quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

SEM ADJETIVOS, CANELADAS

*** Nas entrelinhas: A política mundial caminha no sentido anti-horário; no Brasil, também. Publicado em 02/02/2022 - 07:41 Luiz Carlos AzedoChile, China, Ciência, Comunicação, Economia, Eleições, EUA, Governo, Meio ambiente, Memória, OPEP, Política, Política, Rússia, Venezuela Caso Lula faça seu aggiornamento, a estratégia de seus concorrentes no campo democrático não passará da mera busca de sobrevivência na trincheira parlamentar Desde a eleição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a política mundial caminha no sentido anti-horário. As recentes eleições chilenas e, neste fim de semana, os pleitos portugueses mostram isso. A onda eleitoral favorável às forças mais conservadoras e reacionárias, em vários países da Europa e da América Latina, foi contida em razão de fatores que também estão se apresentando nas eleições brasileiras. Primeiro: indiscutivelmente, a pandemia de covid-19 desorganizou a economia e escancarou as desigualdades sociais num quesito básico, o direito à vida. Segundo: o novo choque de petróleo, patrocinado pela Opep, pela Rússia e pela Venezuela, grandes produtores mundiais. Terceiro: a economia do carbono está tornando a vida humana no planeta muito mais difícil e ameaça o futuro da espécie. Quarto: a compreensão no Ocidente de que não existe salvação fora da democracia, por sinal, muito bem lembrada em 27 de janeiro passado, em memória do Holocausto. É uma corrida contra o tempo, porque o mundo está mudando em razão das novas tecnologias e sua utilização em grande escala, mas essas mudanças estão aprofundando o fosso entre o centro e a periferia do capitalismo e entre ricos e pobres, em todas as sociedades, algumas menos, a maioria mais, o que coloca em risco a própria democracia. O status quo internacional herdado do pós II Guerra Mundial está sendo posto em xeque, como agora, na crise da Ucrânia, que, mais uma vez, confirma a tese de Jürgen Habermas, um filósofo e sociólogo alemão, de descongelamento do pacto de fronteiras tecido na Conferência de Yalta, na Criméia, que na época ainda era território da Rússia. Realizado entre os dias 4 e 11 de fevereiro de 1945, o encontro reuniu o presidente americano Franklin Roosevelt, o premiê britânico Winston Churchill e o líder soviético Joseph Stálin. Desde a queda do Muro de Berlim, velhos conflitos entre nações e povos da Europa estão sendo exumados. Estamos diante de uma nova “guerra fria”, na qual os Estados Unidos estão abrindo duas frentes de fricção: uma na Ásia, aliado a Taiwan e ao Japão, contra a China; a outra, no Leste Europeu, aliado à Inglaterra e à Ucrânia, contra a Rússia. É nesse cenário que agora se desenvolve a corrida mundial para reinventar o Estado e a disputa pela hegemonia da nova economia mundial, que substituirá o carbono pela energia limpa. Esse é, também, o pano de fundo da disputa política que está em curso no Brasil, em razão das eleições de outubro próximo. A polarização política que estamos observando nas eleições faz parte desse contexto. Bolsonaro representa as forças mais conservadoras desse processo, com as quais está se articulando internacionalmente, embora tenha perdido seus principais aliados na cena mundial, com as derrotas de Donald Trump, nos Estados Unidos, e Benjamin Netanyahu, em Israel. No outro lado do campo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se esforça para ocupar o espaço das forças de centro, embora sua candidatura seja essencialmente de uma esquerda tradicional. O reposicionamento de Lula não ocorre por acaso. O ex-presidente está conectado a lideranças importantes da Europa e sabe que o desafio de incorporar o Brasil à nova realidade global depende de novos paradigmas e não do velho nacional-desenvolvimentismo. Será capaz de fazer isso? Desafios ao centro De certa forma, o destino das forças políticas que buscam a construção de uma terceira via nas eleições presidenciais depende dessa resposta. Caso Lula faça seu aggiornamento, a estratégia de seus concorrentes no campo democrático não passará da mera busca de sobrevivência na trincheira parlamentar. A massa crítica adquirida por sua candidatura nas camadas de mais baixa renda, beneficiadas durante seu governo, sustenta a polarização com o presidente Jair Bolsonaro, cuja posição segura no segundo turno está ameaçada, mas não a ponto de se tornar irreversível. Em razão da força do Estado brasileiro e das corporações e segmentos da sociedade que se identificam com sua narrativa, Bolsonaro ainda garante seu lugar no segundo turno. Os demais candidatos de oposição enfrentam duas grandes dificuldades: a fragmentação do seu campo de forças, que funciona