domingo, 6 de fevereiro de 2022

A ORGANIZAÇÃO

Em síntese, a “partidocracia” promove o aggiornamento das oligarquias tradicionais. ***
*** há 4 horas Correio Braziliense Análise: Federações e fusões são uma corrida do ouro nas eleições ************************************************************************************* *** Por dentro de “A organização”, novo livro de Malu Gaspar | Part.2 4.534 visualizações10 de dez. de 2020 *** Companhia das Letras 84,3 mil inscritos Neste vídeo, a jornalista Malu Gaspar nos conta sobre os bastidores da escrita de “A organização: A Odebrecht e o esquema de corrupção que chocou o mundo”. Além de revelar um pouco do modus operandi do conglomerado, a autora relembra o que era a Odebrecht antes da Lava Jato. “A organização” é resultado de um trabalho que durou mais de três anos, período em que Malu entrevistou centenas de fontes e reuniu mais de 300 pastas com petições, inquéritos e documentos em que os executivos revelam as histórias da organização. ************************************************
*** SINOPSE Malu Gaspar destrincha, numa crônica eletrizante, a história completa (e a secreta) da ascensão, do auge e da queda da Odebrecht. Em 2015, quando a força-tarefa da Lava Jato fulminou o "clube" de empreiteiras que controlava os contratos com a Petrobras, a Odebrecht liderava com folga o ranking das empresas de engenharia nacionais. Delatados por colaboradores da Justiça, alguns de seus principais executivos foram presos, acusados de uma volumosa coleção de crimes. Para tentar sobreviver à hecatombe, a organização — era assim que os controladores e funcionários se referiam à companhia — e seus dirigentes confessaram um longo histórico de práticas escusas que abalou a República e chocou o mundo, envolvendo propinas a centenas de políticos, de prefeitos a presidentes. Emilio e Marcelo Odebrecht, pai e filho, cujo relacionamento sempre fora difícil, romperam publicamente em meio a um duelo de denúncias. Neste livro sobre a glória e a desgraça da Odebrecht, Malu Gaspar desvenda as engrenagens de um sistema de corrupção que parecia inviolável, e lança luz sobre as espúrias relações entre Estado e empresas que condicionaram por muito tempo uma espécie de "capitalismo à brasileira". https://www.travessa.com.br/a-organizacao-a-odebrecht-e-o-esquema-de-corrupcao-que-chocou-o-mundo-1-ed-2020/artigo/70757948-608e-4687-abfa-b10dddf81007?pcd=041&gclid=Cj0KCQiAgP6PBhDmARIsAPWMq6l8qGeuW1jZfWTU6nz3AhcCtfUNRpRIOVUZLP0v9FHQGCNHljoBIG4aApR7EALw_wcB ************************************************************************************** A organização - A Odebrecht e o esquema de corrupção que chocou o mundo, obra da jornalista e escritora Malu Gaspar, é uma obra de arte, foi um presente que a jornalista deu ao povo do Brasil neste ano de 2020, a qual todos nos brasileiros deveríamos ter a obrigação de ler. Não tenho dúvidas que será uma leitura adotada em vários cursos de bacharelados e licenciaturas nos próximos anos. Em 639 páginas e três anos de pesquisa e muito trabalho, Malu Gaspar expõe as vísceras do sistema político brasileiro e de boa parte dos países da América Latina e África e como os políticos, muitos chefes de Estado e empresários brasileiros rifaram e traíram o povo do Brasil nas últimas décadas. Uma relação entre empresários, agentes públicos e políticos, “quase” de uma quadrilha organizada, aparelhada para roubar os cofres públicos da União. Um sistema nunca visto na história da humanidade. Discover the world's research ABSTRACT ********************************************
*** Nas entrelinhas: Federações e fusões são uma corrida do ouro nas eleições Publicado em 06/02/2022 - 07:50 Luiz Carlos AzedoCongresso, Eleições, Ética, Justiça, Memória, Partidos, Política, Política, Sem categoria, Tecnologia Número de candidatos, fusões e federações facilitam a concentração de recursos nos atuais mandatários, desequilibrando a disputa e obstruindo a renovação política dentro e entre os partidos Comecemos pelos conceitos. Segundo Max Weber, partidos políticos são associações que visam determinado fim, seja a realização de um plano objetivo com intuitos materiais ou ideais, seja um projeto pessoal, “destinado a obter benefícios, poder e, consequentemente, glória para os chefes e sequazes”, ou então tudo isso junto. Os “partidos de notáveis” surgem na Europa e nos Estados Unidos na primeira metade do século XIX, inicialmente na Inglaterra, que tem