Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
VOLTA
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Versão de Beth Carvalho
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Volta por Cima – Paulo Vanzolini
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Luiz Inácio Lula da Silva faz primeiro discurso após ser eleito presidente
Jornalismo TV Cultura
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Luiz Inácio Lula da Silva fala pela primeira vez após apurações indicarem que é o novo presidente eleito do Brasil.
Em seu discurso, Lula afirmou saber que a divisão do país e a situação social do Brasil serão grandes desafios, mas que está pronto para enfrentá-los mais uma vez.
https://www.youtube.com/watch?v=pMZL6VM88XE
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Eleito, Lula diz que é hora de 'restabelecer a paz entre os divergentes' e que vai governar para todos os brasileiros: 'Não existem dois Brasis'
Presidente eleito afirmou também que o ódio foi propagado de forma criminosa no país. Lula disse ainda que combater a fome e a miséria será 'prioridade número 1', vai estabelecer meta de desmatamento zero para a Amazônia e dar ao Brasil posição de destaque no mundo.
Por g1 — Brasília
30/10/2022 20h50 Atualizado há um minuto
Eleito no segundo turno, Lula fez discurso da vitória em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1
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Eleito no segundo turno, Lula fez discurso da vitória em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1
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O agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez o discurso da vitória em São Paulo na noite deste domingo (30). Ele afirmou que o momento é de "restabelecer a paz entre os divergentes". Lula disse que vai governar para todos os brasileiros, e não só para os que votaram nele. Para o presidente eleito, "não existem dois Brasis".
A vitória de Lula foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando havia 98% das urnas apuradas, às 19h57. Àquela altura, ele tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Jair Bolsonaro (PL), que contabilizava 49,17%.
No discurso, ele estava ao lado de aliados, como o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e a senadora e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB).
Senadora e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB) estava ao lado de Lula no discurso da vitória do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1
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Senadora e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB) estava ao lado de Lula no discurso da vitória do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1
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"Meus amigos e minhas amigas. A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis, somos um único país, um único povo, uma grande nação", afirmou Lula.
Lula defendeu a paz e a convivência harmônica no país.
"Estou aqui para governar esse país numa situação muito difícil. Mas tenho fé que com a ajuda do povo, nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente. E a gente possa inclusive restabelecer a paz entre as famílias, os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos, e o Brasil", completou.
Ele disse que não interessa a ninguém viver em um país em eterno estado de guerra. Lula disse ainda que o ódio foi propagado de forma criminosa no Brasil.
"Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver em um país dividido, em permanente estado de guerra", argumentou.
Lula acena para apoiadores em discurso após a vitória no segundo turno — Foto: Fábio Tito/g1
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Lula acena para apoiadores em discurso após a vitória no segundo turno — Foto: Fábio Tito/g1
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Combate à miséria
No discurso, Lula afirmou que o combate à fome e à miséria é o "compromisso número 1" do governo eleito.
"Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário", disse Lula.
"Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias", prosseguiu o petista.
"Este será, novamente, o compromisso número 1 do nosso governo."
Lula também repetiu a promessa, já anunciada durante a campanha, de retomar o Minha Casa, Minha Vida. Durante o governo Jair Bolsonaro, a iniciativa foi substituída pelo programa Casa Verde Amarela, com formato diferente.
"Não podemos aceitar como normal que famílias inteiras sejam obrigadas a dormir nas ruas, expostas ao frio, à chuva e à violência. Por isso, vamos retomar o Minha Casa Minha Vida, com prioridade para as famílias de baixa renda, e trazer de volta os programas de inclusão que tiraram 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza."
Relação com o mundo político
No discurso da vitória, Lula disse que a história reservou a ele uma missão de "magnitude" e que, para cumpri-la, precisará de "todos os partidos políticos, trabalhadores, empresários, parlamentares, governadores, prefeitos e gente de todas as religiões".
"O Brasil tem jeito, todos juntos seremos capazes de consertar este país e construir um Brasil do tamanho dos nossos sonhos, com oportunidade para transformar em realidade", afirmou.
"Vamos também restabelecer o diálogo entre governo, empresários, trabalhadores e sociedade civil organizada, com a volta do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social", completou.
Lula também agradeceu ao antigo rival Geraldo Alckmin, eleito próximo vice-presidente do Brasil, que, segundo o petista, deu uma "contribuição extraordinária" à campanha.
Amazônia
Outro tema que Lula destacou em seu discurso foi a proteção da Amazônia. Ele afirmou que o novo governo terá meta de desmatamento zero.
"Em nosso governo, fomos capazes de reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia, diminuindo de forma considerável a emissão de gases que provocam o aquecimento global.Agora, vamos lutar pelo desmatamento zero da Amazônia", afirmou o presidente eleito.
