Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 8 de outubro de 2022
MODAS DE VIOLA
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À une passante
A uma passante
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A moda é abordada como um fenômeno sociocultural que expressa os valores da sociedade - usos, hábitos e costumes - em um determinado momento.
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E+ - Estadão
A Arábia Saudita está pronta para uma semana de moda? - Emais - Estadão
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Moda abrupta & Modo permanente
A moda é frívola e vulgar.
O modo é indispensável e original.
A moda é um modo que chega na estação e parte da estação abruptamente.
O modo é uma moda que fixa residência no lugar e espera que modas sigam chegando na estação e partindo da estação sem ser levada junto, mas que permaneça , estável e quieta.
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No ano anterior, Louis de Broglie, na França, chamara a atenção para o fato de que o estranho dualismo onda-partícula, que na época parecia impedir uma explicação racional dos fenômenos da luz, poderia estar presente também no comportamento da matéria (por exemplo, dos elétrons).
Werner Heisenberg
(...)
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Figure 1 Erwin Schrödinger (left) and Niels Bohr Figure 1 Erwin Schrödinger (left) and Niels Bohr. Bohr claimed that a
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As discussões de Bohr com Schrödinger começaram na estação ferroviária e prosseguiram, diuturnamente, desde as primeiras horas de cada manhã até tarde da noite. Schrödinger ficou hospedado na casa de Bohr, a fim de que as conversas não fossem interrompidas. Bohr, que normalmente mostrava extrema consideração e delicadeza no trato com as pessoas, nessa ocasião me pareceu um fanático quase insensível, incapaz de fazer a menor concessão ou de admitir qualquer imprecisão. É impossível transmitir quão apaixonadas foram as discussões e quão eram arraigadas as convicções de cada um, fato que marcou todas as intervenções. O que posso fazer aqui é apresentar uma pálida reprodução de conversas em que dois homens lutaram, com todas as forças de que dispunham, por suas interpretações particulares do novo esquema matemático.
CONTRAPONTO
A PARTE E O TODO
HEISENBERGER
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Especial "Modas de Viola"
157.732 visualizações 11 de jun. de 2018 Claudio Boiadeiro & Gleidson Viola - dupla do estado de Rondônia, onde há muitos anos já labutam com a músicas raiz. Vivem da arte, mas ainda não gravaram em um estúdio profissional. Primeira participação no Brasil Caipira.
Advogado Honesto ( Vicente Machado / Zé do Cais )
Retrato do Boi Soberano ( Dino Franco / João Caboclo )
Última Viagem ( Carreirinho / Fernandes )
Marcos & Rodrigo Viola - dupla do estado do Espírito Santo. Quando participaram do programa pela primeira vez, tiveram apoio de empresas e de grandes duplas e conseguiram gravar um CD com a participação de artistas consagrados.
As Três Cuiabanas ( Zé Carreiro / Carreirinho )
Minha Mensagem ( Nhô Chico / Dino Franco )
Travessia do Araguaia ( Dino Franco / Décio dos Santos )
Rafael & Rondinelli - dupla do estado de Goiás. Mais de 15 anos de parcerias, que com muito trabalho já conquistaram espaço em boa parte do Brasil, onde sempre estão se apresentando.
Boi Soberano ( Carreirinho/ Izaltino Gonçalves de Paula/Pedro Oliveira)
O Mineiro e o Italiano (Teddy Vieira / Nelson Gomes )
Boiada Cuiabana ( Raul Torres )
https://www.youtube.com/watch?v=He1cBSH3V1Y
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sábado, 8 de outubro de 2022
Pablo Ortellado – É preciso escutar e responder
O Globo
A mensagem não é muito simpática, mas precisamos ouvi-la
O povo se expressou com clareza no 2 de outubro, quando deu votação significativa a Bolsonaro e aos candidatos bolsonaristas. A mensagem não é muito simpática, mas precisamos ouvi-la. Os críticos do bolsonarismo estão hoje tomados por tanta raiva e frustração que não conseguem compreender que se trata de uma resposta a demandas reais da população e que a única maneira de desmontá-la é entender a queixa e apresentar uma resposta alternativa. Em vez disso, o que têm feito é desqualificar o bolsonarismo e, com ele, os amplos setores da população que o apoiam.
