segunda-feira, 17 de outubro de 2022

DEFESA NO ATAQUE

*** Malandro é Malandro e Mané é Mané Bezerra da Silva *** DADOR ***
*** Jogador 1: - Dá um Google! Jogador 2: - Eu não dou nada. Você dá o que quiser. *** Sequência Ver novos Tweets Conversa Felipe Nunes @felipnunes 1/ Fim do primeiro Bloco do #DebateNaBand: Bolsonaro dominou as menções digitais, foram 59%, contra 41% de Lula. Mas Bolsonaro teve um pouco mais de menções negativas (61%), Lula teve 57% de menções negativas. ***
*** 8:41 PM · 16 de out de 2022 ·Twitter Web App https://twitter.com/felipnunes/status/1581792556631101440?s=48&t=r8KRNfbcbGeylgzvAkJJfw **************************************** Tweet Ver novos Tweets Conversa Felipe Nunes @felipnunes Fim do segundo bloco #DebateNaBand: menções 50/50, mas Bolsonaro aumentou menções críticas (de 61 -> 66%), enquanto Lula melhorou um pouco (menções críticas de 57 -> 54%). ***
*** 9:16 PM · 16 de out de 2022 ·Twitter Web App https://twitter.com/felipnunes/status/1581801354498306048?s=48&t=xXwFaXv0Zr4lDAksfjVW4Q ************************************** Tweet Ver novos Tweets Conversa Felipe Nunes @felipnunes Fim do terceiro bloco do #DebateNaBand: Bolsonaro teve o melhor desempenho, chegou a 51% de menções positivas, enquanto Lula teve o pior bloco com 39% de menções positivas. ***
*** 9:51 PM · 16 de out de 2022 ·Twitter Web App https://twitter.com/felipnunes/status/1581810140776632320?s=48&t=2L4h9iR0_UgM10hw2-eqbA ************** Debate entre Lula e Bolsonaro tem troca de acusações sobre corrupção e fake news e discussões sobre vacina e orçamento secreto Candidatos do PT e do PL fizeram primeiro debate do segundo turno neste domingo; votação será em 30 de outubro. Por g1 — Brasília e São Paulo 16/10/2022 20h00 Atualizado há 43 minutos Lula e Bolsonaro em debate na Band no dia 16 de outubro — Foto: Nelson Almeida/AFP ***
*** Lula e Bolsonaro em debate na Band no dia 16 de outubro — Foto: Nelson Almeida/AFP *** Os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) participaram neste domingo (16) do primeiro debate do segundo turno das Eleições 2022. O encontro foi organizado por TV Bandeirantes, TV Cultura, UOL e Folha de S. Paulo. O debate foi dividido em três blocos. Os candidatos tiveram momentos de confronto direto, em que precisaram administrar "bancos de tempo" com 15 minutos cada, e também responderam a perguntas formuladas por jornalistas. Ao longo de quase duas horas, Lula e Bolsonaro trataram de temas como: o enfrentamento do país à pandemia de Covid; o déficit educacional no país, agravado também pela pandemia; as acusações de corrupção nos governos anteriores dos candidatos; Auxílio Brasil e Bolsa Família; as propostas no Congresso que tentam alterar a estrutura do Supremo Tribunal Federal; e o combate às fake news. No primeiro bloco, os dois candidatos responderam a uma mesma pergunta sobre orçamento. Depois, debateram em confronto direto sobre temas como a gestão federal na pandemia de Covid, o pagamento de auxílios como Bolsa Família e Auxílio Brasil e as obras realizadas em governos anteriores. No segundo bloco, questionados por jornalistas, Lula e Bolsonaro trataram de temas como propostas para mudar a composição do Supremo Tribunal Federal (STF), preços dos combustíveis, divulgação de fake news e relação com o Congresso, além da acusação de suposta pedofilia por parte de Bolsonaro – repudiada pelo candidato. No terceiro bloco, os candidatos responderam a uma mesma pergunta sobre o déficit educacional na pandemia. Depois, voltaram ao confronto direto e usaram a maior parte do tempo para trocar acusações sobre corrupção. Por fim, apresentaram suas considerações finais (veja vídeos abaixo). O debate foi realizado duas semanas antes da votação de segundo turno para presidente, marcada para 30 de outubro. O candidato eleito em segundo turno toma posse no cargo no próximo dia 1º de janeiro, em cerimônia no Congresso Nacional. Desta vez, o mandato presidencial terá quatro dias a mais: uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro. Lula e Bolsonaro em debate da Band — Foto: Nelson Almeida/AFP ***
*** Lula e Bolsonaro em debate da Band — Foto: Nelson Almeida/AFP *** Corrupção