Segundo ele, uma árvore em preservada vale mais que toneladas de madeira ilegal.
"O Brasil e o planeta precisam de uma Amazônia viva. Uma árvore em pé vale mais do que toneladas de madeira extraídas ilegalmente por aqueles que pensam apenas no lucro fácil, às custas da deterioração da vida na Terra", continuou Lula.
Brasil no mundo
Lula também falou que, no cargo, pretende "reconquistar a credibilidade, a previsibilidade e a estabilidade do país, para que os investidores – nacionais e estrangeiros – retomem a confiança no Brasil".
Segundo o presidente eleito, "o mundo sente saudade do Brasil".
"Saudade daquele Brasil soberano, que falava de igual para igual com os países mais ricos e poderosos. E que ao mesmo tempo contribuía para o desenvolvimento dos países mais pobres", disse.
"Hoje nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil está de volta. Que o Brasil é grande demais para ser relegado a esse triste papel de pária do mundo", continuou.
Lula disse que pretende:
atuar por um comércio internacional mais justo;
retomar parcerias com os Estados Unidos e com a União Europeia;
reindustrializar o Brasil;
investir na economia verde e digital;
apoiar a criatividade dos empresários e empreendedores e exportar conhecimento.
"Não nos interessam acordos comerciais que condenem nosso país ao eterno papel de exportador de commodities e matéria prima", disse Lula.
"Vamos lutar novamente por uma nova governança global, com a inclusão de mais países no Conselho de Segurança da ONU e com o fim do direito a veto, que prejudica o equilíbrio entre as nações", declarou.
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EXTRA: Lula é eleito presidente
g1 eleições
LULA
PT
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/10/30/lula-discurso-vitoria.ghtml
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Mundo Educação - UOL
Presidentes do Brasil: lista com todos eles - Mundo Educação
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12
Escolha de governantes
Até nas ditaduras, os governantes não são eternos. Há sempre,
portanto, um processo de escolha de governantes, mesmo que esta escolha
seja imposta ao povo. Alguns governantes, como sabemos, são escolhidos
por hereditariedade, através do estabelecimento de uma linha sucessória
que pode variar de contexto para contexto. Esse processo, como também
sabemos, tem diminuído consideravelmente de importância nos dias de
hoje, não só porque é típico das monarquias e há poucas monarquias
atualmente, como porque os monarcas do nosso tempo atuam, em geral,
em regimes parlamentaristas, o que significa que o verdadeiro pólo decisório
é o Parlamento, do qual são membros o primeiro-ministro (ou premier) e
seu gabinete (o conjunto dos outros ministros). Há ainda, mas quase como
uma relíquia, assembléias escolhidas por hereditariedade, como é o caso
da Câmara dos Lordes, na Inglaterra, cuja importância também vem
diminuindo a cada dia e cuja extinção é abertamente contemplada por boa
parte da opinião pública.
Em Estados onde a religião não é separada da órbita política, existem
processos de escolha mais ou menos autocráticos, em que a seleção se faz
através da qualificação religiosa de alguns governantes, como é, em parte, o
caso do Irã atual. Existem, enfim, os casos em que os governantes são
escolhidos pela força, ou seja, são impostos. Isto acontece, em
primeiro lugar, nos Estados conquistados militarmente ou nos que
permanecem como colônias, pois se, nesta última hipótese a força
não é empregada de modo rotineiro, ela está na raiz do processo e da
manutenção do sistema.
Pela força, igualmente, é a escolha dos governantes operada
através do que se costuma chamar de golpe de Estado. Nos golpes
de Estado, o processo institucionalizado é interrompido violentamente, seja durante a escolha do sucessor do governante
que está ocupando o cargo, seja depois que a escolha já está feita.
Não é necessário, evidentemente, que o golpe de Estado seja dado por
alguém que não o próprio governante, pois pode muito bem ocorrer
(como ocorreu no Brasil, por ocasião da ditadura de Getúlio Vargas)
que o governante decida romper os limites estabelecidos pelas
instituições e prolongar sua permanência no cargo, ou perpetuá-la,
para isso concentrando em si a maior fatia possível de poder.
Contudo, o mais comum é que o golpe seja dado por facções
descontentes com a situação e com as possibilidades institucionais de
que ela se venha a modificar como estas facções desejam.
O golpe de Estado é, portanto, a tomada violenta do poder por
elementos internos ao país. Esta violência pode assumir diversos
graus, chegando com freqüência à execução ou banimento dos
governantes depostos. Há Estados de grande instabilidade política,
onde a ocorrência de golpes é praticamente rotineira, como tem
acontecido em muitos países da América Latina. Tecnicamente, há um
golpe toda vez que o processo institucional é quebrado de maneira
violenta, mesmo que a intenção dos golpistas seja preservar esse
processo (é o chamado “golpe preventivo”, que aconteceu em 1955 no
Brasil, antes da posse do presidente Juscelino Kubitschek, quando
os golpistas tinham razões para crer que havia um esquema
montado para impedir a posse do eleito e tomaram o poder
temporariamente, a fim de garantir a posse — o que de fato se deu).