o parlamento mais antigo, com o Reform Act de 1832; e os “partidos de organização de massa”, do final do século XIX, com os partidos socialistas da Alemanha (1875), Itália (1892), Inglaterra (1900) e França (1905). Após a Segunda Guerra Mundial, com a ampliação da democracia representativa e os novos meios de comunicação de massa, ambos os modelos passam a ter características de partidos eleitorais de massa, mais preocupados em ampliar sua influência do que representar as ideias e/ou os setores dos quais se originaram. Com o surgimento da internet e a formação de redes sociais, na chamada sociedade pós-moderna, tudo isso foi posto em xeque, provocando uma reação das instituições da democracia representativa e dos próprios partidos. A eleição de Barack Obama, nos Estados Unidos, de certa forma, foi um marco dessa capacidade de assimilação dos partidos. Outro, no sentido contrário, a fragmentação partidária na Europa. Entretanto, não existe democracia representativa sem partidos políticos. Mesmo os movimentos antissistema que surgiram com a crise da democracia representativa acabam convergindo para o sistema partidário, em razão das disputas eleitorais. Aqui no Brasil, no Império, os partidos foram grandes protagonistas da construção do Estado moderno e da integridade territorial; entretanto, são responsáveis também pela forte herança escravocrata e a formação de oligarquias na República Velha. Mesmo depois da Revolução de 1930, muita coisa mudou na política para continuar como antes. A partir da Constituição de 1988, as oligarquias encontraram um novo caminho de sobrevivência na proliferação de partidos, decorrente da existência do fundo partidário com recursos públicos. Entretanto, o modelo de financiamento das campanhas eleitorais continuava sendo o secular “caixa dois”, com origem no superfaturamento de obras e serviços, no desvio de recursos públicos e na distribuição de propina em larga escala, que desvirtuaram as “doações eleitorais”. Partidocracia A casa caiu com o escândalo da Petrobras e a Operação Lava-Jato. A jornalista Malu Gaspar, no livro A organização, a Odebrecht e o esquema de corrução que chocou o mundo (Companhia das Letras), desnuda o grau de sofisticação e amplitude da corrupção na nossa política. Na sociedade, a reação a isso se deu a partir das manifestações populares de 2013, com a emergência de movimentos cívicos e narrativas antissistema, que resultaram no impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2017, e na eleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2018, um tsunami eleitoral, que gerou o desgoverno atual e um Congresso piorado. Com a captura da Mesa da Câmara e, depois, do Orçamento da União pelo Centrão, PP, PL e Republicanos, principalmente, passaram a ser o eixo de sustentação do governo Bolsonaro no Congresso. Para se perpetuar os atuais mandatos, surgiram as bilionárias “emendas de relator”, também chamadas de “orçamento secreto” (no ano passado, foram R$ 16,9 bilhões; neste ano, serão R$ 16,2 bilhões em emendas), fora as emendas individuais (R$ 10,5 bilhões) e de bancada (R$ 5,7 bilhões). E, também, aumentaram o fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões, distribuídos de acordo com representação na Câmara. A redução drástica do número de candidatos e a possibilidade de fusões e formação de federações partidárias facilitam a concentração desses recursos nos atuais mandatários, desequilibrando a disputa eleitoral e obstruindo a renovação política dentro e entre os partidos. Até as pré-candidaturas à Presidência são desestimuladas e esvaziadas para concentrar recursos. Controladores das legendas e bancadas federais promovem uma espécie de corrida do ouro, num jogo de cartas marcadas. O ex-deputado Miro Teixeira, estudioso do sistema eleitoral, está horrorizado com o volume de recursos utilizados no “mercado” de formação de nominatas. “Nunca houve tanta promessa de dinheiro para os candidatos”. Surge uma “partidocracia”, formada por chefes políticos e parlamentares que querem monopolizar o poder político e a participação na vida política organizada da sociedade. É uma contradição com a existência das redes sociais e a capacidade de organização da sociedade de forma autônoma e virtual. Para isso, seria preciso também monitorar, controlar, manipular e centralizar a relação dos partidos nessas redes. Em síntese, a “partidocracia” promove o aggiornamento das oligarquias tradicionais. Os exemplos estão