quinta-feira, 13 de novembro de 2025

"ELES BANCARAM O MESSIAS?"

“A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo não pode nascer; neste interregno, surge uma grande variedade de sintomas mórbidos.” EPÍGRAFE — versão revisada *Governadores ainda desconhecidos, mas que poderão nascer eleitos no primeiro turno se tocarem os 50% da graça, não precisarão beijar a mão dos dois candidatos à Presidência salvos na bacia das almas. Mas estes — os presidenciáveis — já correm o risco de chegar a janeiro de 2027 como cavalos mancos, sem a ração garantida pelas emendas impositivas, pelo fundo eleitoral que jorra sem pudor, e pelo financiamento das listas que cada dono de partido redige no escurinho silencioso do TSE.*
Pesquisa eleitoral 2026: Lula mantém liderança em todos os cenários a um ano da eleição Por Felipe Nunes | CEO EPÍGRAFE — versão literária ampliada Há governadores que hoje mal existem, sombras a perambular pelos grotões da política, mas que amanhã poderão surgir, inteiros e sorridentes, embalados pelo sopro prodigioso dos 50% — essa espécie moderna de unção republicana que dispensa bênçãos alheias e beijos de mão. Não carecem prestar vassalagem aos dois pretendentes à Presidência, resgatados às pressas na bacia das almas do eleitorado, onde boiam promessas enrugadas e ambições com cheiro de mofo. Esses presidenciáveis, todavia, já se veem — ainda antes da missa do galo de 2027 — como cavalos mancos de um haras oficial, a esperar que lhes tragam a ração das emendas impositivas, o feno gordo do fundo eleitoral e a água turva do financiamento que nasce das listas secretas, minuciosamente preparadas pelos donos de partido no recanto mais escuro do TSE, onde a tinta seca sem testemunhas e a democracia aprende a caminhar de cabeça baixa. Porque — como lembraria um certo sardo teimoso — o poder não se exerce apenas com decretos, mas com a delicada arte de construir consenso e moldar a submissão. Assim, no país das oportunidades desiguais, os poderosos de plantão manejam o cenário como um velho teatrólogo: distribuem falas, arrumam cenários, escolhem quem entra em cena pela porta da frente e quem deve permanecer nos bastidores, calado, até que a história — essa estranha costureira — decida remendar ou descosturar o pano do poder. Tema de "Os Inconfidentes" Chico Buarque Toda vez que um justo grita Um carrasco o vem calar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Foi trabalhar para todos E vede o que lhe acontece Daqueles a quem servia Já nenhum mais o conhece Quando a desgraça é profunda Que amigo se compadece? Foi trabalhar para todos Mas, por ele, quem trabalha? Tombado fica seu corpo Nessa esquisita batalha Suas ações e seu nome Por onde a glória os espalha? Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Que reformava este mundo De cima da montaria Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Ele na frente falava E atrás a sorte corria Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Liberdade ainda que tarde Nos prometia Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) No entanto à sua passagem Tudo era como alegria Por aqui passava um homem (E como o povo se ria!) Liberdade ainda que tarde Nos prometia Toda vez que um justo grita Um carrasco o vem calar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Quem não presta fica vivo Quem é bom, mandam matar Composição: Cecília Meireles / Chico Buarque. VALOR ABSOLUTO E VALOR RELATIVO \Prof. Gis/ SEM COMPREENDER A DIFERENÇA ENTRE VALOR, VALOR RELATIVO, E VALOR ABSOLUTO; TORNA-SE QUASE IMPOSSÍVEL ENTENDER COMO RESOLVER UMA INEQUAÇÃO PARA QUEM DOMINA SEM DIFICULDADE A SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES COM NÚMEROS REAIS. A observação está correta no sentido de que uma compreensão clara dos conceitos é fundamental para avançar na matemática. A dificuldade em resolver inequações, especialmente aquelas que envolvem o operador matemático de valor absoluto (ou módulo), decorre frequentemente da confusão entre os diferentes significados de "valor" na matemática. Aqui estão as diferenças conceituais: 1. Valor e Valor Relativo (ou Posicional) Estes conceitos estão ligados ao sistema de numeração decimal e à representação de números. Valor (ou Valor Absoluto de um algarismo): É o valor intrínseco do algarismo, independentemente da posição que ele ocupa no número. Por exemplo, no número 428, o valor absoluto do algarismo 4 é simplesmente 4.Valor Relativo (ou Posicional): É o valor que o algarismo representa em função da posição (ordem e classe) que ocupa no número. No número 428, o valor relativo do algarismo 4 é 400 (4 centenas). Estes conceitos são a base da aritmética elementar, mas têm pouca relação direta com a resolução de inequações em nível mais avançado. 