Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
1 Que coisa é a política
34 ANOS DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
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"Reconheço nele o compromisso com a democracia e a Constituição", disse a senadora.
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D-02 - Constituição Cidadã
5.369 visualizações 21 de ago. de 2013 Programa elaborado para o curso de Pedagogia Unesp/Univesp sobre a atual Constituição Brasileira, promulgada em 05 de outubro de 1988, e que é um marco na redemocratização do país. A carta restabeleceu os direitos civis e políticos que haviam sido excluídos durante o regime militar, entre 64 e 85. Batizada de Constituição Cidadã pelo deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembléia Nacional Constituinte, ampliou os direitos sociais, e, pela primeira vez, discutiu e aprovou propostas apresentadas pela população.
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Simone Tebet anuncia apoio a Lula no 2º turno
82.649 visualizações 5 de out. de 2022 Candidata derrotada do MDB à Presidência da República, senadora Simone Tebet declara apoio ao ex-presidente Lula, PT, no segundo turno das eleições presidenciais em detrimento do presidente Jair Bolsonaro, do PL.
Constituição Cidadã, símbolo da democracia, comemora 34 anos
Promulgada no dia 5 de outubro de 1988, Carta Magna foi fundamental para o processo de redemocratização do país
05/10/2022 11:25 - Atualizado em 05/10/2022 15:02
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Constituição - 05.10.2022
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Nesta quarta-feira (5 de outubro), a Constituição Federal de 1988, símbolo da democracia, completa 34 anos. Conhecida como “Constituição Cidadã”, ela trouxe avanços em relação aos direitos e garantias de brasileiras e brasileiros, além de dar voz à sociedade civil organizada e consolidar o Estado Democrático de Direito.
A Constituição é o maior conjunto de normas que rege o país. Ela estabelece, por exemplo, direitos e deveres das cidadãs e dos cidadãos, disciplina o ordenamento jurídico e organiza o papel do poder público, definindo atribuições dos municípios, estados, União e dos três Poderes da República. Desde a promulgação da atual Constituição, o Brasil vive o mais longo período de estabilidade institucional de sua história.
A Constituição brasileira ficou conhecida como Constituição Cidadã, porque apresenta cláusulas essenciais à manutenção e ao fortalecimento da democracia, como o pluralismo político, o voto direto e secreto, a garantia dos direitos políticos individuais, o princípio da anterioridade da lei eleitoral e as condições de elegibilidade do cidadão que concorre a determinado cargo eletivo.
A Justiça Eleitoral na Constituição
Garantias que permitem uma atuação marcante da Justiça Eleitoral, que desempenha papel essencial para o cumprimento dos dispositivos previstos na Constituição. A Carta Magna também deu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o papel de instituição responsável pela administração da Justiça Eleitoral juntamente com os 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), os juízes eleitorais e as juntas eleitorais.
Assim como as demais instâncias máximas da Justiça brasileira, o TSE também tem as competências, atribuições e composição definidas na Constituição Federal.
Voto secreto
A partir da promulgação da Constituição de 1988, ficou restabelecida a soberania popular em relação ao direito ao voto e ao poder de escolher seus governantes pelo sufrágio universal, com voto direto, secreto e com o mesmo valor para todos os eleitores e eleitoras. O direito ao voto também foi assegurado aos não alfabetizados e aos jovens, a partir dos 16 anos, que ganharam o direito de ajudar a decidir o futuro da nação.
A Constituição determina ainda a periodicidade das eleições, que devem ocorrer a cada dois anos, e fixa o primeiro turno eleitoral no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao do término dos mandatos. Já o segundo turno, se houver, deve ocorrer no último domingo de outubro.
Além disso, apresenta cláusulas essenciais à manutenção e ao fortalecimento da democracia, como o pluralismo político, a liberdade partidária, a garantia dos direitos políticos individuais, a liberdade de imprensa, o voto direto e eleições livres e regulares em todos os níveis.
MM/CM, DM
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FUI FONDO, FUI FONDO, FINGI IR FONDO, NÃO FUI E ACABEI FONDO.