Essas formas de desqualificação em geral concebem o bolsonarismo como fruto de algum ardil ou superpoder oculto que, portanto, seria artificial, não tem enraizamento, organicidade ou legitimidade.
Bolsonaro às vezes é explicado pelas fake news, como fruto de um grande logro, da difusão de um conjunto de mentiras tão poderosas que perturbaram o juízo do eleitor. A população foi tão desorientada e envenenada por Carluxo e sua máquina de propaganda que o voto na extrema direita é apenas um equívoco, um juízo torto.
Noutra linha de explicação, Bolsonaro é fruto de uma influente rede de extrema direita articulada por Steve Bannon e financiada pelos irmãos Koch ou por poderosos e ocultos empresários brasileiros. A grande penetração do bolsonarismo se torna resultado dessa montanha de dinheiro que nunca foi identificada pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Ministério Público ou pela imprensa, mas que deve existir. As articulações políticas internacionais do bolsonarismo — que, no final das contas, não diferem das redes dos socialistas ou dos ambientalistas —são então a causa última do sucesso, já que não seria possível um sujeito limitado como Bolsonaro ter chegado tão longe.
O bolsonarismo também às vezes é explicado pelas mídias sociais que deram voz demais à legião de imbecis de Umberto Eco, e veja só aonde chegamos. Por fim, o bolsonarismo e sua pauta conservadora às vezes são explicados como uma cortina de fumaça encobrindo uma agenda oculta neoliberal que é sua verdade e sua força. Sob o espantalho de Damares e de Olavo de Carvalho, se escondem Paulo Guedes e a Escola de Chicago.
Vou parar por aqui, mas a lista poderia seguir. O que essas interpretações todas têm em comum é não olharem para o conteúdo manifesto do bolsonarismo e explicarem sua força por algum truque, logro ou poder oculto. Não tenho dúvidas de que o bolsonarismo tem uma máquina de propaganda que distribui desinformação, articulação internacional e apoio entre os empresários. Mas isso de maneira nenhuma explica sua força social e eleitoral.
Convido então o leitor a suspender o juízo por um momento e apenas escutar as preocupações do bolsonarismo. Apenas escute as demandas. Você não precisa concordar com as respostas dadas para elas.
Em primeiro lugar, os bolsonaristas falam de família. Dizem proteger e valorizar as famílias. O que as outras forças políticas têm a dizer sobre isso? Família é importante. É o elo de cooperação e cuidado num mundo que, de resto, é muito hostil e sem coração. O discurso conservador contra o divórcio e as drogas e em atenção às crianças atende a uma preocupação genuína, sobretudo da classe trabalhadora. Se o senso comum não basta, leia o livro de Juliano Spyer (“Povo de Deus”) ou o clássico de Christopher Lasch (“Refúgio num mundo sem coração”) para entender a importância da família.
Os bolsonaristas também se insurgem contra as elites culturais. Exploram o sentimento das pessoas comuns que se sentem alheias e excluídas das universidades, dos museus e das ONGs. Quem haveria de negar que as artes e as universidades precisam abandonar sua arrogância, seu pedantismo e seu elitismo e se reconectar com o povo? Que tipo de reforma essas instituições propõem para atender a uma demanda para a qual só o bolsonarismo oferece resposta?
Temos dois caminhos para enfrentar o bolsonarismo. Podemos apenas lamentar sua existência, fruto de um artifício, um embuste produzido por Carluxo, pelo capital ou por Steve Bannon. Ou escutar as demandas e queixas da população e começar a oferecer respostas — outras respostas.
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Sequência
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Conversa
Jornal da Globo
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6 de out
A candidata derrotada do MDB à Presidência, Simone Tebet, anunciou nesta quarta-feira (5) apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno da eleição presidencial. “Não cabe a omissão da neutralidade”, disse Tebet: http://glo.bo/3MaJry4 #JG
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Jornal da Globo
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6 de out
Governadores reeleitos no primeiro turno e representantes da Frente Parlamentar Agropecuária manifestaram, em Brasília, apoio a um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, do PL: http://glo.bo/3T1YWKQ #JG
Jornal da Globo
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@renataloprete
analisa o peso dos apoios aos candidatos à Presidência: 'Quanto mais acompanhado um candidato estiver, mais força ele projeta'.