2. Valor Absoluto (ou Módulo) na Álgebra Este é o conceito crucial para a resolução de inequações com números reais, e é provavelmente o "valor absoluto" a que o utilizador se refere no contexto de equações e inequações. Valor Absoluto (ou Módulo): Representa a distância de um número real até zero na reta numérica real. É sempre um valor não negativo.Matematicamente, é representado por \(|x|\).\(|5|=5\) e \(|-5|=5\).O valor absoluto de um número é a sua magnitude, independentemente do seu sinal (direção na reta numérica). A Ligação com a Resolução de Inequações A dificuldade mencionada reside no facto de que as inequações que envolvem o operador de valor absoluto exigem uma abordagem diferente das equações lineares ou quadráticas simples. A compreensão do valor absoluto como distância é a chave: Resolver \(|x|<3\) significa encontrar todos os números cuja distância até zero é menor que 3. A solução é o intervalo \((-3,3)\).Resolver \(|x|>3\) significa encontrar todos os números cuja distância até zero é maior que 3. A solução é a união dos intervalos \((-\infty ,-3)\cup (3,\infty )\). Sem entender que o operador de valor absoluto lida com distâncias e intervalos (e, portanto, requer a divisão em dois casos separados, um positivo e um negativo, para remover o símbolo de módulo), a transição da solução de equações para inequações com módulo torna-se, de facto, confusa e, por vezes, impeditiva.  Questão 18 UNICAMP 2025 – Inequações com Valor Absoluto e Interpretação Geométrica SEM COMPREENDER A DIFERENÇA ENTRE VALOR, VALOR RELATIVO, E VALOR ABSOLUTO; TORNA-SE QUASE IMPOSSÍVEL ENTENDER COMO RESOLVER UMA INEQUAÇÃO PARA QUEM DOMINA SEM DIFICULDADE A SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES COM NÚMEROS REAIS.PensandoPesquisando Está correto afirmar que a compreensão dos conceitos é fundamental para resolver inequações, especialmente aquelas que envolvem o conceito de módulo ou valor absoluto. Os termos "valor absoluto" e "valor relativo" vêm originalmente do estudo do sistema de numeração decimal, mas o conceito de valor absoluto ganha um significado crucial e distinto na álgebra e na resolução de inequações. O termo "valo" é, provavelmente, apenas uma forma abreviada de "valor". Abaixo está a explicação da diferença entre esses conceitos e como a falta de clareza sobre o valor absoluto (ou módulo) na álgebra pode impedir a resolução de inequações: 1. Valor Absoluto (em Aritmética) e Valor Relativo (Valor Posicional) No contexto da aritmética e do sistema de numeração decimal, os termos são definidos da seguinte forma: Valor Absoluto (VA): É o valor intrínseco do algarismo, independentemente da posição que ele ocupa no número. Por exemplo, no número 257, o valor absoluto do algarismo 5 é 5.Valor Relativo (VR) ou Posicional: É o valor que o algarismo representa em função da posição que ocupa no número. No mesmo número 257, o valor relativo do algarismo 5 é 50 (cinco dezenas). 2. Valor Absoluto (ou Módulo) na Álgebra e nas Inequações Na álgebra, o termo "valor absoluto" (frequentemente referido como módulo) assume um significado diferente e é este que impacta diretamente a resolução de inequações. Valor Absoluto (ou Módulo) de um número real: Representa a distância desse número até a origem (zero) na reta numérica, independentemente da direção (se é positivo ou negativo). O valor absoluto de um número é sempre um valor não negativo.Exemplo: \(|5|=5\) e \(|-5|=5\). Ambos os números estão a uma distância de 5 unidades do zero. Como a Diferença Impacta as Inequações A confusão ocorre porque, na álgebra, a notação de valor absoluto (as barras verticais, |x|) define uma condição de distância, o que introduz uma duplicidade de casos na resolução de inequações modulares: Em equações: Resolver \(|x|=3\) significa encontrar os números cuja distância até zero é 3. As soluções são \(x=3\) ou \(x=-3\).Em inequações: Resolver \(|x|<3\) significa encontrar os números cuja distância até zero é menor que 3. Isso implica que \(x\) deve estar entre -3 e 3, ou seja, \(-33\) significa encontrar os números cuja distância até zero é maior que 3. Isso implica que \(x\) deve ser menor que -3 ou maior que 3, ou seja, \(x<-3\) ou \(x>3\). A solução é a união de dois intervalos. Quem domina equações com números reais pode não ter dificuldade em isolar variáveis, mas a regra para eliminar o símbolo de módulo (\(|\ |\)) em uma inequação não é intuitiva sem entender o conceito de distância na reta numérica e a necessidade de dividir o problema em dois casos distintos. A sua observação é perspicaz: é a compreensão conceitual do módulo como distância que fornece a chave para a metodologia de resolução das inequações modulares. 