FEFÊ
''Fiz que fui, não fui, acabei fondo''
NUNES
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quarta-feira, 5 de outubro de 2022
Luiz Carlos Azedo - Segundo turno entre Lula e Bolsonaro não é nova eleição
Correio Braziliense
Lula perdeu posições e Bolsonaro avançou. Mais do que frustrar a expectativa de vitória, o resultado de domingo embalou a campanha do segundo colocado e gerou perplexidade na do primeiro
É um lugar comum nas campanhas eleitorais, principalmente de parte de quem está perdendo, a tese de que o segundo turno é uma nova eleição. Há controvérsias. As forças em movimento são as mesmas, porém, os dois primeiros colocados operam forte atração sobre as demais, por expectativa de poder, motivação ideológica e/ou emocional. Isso provoca o realinhamento eleitoral, cuja resultante será a formação de uma maioria de votos válidos, que garante a consagração inequívoca do presidente eleito.
A eventual mudança de posição entre os dois candidatos é resultado da inércia da primeira votação e da eventualidade de o líder não se dar conta de que a sua estratégia está sendo superada pelo segundo colocado. Estamos falando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), obviamente. O que ocorreu na reta final do primeiro turno, por isso, gera uma força de inércia que pode resultar numa troca de posições.
Na última semana da eleição, Lula perdeu posições e Bolsonaro avançou. Mais do que frustrar a expectativa petista de vitória no primeiro turno, o resultado da votação de domingo embalou a campanha de Bolsonaro e gerou perplexidade na campanha de Lula, ainda que ninguém queira passar recibo do que aconteceu. Com 96,93% das urnas apuradas, Bolsonaro recebeu 43,70% dos votos válidos, enquanto o Lula teve 47,85% dos sufrágios. Os candidatos Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) obtiveram, respectivamente, 4,22% e 3,06% dos votos válidos.
Um bom exemplo dessa expectativa é a fotografia da manifestação petista na Avenida Paulista, no dia da eleição, com Lula ao lado da esposa Janja; da ex-presidente Dilma Rousseff; da presidente do PT, Gleisi Hoffman; do ex-senador Aloizio Mercadante e do seu vice, Geraldo Alckmin, quase um estranho no ninho. Era uma espécie de “Lula é meu e ninguém tasca”, armado na expectativa de que a eleição estava decidida. Entretanto, o resultado do primeiro turno exigia que o palanque fosse muito mais amplo.
Lembrei-me de certa passagem do romance Vida e Destino (Alfaguara), do escritor judeu ucraniano Vassili Grosman, que foi correspondente de guerra na Batalha de Stalingrado, na Segunda Guerra Mundial. A publicação do livro esteve proibida durante muito tempo e seu autor chegou a ser preso por causa dele. Grossman relata a experiência de guerra, os absurdos de seus efeitos sobre a vida das pessoas, com toda a inversão de valores que acarretou. Realista, mostra os bastidores da batalha no partidos e na antiga sociedade soviética. É uma descrição impressionante de como a resistência ao invasor alemão se transformou numa guerra patriótica, na qual o protagonismo popular foi decisivo na frente de batalha. Mas também desnuda o comportamento do aparelho partidário, que se recolhe à retaguarda e, no momento de virada da guerra, opera para colher os louros da vitória.
O palanque de Lula no domingo refletiu uma falsa expectativa, na qual não se levou em conta que a onda do voto útil havia se esgotado e fora protagonizada por formadores de opinião que já estavam no campo da esquerda. O alarido e a agressividade da campanha, porém, provocaram o voto útil reverso dos eleitores anti-petistas, que não desejavam votar em Bolsonaro, mas o preferem em relação a Lula.
É aí que mora o perigo de virada eleitoral logo no começo do segundo turno, porque a inércia desse movimento silencioso pode não ter se esgotado no dia da votação.
Alianças
O PT se movimenta em direção ao centro com dificuldades. Lula recebeu o apoio do PDT, com a aquiescência de Ciro Gomes, e do Cidadania, liderado por Roberto Freire, ambos duros desafetos, que ontem anunciaram formalmente o apoio a Lula no segundo turno. Esses apoios decorrem de um claro posicionamento contra Bolsonaro e não de uma negociação de ambos com o petista.
Lula espera obter o apoio de Simone Tebet, a candidata do MDB, com quem deve se encontrar para tratar dos termos do apoio. No dia da eleição, a senadora anunciou que não iria se omitir e aguardava um posicionamento firme do partido.