É comum que muitos golpes de Estado se intitulem, a si
mesmos, de “revolução”. A linha demarcatória entre a revolução e o
golpe de Estado pode não ser muito clara, mas, de modo geral, o que
caracteriza as revoluções são alterações muito mais profundas do que
as criadas por um golpe. O golpe limita-se a algumas mudanças de
composição do quadro de governantes e à interferência no
funcionamento normal das instituições violentadas. Não existem, com
ele, alterações sociais profundas.
A Revolução Russa de 1917, por exemplo, foi realmente uma revolução, porque modificou profundamente a sociedade e a
economia onde ocorreu. Da mesma forma, pode-se falar de uma
Revolução Americana e de uma Revolução Francesa — ambos casos
historicamente conhecidos e definidos. Não há, entretanto, conceitos
rígidos, e é comum que simples golpes de Estado, simples mexidas
mais ou menos turbulentas dentro do mesmo esquema dominante,
apresentem-se insistentemente como verdadeiras revoluções, cabendo
ao observador julgar se terá havido de fato alguma mudança
fundamental.
Cabe também apontar a especificidade de outros processos de
escolha, que podemos chamar de seleção interna. Acontece essa
seleção interna, por exemplo, no Vaticano, pois o papa não é só um
líder religioso, mas também um chefe de Estado, um governante. Sua
sucessão é realizada através de mecanismos internos da Igreja Católica,
de uma forma razoavelmente conhecida por todos nós. Claro que o tipo
de escolha de governantes do Vaticano não esgota as possibilidades da
seleção interna, que existe, muitas vezes disfarçada, em outros
contextos.
De certa maneira, o México vem escolhendo seus presidentes
através desse processo. Há eleições gerais, mas tem sido tal a
dominância de um partido político (Partido Revolucionário Institucional
— PRI) que a escolha de seu candidato equivale, para todos os efeitos,
à escolha daquele que será, inevitavelmente, eleito. Recentemente, o
México vem dando mostras de que deseja alterar a situação, com a
oposição conseguindo alguns avanços. Mas ainda é muito cedo para
se afirmar que a escolha de seus presidentes passará a ser por uma
eleição realmente democrática, com igualdade de oportunidades para
todos os candidatos.
Obviamente, certos tipos de ditadura também realizam sua
sucessão pelo processo de seleção interna, quando o ditador e seu
círculo de influência preparam seus sucessores. Com diferenças entre
si mais ou menos importantes — e processos diversos para emprestar o
que se alega ser legitimidade aos mecanismos empregados — foi esse o caso do Haiti, com a morte do ditador Papa Doc e a sucessão por seu
filho, o caso dos presidentes brasileiros nas duas décadas que se
seguiram a 1964, dos dirigentes soviéticos, dos presidentes argentinos
antes da redemocratização e assim por diante.
Deixando de mencionar processos como sorteio (que já teve
grande importância, por exemplo, em certos Estados da Grécia antiga)
e outros de relevância marginal, chegamos enfim ao sufrágio, ou seja,
para simplificar, ao modo de escolha através do voto. Muitas pessoas
identificam as eleições com democracia e com o predomínio da
vontade da maioria, mas isto não é bem assim, como já tivemos idéia
anteriormente e como vamos ver agora em detalhe.
De fato, é muito difícil, hoje, haver democracia sem eleições,
pois as democracias contemporâneas de modo geral são
representativas, e essa representatividade se expressa através da
indicação da vontade dos cidadãos qualificados para votar (os
eleitores). Mas muita coisa depende da maneira pela qual essas
eleições são equacionadas e organizadas, a começar pela própria
qualificação de candidatos e eleitores e a terminar pela maneira através
da qual os votos são dados, apurados e levados em conta para a
escolha dos governantes (grosso modo, o que se chama sistema
eleitoral). É até perfeitamente possível que, mesmo num sistema em
que os votos sejam dados livremente e apurados sem fraudes e sem
distorções mais evidentes, a maioria se veja derrotada nas eleições, ou
seja, acabe por eleger um número de representantes mais reduzido do
que o da minoria. Trata-se de um capítulo extremamente intrincado
da Política, cuja análise exaustiva requereria uma verdadeira biblioteca
especializada. Mas isto, é claro, não impede que possamos ter uma
idéia geral dos principais problemas envolvidos.
