O Obstáculo como Caminho: Uma Análise Estoica da Força de Atrito
Autor: —
Marcus Aurelius
Data: 6 de novembro de 2025
Introdução
A filosofia estoica, desenvolvida na Grécia e consolidada em Roma, oferece reflexões profundas sobre a relação entre o ser humano e os desafios inevitáveis da vida. Um dos pensamentos mais conhecidos de Marco Aurélio, imperador e filósofo estoico, sintetiza de forma exemplar essa postura diante das adversidades: “O impedimento à ação avança a ação. O que está no caminho se torna o caminho.” Essa citação, presente em sua obra Meditações, propõe que as dificuldades não são barreiras ao progresso, mas elementos que o impulsionam. Embora o pensamento de Marco Aurélio não tenha origem na física, é possível estabelecer uma relação metafórica com o conceito de força de atrito, que na ciência representa a resistência entre corpos em movimento. Assim como o atrito se opõe ao movimento, mas também o possibilita, as adversidades na vida estoica são resistências necessárias ao crescimento moral e racional.
Desenvolvimento
1. O Atrito como Resistência Necessária
Na física, o atrito é uma força que se opõe ao movimento relativo entre superfícies. Paradoxalmente, essa mesma força é essencial para a locomoção: sem atrito, não haveria tração para andar, correr ou frear. De maneira análoga, no estoicismo, as dificuldades e os obstáculos da vida são as resistências que permitem o exercício da virtude e o aprimoramento interior. Sem essas resistências, a vida se tornaria um movimento inerte e sem propósito, pois é por meio dos desafios que o indivíduo desenvolve a razão, a paciência e a coragem.
2. A Transformação da Resistência em Ação
A máxima de Marco Aurélio sugere uma verdadeira alquimia filosófica: o que resiste à ação se transforma no próprio meio pelo qual a ação se realiza. O sábio estoico não busca eliminar os obstáculos, mas compreendê-los e utilizá-los como impulso para o avanço. Essa atitude pode ser comparada ao modo como um alpinista usa a resistência da montanha para se apoiar e subir, ou como um marinheiro aproveita a força contrária do vento para ajustar as velas e seguir seu curso. Em ambos os casos, a resistência deixa de ser um inimigo e se torna uma condição necessária do movimento.
3. O Obstáculo Torna-se o Caminho
Na visão estoica, cada obstáculo superado não apenas remove um impedimento, mas também molda o caráter e define o caminho a seguir. A superação das dificuldades desenvolve a resiliência, a sabedoria prática e o autodomínio — virtudes centrais da ética estoica. Assim, o obstáculo deixa de ser um ponto final e se torna uma oportunidade de aprendizado e transformação. Tal como na física o atrito direciona e controla o movimento, na vida o obstáculo conduz à maturidade moral, convertendo a resistência em energia criadora.
Conclusão
A analogia entre a filosofia estoica e o conceito físico de força de atrito evidencia que a resistência não é um mal a ser eliminado, mas um elemento essencial à ação e ao progresso. Na natureza e na vida humana, é a presença do obstáculo que confere direção, propósito e estabilidade. Assim, ao reinterpretar a frase de Marco Aurélio à luz da física, compreendemos que o verdadeiro avanço não ocorre apesar das dificuldades, mas através delas. A resistência, quando abordada com razão e virtude, deixa de impedir e passa a impulsionar o movimento — tornando o obstáculo não apenas parte do caminho, mas o próprio caminho.
Referência: Marco Aurélio. Meditações. Traduções e interpretações diversas. Inspirado em leituras sobre filosofia estoica e fundamentos da mecânica clássica.