O deputado Baleia Rossi (SP), o presidente da legenda, que bancou sua candidatura, porém, deve anunciar a neutralidade do MDB. Houve uma forte mudança na composição da bancada, que passou a contar com maior participação de parlamentares bolsonaristas eleitos no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em contraponto aos representantes do Norte e Nordeste, aliados de primeira hora de Lula.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), no domingo anunciou seu apoio a Bolsonaro, que ontem recebeu a adesão do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que o visitou no Alvorada. Ele ficou neutro no primeiro turno, apesar de Lula apoiar o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), no domingo anunciou seu apoio a Bolsonaro, que ontem recebeu a adesão do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que o visitou no Alvorada. Ele ficou neutro no primeiro turno, apesar de Lula apoiar o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que ficou fora do segundo turno, fechou o cerco ao anunciar, ontem, o apoio a Bolsonaro. O PSDB paulista apoiará Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato do presidente em São Paulo, mesmo tendo ele declarado que não deseja o apoio de Garcia. A. bancada do Cidadania, liderada pelo deputado paulista Alex Manente, que apoiará Tarcísio, anunciou neutralidade, contrariando a Executiva do partido.
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JAIRO NICOLAU SOBRE SIMONE TEBET
MDB libera voto no 2º turno, mas Tebet deve apoiar Lula
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MANIFESTO AO POVO BRASILEIRO
Simone Tebet
Apresentei minha candidatura à Presidência da República diante de um país dividido pelo discurso do ódio, da polarização ideológica e de uma disputa pelo poder que não apresentava soluções concretas para os problemas reais do povo brasileiro. Minha intenção foi construir uma alternativa a essa situação de confronto, que não reflete a alma e o caráter da nossa gente.
As urnas falaram. O povo brasileiro fez sua voz ser ouvida. Cumpriu-se o rito da Constituição, que hoje completa 34 anos. Venceu a democracia. Tive 4.915.423 votos, pelo que agradeço, do mais fundo do coração, por cada um deles.
Aprendi, ao longo de minha vida política, que não se luta apenas para vencer, mas para defender projetos, disseminar ideias, iluminar caminhos, plantar boas sementes para uma colheita coletiva.
O eleitor optou por dois turnos.
Em face de tudo o que testemunhamos no Brasil dos últimos tempos e do clima de polarização e de conflito que marcou o primeiro turno, não estou autorizada a abandonar as ruas e praças, enquanto a decisão soberana do eleitor não se concretizar.
A verdade sempre me foi companheira, não será agora que irei abandoná-la. Critiquei os dois candidatos que disputarão o segundo turno e continuo a reiterar as minhas críticas. Mas, pelo meu amor ao Brasil, à democracia e à Constituição, pela coragem que nunca me abandonou, peço desculpas aos amigos e companheiros que imploraram pela neutralidade neste segundo turno, preocupados que estão com a eventual perda de algum capital político, para dizer que o que está em jogo é muito maior que cada um de nós. Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública, desde quando, aos 14 anos, pedi autorização à minha mãe para ir às ruas lutar pelas Diretas Já. Seria desonrar a história de vida pública de meu pai e de homens históricos do meu partido e da minha coligação. Não anularei meu voto, não votarei em branco. Não cabe a omissão da neutralidade.
Há um Brasil a ser, imediatamente, reconstruído. Há um povo a ser, novamente, reunido. Reunido na diversidade, antes (e sempre) a nossa maior riqueza, agora esmigalhada por todos os tipos de discriminação.
Neste ponto, um desabafo: de que vale irmos às nossas igrejas, proclamar a nossa fé, se não somos capazes de pregar o evangelho e respeitar o nosso próximo nos nossos lares, no nosso trabalho, nas ruas de nossa pátria?
Nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. A negação atrasou a vacina. A arma ocupou o lugar do livro. A iniquidade fez curvar a esperança. A mentira feriu a verdade. O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada. O conceito de humanidade foi substituído pelo de desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado.
Por tudo isso, ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, o que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas para os reais problemas do Brasil, depositarei nele o meu voto, porque reconheço seu compromisso com a Democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente.
