Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 15 de outubro de 2022
Sacudir o pó
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“E se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó de vossos pés.”
J esus (Mateus, 10:14)
Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a
poeira das sandálias, em se retirando desse ou daquele lugar de rebeldia ou
impenitência. Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse
destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de
palavras vazias. O ensinamento, porém, é mais profundo. Recomenda a extinção do
fermento doentio. Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito
nas bases da vida, em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no
caminho de nossas experiências comuns. Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem;
entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é
razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de
conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno
de nós. Se alguém te não recebeu a boa-vontade, nem te percebeu a boa intenção, por que a perda de tempo em sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona os
problemas espirituais. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente
chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com
amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por
fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más
impressões e marcha alegremente.
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Sacudir o pó
http://grupoama.org.br/books/Chico%20Xavier%20(Emmanuel)%20-%20Pao%20Nosso.pdf
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"Eurípedes sempre perseverante no trabalho, aplicava uma didática intuitiva própria, já até certo ponto, bastante moderna para sua época. Ele nunca usou o castigo como forma de repreensão, pois lhe bastava o olhar para acomodar tudo. Jamais exigia de um aluno aquilo que este não conseguia dar."
EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO pp. 205-208
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Para pedir a corrigenda de um defeito
18. Prefácio. Os nossos maus instintos resultam da imperfeição
do nosso próprio Espírito, e não da nossa organização física; a não ser
assim, o homem se acharia isento de toda espécie de responsabilidade. De
nós depende a nossa melhoria, pois todo aquele que se acha no gozo de
suas faculdades tem, com relação a todas as coisas, a liberdade de fazer ou
de não fazer. Para praticar o bem, de nada mais precisa senão do querer.
(Cap. XV, item 10; cap. XIX, item 12.)
19. Prece. – Deste-me, ó meu Deus, a inteligência necessária a distinguir o que é bem do que é mal. Ora, do momento em que reconheço
que uma coisa é do mal, torno-me culpado, se não me esforçar por lhe
resistir.
Preserva-me do orgulho que me poderia impedir de perceber os meus
defeitos e dos maus Espíritos que me possam incitar a perseverar neles.
Entre as minhas imperfeições, reconheço que sou particularmente
propenso a...; e, se não resisto a esse pendor, é porque contraí o hábito de
a ele ceder.
Não me criaste culpado, pois que és justo, mas com igual aptidão
para o bem e para o mal; se tomei o mau caminho, foi por efeito do meu
livre-arbítrio. Todavia, pela mesma razão que tive a liberdade de fazer o
mal, tenho a de fazer o bem e, conseguintemente, a de mudar de caminho.
Meus atuais defeitos são restos das imperfeições que conservei das
minhas precedentes existências; são o meu pecado original, de que me
posso libertar pela ação da minha vontade e com a ajuda dos Espíritos
bons.
Bons Espíritos que me protegeis, e sobretudo tu, meu anjo da guarda, dai-me forças para resistir às más sugestões e para sair vitorioso da luta.
Os defeitos são barreiras que nos separam de Deus e cada um que
eu suprima será um passo dado na senda do progresso que dele me há de
aproximar.
O Senhor, em sua infinita misericórdia, houve por bem conceder-me
a existência atual, para que servisse ao meu adiantamento. Bons Espíritos, ajudai-me a aproveitá-la, para que me não fique perdida e para que,
quando ao Senhor aprouver ma retirar, eu dela saia melhor do que entrei.
(Cap. V, item 5; cap. XVII, item 3.)
https://febnet.org.br/wp-content/themes/portalfeb-grid/obras/evangelho-guillon.pdf
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Anna Mel, Carlinhos Brown - Faça O Bem
1.303.352 visualizações 22 de jan. de 2021
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Faça o bem.
O bem é uma semente que, no
seu tempo, dá bons frutos.
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eBiografia.com
Os 8 fatos mais marcantes da biografia de Albert Einstein - eBiografia
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Nem mesmo essa advertência amistosa pôde convencer Einstein.
Mais uma vez, compreendi como é difícil alguém abrir mão de uma atitude em que se basearam toda a sua abordagem e toda a sua carreira científica.
CONTRAPONTO
A PARTE E O TODO
HEISENBERG
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Poder e saber
Por Antonio Torres Montenegro*
Na década de 1970 estudos sobre o poder passaram a propor que este fosse pensado como relação. O poder não deveria ser visto como localizado no sujeito, numa classe social, no estado, em políticos ou empresários. O poder se exerce, uma prática instituída e instituinte de múltiplas relações. Uma das relações constitutivas desse fazer é a relação poder e saber. Toda forma de conhecimento é indissociável de múltiplas relações de poder.