A primeira questão, preliminar ao problema do sistema eleitoral,
é a da qualificação dos candidatos. Intuitivamente, seria de concluir-se
que todo aquele que tem o direito de votar tem o direito de eleger-se.
Isto, contudo, não costuma ocorrer. A depender do Estado onde se
realizem as eleições, o número de pessoas que podem candidatar-se é sempre menor, de uma forma ou de outra, do que o número das que
podem votar. As razões para isto são inúmeras e as hipóteses possíveis
quase sem limites. Uma maneira simples de entender isto é lembrar os
limites mínimos de idade para a ocupação de certos cargos de
governantes, como no Brasil, senadores e presidentes da República,
cuja idade mínima é de 35 anos. Como a idade mínima para votar é de
18 anos (aos 16 anos o exercício do direito de voto já é facultativo), é
claro que o número de pessoas que podem candidatar-se a esses cargos
é de pronto inferior ao número das que podem votar.
Mas a idade não é o único fator limitativo. As limitações à
candidatura, que somente às vezes se identificam com as limitações à
capacidade legal de votar, podem ser derivadas de raça (nos Estados
em que há uma raça dominante, às vezes minoritária), de sexo, de
religião, de convicção ideológica, de condição econômica, de ocupação
e assim por diante. Por conseguinte, o “espelhamento” da realidade que
seria oferecido pela realização de eleições tem que começar a ser
analisado a partir das limitações à candidatura.
Algumas vezes, essas limitações podem ser superadas pela
vontade do pretendente a candidato (ato que, entre nós, é
habitualmente chamado de desincompatibilização). Assim, em país
que proíba a candidatura de militares da ativa, os militares que
desejem exercer cargos eletivos podem reformar-se ou demitir-se. Em
outros contextos, os ocupantes de certos cargos de governante não
podem candidatar-se a certos outros, ou candidatar-se à própria
sucessão.
Em muitos Estados, algumas desincompatibilizações não são
possíveis, seja por motivos jurídicos, seja por motivos, digamos, sociais.
Não é possível, para um negro cidadão de um Estado racista, deixar
de ser negro e candidatar-se, quer o impedimento à candidatura esteja
contido em lei, quer seja do consenso do grupo étnico dominante.
Assim como não é possível, em caso análogo, que uma mulher deixe
de ser mulher para candidatar-se. É possível, por outro lado, que um
comunista impedido de candidatar-se renuncie publicamente a suas convicções, mas também não é improvável que ele, mesmo assim,
enfrente problemas ou impedimentos.
Enfim, o que se depreende de tudo isto é que a vontade popular
não é inteiramente livre para a escolha dos governantes, dadas essas
limitações, todas as quais, aliás, podem ser, como são, defendidas por
argumentos de ordem diversa, que cabe examinar quando
apresentados.
Quanto aos eleitores, as limitações ou restrições são também
importantes. Os Estados organizados de modo democrático costumam
adotar o sufrágio universal. Isto quer dizer que o direito de voto se
estende universalmente a todos os cidadãos. Contudo, esta
universalidade sofre limitações. Distingue-se habitualmente entre o
sufrágio restrito (aquele não estendido arbitrariamente a certas
categorias de cidadãos, como os negros do exemplo acima) e o sufrágio
universal limitado, cuja conceituação é um pouco mais complicada,
porque o que alguns consideram meras limitações, outros consideram
restrições.
Certas limitações, embora haja quem as discuta (como tudo
neste mundo), são mais ou menos pacíficas, como a que se dá por
idade. Já que a idade limita a capacidade do cidadão (ou seja, um
jovem de 15 anos ainda não é um cidadão completo, pois que
depende da autoridade paterna), é compreensível que ele não seja
qualificado para votar também, o que só se dará quando ele atingir a
plena capacidade, embora esta regra não seja universal, inclusive no
Brasil.
Mas há casos bem mais discutíveis. Muitos países que
nominalmente praticavam o sufrágio universal só recentemente
permitiram o direito de voto às mulheres, como a França, por
exemplo, É claro que a negação do direito de voto às mulheres é uma
grave restrição ao sufrágio, mas era considerada apenas uma
limitação à extensão do sufrágio universal. No Brasil, ao contrário da
Índia, o sufrágio só há pouco voltou a ser estendido aos analfabetos,
como o era, já vimos aqui, antes da proclamação da República. Isto era, no ver de muitos, também uma séria restrição.