em quase todos os nossos partidos, basta procurá-los em Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre. https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-federacoes-e-fusoes-sao-uma-corrida-do-ouro-nas-eleicoes/?fbclid=IwAR1XPjyzsNw7SIvX8z-zP0UxDcU52aLkJfWjqck0gW1fc2bV-FMpNP5wpP4 ******************************************************************************************
*** O mal que Lula faz à oposição O Estado de S. Paulo O PT é inimigo da esquerda democrática e responsável. Com sua pretensão de hegemonia, dificulta e, muitas vezes, inviabiliza o debate de políticas mais sérias à esquerda Quem mais se vê tolhido pelo lulopetismo é a própria esquerda democrática. Segundo o conto lulopetista, Luiz Inácio Lula da Silva seria o grande líder da esquerda brasileira, aquele que, nas últimas décadas, mais teria contribuído para o fortalecimento da chamada causa progressista no País. De acordo com a anedota, o exsindicalista encontrou resistência nos setores conservadores da sociedade, mas sua trajetória política seria a realização plena do sonho da esquerda: o operário que chega ao poder e transforma os caminhos da população. Nesse enredo, Lula seria o grande adversário da direita e o grande amigo da esquerda. É fato que Lula, especialmente depois de forjar a desumana e antissocial divisão do País do “nós contra eles” e subverter a moralidade pública, encontrou e encontra forte oposição em parte considerável da população. Seria equivocado, no entanto, imaginar Luiz Inácio Lula da Silva como o grande benfeitor da causa da esquerda, tal como narra o conto lulopetista. A atuação do líder petista faz muito mal também à própria esquerda, submetendo-a a interesses particulares e impedindo sua livre organização e modernização. Caso paradigmático é a contribuição de Lula para a permanência de Jair Bolsonaro no poder. Quando parcela significativa da população – especialmente, o eleitorado mais à esquerda –, indignada com a atuação do governo federal na pandemia, passou a pedir o impeachment de Bolsonaro, o PT fez mero jogo de cena. A omissão de Lula foi, no mínimo, incompatível com sua pretensa função de “grande liderança da esquerda”. Como se diz, o ex-sindicalista ficou na moita. Não fez nenhum movimento que pudesse acarretar eventual inelegibilidade de Bolsonaro. Afinal, sem o ex-capitão na corrida eleitoral, Lula teria muito mais dificuldade em sua campanha para voltar ao Palácio do Planalto. Dessa forma, quando muitos se perguntam como foi possível que a nefasta atuação de Jair Bolsonaro na pandemia não tenha levado ao impeachment do presidente, é preciso advertir a ajuda especial de Luiz Inácio Lula da Silva ao ex-capitão. O PT contribuiu para o Congresso permanecer alheio ao tema. Vale lembrar também que Lula – que agora procura expandir os contornos de sua candidatura, fazendo tratativas com políticos mais à direita – proibiu expressamente Fernando Haddad de fazer movimento similar em 2018, até mesmo no segundo turno. Na prisão em Curitiba, Lula não trabalhou pela vitória da esquerda, mas exclusivamente por sua causa pessoal. Tudo isso, que talvez escandalize pessoas mais jovens, não é nenhuma novidade. A história do PT sempre foi a tentativa de submeter o campo da esquerda à sonhada hegemonia de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa pretensão provocou muitos atritos e rupturas. É fato notório que muita gente, ligada às origens da legenda, se frustrou profundamente com as práticas e rumos adotados pelo PT. Mas o mal que Lula faz à esquerda transcende os limites de seu partido. Tal pretensão de hegemonia abastardou o debate e a articulação de propostas políticas sérias mais à esquerda. Muitas vezes, a discussão de ideias e projetos no chamado campo progressista – tão necessária para uma democracia plural e madura – ficou inviabilizada pela atuação de Lula e de sua legenda, que, incapazes do diálogo, não tinham maiores pudores em impor seus interesses. A campanha de desinformação do PT em 2014 contra a então candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, é apenas um exemplo, entre muitos, de como Lula trata quem é de esquerda, mas não lhe presta vassalagem. Diante disso, compreende-se o fenômeno que se vê neste início de ano: a resistência de políticos com um pouco mais de experiência, que já sentiram na pele o modus operandi lulopetista, a apoiar a pré-candidatura de Lula. A rigor, não é a direita que sofre com Lula. Quem mais padece