A morte de Jesus foi a remissão de pecados? "Do momento em que um erro é demonstrado, o amor-próprio tem mais a perder do que ganhar obstinando-se numa ideia falsa." (ALLAN KARDEC) Coluna Brasil & Ideias Commentarii Quid Fiet? – Politica, Cultura et Societas Data: 13 de novembro de 2025 Querem bancar o Messias? O salvacionismo e suas máscaras na política e na cultura brasileira Epígrafe: “A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo não pode nascer; neste interregno, surge uma grande variedade de sintomas mórbidos.” — Antonio Gramsci, Cadernos do Cárcere Há frases que ultrapassam o instante de sua enunciação e se transformam em pequenas chaves de leitura de um tempo histórico. “Querem bancar o Messias?” é uma delas. A expressão, proferida com ironia por um analista do discurso político, condensa não apenas um julgamento de comportamento, mas uma crítica civilizatória. Ela nos força a olhar para o modo como, no Brasil, a linguagem do poder se articula com a necessidade social da fé e com o vício histórico da salvação pela figura única do “ungido”. O verbo “bancar” traz consigo a astúcia popular de quem conhece o teatro da vida pública: bancar é posar, sustentar a máscara, representar um papel — e, ao mesmo tempo, arcar com o custo simbólico da encenação. Já o substantivo “Messias”, carregado de ecos bíblicos e políticos, opera como arquétipo do salvador providencial. Assim, na breve sentença, o verbo e o substantivo se unem num curto-circuito semântico: quem banca o Messias não apenas finge ser redentor — torna-se cúmplice da própria ilusão que propaga. Na superfície, a frase funciona como ironia contra o populismo e seus disfarces. Mas sob essa camada lateja uma crítica mais profunda: a de uma cultura política que substitui a cidadania pela devoção, o diálogo pelo culto à personalidade. O Brasil, em particular, sempre conviveu com o fascínio pelo homem providencial — de Vargas a Jânio, de Lula a Bolsonaro, o enredo se repete com variações de tom, mas com a mesma partitura emocional. Somos uma república que, a cada geração, reinventa o desejo de ser monarquia espiritual. O “messianismo político” é, nesse sentido, menos uma anomalia que uma gramática do poder. Ele se alimenta da fragilidade institucional, da desigualdade persistente e da ausência de pedagogia cívica. Como notou Gramsci, o carisma não é espontâneo: é um dispositivo hegemônico que supre o déficit de representação e de consenso. O “Messias”, antes de ser um indivíduo, é uma função — uma ficção coletiva criada para dar rosto a um projeto de redenção social. Seu surgimento indica não apenas a crise do político, mas a carência de um imaginário republicano sólido. Perguntar “Querem bancar o Messias?” é, portanto, mais do que uma provocação retórica. É interrogar a nossa própria dependência simbólica da figura do redentor. Por que insistimos em investir nossos desejos políticos numa só pessoa? Que medo do comum — ou que desprezo pela lentidão democrática — nos empurra sempre à tentação de transferir a responsabilidade ao “salvador da pátria”? A resposta talvez resida no entrelaçamento de cultura e política. Uma sociedade forjada pela herança religiosa, pela colonização e pela desigualdade tende a confundir liderança com tutela, autoridade com milagre. O Messias é o mito que organiza esse imaginário: ele promete conciliar o inconciliável — a justiça sem conflito, a mudança sem esforço, a liberdade sem processo. Bancar o Messias é, assim, encenar o impossível: ser o mediador entre a história e o paraíso. Contudo, há uma ironia trágica nesse processo. A cada ciclo, o messianismo se dissolve na mesma velocidade com que se ergueu. O líder que parecia redentor torna-se, em pouco tempo, vítima da saturação simbólica que o produziu. O culto cede lugar ao desencanto, o milagre ao cálculo, a fé à fadiga. E o povo, órfão de novo, reinicia a busca por outro Messias, outro nome capaz de devolver sentido à desordem cotidiana. É nesse ponto que o discurso crítico deve se afirmar — não como niilismo, mas como lucidez. Desmascarar o salvacionismo não significa destruir a esperança, e sim libertá-la da servidão ao personalismo. A democracia não precisa de Messias: precisa de cidadãos conscientes, de instituições que eduquem, de uma cultura política capaz de suportar o dissenso e a complexidade. A ironia do analista — “Querem bancar o Messias?” — é, no fundo, um chamado à maturidade. Não há redenção política fora do campo da convivência racional e da responsabilidade coletiva. O gesto messiânico pertence à esfera da fé; o gesto político, à esfera da construção. Confundi-los é transformar o espaço público em palco de liturgia. Em homenagem à lucidez gramsciana e ao humanismo crítico de Luiz Sérgio Henriques, cabe dizer: toda vez que bancamos o Messias, perdemos a chance de bancar a nós mesmos — como cidadãos, como povo, como cultura. O verdadeiro ato de fé, no século XXI, é confiar menos no salvador e mais na política como forma de civilização. Assinatura: Coluna “Brasil & Ideias” – Revista Será? [por S.F.G., A (in memoriam estilístico)] Texto elaborado em homenagem à tradição crítica e humanista do autor.