Como se vê, é necessário que, no exame dos processos de
escolha de governantes, também se examine com cuidado a existência
dessas e outras limitações, bem como de outros aspectos, quase tão
variados quanto permite a imaginação humana. Já praticamente não se
adotam, nas democracias de hoje, instituições como o voto censitário
(privilégio, como já vimos, dos que fossem capazes de provar certas
condições econômicas — podendo até mesmo haver um “imposto de
urna”, como havia, até pouco tempo, em alguns estados do sul dos
Estados Unidos), o sufrágio qualificado e o ponderado (que não são,
rigorosamente, a mesma coisa, mas que, em última análise,
atribuíam um peso especial aos votos de determinadas categorias de
pessoas “mais bem qualificadas”, por uma razão ou outra), o sufrágio
múltiplo e o sufrágio plural (em que algumas pessoas podiam ter seu
voto “multiplicado” ou votar, na mesma eleição, em várias
circunscrições eleitorais) e assim por diante, embora possam
encontrar-se disfarçados, debaixo de certas instituições.
Finalmente, devem ser lembradas algumas condições en
volvendo o exercício do sufrágio, que afetam a liberdade na
escolha dos governantes através de eleições. Por exemplo, para
garantir a liberdade de cada eleitor, no momento em que ele
faz sua escolha, instituiu-se a prática do voto secreto. Se o voto não
fosse secreto — e isto não acontece universalmente — o eleitor estaria
sujeito a pressões às quais talvez não tivesse condições de resistir.
Há também outra limitação a votar-se em quem se quiser, pois
em quase todas as democracias do mundo, mesmo se descontadas as
limitações ou restrições à candidatura vistas atrás, só os partidos
políticos podem apresentar candidatos, o que significa que, quando os
partidos são controlados por minorias e quando é difícil formar novos
partidos, muitos cidadãos não conseguem ter acesso concreto à
candidatura, embora legalmente qualificados em todos os outros
aspectos.
Assinale-se ainda que as eleições podem não ser diretas, ou seja, pode dar-se o caso em que a lei determine que os eleitores só
podem votar em representantes, os quais, por sua vez, escolhem os
governantes. Há vários subsistemas possíveis neste caso, inclusive
os que combinam eleições diretas para certos cargos com indiretas
para outros. É mais do que claro que as eleições indiretas afetam a
representatividade da seleção, já que a escolha de representantes
envolve uma espécie de transferência ou delegação de soberania. A
soberania popular é delegada ao corpo de representantes, que pode
ser fiel à vontade dela ou não, a depender das circunstâncias ou do
tipo de instituições existentes.
Este problema de certa forma existe no sistema norteamericano, em que o presidente da República não é escolhido
diretamente pelo sufrágio popular, mas por um corpo de delegados a
cujo cargo fica a eleição real. Na esmagadora maioria dos casos, os
delegados votam de acordo com a vontade popular, mas não são
obrigados legalmente a isto, e já aconteceram dois ou três episódios
em que, de fato, o candidato vitorioso pelo voto popular foi derrotado
na eleição realizada pelos delegados, no colégio eleitoral. Esta
hipótese, contudo, torna-se cada vez mais remota na realidade
política atual dos Estados Unidos, embora seja ainda perfeitamente
legal. Atualmente, tramita no Congresso americano uma emenda
constitucional acabando com o colégio eleitoral e transformando a
eleição do presidente americano numa eleição realmente direta.
Cabe também lembrar que a existência de uma linha sucessória,
mesmo onde haja mecanismos para garantir a representação da
vontade popular expressa por meio do sufrágio, pode vir a mudar os
governantes de forma não prevista pelos eleitores. Por exemplo, em
muitos sistemas elege-se um presidente da República e um vicepresidente, o segundo muitas vezes como uma mera conseqüência de
alianças políticas feitas pelo primeiro, pois ninguém espera que o
vice venha a assumir o cargo. E a linha sucessória, além disso, não
pára aí. No caso de morrerem num desastre tanto o presidente como
o vice-presidente, é claro que a escolha dos governantes a sucederem-nos não será feita, rigorosamente, por escolha popular,
mas por força da linha sucessória institucionalizada. No Brasil, caso
semelhante aconteceu com a morte inesperada de Tancredo Neves
(que já não tinha sido eleito pelo povo) e a assunção ao poder de José
Sarney, pois entre nós a linha sucessória é a seguinte: presidente,
vice-presidente, presidente da Câmara dos Deputados, presidente do
Senado Federal e presidente do Supremo Tribunal Federal.
Mas o aspecto mais especializado da escolha dos governantes é
a questão dos sistemas eleitorais, que vamos ver no próximo
capítulo.
*
1 O movimento de 1964, no Brasil, foi, na sua opinião, uma
revolução?