Veja mais em: http://glo.bo/32iTYB5
2:01 AM · 6 de out de 2022
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https://twitter.com/jornaldaglobo/status/1577886789674598400?s=48&t=HiwzgSasaahfUwvZ9Q6aOQ
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Não se precisa ler os que pensam como nós para saber o que pensamos dos que não pensam como nós!
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“…Uma Tese é uma Tese que é uma Tese...”
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Estado de Minas
Janaina Paschoal sobre Kelmon: 'Podem falar o que for, eu gosto do Padre' - Politica - Estado de Minas
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Sequência
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Conversa
Janaina Paschoal
@JanainaDoBrasil
O bolsonarismo, agora, quer investigar os Institutos de Pesquisa. Eu deveria ser a primeira a apoiar, pois eles me prejudicaram muito. Afinal, para evitar a vitória do candidato de Lula ao Senado, todos votaram na personagem infantil que o Presidente impôs a São Paulo.
7:39 AM · 5 de out de 2022
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há 3 dias
Metrópoles
Como interpretar as surpresas do 1º turno (Por Hubert Alquéres)
"Há (boas) provocações neste artigo"
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Como interpretar as surpresas do 1º turno (Por Hubert Alquéres)
A bandeira da defesa da família e do respeito de seus valores não fizeram parte, por exemplo, da agenda do candidato Lula
Guga Noblat
05/10/2022
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Meio mundo está perplexo, em busca de explicações para as surpresas do primeiro turno. Algo similar só tinha acontecido na eleição de 1974, quando ocorreu o inesperado: a vitória do MDB em dezesseis estados na eleição para o Senado. Não há como escamotear: o bolsonarismo, além de conquistar importantes casamatas no Congresso e em governos estaduais, vai para um segundo turno revigorado pelo pronunciamento das urnas.
Certamente houve fatores conjunturais a incidir nos resultados, mas é preciso mergulhar em águas mais profundas para captar mudanças estruturais da sociedade.
Em busca de respostas, começo por uma mensagem enviada na sexta-feira por um amigo, eleitor de Jair Bolsonaro e com sólida formação intelectual, um dia após o debate da Globo e antes da eleição do domingo. Dizia ele: “no domingo teremos grandes surpresas”. Fundamentava sua afirmação com o argumento de que a maioria dos presidenciáveis não estavam entendendo “as profundas mudanças da sociedade brasileira” e que “eles têm um discurso de outra época!”.
Acrescentava, “a cada eleição, a partir de 2014, os resultados mostram uma área dinâmica da sociedade brasileira – centro-oeste, sul e sudeste – rompendo com formas de controle de poder tradicionais. Existe o envelhecimento dos partidos tradicionais outrora fortes (PSDB, PT e sucedâneos do antigo PFL)” e destacava o “surgimento de uma nova Centro Direita Liberal-Conservadora”. Também chamou a minha atenção para o enraizamento dos valores da família e pelo anseio de crescimento econômico por parte da sociedade.
Quanto à previsão de grandes surpresas, nem preciso dizer que ele acertou na mosca. As causas apontadas guardam semelhanças com a pesquisa “Percepções e valores da periferia de São Paulo”(1), realizada pela Fundação Perseu Abramo, do Partido dos Trabalhadores. Ela procurou entender por que eleitores da periferia não votaram em candidatos do PT na eleição de 2016.
Estranhamente o Partido dos Trabalhadores não traduziu para o campo da atuação política a conclusão de sua própria pesquisa: “a mistura entre valores do liberalismo, do individualismo, da ascensão pelo trabalho e do sucesso pelo mérito, com valores mais solidários e coletivistas relacionadas à atuação do Estado, à universalização de direitos, à ampliação da inclusão social, permeiam a visão de mundo e o imaginário dessa nova classe trabalhadora das periferias de São Paulo.”
Tais valores são enraizados nas camadas mais pobres, aquelas que ganham até dois salários mínimos, mas também na chamada nova classe média, com renda entre dois a cinco salários mínimos. No universo abordado, duas instituições se destacam: a família e a religião.
A esquerda não soube interpretar os valores das camadas periféricas, reagindo a eles de forma preconceituosa. O empreendedorismo tem forte apelo entre os mais pobres, assim como o desejo de prosperar na vida, mas são interpretados como expressão concentrada do “neoliberalismo”.