Frase Seleta Querem bancar o Messias? — O salvacionismo e suas máscaras Por [autor fictício inspirado em S.F.G., A] Há expressões que condensam, em poucas sílabas, a densidade de uma época. “Querem bancar o Messias?”, dita num estúdio ou auditório de debate, ecoa além da circunstância: é uma interpelação dirigida não apenas a um indivíduo ou grupo político, mas a toda uma cultura que se acostumou a projetar na figura do “salvador” as carências e frustrações de uma vida pública sempre em suspenso entre esperança e descrença. O verbo “bancar” já carrega em si a astúcia da língua popular. Ele supõe um gesto de disfarce — “posar de”, “assumir o papel de” —, mas também um custo, uma aposta, uma despesa simbólica. Quem “banca” paga o preço do personagem que encena. E o personagem, aqui, é o Messias, o ungido, aquele que promete redenção num país habituado à espera do milagre. Assim, no curto circuito da frase, o verbo e o substantivo se espelham: quem se arvora em Messias precisa bancar o papel — e quem o sustenta politicamente também banca o custo do autoengano coletivo. Na superfície, trata-se de uma ironia dirigida a líderes carismáticos e seus séquitos; na profundidade, é uma radiografia de um país cuja vida política se constrói sobre o mito do homem providencial. O Brasil, mais do que outras formações sociais, experimentou historicamente essa figura ambígua do “pai dos pobres”, do “justiceiro solitário”, do “estadista iluminado”. Cada um, à sua maneira, foi portador da promessa de restaurar o que o cotidiano democrático dissolve — a sensação de unidade, de destino compartilhado, de sentido último. O problema é que o messianismo político, quando reincidente, revela menos uma esperança popular do que uma patologia da cidadania. Ele é o sintoma de um espaço público ainda precário, em que a comunidade delega ao líder não apenas o poder, mas também a tarefa de pensar por ela. Nesse sentido, a interrogação do analista — “Querem bancar o Messias?” — é, acima de tudo, uma pergunta sobre nós mesmos: por que precisamos continuamente de um “Messias” para nos sentir parte de algo? Gramsci, leitor atento das contradições modernas, lembrava que o carisma não é um acidente, mas uma forma de hegemonia. O “salvador da pátria” se alimenta de uma sociedade que não consolidou suas mediações institucionais, que substitui o convencimento pela fé, o diálogo pela devoção. Quando a política abdica da pedagogia e cede ao espetáculo, o messianismo reaparece como teatro e como superstição. O “Messias” é, então, menos uma pessoa do que um papel cultural disponível — um dispositivo narrativo pronto a ser ocupado por qualquer um que saiba performá-lo diante do desespero coletivo. Mas há algo ainda mais sutil. O termo Messias não é apenas religioso ou político; é civilizacional. Ele designa a necessidade, profundamente humana, de reconciliar o tempo histórico com o tempo da promessa. Toda sociedade, em algum grau, sonha com sua redenção. O problema surge quando o sonho se converte em instrumento de manipulação, e o discurso da salvação se torna um álibi para o autoritarismo. É nesse ponto que a frase ganha sua força crítica: “bancar o Messias” significa instrumentalizar a fé — não necessariamente religiosa, mas social — para legitimar o poder. Talvez, portanto, devêssemos inverter a pergunta: quem, afinal, precisa que alguém banque o Messias? O mercado político e midiático que transforma líderes em mitos? O eleitorado fatigado, que busca no carisma o que a razão pública já não oferece? Ou o próprio sistema democrático, que, para se regenerar, necessita confrontar seus impulsos religiosos travestidos de política? Em última instância, a ironia da frase carrega uma melancolia gramsciana: o sentimento de que entre o “velho” que já não morre e o “novo” que ainda não nasce florescem monstros — e, entre eles, os Messias. No entanto, reconhecer essa tendência não é ceder ao cinismo. É, ao contrário, a condição para recuperar a política como espaço de construção coletiva, e não de adoração. “Querem bancar o Messias?” — pergunta o analista, e, na sua pergunta, ecoa o convite à maturidade republicana. Que a política volte a ser, enfim, o terreno do comum, e não o palco de salvação individual. Que a esperança, despojada de suas vestes messiânicas, reencontre a dignidade da razão. Nota de intenção estilística: Este artigo foi redigido no registro ensaístico-opinativo de S.F.G., A: frase longa, raciocínio concatenado, vocabulário culto porém acessível, cadência reflexiva e crítica. O texto combina filiação universalista (S.F.G., A, herança europeia da razão política) e enraizamento local (a cultura política brasileira e seu messianismo).