Alguns relatos talvez possibilitem ampliar a reflexão do “poder como relação” e sua indissociabilidade do saber. Inicio pelo documentário do centenário do nascimento, em Recife, do cientista Frederico Simões Barbosa, um dos pioneiros da epidemiologia da esquistossomose no Brasil, dirigido por Silvia Santos. Nele, Frederico Simões Barbosa narra a luta para convencer seus pares da ineficácia do uso de moluscicidas no combate a esquistossomose: “Foi uma luta política minha de talvez uns 30 anos. Isso mostra a lentidão de mudar o pensamento científico de qualquer maneira quando ele está impregnado pelas forças produtivas e interesses econômicos.”
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O físico Werner Heisenberg narra em seu livro “A Parte e o Todo” os debates sobre a teoria quântica no Congresso Solvay, 1927, em que Einstein não aceitava o caráter estatístico da nova teoria e se recusou a aceitar o princípio da incerteza. Depois de intensos debates, o físico Paul Ehrenfest, amigo de Einstein, disse-lhe: “Einstein, estou envergonhado; você está contestando a nova teoria quântica exatamente como seus adversários contestam a teoria da relatividade.” Sobre esse momento, Heisenberg escreveu: “Mais uma vez compreendi como é difícil alguém abrir mão de uma atitude em que se basearam toda a sua abordagem e toda a sua carreira científica.”
Arnaldo Rodrigues ao relatar em 1987 suas memórias sobre a luta da terra no bairro de Casa Amarela, em Recife, afirma que o movimento “Terras de Ninguém”, na década de 1970, enfrentou a família proprietária da imobiliária que se dizia dona de Casa Amarela. “Ficaram dono de tudo, mas não é dono de nada. E, hoje em dia ninguém pode dizer que ele não é dono, porque ele tá com a lei, ele passou tudo em lei, ele é sabido que é danado, tem cartório, a família toda estudou, formou-se, tem juiz, tem advogado, tem tudo, fez tudo na boa”.
Acredito que essas três histórias em distintos tempos e espaços possibilitam refletir acerca das múltiplas formas como a relação poder e saber constituem e reproduzem relações de força e dominação.
Antonio T. Montenegro, professor titular do dep. de História da UFPE. Publicado
no JC em 20/03/2018.
https://www.cidadaocultura.com.br/poder-e-saber/
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Sacudir o Pó
Marinês
Ouça Sacudir o Pó
Vamos lá pra minha casa fazer um forró
Que eu to só, que eu to só
Atiçar a minha brasa e sacudir o pó
Que eu to só, que eu to só
Vamos dar um nó na nossa vida
Costurar a nossa vida e emendar a nossa vida, ser um só
Antes que o mundo se acabe,
Fazer o que a gente sabe cada vez melhor
Vamos meu amor, vamos simbora
Vamos logo sem demora se não vai ficar pior
Quando a gente quer a gente pede
A distancia não se mede
Ainda mais quando se trata de um xodó
Vamos se deitar na minha cama
Desarruma a minha cama e vê nascer o sol
Se você quiser ser o meu peixe
Por favor meu bem não deixe de beliscar o meu anzol
Ouça Sacudir o Pó
Composição: Cecéu.
https://www.letras.mus.br/marines/1921069/
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Volta Por Cima - Paulo Vanzolini (1962)
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Introdução
Bem vindos a década de 1960 a 1969!
Hoje teremos a oportunidade de conhecer a história da canção de Paulo Vanzolini, chamada Volta Por Cima do ano de 1960 e gravada pelo cantor Noite Ilustrada em 1962!!!
Nome e histórico do Compositor / Interprete
Paulo Emílio Vanzolini, nasceu em SP em 1924 e morreu em 2013. Foi um zoólogo e compositor brasileiro, autor de famosas canções como "Ronda"!!! "Volta por Cima" ( que vamos falar logo mais)!!! e "Na Boca da Noite"!!!
Ele é um dos idealizadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e ativo colaborador do Museu de Zoologia da USP.
Em 1942 ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Junto com um grupo de estudantes, passou a frequentar as rodas boêmias e a compor seus primeiros sambas. Apesar de muito novo na boemia, ele conseguiu integrar muito bem a sua visa pessoal e profissional, não é Alexandre?
É mesmo! Em 1944, com 20 anos, deixou a casa dos pais e começou a trabalhar na Rádio América, no programa Consultório Sentimental, de Cacilda Becker. Em seguida, foi convocado para o Exército, interrompendo os estudos. Formou-se em medicina em 1947 e casou-se em 1948.