Meu apoio não é por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos, inclusivo, generoso, sem fome e sem miséria, com educação e saúde de qualidade, com desenvolvimento sustentável. Um Brasil com reformas estruturantes, que respeite a livre inciativa, o agronegócio e o meio ambiente, com comida mais barata, emprego e renda.
Meu apoio é por projetos que defendo e ideias que espero ver acolhidas. Dentre tantas que julgo importantes, destaco cinco, tendo sempre a responsabilidade fiscal (âncora fiscal) como meio para alcançar o social:
1. Educação: ajudar municípios a zerar filas na educação infantil para crianças de três a cinco anos e implantar, em parceria com os estados, o ensino médio técnico, com período integral e conectividade, garantindo uma poupança de R$ 5 mil ao jovem que concluir o ensino médio, como incentivo para que os nossos jovens voltem à escola;
2. Saúde: zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS;
3. Resolver o problema do endividamento das famílias, em especial das que ganham até três salários mínimos mensais;
4. Sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções. Esse projeto já foi aprovado no Senado Federal e encontra-se parado na Câmara dos Deputados;
5. Um ministério plural, com homens, mulheres e negros, todos tendo como requisitos a competência, a ética e a vontade de servir ao povo brasileiro.
Até o dia 30 de outubro, estarei nas ruas, vigilante; meu grito será pela defesa da democracia e por justiça social; minhas preces, por uma campanha de paz.
Com os meus mais sinceros agradecimentos ao povo brasileiro,
Simone Tebet
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Do UOL, em São Paulo 05/10/2022 10h56Atualizada em 05/10/2022 12h09
A Executiva Nacional do MDB anunciou hoje que adotará posição de neutralidade no segundo turno das eleições presidenciais, mas a candidata derrotada do partido ao Planalto, Simone Tebet, deve anunciar "apoio crítico" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, o partido diz que irá cobrar do vencedor "o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito".
A reportagem apurou que os integrantes da cúpula do MDB não se reuniram para tomar a decisão e as conversas ocorreram, em sua maioria, por telefone.
A neutralidade do MDB é uma tentativa de evitar um racha no partido, já que não há consenso sobre apoiar um candidato.
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Trecho de nota divulgada pelo partido
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No comunicado, a legenda elogia Tebet por ter defendido "brilhantemente" um projeto "independente e equilibrado, fora da polarização" e diz que não há dúvidas de que ela se consolidou "como uma liderança nacional". A senadora terminou a disputa em terceiro lugar, com quase 5 milhões de votos.
Tebet deve anunciar apoio a Lula hoje, assim como já fez o governador reeleito do Pará, Helder Barbalho. Por outro lado, o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, reuniu-se com Bolsonaro pela manhã e declarou apoio à reeleição do presidente.
No domingo, a senadora afirmou que "jamais" se omitiria em relação ao segundo turno entre Lula e Bolsonaro. "Eu tenho um lado e vou me pronunciar no momento certo", acrescentou.
Quem mais declarou neutralidade? Além do MDB, o PSDB também declarou neutralidade ontem na disputa entre Lula e Bolsonaro e liberou os diretórios estaduais e filiados para apoiarem quem preferirem.
Alguns políticos da legenda, no entanto, já haviam se antecipado ao partido e manifestado apoio a Bolsonaro, caso do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, e do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que participou de um compromisso público ontem ao lado do presidente.
Há, no entanto, divergências entre os tucanos em relação ao assunto — quadros históricos do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os senadores Tasso Jereissati (CE) e José Serra (SP), além do ex-senador Aloysio Nunes (SP), declararam apoio a Lula.
Soraya, Gabrilli e Doria neutros. A senadora Soraya Thronicke (União), que disputou a Presidência e acabou em 5º lugar com pouco mais de 600 mil votos, declarou que "nenhum desses bandidos" merece o apoio dela, em referência a Lula a e Bolsonaro.
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que foi candidata a vice na chapa de Tebet, afirmou que votará em branco no segundo turno e afirmou que será "oposição sensata" ao governo que for eleito.
O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), que desistiu de concorrer à Presidência por causa de seu isolamento no partido, também se pronunciou pela neutralidade em entrevista ao UOL News.