Dois delegados comandarão a CPI das organizações criminosas do Senado Publicado em 05/11/2025 - 06:57 Luiz Carlos Azedo Brasília, Congresso, Governo, Guerra, Justiça, Militares, Política, Política, Presídios, Rio de Janeiro, Segurança, Terrorismo, Violência Os senadores Contarato (PT-ES) e Vieira (MDB-SE) têm condições de conduzir os trabalhos com critérios técnicos para separar as facções da criminalidade comum O governo teve uma importante vitória, nesta terça-feira, na instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado do Senado Federal: a eleição do senador Fabiano Contarato (PT-ES) para a presidência e de Alessandro Vieira (MDB-SE) à relatoria. Ambos são delegados de carreira, em condições de conferir à comissão um caráter técnico, político e simbólico que contrasta com o debate emocional e ideológico sobre uma das pautas mais sensíveis da agenda nacional, sob o impacto da mais letal operação policial da história do Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos. Por 6 votos a 5, Contarato derrotou o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), em votação secreta, contendo a ofensiva da oposição para transformar a agenda da segurança pública numa plataforma eleitoral de extrema-direita. O centro do debate, porém, permanece: a violência urbana, o papel das facções e a responsabilidade do Estado. A CPI será um espelho da própria crise do Estado brasileiro no combate ao crime organizado, dividido entre a necessidade de reafirmar sua autoridade e a exigência de legalidade e respeito aos direitos humanos. A criação da CPI deu ao Senado a oportunidade de se reposicionar no debate público sobre segurança, tradicionalmente dominado por narrativas do Executivo e das forças estaduais de oposição na lógica da polarização. A operação no Rio, amplamente apoiada por governadores da oposição, deixou o governo Lula na defensiva. O Planalto defende políticas integradas e o fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), enquanto os governadores de oposição, sobretudo Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, investem em discursos de “tolerância zero” e de “guerra às facções”. Leia também: Lula chama operação no Rio de “matança” e quer investigação O Congresso pode reconquistar seu protagonismo, não apenas fiscalizando o Executivo, mas também produzindo um diagnóstico nacional da criminalidade organizada, suas conexões com o poder econômico e suas infiltrações nas estruturas públicas. Essa disputa não se dá apenas entre governo e oposição, mas também dentro das próprias instituições da República. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tenta consolidar uma estratégia de cooperação federativa, enquanto o Congresso busca marcar território legislativo sobre o tema. O Senado saiu na frente para a elaboração de uma política de Estado para o combate ao crime, algo que transcenda governos e conjunturas. Nesse aspecto, Contarato e Vieira terão papel decisivo. O placar apertado expressa a polarização do Senado, mas também a possibilidade de convergência em torno da autoridade moral e técnica de dois delegados de carreira. Equilíbrio institucional Contarato construiu sua trajetória pública como defensor dos direitos humanos e da legalidade. Católico, homossexual assumido e policial civil de formação, ele simboliza uma síntese rara na política brasileira: a do agente da lei comprometido com a justiça social. Sua declaração de posse — “não apoio a barbárie, mas também não romantizo quem vive sob leis de criminosos” — revela a disposição de equilibrar empatia social e rigor legal, sem aderir a extremos. Alessandro Vieira, por sua vez, representa uma vertente liberal-institucional da alta burocracia nacional. Oriundo do movimento Muda Senado, Muda Brasil, e com passagem pelo Cidadania, ele construiu reputação de independência, defendendo pautas de transparência, ética e fortalecimento do Estado de Direito. Sua atuação durante o governo Bolsonaro foi marcada pela crítica ao populismo de extrema-direita e pela defesa da racionalidade técnica nas decisões públicas. Como relator, Vieira tende a imprimir à CPI uma agenda de resultados concretos, voltada a reformar a legislação, propor integração de sistemas de inteligência e atacar as bases financeiras das facções. Há que traçar uma fronteira entre o crime organizado e a criminalidade comum. A combinação entre ambos, um progressista humanista e um liberal republicano, ambos com formação técnica e experiência de atuação na segurança pública, pode resultar num bom resultado dos trabalhos da CPI, o que não é trivial. Não será um trabalho fácil. O Mourão é o vice-presidente. Os principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão na CPI: os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES) e Marcos do Val (Podemos-ES). Em contraposição, desta vez, o Palácio do Planalto destacou suas principais lideranças para atuar na CPI: Rogério Carvalho (PT-SE), Otto Alencar (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP). Leia mais: Alcolumbre recebe Moraes para discutir ações contra o crime organizado São quatro frentes