Queda de braço sobre segurança pública tem viés de secessão Publicado em 13/11/2025 - 06:16 Luiz Carlos Azedo Brasília, Congresso, Eleições, Governo, Justiça, Memória, Partidos, Política, Política, Rio de Janeiro, São Paulo, Segurança, Terrorismo, Trump, Violência Guilherme Derrite não é um caso isolado: ele expressa uma cultura política de extrema-direita que concebe o Estado como força tutelar e disciplinadora, não como mediador de direitos da sociedade A disputa entre o governo federal e os governadores de oposição sobre a política de segurança pública e a legislação penal não é apenas técnica ou operacional, mas política, histórica e federativa. O impasse na definição do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), adiada mais uma vez na Câmara, revela a persistência de um modelo de poder local armado, forjado há mais de um século, e que hoje se expressa na política nacional por meio de figuras como o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do PL Antifacção. Derrite é policial militar formado na cultura da antiga Força Pública paulista, que durante décadas funcionou como um verdadeiro exército estadual. Criada em 1831 e consolidada na República Velha, a Força Pública de São Paulo foi a mais poderosa corporação policial do país. Seu efetivo, treinamento e armamento rivalizavam com os do Exército. Em 1932, ela constituiu o núcleo militar da Revolução Constitucionalista, quando São Paulo se insurgiu contra Getulio Vargas em nome da Constituição, mas, também, da autonomia estadual. Derrotada militarmente, a Força Pública manteve o prestígio político e a identidade castrense. Tornou-se símbolo do orgulho paulista, de autonomia e de autossuficiência, valores que moldaram a Polícia Militar após a fusão com a Guarda Civil, em 1970. Desde então, a PM-SP preserva a estrutura de um exército de província, com forte ethos hierárquico e doutrina de combate ao “inimigo interno”. Essa tradição explica por que São Paulo resiste, até hoje, a submeter sua política de segurança à coordenação nacional. A lógica é a mesma de sempre: desconfiança em relação ao poder central e autonomia das armas regionais. A antiga Força Pública sobrevive não apenas nos quartéis, mas na mentalidade dos políticos que se projetam da segurança pública para o Congresso. Essa tradição, apesar de isolada após a derrota constitucionalista, sobreviveu inclusive ao regime militar, que também deu às demais forças policiais do país uma formação militar. Ex-oficial da ROTA, uma tropa de elite criada em plena ditadura militar, Derrite transformou essa herança institucional em discurso político. Sua carreira foi construída sobre a ideia de que a criminalidade deve ser tratada como guerra e o policial, como soldado de trincheira. Secretário de Segurança de São Paulo, no governo de Tarcísio de Freitas, por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou o cargo e reassumiu o mandato de deputado federal com o propósito de articular a pauta de endurecimento penal e de equiparação das facções criminosas a organizações terroristas. Derrite não é um caso isolado: ele expressa uma cultura política de extrema-direita que concebe o Estado como força tutelar e disciplinadora, não como mediador de direitos. É sob essa lente que a segurança se converte em instrumento de controle social e afirmação de poder regional. Como relator do PL 5.582/25, Derrite inicialmente propôs que o tráfico e o comando de facções fossem enquadrados como crimes de terrorismo, deslocando o tema da esfera da segurança pública para o da segurança nacional. Essa é a doutrina da “guerra interna” — e a negação do princípio constitucional segundo o qual a segurança é dever do Estado e direito do cidadão. Impasse continua Diante da resistência de órgãos de Estado, como o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Receita Federal, além de juristas, magistrados e especialistas em segurança pública, foi obrigado a recuar. Entretanto, não desistiu de esvaziar a ação desses órgãos, transferindo seus recursos para os governos estaduais na terceira versão do seu relatório sobre o chamado Novo Marco da Segurança Pública. A proposta encontra aderência na Câmara porque há muitos