Quem apoia Lula? Lula recebeu ontem apoio do PDT, legenda do ex-ministro Ciro Gomes, que disputou a Presidência e terminou em quarto lugar.
Ciro, que durante a campanha atacou igualmente Lula e Bolsonaro como "forças do atraso", publicou ontem um vídeo afirmando que acompanha a decisão do PDT de prestar apoio ao ex-presidente, mas não citou o nome de Lula e disse achar "insatisfatória" a opção de voto no petista.
O Cidadania, um dos partidos que apoiou a candidatura de Tebet, também anunciou que estará com Lula no segundo turno.
Quem está com Bolsonaro? O atual presidente já firmou alianças com nomes vitoriosos nas urnas, de quem esteve próximo durante seu mandato. Entre os principais, estão os governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Outro apoio a Bolsonaro partiu do ex-juiz federal Sergio Moro (União-PR), que foi ministro da Justiça até romper com o presidente em abril de 2020. Recém-eleito senador pelo Paraná, Moro fez acenos a Bolsonaro durante a campanha, afirmando que ambos tinham em Lula um "inimigo em comum".
A íntegra da nota do MDB. "O MDB é o maior e mais democrático partido do País, o único com presença em quase todos os municípios. Tem convicções claras a favor da Liberdade, da Democracia e da Soberania do povo brasileiro, exercida por meio do voto direto.
Nesta eleição geral, apresentamos um projeto independente e equilibrado, fora da polarização, brilhantemente liderado por nossa candidata Simone Tebet. Não há a menor dúvida de que ela se consolidou como uma liderança nacional.
Nos Estados, reelegemos os governadores do Pará e do Distrito Federal, em primeiro turno. E vamos disputar o segundo turno no Amazonas e em Alagoas. Aumentamos nossa bancada na Câmara e mantivemos uma grande bancada no Senado.
Nas últimas 48 horas, dirigentes, congressistas, governadores e prefeitos externaram sua posição em relação à disputa nacional em segundo turno. Por ampla maioria, o MDB decidiu dar liberdade para que cada um se manifeste conforme sua consciência.
Em qualquer cenário, o MDB deixa claro que cobrará do vencedor o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito."
https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/05/mdb-segundo-turno-tebet.htm
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Dar o drible da vaca | Futebol
54.185 visualizações 8 de jun. de 2017 Você vai aprender a dar o drible da vaca com este vídeo.
Este é o terceiro vídeo do capítulo "Dribles", que ensina o básico sobre as técnicas para driblar seu adversário no futebol.
https://www.sikana.tv/pt/sport/football
Sikana é um movimento educacional que democratiza o conhecimento por meio de uma plataforma digital única que reúne uma comunidade de especialistas, voluntários, e organizações. Esta plataforma é destinada a todos e todas que queiram melhorar sua vida e a vida das pessoas a seu redor.
Este drible clássico é útil para ultrapassar adversários que estiverem a sua frente. Aprenda como fazer o drible da vaca para ter mais recursos em campo.
O programa de futebol foi produzido pela Sikana junto da Decathlon, organização parceira da Sikana para o esporte. Os vídeos foram feitos sob a supervisão de David Duquesnoy, ex-jogador profissional de futebol.
Música: Benjamin Tordjmann
Locução: Camila Oliveira, Fernanda Nagamatsu e Nathália Costa
https://www.youtube.com/watch?v=pdkIfJCH-4o
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O político entre a convicção e a responsabilidade
Max Weber estabeleceu, em princípios do século XX, a distinção entre Ética da Convicção e Ética da
Responsabilidade
Seguindo a linha de raciocínio de Maquiavel, que atribui a esfera política uma ética particular, o sociólogo
alemão Max Weber, estabeleceu em princípios do século XX, a distinção entre Ética da Convicção e Ética da
Responsabilidade.
Para Weber, quanto maior o grau de inserção de determinado político na arena política, maior é o afastamento
de suas convicções pessoais e a adoção de comportamentos orientados pelas circunstâncias. Este afastamento
das crenças e suposições pessoais e a adoção de medidas, muitas vezes contraditórias, é determinado pela
ética da convicção e pela ética da responsabilidade.
A ética da convicção é, para Weber, o conjunto de normas e valores que orientam o comportamento do político
na sua esfera privada. Já a ética da responsabilidade representa o conjunto de normas e valores que orientam a
decisão do político a partir de sua posição como governante ou legislador.