2 Um Estado desenvolvido enfrenta sérios problemas políticos,
com uma verdadeira guerra entre duas facções rivais. Depois
de algum tempo, uma grande potência invade o país, elimina os
extremistas e, estabelecendo um governo provisório, explica à
população: “Agora vocês elejam, dentro desse sistema que
estamos ensinando aqui a vocês, os governantes que quiserem,
que nós lhes daremos posse e garantiremos o governo com
nossas forças armadas.” Você acha que a escolha de
governantes daí decorrente é por conquista, ou não? Se você
conhece os casos recentes de El Salvador e do Afeganistão,
talvez seja interessante aplicar a pergunta a eles.
3 Uma ditadura militar é derrubada por um golpe de Estado,
dado por outros militares. Ao assumir o poder, o novo governo
declara que fez uma revolução, porque não se permitirá mais
que militares da ativa sejam governantes. “Tanto assim é”,
acrescenta ele, “que de agora em diante todo militar que
quiser assumir o poder terá que deixar a farda.” Fez-se mesmo
uma revolução?
4 Um governo que tem como pontos básicos a reforma agrária,
a socialização dos bancos e a extinção gradual da livre iniciativa nas
indústrias perde as eleições sucessórias para uma facção que não
admite nenhum dos pontos básicos acima. Antes do dia da posse
dos novos governantes, o governo ainda no poder anula tudo o que
aconteceu. “Golpe!”, diz a facção que ganhou as eleições. “Mentira!
Quem queria dar o golpe eram eles, mudando tudo o que já estava
estabelecido!” É golpe ou não é golpe?
5 O presidente João Figueiredo foi escolhido por seleção interna ou
por algum sistema eleitoral especial? E o presidente Fernando
Henrique Cardoso?
6 O Vaticano é uma democracia?
7 “Aqui a eleição é absolutamente livre. Os candidatos é que têm de
passar por um exame prévio, para que se verifique se têm condições,
de acordo com os melhores interesses do país.” Comente.
8 E se, em vez de “candidatos”, estivesse escrito, na pergunta
acima, “eleitores”?
9 Um Estado resolve multiplicar o valor do voto de cada cidadão
pelo número de filhos que ele tem. Comente.
10 “O voto secreto é uma maneira de o sujeito escapar de sua
responsabilidade social e até vender seu voto a vários candidatos
diferentes.” Comente.
11 Morre o presidente, assume o vice-presidente. No dia seguinte,
um general dá um golpe e diz que vai marcar novas eleições
oportunamente, no interesse público, porque o povo não escolheu
aquele presidente. Comente.
https://mpassosbr.files.wordpress.com/2013/03/joc3a3o-ubaldo-ribeiro-polc3adtica-quem-manda-porque-manda-como-manda.pdf
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Arthur Lira felicita Lula e diz que resultado deve ser respeitado
Durante a campanha, o presidente da Câmara apoiou Bolsonaro e criticou as empresas de pesquisas eleitorais
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Reprodução/Youtube - 30.out.2022 O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fala a jornalistas depois de encontro com Jair Bolsonaro (PL)
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CAROLINA NOGUEIRA
30.out.2022 (domingo) - 20h22
O presidente da Câmara, Arthur Lira, reconheceu o resultado das urnas eletrônicas neste domingo (30.out.2022), que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao longo da campanha eleitoral, o político esteve ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e criticou as pesquisas que mostravam a desvantagem do chefe do Executivo na disputa ao Planalto.
“O Brasil deu mais uma demonstração da vitalidade da sua democracia, da força das suas instituições e de nosso povo. A vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada e seguiremos em frente na construção de um País soberano, justo e com menos desigualdades“, disse. Antes do discurso, Lira ligou para Lula e Bolsonaro.
Lira teve dupla derrota, pois o candidato apoiado por ele ao governo de Alagoas, Rodrigo Cunha (União Brasil), também perdeu a eleição para Paulo Dantas (MDB), que foi reeleito para o cargo com 52,33% dos votos válido.
O político disse que as urnas mostraram que os eleitores querem um Brasil “das reformas, do Estado menor e mais eficiente“.
“Esse recado foi dado e deverá ser levado a sério. Ao presidente eleito, a Câmara dos Deputados lhe dá os parabéns e reafirma o compromisso com o Brasil, sempre com muito debate, diálogo e transparência. É preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas“, afirmou Lira.
O deputado também reafirmou a “lisura, a estabilidade e a confirmação da vontade popular“e disse que não é possível “aceitar revanchismos ou perseguições, seja de que lado for“.
O pronunciamento do presidente da Câmara foi realizado em sua residência oficial, em Brasília. Lira recusou o convite do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, para acompanhar a apuração na sede da Corte.
Ao lado dele estavam os líderes do governo, Ricardo Barros (PP-PR) e do PP na Câmara, André Fufuca, que acompanham a apuração na residência oficial da presidência da Câmara. Os deputados Hugo Leal (PSD-RJ), Felipe Carreras (PSB-PE), Celso Sabino (União Brasil-PA) e Danilo Forte (União Brasil-CE) também estavam no local.