Em 49 foi para os Estados Unidos, onde obteve o doutorado em Zoologia pela Universidade Harvard.
Em 60 compôs o samba Canção “Volta Por Cima”.
Em 62, o cantor Noite Ilustrada fez a primeira gravação dessa música!!! Mas apesar de todo o sucesso na música, ele também se destacou no mundo acadêmico, não é mesmo Paulo?
Paulo Vanzolini foi nomeado diretor do Museu de Zoologia, cargo que exerceu durante trinta anos. Mesmo depois de se aposentar em 1993, continuou trabalhando na instituição e declarou: “É a única coisa de que gosto, a única coisa que sei fazer".
“Quando Deus me fez zoólogo sabia o que estava fazendo”, costumava dizer Paulo Emílio Vanzolini, que morreu acometido por pneumonia em 2013.
Momento da História:
Em 21 de abril de 1960, o presidente da República, Juscelino Kubitschek, inaugura Brasília.!!! Em 62, é realizada a Copa do Mundo de Futebol no Chile e o Brasil torna-se bicampeão mundial.!!! Em 63 na Inglaterra, ocorre lançamento do primeiro disco dos Beatles intitulado Please, Please, Me.
No Brasil, além da introdução do movimento chamado Jovem Guarda, representada por Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléia, surge também a Bossa Nova, representada por Tom Jobim, Vinícius de Morais e João Gilberto. Paulo mas conta um pouco sobre a letra dessa canção, que é um ensinamento para todos nós, principalmente neste momento de pandemia que estamos vivendo em 2020 e 2021!
Histórico da letra da Música:
Volta por Cima é um samba-canção gravada pela primeira vez em 62 pelo cantor Noite Ilustrada, que logo tornou-se sucesso em todo o Brasil.
Mas quando a canção possui um diferencial, ela se torna eterna, cantada por muita gente competente!
A respeito de “Volta por Cima” o próprio Paulo Vanzolini fez o seguinte comentário: “Eu criei essa expressão por volta de 1959 ou 60 e ela tem me dado uma satisfação meio misturada porque, por um lado você ter uma expressão que você inventou da sua cabeça, no dicionário de Aurélio...Ninguém pode ficar infeliz com isso, né? Mas o dicionário não pegou bem o que eu queria, porque quando eu dizia ‘dar a volta por cima’ não quer dizer só vencer as dificuldades, mas é vencer com grandeza, vencer com generosidade e complementa: Mais importante que dar a volta por cima, é reconhecer a queda”.
Mas nada melhor que evidenciarmos uma situação de quando alguém reconheceu a queda, precisou se levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima! Nesse momento de pandemia, de tantas perdas, esperamos que essa canção possa ser para cada um de vocês uma oportunidade para essa reflexão! Veja só a história do amigo e seguidor do nosso canal Músicas e Suas Histórias, Ricardo Deps!
Paulo Vanzolini afirma: “Muitos amigos contavam-me sua história e confidenciava-me de como, diante do sofrimento e das dores que a vida lhe impôs, essa música foi-lhe importante para garantir-lhe a sobrevivência”. Sim, em “volta por cima” Vanzolini expressa a superação da dor de quem caiu, chegou no fundo do poço, muito sofrimento, mas com o incentivo dessa canção conseguiu se levantar! Paulo, certamente muita gente quer conhecer ou pelo menos relembrar essa lição de vida que o Paulo Vanzolini deixa para todos nós! Você pode dar uma palhinha daí?
Música Volta Por Cima Tocada e Cantada:
Am7 E7/G#
Chorei, ah eu chorei,
Am7
não procurei esconder
A7... Em7/5-
Todos viram, Fingiram
A7 Dm7
Pena de mim não precisava
G7 G#
Ali onde eu chorei
C7+
Qualquer um chorava
F7+ Bm7/5-
Dar a volta por cima que eu dei
E7 Am7
Quero ver quem dava
Bm7/5- E7 Am7
Um homem de moral não fica no chão
Em7/5- A7
Nem quer que mulher
Dm7
Lhe venha dar a mão
Dm7...Ebº Am7.......G
Reconhece a queda e não desanima
F7 E7
Levanta, sacode a poeira
Am7..A7
E dá a volta por cima (2x)
Realmente mais que uma canção! É uma grande lição que Paulo Vanzolini nos deixa para toda eternidade!
Valeu Pessoal!
http://www.musicasesuashistorias.com.br/blog/volta-por-cima-paulo-vanzolini-1962
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