e se vê tolhido pelo lulopetismo é o próprio campo da esquerda democrática e responsável, que, entre outros danos sofridos, se torna invisível para grande parte da população, ofuscado por um político parado no tempo que só se ocupa de si mesmo. *** Cristovam Buarque fala sobre educação, debandada no INEP e mais | UOL Entrevista (09/11/21) 12.350 visualizaçõesTransmitido ao vivo em 9 de nov. de 2021 *** UOL 2,01 mi de inscritos O ex-ministro da Educação Cristovam Buarque participa do UOL Entrevista desta terça-feira (9) para falar sobre a educação no Brasil, a debandada no INEP e outros assuntos. A entrevista será conduzida pela apresentadora do UOL Fabíola Cidral e tem participação dos colunistas do UOL Leonardo Sakamoto e Josias de Souza *********************************************************
*** domingo, 6 de fevereiro de 2022 Paes critica apoio de Lula a Freixo e vê 'salto alto' do petista no Rio O Globo Prefeito disse em entrevista ao Valor Econômico que ex-presidente não tem relevância em eleição para governo do Rio RIO — O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em entrevista ao 'Valor Econômico' que o ex-presidente Lula (PT) não tem relevância na eleição para o governo do Rio e que o apoio do petista ao pré-candidato ao Palácio Guanabara Marcelo Freixo (PSB) demonstra uma postura de “salto alto” de sua campanha. A declaração provocou reação por parte do presidente do PT-RJ, João Maurício, que disse que o foco do partido está na campanha à presidência. “O Lula não é o fator relevante para mim nesta eleição local aqui”, disse Paes, na entrevista, afirmando que o ex-presidente não é um cabo eleitoral determinante no Rio como é em estados do nordeste. “A posição tem sido: ‘Quero governo do Estado, Senado e Presidência da República e quem quiser vir que bata palma pra mim'. A postura do Lula, eu diria com certo salto alto no Rio de Janeiro, não é a de alguém que está buscando somar”, completou. Ele questionou as credenciais de Freixo, que é deputado federal, para ocupar o cargo. Segundo Paes, uma pesquisa encomendada pelo PSD mostra que o parlamentar teria perdido a ampla vantagem que tinha sobre o governador Cláudio Castro (PL), com quem estaria num empate técnico. “Freixo não tem qualquer experiência no Executivo. Como vai ajeitar a situação fiscal (do Estado) alguém que a vida inteira defendeu todo tipo de irresponsabilidade? Como vai atrair empresa alguém que a vida inteira disse que concessão e PPP é uma desgraça do capitalismo mundial? Como vai enfrentar o problema da violência alguém que defendeu a extinção da Polícia Militar?”, disparou. Paes ironizou Freixo dizendo que “a vida inteira quis essa imagem de rebelde” “aquela coisa Belchior, apenas um rapaz romântico latino-americano sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo lá de Niterói, ou São Gonçalo, sei lá de onde ele vem”. O prefeito do Rio vem se movimentando para emplacar uma candidatura competitiva contra Freixo, que é um de seus principais adversários políticos. Na última quarta-feira, em reunião com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ele oficializou a aliança entre o PSD e os pedetistas para a disputa pelo Palácio Guanabara. O encontro selou a união entre os pré-candidatos de ambos os partidos — o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz (PSD). Ainda não há definição sobre quem vai encabeçar a futura chapa e a expectativa é que um se lance ao governo do estado e outro se candidate ao Senado. As movimentações do prefeito do Rio sobre as disputas do Rio ocorrem após o PT dar a largada na formação de sua chapa com Lula garantindo que o partido irá apoiar Freixo. Além disso, o partido lançou o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), como pré-candidato a senador. Ainda na entrevista, Paes afirmou esperar que o PSD tenha um candidato ao Planalto. Enquanto a pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco esfria, o partido tenta atrair nomes como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, para servirem de opções na corrida ao Palácio do Planalto. O prefeito do Rio avalia ainda apoiar o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, que irá fazer uma palestra para seu secretariado neste domingo e com quem vai ter uma conversa política na sequência. https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/02/paes-critica-apoio-de-lula-freixo-e-ve.html

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