
A educação, para mim, sempre foi o motor da igualdade. Se quisermos que a prova da OAB — e todo o sistema educacional — realmente sirva à sociedade, ela precisa se basear em três eixos pestalozzianos e humanistas:
Conhecimento técnico – saber aplicar o que se aprende;
Consciência crítica – compreender o impacto ético e social desse saber;
Compromisso humano – usar o conhecimento para servir à justiça e à dignidade.
A prova da FGV acerta no primeiro eixo e começa a tocar o segundo, mas ainda carece do terceiro: o compromisso ético e transformador.
Precisamos formar não apenas advogados competentes, mas cidadãos conscientes do papel do Direito na construção da justiça social.
🏁 Conclusão: um passo na direção certa
A FGV, ao estruturar uma avaliação técnica e interpretativa, deu um passo pedagógico importante.
Esse modelo é uma tradução contemporânea da pedagogia de Pestalozzi, Barsanulfo e Anísio Teixeira, pois valoriza o raciocínio, a compreensão e a conexão entre saberes.
Mas, como educador, diria que o verdadeiro desafio está além da prova: está em revolucionar a escola para que todos os brasileiros, e não apenas os universitários, aprendam a pensar, a interpretar e a transformar o mundo com o conhecimento que têm.
Somente quando a alfabetização for também alfabetização ética e crítica — desde o primeiro ano de vida escolar — poderemos dizer que o Brasil aprendeu, de fato, a pensar.
Simulação de autoria: Cristovam Buarque (em estilo e perspectiva de análise educacional e social, não texto real).
A Voz Do Povo/O Neguinho E A Senhorita/É Um Só/Acender As...
Nega Maluca
Lana Bittencourt
Tava jogando sinuca
Uma nega maluca me apareceu
Vinha com um filho no colo
E dizia pro povo
Que o filho era meu (bis)
Toma que o filho é seu
Não senhor ....
Guarda o que Deus lhe deu
Não senhor ......
Há tanta gente no mundo
Mas meu azar é profundo
Veja você, meu irmão,
A bomba estourou na minha mão
Tudo acontece comigo
Eu que nem sou do amor
Até parece castigo
Ou então é influência da cor (bis)
Tava jogando sinuca .... / Não senhor ...
Repetir
Modo teatro
Composição de Evaldo Ruy / Fernando Lobo.
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