A agora vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF) passou pela casa, mas foi embora antes do pronunciamento.
Depois do pronunciamento, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, chegou à residência de Lira.
Assista ao pronunciamento (3min5s):
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Lula terá grandes desafios pela frente no Legislativo. Com o resultado do 1º turno, o PL passará a 99 congressistas e será a maior bancada da Câmara, o que representa um crescimento de 23%.
Na sequência aparece a Federação PT, PCdoB e PV, que elegeu 79 deputados e o União Brasil com 59 congressistas.
Em encontro com Bolsonaro e os novos deputados eleitos, Lira disse que o Brasil elegeu um Congresso Nacional de centro-direita, conservador e para “a continuidade do governo Bolsonaro”.
Lira já tinha dito que o resultado das urnas eletrônicas no 2º turno seria respeitado.
Leia a íntegra do pronunciamento de Arthur Lira:
“O Brasil deu mais uma demonstração da vitalidade da sua democracia, da força das suas instituições e de nosso povo. A vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada e seguiremos em frente na construção de um País soberano, justo e com menos desigualdades”
“As urnas já haviam falado em 2 de outubro passado, quando apontou que quer um Brasil no caminho das reformas, de um Estado menor e mais eficiente. Esse recado foi dado e deverá ser levado a sério. Ao presidente eleito, a Câmara dos Deputados lhe dá os parabéns e reafirma o compromisso com o Brasil, sempre com muito debate, diálogo e transparência. É preciso ouvir a voz dos todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas”
“É hora de desarmar os espíritos, estender a mão aos adversários, debater, construir pontos, propostas e práticas que tragam mais desenvolvimento, empregos, saúde, educação e marcos regulatórios eficientes. Tudo que for feito daqui para frente tem que ter um único princípio: pacificar o País e dar melhor qualidade de vida ao povo brasileiro”
“Da mesma forma que reafirmamos a lisura, a estabilidade e a confirmação da vontade popular, não podemos aceitar revanchismos ou perseguições, seja de que lado for. Agora é olhar adiante, debater nas instâncias legítimas e democráticas, restabelecer o respeito e autonomia dos Poderes, e avançar para melhorar a vida de todos, principalmente dos mais vulneráveis”
“A Câmara dos Deputados estará sempre cumprindo o seu papel crucial de Casa do Povo Brasileiro para que possamos discutir e definir as questões importantes para o País”
“Viva a democracia. Viva o Brasil!“
autores
Carolina Nogueira
redatora
https://www.poder360.com.br/eleicoes/arthur-lira-felicita-lula-e-diz-que-resultado-deve-ser-respeitado/
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Obra que influenciou Machado de Assis volta em nova edição brasileira
Por Cristiano Monteiro Martinez 22 de julho de 2022 em Estampado
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Obra-prima de Laurence Sterne com tradução de José Paulo Paes, “A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy” (768 páginas) volta às livrarias brasileiras dia 25 de julho em nova edição (impresso: R$ 99,90 / e-book: R$ 39,90) pelo selo Penguin-Companhia, do Grupo Companhia das Letras.
Estruturada como uma sequência de conversas alimentadas por um anti-herói sempre disposto a mais dois dedos de prosa, ela é comparada a “Dom Quixote” de Cervantes e “Tom Jones” de Fielding.
Esta “autobiografia”, publicada em nove volumes a partir de 1759, é povoada por alguns dos personagens mais espirituosos da ficção inglesa. Parte romance, parte digressão, ela envolve o leitor em um labirinto criativo que antecipa tendências até mesmo do pós-modernismo.
Link da pré-venda: https://bit.ly/3RSf4Pf
Machado
Grande influência em autores do mundo todo, entre eles Machado de Assis e seu “Memórias póstumas de Brás Cubas”, o livro “A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy” é considerado um dos pilares do romance moderno por ter distanciado em definitivo este gênero da poesia e do teatro.
Autor
Laurence Sterne nasceu em 1713 em Clonmel, Irlanda. Autor de inúmeros sermões, deu início à carreira literária com o panfleto “A Political Romance”, em 1759, mesmo ano em que começou a redigir sua obra-prima em nove volumes, “A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy”, que o tornaria uma celebridade na capital inglesa. De saúde extremamente debilitada, Sterne foi forçado a diversas viagens terapêuticas durante a vida. Faleceu em Londres, aos 54 anos.
Filme
Audi e Netflix realizaram uma parceria no filme “Agente Oculto”, que tem estreia global nesta sexta-feira, dia 22 de julho, por meio da plataforma de streaming. Com participações de Ryan Gosling e do brasileiro Wagner Moura, o longa exibirá quatro veículos da montadora: Audi RS e-tron GT, Audi Q4 Sportback e-tron, Audi RS 7 Sportback e Audi R8 Coupé.