a serem atacadas pela comissão. O crescimento das milícias, sobretudo no Rio de Janeiro, não apenas sua estrutura econômica, mas também suas conexões com o poder político, empresarial e até religioso. A expansão das facções criminosas de caráter nacional (CV e PCC), cujas redes interestaduais e internacionais precisam ser mapeadas, com ênfase nas rotas de armas e drogas. O colapso dos presídios e o domínio das facções sobre o cotidiano das penitenciárias e o financiamento e a lavagem de dinheiro, para desmantelar o aparato econômico das facções, que envolve transportes, postos de combustíveis, imóveis, fintechs, jogo e criptoativos. Nas entrelinhas: todas as colunas no Blog do Azedo Compartilhe: Provérbios e Ditados Márcia Fernandes Márcia Fernandes Professora de Língua Portuguesa e Literatura Provérbios e Ditados são frases curtas que têm a função social de aconselhar e advertir, ao mesmo tempo que transmitem ensinamentos. Alguns deles possuem rimas, recurso que facilita a memorização. De tradição oral e presente no nosso cotidiano, provérbios e ditados fazem parte da cultura popular brasileira e, logo, do nosso folclore. Eles surgem das interações cotidianas e são transmitidos oralmente entre gerações. Por isso, geralmente, os autores dessas expressões são anônimos. Confira abaixo o significado de 71 provérbios e ditados mais populares no Brasil: 1. A César o que é de César, a Deus o que é de Deus. Esse provérbio popular mistura política e religião, uma vez que relaciona a justificação ao pagamento de tributos ou impostos a César, além da devoção ao Cristianismo. Esse provérbio foi dito por Jesus e está presente na Bíblia (Mateus 22:15-22). 2. Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura. Esse ditado muito popular diz respeito à persistência para vencer os obstáculos. Ou seja, a erosão causada nas rochas pela água é fruto da insistência de bater diversas vezes no mesmo ponto, o que acaba furando a pedra. 3. A pressa é a inimiga da perfeição. Essa expressão popular significa que as coisas devem ser feitas com calma para ficarem boas. Se do contrário, forem feitas com pressa, elas ficarão imperfeitas. Esse ditado está relacionado com outro muito popular: “Apressado come cru e quente.”. 4. À noite todos os gatos são pardos. Esse ditado popular significa que sem muita luz tudo se parece igual. Sabemos que na escuridão não enxergamos bem as coisas e, por isso, devemos nos policiar antes de falar sobre algo visto nesse momento, pois podemos nos confundir. 5. Antes só do que mal acompanhado. Esse ditado afirma que há casos em que é melhor estar sozinho do que com alguém que nos cause sofrimento e infelicidade. Muitas vezes, essa pessoa não acrescenta em nada, e só atrapalha a vida e os planos. 6. As aparências enganam. Esse ditado popular significa que muitas vezes julgamos uma pessoa de um jeito, e ela mostra ser de outro. Por isso, ele nos ensina que a essência das pessoas é mais importante do que a aparência. Essa expressão está relacionada com outras muito populares: “Quem vê cara não vê coração” e “O hábito não faz o monge”. 7. A voz do povo é a voz de Deus. Esse provérbio significa que a voz do povo tem a força, o poder e ainda, carrega a verdade, tal como a voz de Deus. Por isso, a voz do povo deve ser escutada. 8. Cada macaco no seu galho. Esse ditado popular é muito utilizado para referir sobre a importância de cada um cuidar de seus próprios assuntos, sem se intrometer no de outros. Outra expressão popular muito utilizada e que possui o mesmo sentido é: “Cada um no seu quadrado”. 9. Quem sai aos seus não degenera. Esse ditado nos aconselha a seguir o que os pais e as pessoas mais próximas ensinam, pois assim é mais provável termos bons resultados na vida. 10. Nem tudo que reluz é ouro. Esse provérbio serve de alerta para que as pessoas não se deixem enganar por aparências, pois nem tudo o que parece é realmente aquilo que parece. 11. Papagaio que acompanha joão-de-barro vira ajudante de pedreiro. Essa expressão popular significa que as nossas companhias podem nos influenciar de forma positiva ou negativa. 12. Cada um sabe onde o sapato aperta. Esse ditado expressa que somente nós sabemos realmente quais são as nossas suas dificuldades e, logo, as razões para termos certas atitudes. 13. Quem é vivo sempre aparece. Essa expressão costuma ser usada para brincar com uma situação em que uma pessoa não está conosco há muito tempo e de repente aparece. 14. Quem espera sempre alcança Esse ditado serve como motivação, ensinando que quem se esforça para ter algo tem mais chances de conseguir bons resultados ou será reconhecido. 15. Caiu na rede, é peixe. Esse ditado popular significa que devemos aproveitar tudo sem ficar escolhendo muito, pois qualquer coisa que tivermos será boa e servirá de conforto. Assim, nesse contexto, tudo deve ser aceito. 16. Casa de ferreiro, espeto de pau. Esse ditado é utilizado quando temos algumas habilidade, porém não a utilizamos a nosso favor. Por exemplo, cozinhar na casa de outros, mas não fazer o mesmo em sua casa. 17. Cachorro que ladra não morde. Essa expressão popular é utilizada para enfatizar que muitas pessoas que falam de forma ameaçadora podem não ser assim tão perigosas. 