e apoio no Congresso O tema do combate à corrupção e dos escândalos das últimas décadas apareceu nos três blocos do debate. O jornalista Josias de Souza, do UOL, questionou Lula e Bolsonaro sobre a negociação com o Congresso – e citou os escândalos do "petrolão" (governos Lula e Dilma) e do orçamento secreto (governo Bolsonaro), ligados à compra de apoio de parlamentares do Centrão. Bolsonaro negou que tenha comprado o centrão com o orçamento secreto e disse que pode até entender que o "parlamento trabalha melhor na distribuição de renda" do que o Executivo. "Eu comprei com o orçamento? Eu vetei. Derrubaram o veto. Agora, se eu comprei, eu tenho voto. Vamos supor que o senhor seja deputado, se o senhor recebeu um dinheiro do orçamento secreto, o senhor vai votar comigo. É lógica, ou não é? Eu tenho aqui uma lista preliminar, 13 deputados do PT que receberam recurso desse tal orçamento secreto. Eu não tenho nada a ver com esse orçamento secreto. Posso até entender que o parlamento trabalha melhor na distribuição de renda do que nós do lado de cá, o meu Ministério da Economia e o presidente". Lula disse que os deputados são responsabilidade do povo brasileiro e que, se eleito, pretende criar um orçamento participativo. "Eu vou tentar confrontar essa história do orçamento secreto, eu vou tentar criar um orçamento participativo que foi uma coisa que criamos nos estados brasileiros [...] vamos pegar o orçamento e vamos mandar para o povo dar opinião para saber o que ele quer efetivamente que seja feito para ver se a gente consegue diminuir o poder de sequestro que o centrão fez no presidente Bolsonaro". No terceiro bloco, durante o confronto direto, Lula e Bolsonaro voltaram ao tema, com foco nas denúncias de corrupção e desvio de recursos na Petrobras em anos anteriores. "Se houve corrupção na Petrobras, prendeu-se o ladrão que roubou, acabou. Prendeu porque houve investigação, porque no nosso governo nada era escondido. A gente não tinha sigilo do filho, da filha, do cartão de crédito, das casas, nada. Era o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à Informação", disse Lula. "Você entregou para partidos políticos diretorias da Petrobras, fez um leilão em troca de apoio no parlamento, botava gente indicada por grupos partidários e o pessoal entrava para saquear. E você, com os votos caindo para aprovar propostas, você se refestelava", acusou Bolsonaro. Auxílio Brasil x Bolsa Família Logo no primeiro trecho do confronto direto, Jair Bolsonaro usou parte do tempo para comparar o Bolsa Família, criado na gestão PT, com o Auxílio Emergencial pago na pandemia e o Auxílio Brasil criado para suceder o Bolsa Família no ano passado. "Só de Auxílio Emergencial, em 2020, nós gastamos o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. O Bolsa Família pagava muito pouco, eu tinha vergonha de ver as pessoas mais humildes especial do Nordeste, do interior do Nordeste recebendo, algumas famílias começando a receber R$ 42 reais. Se podia dar algo melhor, como tá dizendo agora, por que que não deu lá atrás?", disse Bolsonaro. Em resposta, Lula citou outras medidas de assistência social adotadas pelo governo federal entre 2003 e 2010, quando era presidente. "O nosso programa de inclusão social não era só o Bolsa Família. O nosso programa de inclusão social foi a maior política de distribuição de renda que esse país já conheceu para o pobre. Era ajuda ao pequeno produtor rural, era 1,4 milhão de cisternas que nós fizemos para o Nordeste. Era o Pnae [programa de alimentação escolar] para levar comida para as crianças mais pobres, e a gente comprava do pequeno produtor. Além do aumento do salário mínimo de 74%", enumerou. Conduta na pandemia Na primeira rodada de confronto direto, Lula questionou Bolsonaro sobre a conduta do governo na pandemia. Até este domingo, o Brasil contabilizava 687.195 mortes pela Covid. "A sua negligência fez com que 680 [mil] pessoas morressem quando mais da metade poderia ter sido salva. A verdade é que o senhor não cuidou, debochou, riu, desacreditou a vacina. [...] O senhor gozou das pessoas, imitou as pessoas morrendo afogadas por falta de oxigênio em Manaus. Não tem na história de