Tomemos como exemplo o caso de um governante que tenha a convicção pessoal de que é necessária a
redução de impostos. Essa governante pode ter realizado uma campanha eleitoral focada na redução da carga
tributária, conforme suas crenças particulares. Porém, uma vez no governo, se depara com a escassez de
recursos financeiros para atender serviços básicos como segurança, saúde e educação.
Diante desse dilema, o governante precisa tomar a seguinte medida: ou segue sua norma particular (ética da
convicção), e reduz os impostos sabendo que vai faltar dinheiro para o Estado cumpra suas obrigações
elementares, ou adota uma medida orientada a partir de sua posição de governante (ética da responsabilidade)
e mantém ou eleva as alíquotas de impostos viabilizando os recursos necessários para a ação estatal.
A distinção proposta por Weber entre convicção e responsabilidade traduz um dilema que certamente aparecerá
em algum estágio da careira de qualquer político. Tal distinção permite também aos eleitores e analistas, uma
compreensão mais elevada dos meandros do mundo político. Porém, é muito importante ter em mente que a
distinção entre uma ética da convicção e uma ética da responsabilidade não significa uma carta branca para
que políticos traiam suas promessas, ela apenas reconhece a necessidade de adaptação às circunstâncias.
Gustavo Müller
http://www.oim.tmunicipal.org.br/abre_documento.cfm?arquivo=_repositorio/_oim/_documentos/3C0C23F6-F134-FC95-16C8440A4FC0CC6703022009091042.pdf&i=358
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o que Weber tem a dizer sobre o mundo atual? | FHC - YouTube
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Política como vocação: o que Weber tem a dizer sobre o mundo atual? | FHC
32.238 visualizações 4 de ago. de 2019 Há 100 anos, em 1919, o economista e sociólogo alemão Max Weber publicava sua célebre conferência: “A Política como vocação”. O quanto esta obra continua atual? O que Weber diria sobre o mundo e o Brasil de agora? Neste Café Filosófico especial, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que já esteve à frente do poder executivo do Brasil, fala sobre como ler Weber hoje e como Weber nos ajuda a ler nosso universo político atual.
https://www.youtube.com/watch?v=_8K1NxxgsfE
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'O termo "Política", em qualquer de seus usos, na linguagem comum ou na linguagem dos especialistas e profissionais, refere-se ao exercício de alguma forma de poder e, naturalmente, às múltiplas consequências desse exercício.'
João Ubaldo Ribeiro
POLÍTICA
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FHC anuncia apoio a Lula no segundo turno
"Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva", disse o tucano. Na véspera, PSDB liberou diretórios para apoiarem o petista ou Jair Bolsonaro (PL).
Por Matheus Moreira, g1
05/10/2022 11h03 Atualizado há 2 minutos
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FHC declara apoio a Lula no segundo turno em publicação no Twitter — Foto: Reprodução/Redes sociais
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (5) voto em Lula (PT) no segundo turno da disputa presidencial.
"Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva", disse em publicação no Twitter.
Lula agradeceu o apoio de FHC em publicação no seu perfil do Twitter. "Obrigado pelo seu voto e confiança. O Brasil precisa de diálogo e de paz."
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Lula agradece apoio de FHC em publicação no Twitter — Foto: Reprodução/Redes sociais
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Lula x Bolsonaro: veja a posição dos partidos e de políticos
Na terça-feira (4), o PSDB liberou diretórios estaduais para apoiar Lula ou Bolsonaro (PL). No mesmo dia, o governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), pediu voto para o presidente. Garcia foi derrotado na disputa pela reeleição e não irá para o segundo turno.
A posição diverge de outras lideranças do partido como o senador Tasso Jereissati e o ex-ministro da Justiça de FHC Aloísio Nunes. O ex-ministro da Saúde e senador José Serra também declarou apoio a Lula no segundo turno.
