Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
SOBERANO
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Foi mesmo uma tirania, na frente ia o Soberano
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“Estão confundindo federação com coligação”, afirma Alessandro Vieira
À CNN, senador do Cidadania afirmou que "regras claras" devem evitar incorporação de um partido
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Anna Gabriela CostaLayane Serranoda CNN
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em São Paulo
21/02/2022 às 18:37 | Atualizado 21/02/2022 às 18:48
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A federação partidária entre o Cidadania e o PSDB – aprovada no último sábado (19) após reunião entre a cúpula dos partidos – visa fortalecer a terceira via para as eleições deste ano, entretanto, algumas regras precisam ser “aprofundadas” antes de definir o nome do candidato que representará essa junção na disputa eleitoral, é o que explica à CNN o senador do Cidadania Alessandro Vieira, em entrevista nesta segunda-feira (21).
“Tivemos uma votação, uma decisão democrática – ainda que tenha sido uma maioria muito estreita – e definiu que devemos avançar com a federação junto ao PSDB. Tenho respeito ao partido e ao pré-candidato João Doria, mas é preciso aprofundar ainda mais esse trabalho, ou seja, é preciso de regras muito claras para proteger quem tá lá na base”, disse Vieira.
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Para o senador, a federação pode trazer impactos, como a paralisação da renovação do partido; uma questão que deve ser melhor trabalhada, conforme explica o entrevistado.
“As pessoas estão confundido federação com a antiga coligação, não tem nada a ver. A federação vai obrigar um compromisso de quatro anos, que vai impactar essa eleição e as duas próximas. Sem uma regra clara, que permita ter renovação na base, paralisa a renovação do partido, isso não é desejável”, disse o senador.
“A gente está nessa etapa e vem ajudando para que isso chegue ao melhor termo possível” acrescentou Vieira.
Alessandro Vieira reitera a importância da criação de regras claras, a fim de evitar a “incorporação” de um partido, sem a construção coletiva entre os integrantes.
“Se você não tiver um conjunto de regras muito bem feito, você vai ter uma incorporação, pura e simplesmente a manutenção da estrutura de comando partidário, o controle do caixa, algumas construções estaduais favorecidas por conduções de nominatas, de construção de chapa – praticamente São Paulo e Pernambuco – e no restante do país alguns problemas que precisam ser tratados. Então, acredito na construção coletiva, é o meu jeito de trabalhar”, disse.
Terceira via
O Cidadania aprovou a federação com o PSDB, que tem como pré-candidato a presidente o governador de São Paulo, João Doria.
As outras duas alternativas na mesa eram se aliar ao PDT, cujo pré-candidato é Ciro Gomes, ou ao Podemos, que aposta na candidatura do ex-juiz Sergio Moro ao Planalto.
“Precisamos de candidatos que consigam romper a bolha de polarização, toda candidatura que polariza, que gera uma rejeição imediata, tem baixas chances de sucesso. Isso acontece com Doria, com Moro e por motivos diferentes acontecem com Ciro. Tem que abrir espaço com quem não tem rejeição no início, e que tem condições de fazer um diálogo com todas as partes”, afirmou.
À CNN, Alessandro Vieira afirmou que a pré-candidata Simone Tebet (MDB) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), têm “esse perfil” destacado por ele como ideal para a terceira via.
Tópicos
Alessandro Vieira
Eleições 2022
federações partidárias
PSDB
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/estao-confundindo-federacao-com-coligacao-afirma-alessandro-vieira/
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Não É Mole Não
Tião Carreiro e Pardinho
Ouça Não É Mole Não
No dia que me casei alegria foi demais
Toquei a mulher na frente a filharada foi atrás
Sou casado a vinte anos nunca briguei com a Maria
Casei e vim pra São Paulo, deixei ela na Bahia
A fome bate na porta o amor pula a janela
A mulher que passa fome o marido fica sem ela
A mulher de vagabundo tem poucos dias de vida
Vagabundo dá carinho esquece de dar comida
O Patrão era martelo no prego ele batia
O Empregado era o prego coitado como sofria
O Patrão já virou prego agora que eu quero ver
O Empregado é o martelo que no prego vai bater
Nós aqui estamos deitando, no Japão vai levantar
No Japão estão levantando, nós aqui vamos deitar
Com japonesa eu não caso porque vi que não adianta
Quando eu levanto ela deita quando eu deito ela levanta
Minha vida é muito boa eu não posso reclamar
Como um pato no almoço como um pato no jantar
Eu matei um pato gordo convidei o meu vizinho
Fechei as portas e janela comi o pato sozinho
Ouça Não É Mole Não
Composição: Lourival dos Santos / Tião Carreiro.
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Federação com PSDB pode levar senadora à vice de Doria
Sigla deve retirar pré-candidatura de Alessandro Vieira
Por Andrea Jubé / Valor Econômico
BRASÍLIA - O Cidadania aprovou, no último sábado, em reunião virtual do diretório nacional, a formação de uma federação partidária com o PSDB. Embora o partido ainda mantenha o nome do senador Alessandro Vieira (SE) como pré-candidato à Presidência, a tendência é a retirada do parlamentar da disputa, e o apoio do Cidadania à postulação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na corrida pelo Palácio do Planalto.
Nessa nova configuração de forças, aumentam as chances da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), nova líder da bancada feminina no Senado, ser indicada para compor a chapa majoritária na vaga de vice de Doria.