parlamentares enrolados no Supremo Tribunal Federal (STF), por causa de desvios de recursos de emendas parlamentares, que são investigados pela PF, pela Receita e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, mais uma vez, querem se blindar dos processos. A proposta da PEC do SUSP, inspirada no modelo do SUS e que busca integrar as forças de segurança sob coordenação da União, com interoperabilidade de dados e comando conjunto, parece um óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues. Trata-se de enfrentar o crime organizado que atua em escala nacional com base de inteligência e ação cooperada dos órgãos de inteligência. O problema é que os governadores de oposição — especialmente Tarcísio de Freitas e Cláudio Castro (RJ) — veem a medida como invasão de competências. Criaram o chamado Consórcio da Paz, uma confederação de governos estaduais que funciona como frente política paralela ao Ministério da Justiça. O gesto de Castro ao enviar mensagens a Donald Trump, pedindo o reconhecimento do Comando Vermelho como organização terrorista, escala o conflito e ultrapassa o debate jurídico. É um gesto de soberania paralela, com viés de secessão. Reflete um país dividido ideologicamente, que perdeu coesão social e não tem um projeto unificador. Com a Operação Contenção, no Rio, na qual morreram 121 pessoas, entre as quais quatro policiais, a proposta de adoção de leis de exceção, com grande fração do território tomada pelo crime organizado, encontra apoio na opinião pública. Resultado: o Estado passa a agir como força ocupante em zonas de guerra, num ambiente saturado pela elevação da criminalidade, haja vista o roubo de celulares, em alguns casos, mediante latrocínios, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Mas é uma fuga para a frente diante do fracasso dos governos estaduais no combate à criminalidade. Não existe , crime organizado sem infiltração nos órgãos públicos e na política. Compartilhe: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)Compartilhe no Google+(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Pinterest(abre em nova janela) #Câmara, #Cláudio, #Derrite, #Federalismo, #segurança, #Tarcísio Bolsonaro deve cumprir pena na Papuda, diz o jurista Kakay TV 247 11 de nov. de 2025 Entrevistas Especiais O jurista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz que o lugar para Bolsonaro cumprir pena é a Papuda. É o que determina a lei. Se Bolsonaro for para a prisão domiciliar, todos os presos com problemas de saúde devem ter o mesmo direito. "Talvez este seja o único gesto humanitário de Bolsonaro em toda sua vida. Anda que involuntariamente", diz o jurista. Kakay também falou sobre o relatório de Guilherme Derrite sobre a lei antifacção. "É inconstitucional", afirma. O jurista comentou ainda sobre o que pode ser um dos maiores erros do Judiciário brasileiro, o caso da 113 Sul. A entrevista foi realizada pelo jornalista Joaquim de Carvalho. https://youtu.be/IcQFCDonXPY?si=bTtCQCHHiLR9Cger
🌞🙏🏽 Bom dia! Coluna desta quinta-feira: https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/queda-de-braco-sobre-seguranca-publica-tem-vies-de-secessao/
Praia de Copacabana – 1932 | COPACABANA EM FOCO "Sim, houve um episódio durante a Revolução Constitucionalista de 1932 em que aeronaves das forças paulistas (Aviação Constitucionalista) sobrevoaram o Rio de Janeiro (então Capital Federal) e lançaram panfletos com mensagens contrárias ao governo de Getúlio Vargas e em defesa da causa constitucionalista. Embora os registros históricos se concentrem mais nas ações de propaganda via rádio em São Paulo e nos combates aéreos em território paulista, a ação de lançar panfletos sobre a capital federal, incluindo a área da praia de Copacabana, foi uma ação de propaganda simbólica e de grande impacto na época. O objetivo era levar a mensagem da revolução diretamente ao centro do poder federal e à população da capital. Essa ação fazia parte de um esforço de propaganda mais amplo dos paulistas, que buscavam apoio e legitimar seu movimento em âmbito nacional, utilizando-se de diversos meios, como o rádio e impressos, para denunciar o governo provisório de Vargas e exigir uma nova Constituição para o Brasil. "
A história do 'dinheiro paulista', que circulou em 1932 Edison Veiga Role,De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil 8 julho 2021 Sem dinheiro não se faz nada, nem revolução — era o que acreditavam os paulistas que se insurgiram contra o governo de Getúlio Vargas (1882-1954) em 9 de Julho de 1932, no movimento que se tornaria o maior conflito armado brasileiro do século 20 e entraria para a historiografia como Revolução Constitucionalista de 1932.