A “teologia da prosperidade” pregada pelas igrejas pentecostais também é pejorativamente qualificada como “neoliberal”, assim como a aspiração de crescer pelo mérito é interpretada como uma manifestação do individualismo. Entende-se, a esquerda continua apegada a bandeiras universalistas e ao conceito de lutas de classe, em um mundo poliverso, para usar a expressão do sociólogo Elimar Pinheiro do Nascimento, e de fragmentação das classes sociais.
A bandeira da defesa da família e do respeito de seus valores não fizeram parte, por exemplo, da agenda do candidato Lula. Quem a empunhou foi Jair Bolsonaro. Da mesma maneira, sua visão do papel do Estado ainda é a mesma da era do “nacional-desenvolvimentismo”. Isso em um quadro onde as camadas mais pobres clamam por um estado provedor de bons serviços públicos, especialmente por uma educação de qualidade para seus filhos, conectada com as demandas do mundo atual.
A família é a instituição que dá aos seus membros o sentimento de dignidade, em meio de tantas adversidades. As igrejas, principalmente as evangélicas, substituem o papel do Estado em áreas nas quais ele é absolutamente ausente. Exemplo disto é que prestam serviços de bem-estar nas periferias, por meio de redes de solidariedade, além de abrir possibilidades para o ingresso no mercado de trabalho, incentivar a educação e fortalecer laços familiares. Também contribuem para a diminuição da violência doméstica, ao combater o alcoolismo.
Essas constatações foram exaustivamente comprovadas pelo pelo livro seminal “Povo de Deus” (2), do antropólogo Juliano Spyer. Lula e muitos dirigentes do PT leram o livro, mas parecem não ter entendido seus recados.
Um dos grandes desafios é como compatibilizar a laicidade do Estado com a aspiração dos evangélicos de participar da esfera pública. Artigo do sociólogo Edin Sued Abmansur (3), publicado pela própria Fundação Perseu Abramo, coloca o dedo na ferida: “este é um grande problema para a democracia, pois ele diz respeito diretamente à extensão e à disponibilidade de um dos mais fundamentais direitos da cidadania que é a participação na esfera pública. Quem defende um estado laico ideal, supra histórico, fundado exclusivamente numa racionalidade também ideal e que, em função disso, gostaria de ver a religião alijada dos debates públicos, acaba promovendo o oposto daquilo que defende: a exclusão política de grandes contingentes da população”.
Bolsonaro dá uma resposta simplista sobre essa questão complexa: “o Estado é laico, mas o presidente é cristão”. E qual a resposta de Lula?
A análise das urnas requer ainda levar em consideração questões decorrentes da globalização e das inovações tecnológicas, até mesmo como reação a elas. Entre eles estão a descrença nos partidos, na ciência e nas instituições da democracia liberal; a fragmentação das classes sociais, o papel das redes sociais, e a polarização política que tem levado ao desaparecimento de um centro político estabilizador da democracia.
Não sabemos se Lula absorverá os ensinamentos de mudanças tão profundas. Difícil dimensionar se ainda vai recuperar o tempo perdido. Por isso mesmo o 2o turno não será meramente homologatório do 1o turno e seu resultado está em aberto.
(1) https://fpabramo.org.br/publicacoes/publicacao/percepcoes-e-valores-politicos-nas-periferias-de-sao-paulo/
(2) www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/o-elefante-na-sala-por-hubert-alqueres
(3) https://fpabramo.org.br/2017/06/01/periferia-religiao-politica/
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Hubert Alquéres é membro da Academia Paulista de Educação
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"A democracia é um regime quantitativo, quem ganha leva."
Luiz Felipe Condé
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“…Os comentários do filósofo Luiz Felipe Condé, aqui, vão ao encontro das opiniões no artigo do Metrópoles…”Os tambores 🪘 de 2016 e de 2020 já alertavam o partido fundado pelo pai do pai de Carolina! Só PT e Chico não ouviram a voz das ruas. Até Carolina escutou os sons ecoados.
Confira nos seguintes momentos no vídeo:
20:48 - 22:44
36:17 - 40:22
53:40 - 56:11
1:04:48 - 1:06:08
https://youtu.be/tpWPEmIFkTs
https://www.youtube.com/watch?v=tpWPEmIFkTs
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sábado, 8 de outubro de 2022
Eduardo Affonso - Uma caixinha sem surpresas
O Globo
Afastado o risco de derrubada do alambrado, invasão de campo e sumiço da bola, especula-se que o placar deva ser apertado
Os dois finalistas já estão prontos para entrar em campo, com reforços de peso e dispostos a brigar pelo título de 2023/2026. A janela de transferências ainda não fechou, mas ambas as equipes se movimentaram, com uma série impressionante de contratações.