Ao Valor, Eliziane comemorou a opção do Cidadania pelo casamento com os tucanos: “A federação com o PSDB é um grande passo para a construção de uma grande frente democrática, que possa quebrar a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
A senadora acrescentou que será preciso “juntar mais partidos nessa federação”, para ser possível unificar o campo da terceira via. Em paralelo, o PSDB também busca atrair o União Brasil e o MDB para a federação.
Antes da confirmação da federação entre PSDB e Cidadania, o diálogo entre Doria e Eliziane já estava avançado. Há cerca de duas semanas, ela foi recebida pelo governador no Palácio dos Bandeirantes, e até acompanhou uma reunião do secretariado paulista.
Eliziane disse ao Valor que a terceira via precisa chegar a um nome de consenso que alcance competitividade e apelo eleitoral. “Precisamos de uma única candidatura do campo democrático, que tenha capilaridade para furar a bolha da polarização, senão vamos chegar ao segundo turno como ocorreu em 2018, uns [eleitores] se abstendo, outros deixando de votar, proporcionando a continuidade desse governo que está aí”, completou.
Eliziane entrou no radar do PSDB para dividir a chapa com Doria pelo conjunto de atributos: é mulher, representante de um Estado do Nordeste, é evangélica - filha de um pastor e de uma missionária da igreja Assembleia de Deus -, e também se projetou como renovação na política. Em 2018, conquistou a vaga de senadora impondo derrota aos postulantes do clã Sarney: o ex-ministro Sarney Filho (PV) e o ex-senador Edison Lobão (MDB).
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres representam 52% do eleitorado. Já os evangélicos correspondem a 31% da população, segundo levantamento do Instituto Datafolha em 2020.
Eleita com apoio dos evangélicos, Eliziane acusa Bolsonaro de deturpar a imagem dos evangélicos, e adotar uma postura promíscua com o segmento em troca de votos. “A instrumentalização da fé coloca os evangélicos numa vala comum, e estimula uma discriminação”, afirmou. A senadora diz que a relação dos evangélicos com os espaços de poder "precisa acontecer, mas tem que ser saudável, não com promiscuidade como a gente tem visto infelizmente, inclusive por esse governo".
Segundo Eliziane, o presidente Bolsonaro, visando ao voto do segmento, tenta criar a imagem de alguém que faz tudo pelo Evangelho de Cristo, quando a postura dele representaria o oposto: “não é nada disso, o Evangelho de Cristo não é armamentista, não é a favor da morte".
Há dez dias, ela sucedeu a senadora Simone Tebet (MS), presidenciável do MDB, na liderança da bancada feminina do Senado, num momento de protagonismo das senadoras, que ganharam holofotes após a atuação combativa na CPI da Covid.
Nesta terça-feira, Eliziane, a líder da bancada de deputadas, Celina Leão (PP-DF), e a procuradora da Mulher, deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), reúnem-se com o presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), com um pacote de demandas.
Um dos pleitos principais é a votação urgente o projeto que estabeleceu uma multa para empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres que exercerem a mesma função.
A matéria havia sido enviada à sanção em março do ano passado, mas Lira requisitou ao Planalto a devolução do texto, alegando que o Senado fez alterações de mérito. Eliziane pontua que foram modificações de redação, que autorizariam a sanção.
Ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o pleito considerado prioritário, que já tem o consenso das senadoras, é a reivindicação para que ele faça gestões junto ao Planalto, a fim de que o Executivo encaminhe à Casa a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê a erradicação do assédio às mulheres no ambiente de trabalho. O Brasil ainda não é signatário da norma. Eliziane está articulando um almoço das senadoras com Pacheco para apresentar uma lista de demandas. (Colaborou João Valadares)
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Boi Soberano
Tião Carreiro e Pardinho
Ouça Boi Soberano
Me alembro e tenho saudade do tempo que vai ficando
Do tempo de boiadeiro que eu vivia viajando
Eu nunca tinha tristeza, vivia sempre cantando
Mês e mês cortando estrada no meu cavalo ruano
Sempre lidando com gado, desde a idade de 15 anos
Não me esqueço de um transporte, seiscentos bois cuiabanos
No meio tinha um boi preto por nome de Soberano
Na hora da despedida o fazendeiro foi falando
Cuidado com este boi que nas guampas é leviano
Este boi é criminoso, já me fez diversos danos
Tocamos pelas estradas naquilo sempre pensando
Na cidade de Barretos, na hora que eu fui chegando
A boiada estourou, ai, só via gente gritando
Foi mesmo uma tirania, na frente ia o Soberano
No comércio da cidade as portas foram fechando
Na rua tinha um menino, decerto estava brincando
Quando ele viu que morria de susto foi desmaiando
Coitadinho debruçou na frente do Soberano
O Soberano parou, ai, em cima ficou bufando
Rebatendo com o chifre os bois que vinham passando
Naquilo o pai da criança de longe vinha gritando
Se este boi matar meu filho, eu mato quem vai tocando
E quando viu seu filho vivo e o boi por ele velando
Caiu de joelho por terra e para Deus foi implorando
Salvai meu anjo da guarda desse momento tirano
Quando passou a boiada, o boi foi se retirando
Veio o pai dessa criança, me comprou o Soberano
Este boi salvou meu filho, ninguém mata o Soberano
Ouça Boi Soberano
Composição: Pedro L. de Oliveira / Izaltino G. De Paula / Carreirinho.
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