nenhum governo no mundo alguém que brincou com a pandemia e com a pandemia como você brincou", disse Lula. Em resposta, Bolsonaro citou a ocasião em que Lula disse "ainda bem" ao se referir ao papel da Covid-19 em demonstrar a necessidade do Estado. E defendeu a política do governo contra o vírus. "A primeira vacina no mundo foi aplicada em dezembro de 2020. Em janeiro do ano seguinte, um mês depois. O Brasil começou a vacinar. Nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina. E todos aqueles que quiseram tomar vacina, tomaram. E o Brasil foi um dos países que mais vacinou no mundo e em tempo mais rápido. Então, o senhor se informe antes de fazer acusações levianas e mentirosas", disse Bolsonaro. Lula e Bolsonaro falam sobre pandemia e compra de vacina contra a Covid-19 Lula e Bolsonaro falam sobre pandemia e compra de vacina contra a Covid-19 Orçamento e cortes No primeiro bloco, os dois candidatos foram questionados sobre quais cortes farão no orçamento, se eleitos, para viabilizar os projetos prometidos na campanha. Primeiro a responder, Bolsonaro disse que o Auxílio Brasil será "permanente" e bancado a partir da reforma tributária que ainda tramita no Senado. "Bem como nosso governo estuda, ao se privatizar alguma coisa, uma parte obviamente vai para pagar juros da dívida e outra parte para irrigar projetos outros que podem acontecer", disse. Lula fez referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que implementou em seu segundo mandato. O candidato também citou a aprovação de uma reforma tributária pelo Congresso para "taxar menos os mais pobres e os trabalhadores". "Por isso é que nós propomos uma isenção até R$ 5 mil, não pagamento do Imposto de Renda. E cobrar dos mais ricos, que muitas vezes não pagam sobre o lucro e sobre o dividendo. Aí, vamos ter dinheiro para fazer as políticas que nós fizermos", completou. Mudanças no Judiciário Lula e Bolsonaro foram questionados pela jornalista da TV Cultura Vera Magalhães sobre as propostas em tramitação no Congresso que podem alterar regras do Supremo Tribunal Federal, incluindo o número de ministros. Ambos negaram intenção de propor algo nesse sentido. "Não é democrático um presidente querer ter os ministros da Suprema Corte como amigos [...] Estou convencido de que tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, companheiro, partidário é um atraso que a população brasileira já conhece muito bem. Acho que a Suprema Corte tem que ser escolhida por competência, por currículo, não por amizade", disse Lula. "Da minha parte, está feito o compromisso. Não terá nenhuma proposta, como nunca estudei isso com profundidade. Mas deixo claro: no momento, o PT tem sete ministros indicados, eu tenho dois. Caso eu venha a ser reeleito, tenho mais dois. Eu ficaria com quatro e o PT, com cinco. Está feito o equilíbrio", respondeu Bolsonaro – que defendeu publicamente, na última semana, aumentar o número de ministros do STF de 11 para 16. Lula e Bolsonaro respondem a pergunta sobre propostas para aumentar vagas no STF Lula e Bolsonaro respondem a pergunta sobre propostas para aumentar vagas no STF Combate às fake news Lula e Bolsonaro foram questionados pela jornalista Patricia Campos Mello, da Folha, se se comprometeriam a propor lei específica para punir autoridades eleitas e servidores que divulguem fake news. Os candidatos usaram o tempo para acusar o adversário de propagar notícias falsas – e nenhum dos dois respondeu à pergunta. "Eu já participei de outras campanhas contra o FHC, o Collor, o Serra e o nível era outro. Era um nível civilizado, em que a verdade sempre prevalecia. [...] Eu acho que a campanha tem que ser regulada, a Justiça tem que tomar decisão e, toda vez que houver mentira, nós vamos entrar com processo para tirar", diz Lula. Em resposta, Bolsonaro citou a decisão do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que mandou a campanha do PT tirar do ar um vídeo de Bolsonaro com fala sobre meninas venezuelanas. "Me acusou de pedofilia, tentando me atingir naquilo que tenho mais de sagrado. Defesa da família brasileira, defesa das crianças", defendeu-se o candidato à reeleição. Em discussão sobre fake news, Bolsonaro