18. A cavalo dado não se olha o dente. Esse provérbio significa que não devemos criticar um presente ou algo que nos é dado, mesmo que não seja de nosso agrado. A ideia aqui é sempre agradecer em vez de ser crítico. 19. De grão em grão, a galinha enche o papo. Essa expressão está relacionada com a paciência que devemos ter na vida para atingir determinado objetivo. Quando a galinha come, ela vai enchendo o papo com os grãos. Da mesma forma, pouco a pouco vamos conseguindo o que queremos. Outra expressão com o mesmo significado é “Devagar se vai ao longe”. 20. De médico e de louco todo mundo tem um pouco. Esse ditado significa que todos nós adquirimos conhecimentos na vida que nos permitem identificar uma doença e algo que possamos tomar para minimizar os seus efeitos. Da mesma forma, também aprendemos a enfrentar alguma situação que nos obrigue a refletir além da realidade. 21. Deus ajuda quem cedo madruga. Essa expressão popular significa que aquele que acorda cedo para trabalhar ou fazer algo que seja necessário será beneficiado, pois Deus sempre ajuda aqueles que possuem disposição. Do contrário, as pessoas que têm preguiça não serão beneficiadas. 22. Deus escreve certo por linhas tortas. Esse provérbio significa que a vida pode apresentar um caminho diferente daquele em que traçamos os objetivos que gostaríamos de atingir, o qual seria uma linha reta com partida e chegada. Entretanto, um caminho cheio de curvas não será necessariamente um caminho errado, uma vez que com elas aprendemos algo que nos será valioso. 23. Diz-me com quem andas e eu te direi quem és. Relacionado com a ideia das influências que sofremos das nossas companhias, esse ditado popular alerta para as qualidades e defeitos que podemos copiar das pessoas com quem mantemos contato. 24. É dando que se recebe. Esse provérbio nos indica que quanto mais nos doamos e ajudamos os outros nessa vida, mais isso nos beneficiará. Isso significa que quem se beneficiou de nossa ajuda em dado momento, não hesitará em fazer o mesmo quando precisarmos de algo. 25. Em terra de cego quem tem olho é rei. Esse ditado popular é uma metáfora que significa que no meio de tanta ignorância (os cegos) quem tem um olho (melhor possibilidade) é considerado alguém superior. Importante destacar que aqui quem tem o olho não necessariamente sabe muito, mas o pouco que sabe se sobressai. 26. Escreveu, não leu; o pau comeu. Esse ditado significa que quando não prestamos atenção ao que escrevemos devemos arcar com as consequências. Um exemplo disso é assinar um contrato sem ter lido o seu conteúdo. 27. Filho de peixe, peixinho é. Essa expressão popular é muito utilizada para indicar as semelhanças entre um pai, ou uma mãe, e seu filho. Note que essas semelhanças podem ser físicas ou relacionadas com a personalidade. 28. Gato escaldado tem medo de água fria. Esse ditado popular significa que se alguém já sofreu com algo, ficará mais esperto se tiver que passar por uma situação semelhante. Ou seja, torna-se uma pessoa mais precavida. 29. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Essa expressão popular significa, em sentido literal, que quando alguém se apropria de algo que pertence à outra pessoa, essa mesma pessoa tem o direito de fazer o mesmo. Em sentido figurado, ele pode ser utilizado em outras situações como, por exemplo, quando alguém age com agressividade, o atingido pode agir da mesma maneira, sem ser julgado. 30. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Esse ditado popular significa que mais vale ter algo garantido do que não ter nada. Assim, ele define a prudência da certeza, no lugar de algo que é ainda considerado incerto. 31. Mentira tem perna curta. Essa expressão popular nos revela que a verdade, em algum momento, superará a mentira. Isso porque a mentira tem perna curta, ou seja, não vai muito longe. Portanto, é melhor tomar cuidado com as inverdades que se pronuncia, porque de uma forma ou de outra ela virá à tona. 32. O barato sai caro. Essa expressão popular mostra que muitas vezes economizamos em algo que, por fim, acaba nos custando mais caro. Ou seja, buscou economizar de um lado e acabou perdendo de outro. 33. Onde há fumaça há fogo. Essa expressão popular é utilizada em contextos onde coisas misteriosas acontecem e não temos uma resposta científica associada a sua causa. Assim, há coisas que não compreendemos muito bem porque são desconhecidas, que, todavia, suspeitamos quando detectamos a fumaça. 34. O seguro morreu de velho. Esse ditado popular faz referência à sabedoria que devemos ter como precaução para evitar coisas desagradáveis na vida. Assim, o que vale é ser prudente em suas ações. 35. Para bom entendedor, meia palavra basta. Essa expressão é muito utilizada quando um discurso pode ser substituído por uma mensagem menor, e que também será compreendida. Dessa maneira, nem sempre uma explicação longa é necessária para que alguém entenda o que se pretende dizer. Aqui, o que vale é o poder da síntese. 