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Ainda no primeiro turno, em 19 de setembro, Lula se reuniu com ex-presidenciáveis em São Paulo e conquistou apoio de oito ex-candidatos à presidência: Guilherme Boulos (PSOL), Luciana Genro (PSOL), Cristovam Buarque (Cidadania), Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (MDB), João Vicente Goulart (PCB) e Geraldo Alckmin (PSB).
g1, TV Globo e GloboNews divulgam nesta quarta-feira 1ª pesquisa Ipec do 2º turno
No primeiro turno, FHC havia defendido o voto em favor da democracia, mas não citou nenhum candidato. O PSDB fazia parte da chapa de Simone Tebet (MDB) — a senadora Mara Gabrilli, tucana, era candidata a vice. Nesta terça (4), Gabrilli declarou voto em branco.
Lula e FHC foram adversários nas eleições de 1994 e 1998, ambas vencidas pelo tucano.
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2º turno: o papel dos palanques estaduais2º turno: o papel dos palanques estaduais
O Assunto
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LULA
https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/10/05/fhc-anuncia-apoio-a-lula-no-segundo-turno.ghtml
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'Vimos então que a Política se preocupa ( nos diversos enfoques que pode ter, venha ela como arte ou ciência, teoria ou prática) com o encaminhamento de interesses para a formulação e tomada de decisões. Mas esta seca afirmação abstrata, mesmo que bem compreendida, será suficiente para que tenhamos uma boa idéia do que é a Política?'
J.U.R. POLÍTICA
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OPINIÃO
''Fiz que fui, não fui, acabei fondo''
''O futuro do governo Bolsonaro tem sido objeto de dezenas de análises publicadas na mídia, além de ter acentuado a guerra nas redes sociais, em que, de um lado, grupos oposicionistas aparecem entusiasmados com a possibilidade de impeachment ou da cassação da chapa pelo TSE e, de outro, grupos apoiadores fazem a defesa intransigente do presidente e atacam o STF e o Congresso Nacional''
Orlando Thomé Cordeiro*
postado em 26/06/2020 04:05
A frase do título é de Nunes, ex-jogador do Flamengo, dita numa entrevista para explicar como tinha conseguido fazer um gol. Lembrei-me dela acompanhando o desenrolar dos acontecimentos relacionados ao presidente nos últimos dias. Vamos aos mais relevantes.
Dia 15 ; A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Supremo Tribunal Federal (STF) autoriza e Polícia Federal (PF) cumpre mandado de prisão contra Sara Giromini e outras 5 pessoas no âmbito do inquérito que apura organização e financiamento de atos antidemocráticos.
Dia 16 ; A pedido da PGR, STF autoriza PF a cumprir 21 mandados de busca e apreensão em seis unidades da Federação; STF determina quebra de sigilo bancário de 11 parlamentares bolsonaristas.
Dia 17 ; Fábio Faria, deputado federal (PSD/RN) ligado ao Centrão, é empossado no Ministério das Comunicações em solenidade prestigiada por representantes dos Três Poderes.
Dia 18 ; Fabrício Queiroz é preso em Atibaia na propriedade do advogado Frederick Wassef; Ministério da Educação (MEC) publica portaria extinguindo a política de cotas em cursos de pós-graduação nas universidades federais; ministro da Educação envia à Casa Civil lista de nomes para o Conselho Nacional de Educação (CNE); Abraham Weintraub anuncia em vídeo a saída do MEC.
Dia 19 ; Os ministros da Justiça, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Secretaria-Geral da Presidência da República viajam a São Paulo para uma reunião com o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Dia 20 ; A exoneração de Abraham Weintraub é publicada no Diário Oficial; o irmão do ex-ministro informa pelo Twitter que ele já está nos Estados Unidos.
Dia 22 ; Senador Flávio Bolsonaro anuncia que o advogado Frederick Wassef deixa sua defesa no inquérito da rachadinha.
Dia 23 ; Publicado decreto do presidente no Diário Oficial da União retificando a data de exoneração do ministro da Educação; MEC revoga portaria que acabava com incentivo a cotas em cursos de pós-graduação; ala militar do governo sinaliza ao presidente que pretende vetar nomes indicados pelo ex-ministro Abraham Weintraub para o CNE; presidente recebe o secretário de Educação do Paraná, cotado para assumir o MEC.