Luiz Inácio, do Nunca Antes na História Deste País Futebol Clube, conseguiu trazer para o seu elenco as craques Marina Silva e Simone Tebet — esta, grande promessa para a temporada 2027/2030. Outra transação de vulto envolveu o veterano Ciro Gomes — ele já adiantou que ficará no banco de reservas, onde pretende passar o tempo regulamentar de costas para o gramado.
O Deus Acima de Todos de Futebol e Regatas, do técnico Jair Messias, renovou com o artilheiro Romeu Zema — que joga tanto na lateral-esquerda quanto na direita, mas atua melhor no meio de campo. E aproveitou as crias da casa, Cláudio Castro e Ratinho Jr., que vêm de vitórias expressivas nas últimas partidas que disputaram. Também ficou acertada a vinda do meia de armação Deltan Dallagnol e do meia de contenção Sergio Moro, que faziam uma boa tabelinha quando defendiam as cores do extinto Clube Desportivo Lava-Jato.
Em contrapartida, os rubro-estrelados foram para o mercado em busca de peças para elevar o nível técnico, conseguindo o passe de André Lara Resende, Arminio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida. Com essa zaga, será difícil estourar o teto de gastos. Não se sabe como ficará o entrosamento em campo se o treinador continuar escondendo o jogo, fazendo mistério com o esquema tático e falando em herança maldita.
O time que tem mando de campo — e tenta o bicampeonato atacando pela extrema direita sem nenhum líbero — conta agora com o empréstimo (a contragosto) de Rodrigo Garcia, que desfalca o outrora glorioso Tucano Football Club. Dois dos maiores ídolos do moribundo TFC, José Serra e Fernando Henrique, acabaram reforçando o escrete adversário, que luta para se sagrar tricampeão.
O auriesmeraldino sai com alguma vantagem, graças à atuação de Marcia Tiburi e André Janones — formalmente escalados no time oponente, mas fazendo tanto gol contra que a torcida crócea vibra a cada bola fora da dupla. O rival também conta com os passes errados do candidato padre e do confrade bispo. O mau comportamento das torcidas organizadas ainda preocupa: a Mitomilícia ataca nordestinos, a Militância Encarnada insulta maçons. E não adianta reclamar com o STF, quer dizer, com a CBF.
A bola rola domingo, 30 de outubro, com o trio de arbitragem comandado por Alexandre de Moraes — que não economiza cartão — e sem a participação do VAR das Forças Armadas.
Afastado o risco de derrubada do alambrado, invasão de campo e sumiço da bola — hipóteses aventadas durante as eliminatórias —, especula-se que o placar deva ser apertado. Mas a regra é clara: bola na trave não altera o placar, gol de mão não vale, não haverá prorrogação nem decisão por pênaltis.
Espera-se um belo espetáculo, sem catimba nem firula, tudo dentro das quatro linhas. E que vença o menos pior (isso é um Fla x Flu, e eu sou botafoguense).
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"Só a moda revelava em toda a linha o sentido de atualidade que brotava dessa nascente
concepção de moderno. O presente não ganha sentido na oposição ao passado, mas somente no
entrecruzamento do efêmero e do eterno. Nada expõe tal entrecruzamento de modo tão enfático
como o conhecido poema “A une passante” (Baudelaire, 1982, p. 101)."
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La rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur mejesteuse,
Une femme passa, d’une main fasteuse
Soulevant, balançant le feston et l’ourlet;
Agile et noble, avec sa jambe de statue.
Moi, je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans son oeil, ciel livide où germe l’ouragan,
La douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un éclair... puis la nuit! – Fugitive beauté
Dant le regard m’a fait soudainement renaître,
Ne te verrai-je plus que dans l’éternité?
Ailleurs, bien loin d’ici! trop tard! jamais peut-être!
Car j’ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
O toi que j’eusse aimée, ô toi qui le savais!
IARA – Revista de Moda, Cultura e Arte – São Paulo - v.1 n. 1 abr./ago. 2008.
http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistaiara/wp-content/uploads/2015/01/03_IARA_Simmel_versao-final.pdf
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À une passante (original)
La rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse ,
Une femme passa, d’ une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l’ourlet;
Agile et noble, avec sa jambe de stautue.