repudia acusação de pedofilia Em discussão sobre fake news, Bolsonaro repudia acusação de pedofilia Pandemia e danos à educação No terceiro bloco, Lula e Bolsonaro foram questionados sobre como resolver a defasagem educacional agravada pela pandemia, e a desigualdade que afeta os alunos em sala de aula. "O governo federal vai compartilhar com governadores e prefeitos a responsabilidade de recuperar essas aulas, para que esses alunos possam aprender mais. Nós vamos ter que fazer um verdadeiro mutirão. Convidar professores, quem sabe, trabalhar de domingo, quem sabe, trabalhar de sábado para que a gente possa fazer que essa meninada consiga aprender o que deixaram de aprender na pandemia", prometeu Lula. "A garotada ficou dois anos em casa, eu fui contra isso. Nós já estamos fazendo, o nosso ministro da Educação tem um aplicativo que está há um ano em vigor. Chama-se GraphoGame. [...] No tempo do Lula, a garotada levava três anos para ser alfabetizada. Agora, no nosso governo, leva seis meses. Nós vamos começar agora com o Fies técnico, para a garotada do ensino médio ter uma profissão. Auxiliar de enfermagem, enfermeiro, entre tantos outros", disse Bolsonaro. Considerações finais Em sua última fala no debate, o presidente Jair Bolsonaro disse que deseja um país livre e com liberdade de expressão. O candidato à reeleição também recorreu às pautas de costumes como proibição de drogas, a liberdade religiosa e o aborto, e criticou o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). Veja o vídeo: Bolsonaro faz considerações finais no debate Bolsonaro faz considerações finais no debate Nas considerações finais, o ex-presidente Lula rebateu Bolsonaro, usando como argumento o fato de ter sancionado a lei de liberdade religiosa. O candidato do PT afirmou também que o atual presidente é um "ditadorzinho" que quer "ocupar a Suprema Corte". Ele também afirmou que vai governar para tirar a população da extrema pobreza. Veja o vídeo: Lula faz considerações finais no debate Lula faz considerações finais no debate AUXÍLIO BRASIL BOLSA FAMÍLIA CONGRESSO NACIONAL JAIR BOLSONARO LULA PL PT STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Receba as principais notícias do dia As notícias que você não pode perder diretamente no seu e-mail. Para se inscrever, entre ou crie uma Conta Globo gratuita. Inscreva-se e receba a newsletter Veja também ********************
*** domingo, 16 de outubro de 2022 Janio de Freitas - O ataque de mudez Folha de S Paulo Ministério da Defesa deve aos eleitores conclusão sobre o sistema eleitoral Desde que adotou como ministro o general e hoje político Braga Netto, em 2021, o Ministério da Defesa se coloca, ora como retaguarda, ora como parte ativa na desestabilização geral provocada por Bolsonaro. É o oposto da função que lhe cabe e da atribuída às Forças que deve coordenar. A impressão que oferece é a de um ministério de ação política, não política do Estado e nem mesmo de governo, mas de uma facção prisioneira de pré-ideias caóticas e propósitos retrógrados. Vem dessa contingência a recusa silenciosa do Ministério da Defesa a tornar pública sua conclusão sobre a lisura ou deformação eleitoral. Dois motivos básicos, entre outros, tornam a providência um dever e mesmo um requisito de moralidade. Um, é o fato sem precedente de que a Defesa assumiu a frente do ataque ao sistema de votação e apuração eleitoral. A Justiça Eleitoral ficou sob suspeitas oficiais e institucionais. O outro motivo é a dívida com a dignidade do país diante do mundo e com o direito de 156 milhões de eleitores. A Defesa deve-lhes conclusão e clareza sobre o sistema eleitoral acusado e investigado: questionada de fato pelas suspeitas foi a legitimidade dos poderes institucionais eleitos. Bolsonaro quer os dados da investigação escavados até o encontro de algum incidente que imagina bastante, em caso de sua derrota, para jogar o país no tumulto violento. Não se vislumbra outro motivo para não querer a divulgação do relatório. Quer ainda mais ação de partidarismo político, senão conspiratória, da Defesa. Defesa de quê, ou de quem, não é assunto que não se perde em suspeições e não precisa de sigilo. Contra o crime As