36. Para baixo todo santo ajuda. Esse ditado popular significa que é mais fácil descer na vida do que subir. Isso porque quando descemos não necessitamos de muito esforço. Do contrário, para subir, necessitamos de mais força e, por vezes, nos sacrificamos para conseguir atingir o topo. 37. Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Quando não nos colocamos no lugar dos outros podemos utilizar essa expressão popular. Ela significa que pouco nos importa o sofrimento e o sentimento alheio, ou seja, não demonstramos compaixão pelo outro. 38. Pôr a mão no fogo. Essa expressão popular é utilizada quando temos total confiança em alguém e, por isso, faríamos algo tão absurdo como “colocar a mão no fogo”, confirmando que acreditamos que aquela pessoa não nos decepcionará. 39. Dar uma de joão-sem-braço. Esse ditado popular é utilizado quando alguém propositadamente se finge de desentendido. Isso pode acontecer devido à preguiça ou mesmo porque a pessoa não quer realizar alguma obrigação necessária. 40. Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha. Essa expressão popular significa que quando há alguém falando, por educação, não se deve interromper. Nesses momentos, devemos ficar calados, prestar atenção ao comentário do outro e esperar nossa vez de falar. 41. Quem ama o feio, bonito lhe parece. Esse ditado popular significa que quando alguém ama uma pessoa que não é esteticamente perfeita, ela acaba lhe parecendo bonita por conta da força do sentimento. Isso acontece pois se dá valor à essência, à personalidade, às qualidades internas, no lugar de dar importância somente à aparência. 42. Quem canta seus males espanta. Essa expressão popular é muito conhecida e utilizada para afirmar que a música pode ser um remédio natural para espantar dias ruins, dores e infelicidades. Assim, quem canta afasta as tristezas e os problemas da vida e se torna uma pessoa mais feliz e bem humorada. 43. Quem casa quer casa. Por razões econômicas, muitos casais continuam vivendo na casa dos pais depois do casamento, mas perdem a sua privacidade. Assim, essa expressão popular significa, literalmente, que quando um casal resolve se casar eles desejam ter a sua própria casa. 44. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Esse provérbio é utilizado para indicar que as más ações que executamos voltarão para nós da mesma maneira. Inspirado numa das frases que Jesus proferiu “Viva pela espada, morra pela espada” (Mateus 26:52), essa expressão está relacionada com a justiça divina ante a violência. 45. Quem mistura-se com porcos, farelo come. Esse ditado popular está relacionado com as consequências que algumas companhias podem nos trazer. Por isso, devemos ter cuidado com quem andamos para não sermos enganados e levados para um caminho errado. 46. Quem não tem cão, caça com gato. Essa expressão indica que quando não temos algo específico para resolver algum problema, utilizamos outra maneira similar que, entretanto, também funcionará. Existe uma teoria que essa expressão foi sendo modificada com o tempo e que a original seria “quem não tem cão, caça como gato”, ou seja, de maneira sorrateira, como um gato faz quando caça. 47. Quem pode, pode; quem não pode, se sacode. Esse ditado popular é utilizado para indicar as vantagens que algumas pessoas possuem na vida e outras não. Ela pode estar relacionada com bens materiais ou influências, por exemplo. 48. Quem ri por último ri melhor. Esse ditado popular significa que numa disputa não devemos nos considerar vitoriosos e numa posição de vantagem em relação a outra pessoa, pois a situação pode se inverter. Trata-se de uma provocação onde a pessoa que está numa situação desfavorável diz para seu oponente, tal como um aviso, de que a mesma irá mudar. 49. Quem semeia vento, colhe tempestade. Esse provérbio significa que todas más ações terão consequências ruins nas nossas vidas. De origem bíblica (Oseias 8:7), ele está relacionado com outra expressão popular muito utilizada que é “Plantamos o que colhemos”. 50. Quem tem boca vai a Roma. Essa expressão é utilizada para destacar o poder da comunicação. Assim, se você tem boca para se comunicar por palavras, com certeza encontrará a resposta correta. Pesquisas indicam que com o tempo essa expressão foi sendo modificada da original que seria “Quem tem boca vaia Roma” (do verbo vaiar). 51. Saco vazio não para em pé. Esse ditado popular é uma metáfora que se relaciona com a importância de comer para estarmos bem. Assim, para nos sustentarmos na posição de pé, necessitamos de comida, tal como um saco só consegue ficar direito se estiver cheio. 52. Uma andorinha sozinha não faz verão. Esse ditado popular indica que uma pessoa sozinha não é capaz de mudar uma situação, não tendo, portanto, a influência necessária. Outra expressão que tem um significado similar é “A união faz a força”. 53. Um dia é da caça, outro do caçador. Esse ditado carrega a ideia de que nem todos os dias são favoráveis, pois em um deles você pode se dar bem e ser o caçador, e em outro, ser a caça. Assim, aceitar as perdas e os ganhos fazem parte da vida e podem nos servir de consolo ou mesmo, de motivação. 