UFA! Quanta coisa em tão pouco tempo! Diante desses fatos, o futuro do governo Bolsonaro tem sido objeto de dezenas de análises publicadas na mídia, além de ter acentuado a guerra nas redes sociais, em que, de um lado, grupos oposicionistas aparecem entusiasmados com a possibilidade de impeachment ou da cassação da chapa pelo TSE e, de outro, grupos apoiadores fazem a defesa intransigente do presidente e atacam o STF e o Congresso Nacional. E o que fará Bolsonaro? Quais serão seus próximos passos?
Não custa lembrar que, desde o início do mandato presidencial, há uma guerra, ora surda, ora barulhenta, entre dois grupos: os chamados olavistas e a ala militar. A recente e conturbada demissão de Weintraub significou derrota do primeiro grupo. Mais ainda, a revogação de suas últimas decisões no cargo, ao lado da sinalização quanto ao perfil de quem vai sucedê-lo na pasta revelam inflexão importante. Não que o presidente tenha abandonado seu viés ideológico, mas a prisão do Queiroz pode ter aberto uma janela de oportunidade para que os militares, no governo e nas Forças Armadas, possam empurrá-lo em direção a uma freada de arrumação, seguida de uma limpeza.
Para ajudar a entender tais movimentos, recorro ao professor brasileiro David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), um estudioso sobre o funcionamento da rede bolsonarista no WhatsApp. Para ele, o bolsonarismo é um movimento social e político que se apoia em diversas correntes de pensamento, às vezes complementares, às vezes antagônicas, permitindo ao presidente justificar uma militância em prol do patriotismo, dos bons costumes, dos valores familiares, da lei e da ordem e da caçada à esquerda, servindo de base para a estratégia de criação do inimigo, em que quem se oponha a ele é tratado como antinação, anticristão e comunista. De fato, digo eu, esse grupo tem sido a garantia para sua resiliente aprovação na faixa de 25% e, por isso, ele não pode prescindir desse apoio.
Assim, arrisco afirmar que Bolsonaro continuará a fazer seus movimentos para colocar em prática as mudanças políticas supracitadas, notadamente a aliança com o Centrão, a pacificação da relação com o STF e o acordo com a alta oficialidade das Forças Armadas, ao mesmo tempo que manterá o discurso ideológico radicalizado, em sintonia com as redes. Se adotar essa estratégia, similar à folclórica declaração do ex-jogador Nunes, terá grande chance de manter o mandato, evitando o impeachment e a cassação da chapa. E, se a economia ajudar, chegará competitivo às eleições de 2022.
* Consultor em estratégia
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/06/26/internas_opiniao,867036/fiz-que-fui-nao-fui-acabei-fondo.shtml
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ÉTICA
APRESENTAÇÃO
É ou não ético roubar um remédio, cujo preço é inacessível, para salvar alguém que, sem
ele, morreria? Colocado de outra forma: deve-se privilegiar o valor “vida” (salvar alguém da morte)
ou o valor “propriedade privada” (não roubar)? Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens
têm as mesmas respostas para questões desse tipo. Com o passar do tempo, as sociedades mudam
e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de
escravos era perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de
umas não terem liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados,
os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como
algo legítimo.
O tema do documento de Ética, portanto, não é novo, mas é novo ter um documento que
possibilite abrir discussões sobre este assunto no contexto escolar.
Na primeira parte define-se o tema, descrevendo-o historicamente e referenciando-o aos
valores que orientam o exercício da cidadania numa sociedade democrática. Defende-se a
importância da escola na formação ética das novas gerações, na perspectiva da transversalidade,
situando-a no contexto das diversas influências que a sociedade exerce sobre o desenvolvimento
das crianças. Após essas reflexões de cunho geral, são feitas considerações de ordem psicológica,
procurando apontar o papel da afetividade e da racionalidade no desenvolvimento moral da criança
e analisar o processo de socialização do aluno e as diversas fases de seu desenvolvimento.
Finalizando a primeira parte, destinada a todo o ensino fundamental, são apresentados os objetivos
gerais da proposta de formação ética dos alunos.
A segunda parte do documento, voltada para as quatro primeiras séries desse nível de
ensino, trata de conteúdos relacionados a respeito mútuo, justiça, solidariedade e diálogo, discute
a característica complexa da avaliação e apresenta orientações didáticas gerais.
Secretaria de Educação Fundamental
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro082.pdf
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