ordens do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo para supressões na internet, em especial as do ministro Alexandre de Moraes, recebem acusações de autoritarismo, falta de base jurídica, censura. Argumentos comuns são a ausência de defesa prévia e de parecer da Procuradoria-Geral da República. A formalidade das supressões tem sido correta. Não é apropriado comparar os casos inverídicos ou insultuosos da imprensa escrita com sua prática na internet. Nos jornais, revistas, TV e rádio, o direito de resposta sempre foi mais do que duvidoso. Em parte, porque nesse problema tudo está mal definido em referência ao jornalismo. Além disso, as peculiaridades da internet invalidam as comparações e as queixas correntes. A audácia temática e vocabular da canalhice informática não esteve jamais, nem de longe, nos impressos de informação, em TV e rádio. Também a velocidade da operação e de divulgação da internet, se equivale à de TV e rádio, tem uma diferença essencial: o dito e mostrado nos dois dura só o tempo de sua emissão, enquanto na internet pode permanecer sem prazo. Diferença decisiva nos casos passíveis de supressão. A inverdade e o insulto têm evitável continuidade de divulgação se dependerem dos velhos trâmites para o direito de resposta; como inverdade e insulto são práticas ilegais, cabe ao Poder Judiciário, e a eventuais ações de polícia, suprimi-los com os males que são seus objetivos. Ainda é muito pouco o que juízes têm podido fazer contra o uso da internet pela criminalidade política. Os do crime A agressão à Igreja Católica pelos desordeiros atraídos por Bolsonaro ao Santuário da Aparecida foi mais do que um fato bárbaro. Invasão baderneira de áreas de religião, vaias a um arcebispo e a um sacerdote, desaforos à menção de problemas sociais, regados a cervejas ostentadas —foi uma amostra aos católicos do que podem esperar, a depender da decisão eleitoral. Apesar de tudo, o bolsonarismo frustrou-se. Não sabe que a imprensa tem gestos nobres, mesmo com quem quer destruí-la, e poupou Bolsonaro do desgaste maior, com a sonegação evidentemente combinada, no noticiário sobre a festa no Santuário, da parte protagonizada pelo bolsonarismo, suas vítimas e pelo próprio Bolsonaro. *********************************************************************************
*** DRAMAS • LIVROS O JOGADOR – FIÓDOR DOSTOIÉVSKI Este clássico russo teve edição de luxo publicado pela Martin Claret em 2019. Sobre o Livro Como é a alma daquele que se vicia nos jogos? Alexei ao conhecer os cassinos questionou a veracidade destes ambientes. Cauteloso com os jogos, mantinha a calma e não ousava fazer sua primeira aposta. Talvez ele já soubesse que uma vez dentro do jogo, não mais sairá dos vícios dele. “(…) Por mais ridículas que se apresentem as minhas expectativas em relação à roleta, parece-me mais ridícula a rotineira e por todos reconhecida opinião de que é estúpido e absurdo a gente esperar algo do jogo. Será o jogo pior do que qualquer outro modo de ganhar dinheiro, por exemplo, o comércio?” Mas eis que uma jovem moça na qual Alexei se vê atraído, pede que o rapaz jogue por ela. Os motivos não eram claros e ele resolveu mesmo assim fazê-lo. Dostóievski parte sua história neste princípio. De forma curta e rápida ele traça a tragetória de um jovem rapaz que se vê cada vez mais intrigado e interessado pelos jogos. Seja por que são divertidos, viciantes e até empolgantes. Seja também pelo fato de que poderá ganhar muito dinheiro. Mas em contrapartida poderá perder mais ainda. É a partir daí que se começa o ciclo vicioso. Minha Opinião Este livro foi meu primeiro contato com a literatura russa. Há muita influência da literatura francesa nos autores russos como o próprio Dostoiévski. Essa influência vem desde os grandes clássicos como Os Miseráveis, Os Três Mosqueteiros… E isso fez me interessar em se aprofundar nas obras de Fiódor. ***
*** “- (…) Só sei que preciso ganhar, que esta é a minha única saída. Por isso mesmo, talvez, é que me parece que devo ganhar infalivelmente.” Para aqueles que estão querendo conhecer este grande autor como eu, pode optar por um livro mais curto como este. Há muitas semelhanças que