54. Todos os caminhos levam a Roma. Esse ditado popular significa que mesmo que escolhamos caminhos diferentes, todos levarão a um mesmo lugar. Ou seja, todos os caminhos que dispomos nos levarão ao mesmo resultado. 55. Santo de casa não faz milagre. Utilizamos esse provérbio quando demonstramos não ter confiança em alguém que é do local que vivemos. Assim, buscamos alguém de fora para resolver a questão no lugar de confiar em quem é mais próximo. 56. Quem não chora não mama. Esse ditado popular significa que quanto mais nos esforçamos, melhor será para atingir nossos objetivos. Assim como um bebê que chora para mamar, se formos esforçados, teremos um bom resultado. 57. Tapar o sol com a peneira. Quando queremos esconder ou adiar algo, utilizamos esse ditado. Assim como uma peneira, cheia de furos, o sol passará por ela e, portanto, por mais que queiramos ocultar ou adiar a responsabilidade de algo, esse método não será eficiente. 58. Não adianta chorar pelo leite derramado. Esse ditado popular significa que não devemos nos arrepender do que já está feito, que já aconteceu. Por isso, não adianta chorar por aquilo que já não se pode fazer nada, o que devemos fazer é seguir em frente. 59. Onde Judas perdeu as botas. Quando nos referimos a um lugar distante, de complicado acesso ou, ainda, muito difícil de ser encontrado, utilizamos esse ditado. Supostamente, ele surgiu na Idade Média, já que a população não sabia ler ou escrever, foram criadas diversas narrativas sobre os acontecimentos religiosos. 60. Salvo pelo gongo. Essa expressão é utilizada em situações incômodas ou de perigos, onde algo acontece e interfere diretamente na realização completa do evento. Esse ditado surgiu no século XVII na Inglaterra, quando as pessoas passaram a ser enterradas com um braço ligado a um sino, para o caso de serem salvas se ainda estivessem vivas. Em inglês a expressão é: “Saved by the bell”. 61. Cair no conto do vigário. Quando alguém é enganado por outra pessoa, utilizamos essa expressão. Dessa maneira, esse ditado é usado para indicar que alguém foi trapaceiro e agiu de maneira desleal e fraudulenta. 62. Cor de burro quando foge. Essa expressão popular é utilizada quando queremos indicar a cor de algo, mas ela não é precisamente definida. Estudiosos do tema afirmam que a expressão original era “Corro de burro quando foge” (do verbo correr) e que com o tempo foi adquirindo outro significado. 63. O pior cego é o que não quer ver. Esse ditado popular é utilizado quando alguém nega a verdade, ou mesmo por negligência e alienação, assume que a verdade é outra não querendo enxergar os fatos que estão à sua frente. Ele é muito utilizado em situações de crise em que devemos encontrar soluções para um problema. 64. Quem fala o que quer ouve o que não quer. Aquele que se vê no direito de dizer tudo o que vem à mente, sem se policiar com as palavras usadas, pode sofrer com o resultado. Assim, esse ditado é utilizado em situações onde se escuta o que não quer, como consequência de não ter refletido antes de falar. Outra expressão que pode ser usada em situações parecidas é “O feitiço virou contra o feiticeiro”. 65. Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe. Esse provérbio significa que devemos aceitar a vida como ela é. Ou seja, nada na vida é permanente, seja a felicidade ou a infelicidade. Durante toda a trajetória, teremos dias bons e outros ruins, e tanto um como o outro são essenciais para aprendermos a lidar com diferentes situações. 66. De pequenino é que se torce o pepino. Esse ditado popular faz referência à educação que damos às crianças e que fazem toda a diferença no futuro. Essa expressão está relacionada com o cultivo dos pepinos, pois para que cresçam saudáveis é necessário podá-los enquanto são pequenos. 67. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Esse ditado é usado para ensinar que as pessoas sabem dar bons conselhos, mas nem sempre suas ações correspondem ao que elas dizem. Por isso, apenas os bons exemplos devem ser seguidos. 68. Passarinho que acompanha morcego acorda de cabeça para baixo. Esse provérbio significa que as nossas companhias nos influenciam, por isso, temos que ter cuidado com as más companhias. 69. Quem conta um conto aumenta um ponto. Essa expressão alerta para o cuidado que temos que ter em não acreditar em tudo o que ouvimos, pois cada pessoa que conta algum acontecimento acrescenta algo a ele e o acaba modificando um pouco. 70. Águas passadas não movem moinho. Esse ditado significado que não podemos nos prender a acontecimentos passados, devemos progredir e fazer o melhor que podemos para melhorar o nosso presente e o nosso futuro. 