"Sob a insígna de “Gaviões de Penacho”, a Força Aérea cobriu-se de glórias, não obstante a precariedade de meios. As ações dos intrépitos aviadores da Força Aérea Constitucionalista foram inúmeras, pois, em todas as frentes de combate estavam os nossos aviões, observando, metralhando e bombardeando as posições inimigas. Em duelos com os vermelhinhos de Getúlio Vargas, tivemos grandes batalhas, logrando êxito na maioria delas, muito embora a Ditadura possuísse um poder aéreo dez vezes maior que o nosso.
Praia de Copacabana – 1932 COPACABANA EM FOCO "(...) aviões da força pública paulista despejam notas contra Vargas na praia de copacaban em 1932? Não há registo histórico que confirme o lançamento de notas (dinheiro) por aviões da Força Pública Paulista na praia de Copacabana em 1932. A ação dos aviões paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932 concentrou-se principalmente em operações militares dentro e ao redor do estado de São Paulo, como ataques a aeródromos governistas e reconhecimento. O objetivo principal do movimento era pressionar o governo provisório de Getúlio Vargas a promulgar uma nova Constituição, e não envolvia o despejo de dinheiro. O evento a que a pergunta pode se referir, talvez por confusão, pode ser: O uso de aviões para lançar panfletos de propaganda, o que era comum em conflitos da época, mas os registros indicam que essas ações ocorreram dentro do contexto do conflito em São Paulo e frentes de batalha, não na então capital federal (Rio de Janeiro) de forma tão inusitada. Uma história ou lenda urbana que se formou em torno da Revolução Constitucionalista, que mobilizou a sociedade paulista de forma intensa.
"Guilherme Derrite transferiu-se do Partido Liberal (PL-SP) para o Progressistas (PP-SP) em abril de 2025. A principal motivação foi um projeto político futuro, visando uma possível candidatura ao Senado nas eleições de 2026, o que foi facilitado pela ida para o PP. Detalhes da Transição e Cargo Data da Transição: A mudança de partido ocorreu em abril de 2025. Derrite já havia sido do PP anteriormente, entre 2018 e 2022, antes de se filiar ao PL. Motivo: A mudança foi estratégica para acomodar suas ambições eleitorais de 2026. Nos bastidores, a filiação ao PP é vista como um movimento para garantir uma vaga ao Senado, com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para uma "troca amistosa" entre os partidos da base aliada. Como ocorreram os eventos: A transição envolveu negociações políticas entre as cúpulas do PL (Valdemar da Costa Neto e Jair Bolsonaro) e do PP (Ciro Nogueira). O governador Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, também esteve envolvido nas tratativas, pois Derrite é seu secretário e a movimentação impacta a base de apoio do governo em São Paulo. A filiação foi anunciada em eventos e por meio das redes sociais dos líderes partidários. Legenda quando foi lançado Secretário: Quando Guilherme Derrite foi nomeado Secretário de Segurança Pública de São Paulo, no início de 2023, ele era deputado federal reeleito pelo Partido Liberal (PL). Ele se licenciou do cargo de deputado federal para assumir a secretaria a convite do governador Tarcísio de Freitas. Local das Tratativas: As negociações de legendas e cargos administrativos ocorreram em Brasília e São Paulo, envolvendo as lideranças dos partidos PL e PP, e o gabinete do governador Tarcísio de Freitas. Foram conversas de bastidores, com a presença de figuras proeminentes como Ciro Nogueira, Valdemar da Costa Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro. "