encontro entre os livros de Victor Hugo e Alexandre Dumas, por exemplo, com este de Dostoiévski. Isto por que estes livros possuem características únicas: a de criar uma história com um bom embasamento crítico da sociedade (no caso o vício em jogos) e a existência de personagens carismáticos. Para quem já leu o livro sabe de quem eu estou falando: a “avó”. Me diverti muito ao conhecer quem é a “avó” e seu jeito único e engraçado de conduzir as coisas. Isso sempre me atraiu nos livros clássicos desta época. Mesmo assim, apesar da boa crítica que o autor faz e dos personagens presentes, senti que a história poderia trazer mais e desenvolver mais. Esperava algo mais intenso em relação aos sentimentos do personagem Alexei que narra a história. Mas os momentos chaves que esperamos da história, que são as idas de Alexei ao cassino da cidade alemã onde ocorre a história, encontramos, na verdade, um punhado de curtas cenas. O restante da história se concentra no diálogo entre os conhecidos de Alexei. Mesmo depois de lido o livro ainda não entendi muito bem a relação dele com estas pessoas, incluíndo Polina. Isso acontece por que ele não da muitos detalhes sobre a família de Alexei e o por quê ele está na Alemanha e não na Rússia. O autor deixa um vácuo sobre a história do personagem-narrador e tenta se focalizar nos momentos vividos no cassino local. Fiquei chocado com algumas coisas ditas por Alexei em relação a Polina. É um sentimento um tanto peculiar que não mencionarei aqui. Mas acredito que quem já tenha lido sabe o que digo sobre isso. ***
*** Por mais que há alguns parágrafos muito longos de narrativa e diálogo eu confesso que esperava que o livro fosse denso nos detalhes. Mas na verdade não foi! Os longos parágrafos pode lhe assustar mas admito que a leitura foi muito gostosa e pouco descritiva. Isso por que realmente Dostoiévski não escolheu detalhar os lugares em que ia e sim detalhar as ações que os personagens faziam e enriquecer os diálogos entre eles. Para mim essa é a melhor coisa que um clássico pode ter e isso mostra mais ainda uma semelhança com os clássicos franceses (apesar de Victor Hugo às vezes extrapolar as descrições dos lugares da história). “(…) Há algo peculiar na sensação que surge quando, sozinho, no estrangeiro, longe da pátria, dos amigos e sem saber o que vais comer hoje, tu apostas o último florim, o restante, o derradeiro dos derradeiros!” Sem dúvida é um bom primeiro passo para conhecermos este autor. Já estou animado para ler os outros livros dele até por que penso que este livro não foi escrito com uma grande dedicação profunda do autor. No prefácio à obra encontramos uma informação interessante: Dostoiévski foi ameaçado a perder seus direitos autorais se não entregasse um novo romance dentro de um prazo muito curto. Daí este livro surgiu. E eu acredito profundamente que nunca se deve forçar um artista a produzir sua obra pois nunca sairá da forma como poderia sair dentro do seu devido tempo. O JOGADOR Autor: Fiódor Dostoiévski Tradução: Oleg Almeida Editora: Martin Claret Ano de publicação: 2019 “O jogador”, de Fiódor Dostoiévski é um primoroso romance cujo teor psicológico ultrapassa os estreitos limites do gênero recreativo. Baseado num profundo conhecimento das práticas e rotinas do cassino, ele evidencia a sinistra degradação de um jovem culto e talentoso que sacrifica o melhor de si à doentia paixão pelos jogos de azar, a qual lhe subjuga e destrói, aos poucos, a alma. O protagonista, em que se percebem diversos traços do próprio autor, vê toda a sua riqueza espiritual – dignidade, força de caráter e honra cavalheiresca – levada pela estonteante rotação da roleta. Mesmo o amor, a única fonte de alegrias e esperanças que ele possui, acaba sorvido por esse redemoinho… Os vícios humanos, sejam relacionados ao jogo, como no livro de Dostoiévski, ou às drogas, como em nossa realidade cotidiana, ainda estão longe de ser extirpados, tornando O jogador tão interessante para os leitores de hoje. COMPARTILHE: https://resenhandosonhos.com/o-jogador-fiodor-dostoievski/ ****************** Senhores ao jogo; Que o trabalho é roubo.

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