71. O diabo não é tão feio quanto se pinta. Essa expressão popular aconselha que devemos tentar ver as coisas sempre de forma positiva e, assim, não tornar as coisas ruins piores do que elas realmente são. Refazendo Os Planos José Claudio Machado “ A frase "A sina do mourão é ser mourão" é um ditado popular brasileiro que não se baseia em conceitos religiosos ou filosóficos formais como "sina" ou "carma" no sentido teológico. Em vez disso, é uma expressão idiomática que reflete uma visão fatalista ou determinista da vida [1]. O ditado sugere que certas coisas, como um mourão (um poste de cerca), têm um propósito ou destino fixo e imutável. A ideia central é que cada pessoa ou objeto nasce para desempenhar um papel específico, e que é inútil ou impossível tentar mudar essa natureza ou destino pré-ordenado. A escolha entre "sina" ou "carma" para descrever isso depende da interpretação: Sina: No sentido popular, "sina" refere-se a um destino inevitável, muitas vezes infeliz, imposto por forças externas ou pelo acaso. Essa interpretação se alinha bem com o fatalismo do ditado. Carma: No sentido de certas filosofias orientais, "carma" envolve a ideia de ação e consequência, onde as escolhas passadas determinam as condições presentes. Embora a ideia de um destino fixo possa ser vista como um resultado cármico, o ditado em si não implica necessariamente ações passadas ou responsabilidade individual, focando mais na inevitabilidade da condição presente. Portanto, no contexto do ditado popular, o conceito de "sina" (como destino) é o que melhor se encaixa no seu significado tradicional. É uma forma de dizer que "é o que é" e não há como escapar da própria natureza ou posição na vida.” Pedro Venceslau: Oposição lança “pacote anti-Janja” no Congresso | CNN 360° “A frase apresentada ("Presidência alia-se com oposição; Casa civil junta-se a ministro radical de partido da base; Primeira-Dama escanteada juntamente com extrema de seu partido no governo.") descreve uma situação hipotética ou um cenário de análise política em geral, e não reflete uma notícia ou evento específico e real que ocorreu exatamente dessa maneira no Brasil ou nos EUA. Trata-se de uma descrição que utiliza jargões políticos para ilustrar uma situação de crise, reordenamento de forças ou rearranjo de poder dentro de um governo, onde: "Presidência alia-se com oposição": Indica uma ruptura com a base de apoio original e a busca por suporte em um campo ideológico oposto, sugerindo pragmatismo ou desespero político. "Casa civil junta-se a ministro radical de partido da base": Descreve uma aliança interna improvável, sugerindo que o núcleo do poder (Casa Civil) está se alinhando com facções extremistas ou dissidentes da coalizão governista. "Primeira-Dama escanteada juntamente com extrema de seu partido no governo": Sinaliza isolamento político de figuras-chave e seus grupos ideológicos mais radicais, que perdem influência na gestão. Esses elementos são comuns em análises sobre a política brasileira, que é conhecida por sua fragmentação partidária e a necessidade constante de formação de coalizões, frequentemente envolvendo o "Centrão" e negociações pragmáticas que podem levar a rearranjos inesperados. O cenário descrito ilustra a complexidade e a volatilidade das alianças políticas no sistema presidencialista de coalizão do Brasil. “ Se eu fosse o vice, nada disso teria ocorrido, diz Mourão - "A sina de mourão é ser mourão Lá no fim do potreiro, entre macega e sombra de cinamomo, tá o mourão. Fincado até a alma na terra dura, guarda o arame como quem guarda segredo. Vento, sol, geada — tudo passa por ele, e ele fica. Quieto, firme, sem nunca pedir licença nem descanso. Dizem que cada um tem sua sina. A do mourão é ser mourão — apoiar o peso da cerca, marcar limite, sustentar o mundo pros outros passarem. Ninguém repara muito nele, só lembram quando apodrece. Aí vão lá e trocam, e a vida segue, igual o vento nas coxilhas. Mas vai saber… talvez não seja só sina, talvez seja carma. Porque o mourão também já foi árvore livre, galho cantando com os passarinhos. Um dia o homem veio, serrou, aparou, e o fincou no chão. Desde então, carrega essa lembrança de raiz e vento, guardada no cerne. E mesmo parado, o mourão aprende. Aprende a suportar, a ouvir o campo, a conhecer o tempo pelo cheiro da chuva. Um dia apodrece, volta à terra, e quem sabe dali brota de novo uma sombra, uma folha, uma chance de ser outra coisa. Ser mourão, às vezes, é só um pedaço do caminho. O resto, o tempo ensina." "Que forças interagem fisicamente na estática e na dinâmica de um mourão atuando como estaca: fundamentos, justificações e conclusoes1 hour agoAs forças físicas que interagem na estática e na dinâmica de um mourão (atuando como estaca) envolvem principalmente a interação entre a estrutura e o solo circundante, regidas pelas Leis de Newton e pelos princípios da mecânica dos solos. Fundamentos A análise baseia-se em: Estática: Estudo das condições de equilíbrio (repouso) quando a força resultante e o momento resultante são nulos.Dinâmica: Estudo dos corpos em movimento ou sob a ação de forças que causam aceleração (mudança de velocidade ou direção).Interação Solo-Estrutura: O carregamento da superestrutura é transferido para o solo, sendo a resistência fornecida pelo atrito lateral e pela resistência de ponta (capacidade de carga de base). Forças e Interações Na Estática No estado de repouso ou equilíbrio, as forças que interagem no mourão-estaca são: Força Peso (P): A força