Filme 2
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, “Agente Oculto” é o longa-metragem com maior orçamento na história da Netflix. Foram US$ 200 milhões – ou mais de R$ 1 bilhão – para garantir que prédios inteiros explodissem, carros dessem giros no ar e até que um bondinho descarrilhado fizesse ruir fachada atrás de fachada no centro de uma cidade pitoresca da Europa. Em resumo, trata-se de um thriller de ação e espionagem.
Surpresa
O projeto “Convite ao Cinema” terá uma sessão surpresa em Maringá. A proposta é uma parceria com o 10º Ciclo de Estudos em Arquitetura e Urbanismo da UEM. Neste ano, o evento traz como tema “Arte e Arquitetura”. Como a arquitetura pode ser pacificadora e como ela pode ser opressora? Como a arte, de um modo geral, pode ajudar a apurar o nosso olhar para aquilo que, em princípio, pouco nos atentamos?
Surpresa 2
Já a “sessão surpresa” será neste sábado, dia 23 de julho, às 20h, no auditório Hélio Moreira (anexo à Prefeitura de Maringá). Entrada gratuita.
Curta
Falando em cinema, o curta-metragem “O dia que eu esqueci de você” será exibido gratuitamente em cinco sessões no dia 28 de julho, a partir de 18h30, sala Joubert de Carvalho, no Centro de Ação Cultural (CAC), que fica na avenida Getúlio Vargas, esquina com a avenida XV de Novembro, no Centro de Maringá. Trata-se de uma animação com roteiro e produção executiva de Miguel Fernando. Aliás, ele e Felipe Cosmos comandarão um bate-papo, após cada exibição, sobre “Memória e o processo de produção”. Depois desse evento, “O dia que eu esqueci de você” será disponibilizado no canal do YouTube do Maringá Histórica.
Curta 2
O projeto “O dia que eu esqueci de você” foi proposto pela Cosmos Filmes e contemplado na última edição do Prêmio Aniceto Matti, edital de fomento da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura Municipal de Maringá. O enredo conta com a história de um garoto aficionado por jogos de guerra. O tempo passa sem que o protagonista perceba o valor das pessoas que estão à sua volta. Quando se dá conta, parece ser tarde demais. Resta buscar informações somente a partir de documentos e memórias de terceiros.
Resultado
A Secretaria de Cultura de Maringá anunciou o resultado do edital de credenciamento de avaliadores e pareceristas do setor cultural. “O edital selecionou por meio de um credenciamento diversos profissionais das seguintes áreas: arte cênica, arte popular, arte urbana, arte visual, artesanato, audiovisual, literatura e leitura, música, patrimônio cultura, gastronomia, cultura afro-brasileira, gestão e produção cultural e pesquisa cultural”, diz a pasta, por meio de suas redes sociais.
Resultado 2
O objetivo é de renovar a composição de um banco cadastral de avaliadores e pareceristas a fim de atuar em futuras Comissões de seleção de projetos culturais habilitados em editais a serem publicados pela Prefeitura Municipal de Maringá por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
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Volta por Cima – Paulo Vanzolini
Confira as informações e a letra da música Volta por Cima, de Paulo Vanzolini.
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Volta por Cima
O cantor Noite Ilustrada em apresentação intimista
Informações Gerais
Ano de Lançamento:
1963.
Gênero:
Samba.
Compositores:
Paulo Vanzolini (1924-2013).
Gravações Representativas:
Noite Ilustrada; Jair Rodrigues e Elis Regina; Maria Bethânia; Beth Carvalho; Paulo Vanzolini; Elza Soares.
Destaque Histórico:
Paulo Vanzolini mostrou a música para a cantora Inezita Barroso, em 1962. Mas a cantora, que conhecia o compositor há muitos anos, e que inclusive foi a primeira a gravar o clássico “Ronda”, achou a canção pouco comercial.
No ano seguinte, entretanto, o cantor Noite Ilustrada acreditou no potencial da música e decidiu gravá-la pela Philips. Foi um grande sucesso, tanto nas rádios quanto na vendagem de discos.
Contam que, foi a partir de então, que a expressão “dar a volta por cima” passou a ser utilizada como sinônimo de superar algo.
Em 1969 a música integrou a trilha do filme “O dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, de Glauber Rocha.
Letra de Volta por Cima.
Chorei, não procurei esconder
Todos viram, fingiram
Pena de mim, não precisava
Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava.
Um homem de moral não fica no chão
Nem quer que mulher
Venha lhe dar a mão
Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima.
Para Ouvir:
Versão de Noite Ilustrada.
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Versão de Beth Carvalho
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