Moi, je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans son oeil, ciel livide où germe l’ouragan,
La douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un éclair…puis la nuit! – Fugitive beauté
Dont le regard m’a fait soudainement renaître,
Ne te verrai-je plus que dans l’eternité?
Ailleurs, bien loin d’ici! trop tard! “jamais” peut-être!
Car j’ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
Ô toi que j’eusse aimée, ô toi qui le savais!
(Charles Baudelaire)
—
Tradução de Ivan Junqueira
A uma passante
A rua em torno era um frenético alarido.
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão suntuosa
Erguendo e sacudindo a barra do vestido.
Pernas de estátua, era-lhe a imagem nobre e fina.
Qual bizarro basbaque, afoito eu lhe bebia
No olhar, céu lívido onde aflora a ventania,
A doçura que envolve e o prazer que assassina.
Que luz… e a noite após! – Efêmera beldade
Cujos olhos me fazem nascer outra vez,
Não mais hei de te ver senão na eternidade?
Longe daqui! tarde demais! “nunca” talvez!
Pois de ti já me fui, de mim tu já fugiste,
Tu que eu teria amado, ó tu que bem o viste!
(Charles Baudelaire. As Flores do mal. Edição bilíngüe. Tradução de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985: p. 361.)
Tradução de Jamil Haddad:
A uma Passante
A rua em derredor era um ruído incomum,
Longa, magra, de luto e na dor majestosa,
Uma mulher passou e com a mão faustosa
Erguendo, balançando o festão e o debrum;
Nobre e ágil, tendo a perna assim de estátua exata.
Eu bebia perdido em minha crispação
No seu olhar, céu que germina o furacão,
A doçura que se embala e o frenesi que mata.
Um relâmpago, e após a noite! – Aérea beldade,
E cujo olhar me fez renascer de repente,
Só te verei um dia e já na eternidade?
Bem longe, tarde, além, “jamais” provavelmente!
Não sabes aonde vou, eu não sei aonde vais,
Tu que eu teria amado – e o sabias demais!
(Charles Baudelaire. Bibliografia completa ainda a confirmar – envie uma ajuda se puder) 🙂
—
Tradução de Guilherme de Almeida
A uma passante
A rua, em torno, era ensurdecedora vaia.
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão vaidosa
Erguendo e balançando a barra alva da saia;
Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina.
Eu bebia, como um basbaque extravagante,
No tempestuoso céu do seu olhar distante,
A doçura que encanta e o prazer que assassina.
Brilho… e a noite depois! – Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez,
Não mais te hei de rever senão na eternidade?
Longe daqui! tarde demais! “nunca” talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste,
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!
(Charles Baudelaire. Bibliografia completa ainda a confirmar – envie uma ajuda se puder) 🙂
OBS.: Atualizando esse post: não perca a análise do poema e da nossa sociedade nesse post genial do Papo de Homem. Um trecho:
“O flânuer se atenta a cada detalhe das ruas e vê nelas sua fonte de inspiração, sentindo “uma expressão misteriosa do gozo pela multiplicação do número” (BENJAMIN, Walter . Obras escolhidas III: Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo) e buscando uma nova percepção da cidade. Ele seria então a justa contraposição do indivíduo absorvido pela necessidade de velocidade, que caminha apressadamente para cumprir seus compromissos rotineiros.”
https://poesiaspoemaseversos.com.br/a-une-passante-baudelaire/
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À UNE PASSANTE (Charles Baudelaire)
4.309 visualizações 28 de fev. de 2018
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La rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse,
Une femme passa, d'une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l'ourlet ;
Agile et noble, avec sa jambe de statue.
Moi, je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans son oeil, ciel livide où germe l'ouragan,
La douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un éclair... puis la nuit ! - Fugitive beauté
Dont le regard m'a fait soudainement renaître,
Ne te verrai-je plus que dans l'éternité ?
Ailleurs, bien loin d'ici ! trop tard ! jamais peut-être !
Car j'ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
Ô toi que j'eusse aimée, ô toi qui le savais !
Música
MÚSICA
À une passante
ARTISTA
Serge Reggiani
ÁLBUM
À une passante
https://www.youtube.com/watch?v=o8Sceytz15g
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