gravitacional agindo verticalmente para baixo, proveniente do próprio peso do mourão e da estrutura (ex: cerca, carga vertical) que ele suporta.Atrito Estático Lateral (Fs): A força de atrito gerada na interface entre a superfície lateral do mourão e o solo circundante. Essa força atua verticalmente para cima (ou na direção oposta a uma tendência de movimento) e é crucial para suportar a carga vertical sem que a estaca afunde (recalque).Resistência de Ponta (Qp): A força de reação do solo na base (ponta) do mourão, atuando verticalmente para cima, que suporta parte da carga vertical. Na estática, esta força é mobilizada juntamente com o atrito lateral para atingir o equilíbrio.Força Normal (N) / Reações Horizontais do Solo: Se houver cargas horizontais (como vento em uma cerca, ou empuxo do solo em direções diferentes), o solo aplicará forças normais de reação horizontal para manter o equilíbrio lateral. Na Dinâmica Quando o mourão sofre movimentação (por exemplo, durante a cravação, sob ação de vento forte, sismos ou impactos), entram em jogo as forças dinâmicas: Força de Atrito Dinâmico (Fd): Quando o mourão se move em relação ao solo (ex: durante a cravação), o atrito estático é superado e substituído pelo atrito dinâmico (cinético), que geralmente é de menor magnitude.Forças de Inércia: Devido à Segunda Lei de Newton (\(F=ma\)), qualquer aceleração do mourão (ou do solo ao redor em caso de sismo) gera forças de inércia, que se opõem à mudança de movimento.Resistência Dinâmica do Solo: A resistência do solo à penetração ou ao movimento muda dinamicamente, muitas vezes aumentando com a velocidade de aplicação da carga (como em ensaios de cravação dinâmica ou em ações sísmicas).Cargas de Impacto ou Cíclicas: Forças aplicadas subitamente (como um martelo de cravação) geram ondas de tensão e deformação no mourão e no solo, que são fenômenos dinâmicos complexos. Justificativas A estabilidade do mourão depende do equilíbrio entre as forças aplicadas e as reações do solo.A segurança do projeto exige que a capacidade de carga estática e dinâmica do solo e do mourão superem as cargas previstas, com uma margem de segurança adequada.A modelagem correta dessas forças é fundamental na engenharia civil para prever recalques, deslocamentos e a capacidade de suporte da fundação. Conclusões O comportamento físico de um mourão como estaca é governado pela interação solo-estrutura. Na estática, as forças principais (peso, atrito estático e resistência de ponta) equilibram-se para manter o repouso. Na dinâmica, a aceleração e o movimento introduzem forças de inércia e atrito dinâmico, que alteram o equilíbrio instantâneo e exigem considerações adicionais de projeto para garantir a integridade estrutural sob cargas variáveis ou de impacto. A compreensão dessas forças é essencial para a eficiência e segurança da aplicação. Criando um link público…Não foi possível criar o link. Tente novamente mais tarde.Não é possível compartilhar esta conversa A Sina de Mourão Lá no fim do potreiro — ou do plenário — há sempre um mourão fincado até a alma na terra dura. Guarda segredos, arames e alianças. Vento, sol, geada e manchetes passam, e ele fica. Dizem que cada um tem sua sina; a dele é sustentar o mundo para que os outros passem. Já foi árvore livre um dia, antes de ser serrote e cerca. Agora aprende com o tempo, com o cheiro da chuva e com o silêncio do campo. Mesmo parado, move-se — não por vontade, mas por memória de raiz. Um dia apodrece, volta à terra, e talvez brote de novo em outro galho, outra sombra, outra forma de poder. Ser mourão, às vezes, é só uma fase do movimento. O resto, o tempo e a política ensinam. Weber lembrava que a política exige paixão e responsabilidade ao mesmo tempo: fogo por dentro e gelo por fora. Marco Aurélio, mais conciso, recomendava: “Aceita o que o destino te tece e ama quem o destino te traz.” Newton completaria o coro: “Toda ação tem uma reação de igual intensidade e sentido oposto.” O problema é que, no Brasil, os ventos da política sopram de todos os lados — da direita para a esquerda, da esquerda para a direita — num balé psicodélico de forças e discursos. E nesse vendaval, o mourão resiste. Nem avança, nem cede: apenas tenta manter a cerca de pé. Talvez seja sina. Talvez carma. Mas há grandeza também em quem sustenta, em quem serve de eixo quando tudo gira. Porque sem ponto fixo, não há movimento — e sem atrito, não há tração. P.S. Dizem que o mesmo que fincou o mourão com quatro estrelas foi quem o fez vice — da CPI, por consenso. Ironias da física política: até os corpos mais rígidos acabam servindo de apoio ao equilíbrio geral. No fim das contas, o poder, como o movimento, só se mantém de pé no atrito certo. 📷 Charge ou ilustração pictórica: Um mourão cravado no centro do plenário, fios tensionados por forças opostas; ao fundo, Newton, Marco Aurélio e Weber observam — entre perplexos e serenos — o espetáculo do equilíbrio. (Uso recomendado de charge com licença livre ou de autor nacional contemporâneo, como Duke, Aroeira, ou Montanaro.)




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