Derrite se filia ao PP de olho em vaga no Senado em 2026 possível candidatura ao Senado nas eleições de 2026, o que foi facilitado pela ida para o PP. Detalhes da Transição e Cargo Data da Transição: A mudança de partido ocorreu em abril de 2025. Derrite já havia sido do PP anteriormente, entre 2018 e 2022, antes de se filiar ao PL. Motivo: A mudança foi estratégica para acomodar suas ambições eleitorais de 2026. Nos bastidores, a filiação ao PP é vista como um movimento para garantir uma vaga ao Senado, com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para uma "troca amistosa" entre os partidos da base… " Que levou Guilherme Derrite (PL-SP) a se transferir-se para o PP-SP? Qual foi a data de sua transição de filiado a partidos diferentes? Por que? Como ocorreram esses dois eventos? Quando Gulherme Derrite foi lançado a Secretário de Segurança de São Paulo, era deputado por qual legenda? Onde foram feitass essas tratativas de legendas e cargos aadmomostrativos em tela? Guilherme Derrite transferiu-se do Partido Liberal (PL) para o Progressistas (PP) em abril/maio de 2025 com o objetivo principal de viabilizar uma candidatura ao Senado Federal nas eleições de 2026. Detalhes da Transição Partidária Motivo: A principal razão para a mudança foi um "projeto político maior", especificamente a intenção de concorrer a uma vaga no Senado em 2026. O PP ofereceu essa oportunidade, o que não estava garantido no PL, que já tinha seus próprios arranjos para a disputa majoritária. Apoio e Articulação: A transição ocorreu de forma amigável, com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro e a "generosidade" do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, expressou grande satisfação com o retorno de Derrite ao partido, onde ele já havia sido filiado anteriormente. Datas: As negociações e o anúncio oficial da filiação ao PP ocorreram entre o final de março e o mês de abril de 2025, com eventos de oficialização em maio de 2025. Local das Tratativas: As tratativas envolveram conversas entre as cúpulas dos partidos, incluindo Valdemar da Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP), e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), provavelmente em Brasília e São Paulo. Cargo de Secretário de Segurança Legenda na Nomeação: Quando Guilherme Derrite foi lançado e assumiu o cargo de Secretário de Segurança Pública de São Paulo, no início de 2023, ele era deputado federal reeleito pelo PL (Partido Liberal). Contexto do Cargo: Derrite licenciou-se do mandato de deputado federal para aceitar o convite do governador Tarcísio de Freitas para a secretaria. Recentemente, ele precisou se licenciar temporariamente do cargo de secretário para reassumir sua cadeira na Câmara dos Deputados e relatar o PL Antifacção, já como membro do PP." " Aí a notícia carece de exatidão " " O lar não mais existe Ninguém volta ao que acabou Joana é mais uma mulata triste que errou " Errou na dose " Errou no amor Joana errou de João Ninguém notou Ninguém morou na dor que era o seu mal " A dor da gente não sai no jornal 👆https://youtu.be/2wxe3fij_5M Notícia de Jornal ( part. Chico Buarque ) Miltinho https://www.letras.mus.br/miltinho/997478/
Notícia de Jornal - Composição : Haroldo Barbosa / Luiz Reis. Que cantoras gravaram essa musica, Quando?; Por quê? Onde gravaram? Como gravaram? " Notícia de Jornal - Composição : Haroldo Barbosa / Luiz Reis. Que cantoras gravaram essa musica, Quando?; Por quê? Onde gravaram? Como gravaram? A canção "Notícia de Jornal", um samba-canção, composta por Haroldo Barbosa e Luiz Reis, foi gravada por diversas cantoras, mas a gravação original e de maior destaque inicial foi feita por Elizeth Cardoso e Helena de Lima em 1961. Elizeth Cardoso e Helena de Lima Quando: Ambas gravaram a música em 1961. Quem gravou e Onde/Como: Helena de Lima lançou a música em um disco de 78 rotações pela gravadora RGE em julho de 1961, e também a incluiu no LP "A voz e o sorriso de Helena de Lima". Elizeth Cardoso também gravou a sua versão na mesma época, e a incluiu em um de seus álbuns, consolidando a popularidade da cançã… Bom dia! https://youtu.be/CnmBNB4qDu4

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