como um balaio de caranguejos, ou seja, quando um pré-candidato tenta fugir do cesto, o outro o puxa para baixo; e a ausência de uma narrativa eleitoral robusta, que consiga sensibilizar a grande massa do eleitorado refratária à polarização e oferecer propostas exequíveis para a retomada do desenvolvimento. Teoricamente, Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), André Janones (Avante), Simone Tebet (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania), Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe d’Ávila (Novo), protagonistas da fragmentação, podem enfrentar esse problema. Para isso, precisam promover, sinceramente, uma composição dessas forças em bases eleitorais sustentáveis; formular um programa comum, que dê respostas à necessidade de fortalecer a democracia e desenvolver o país de forma sustentável e integrada à economia mundial; e defender o combate efetivo à desigualdade e à exclusão social, com metas claras e exequíveis. Parece fácil, mas não é. https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-a-politica-mundial-caminha-no-sentido-anti-horario-no-brasil-tambem/?fbclid=IwAR0oFzAIBgXNV1jHfgo8KyjihdbhSwsftp7MRr0cvjvhDDLac2Y2jovE9UI *****************************************************************************************************
*** JOURNAL ARTICLE El resistible aggiornamento del PC italiano Bernard Bonilauri Política Exterior Vol. 3, No. 11 (Summer, 1989), pp. 131-140 (10 pages) Published By: Estudios de Política Exterior S. A. https://www.jstor.org/page-scan-delivery/get-page-scan/20642854/0 ***************************************************************************** El resistible aggiornamento del PC italiano JUNE 21, 1989 El desfallecimiento del Partido Comunista de Italia es un fenómeno profundo: es la identidad histórica del partido lo que está en juego. Los portavoces del PCI no intentan ya enmascarar la duda y la impotencia que les agitan; analizan libremente las causas de la decadencia de las fuerzas comunistas, sobre todo en las columnas de la prensa burguesa capitalista. *** El ‘acuerdo del siglo’, y la tarea del mes ***
*** El ‘acuerdo del siglo’, y la tarea del mes *** La guerra del Peloponeso y la trampa del imperio ***
*** La guerra del Peloponeso y la trampa del imperio Resolver la crisis del Golfo fuera del Golfo ***
*** Resolver la crisis del Golfo fuera del Golfo ******************************************************************* Na abertura do Ano Judiciário de 2022, Barroso destaca os 90 anos da JE e a importância do fortalecimento da democracia Presidente do TSE também lamentou o crescimento de casos de covid-19 com a variante Ômicron 01.02.202221:15 ***
*** Compartilhar página via facebookCompartilhar página via twitterCompartilhar página via Whatsapp Sessão do TSE por videoconferência - 01.02.2022 “Esta abertura do Ano Judiciário se dá no ano em que a Justiça Eleitoral (JE) completa 90 anos. Até 1932, quando da sua criação, o voto não era secreto, a apuração não era confiável e o lançamento dos resultados dos mapas eleitorais era o caminho da fraude. As mulheres não votavam e muito menos podiam ser votadas, direito conquistado após muitas lutas”. Foi com esse resgate da história da JE que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, abriu, nesta terça-feira (1º) o primeiro semestre forense de 2022. Assista ao vídeo com o discurso do presidente do TSE. *** *** Sessão de Abertura do Ano Judiciário Eleitoral 2022 1.516 visualizaçõesTransmissão ao vivo realizada há 22 horas justicaeleitoral *** Barroso fez uma defesa enfática da democracia, do sistema eletrônico de votação e do trabalho da imprensa profissional. O presidente da Corte Eleitoral lamentou também as tentativas de desqualificar o processo eleitoral brasileiro e lastimou o crescimento de casos de covid-19, com a variante Ômicron, no país e no mundo. JE 90 anos Para Barroso, nesses 90 anos, a Justiça Eleitoral se tornou indispensável para a democracia brasileira. “É ela que cuida do alistamento dos eleitores, do registro das candidaturas e da organização das mesas de votação, da apuração de votos, da proclamação dos resultados, com inovações – como a nova urna eletrônica – que asseguram confiança, rapidez e eficiência na coleta e na apuração de votos. A Justiça Eleitoral, que eu presido provisoriamente, é um orgulho para o Brasil por sua agilidade e eficiência”, disse. O ministro lembrou que a JE é composta por 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), mais de 2,8 mil juízas e juízes, 15,4 mil servidoras e servidores. “Administramos a quarta maior democracia do mundo, com 150 milhões de eleitores. Cumprimento nesses anos todos os integrantes da família da Justiça Eleitoral por nos ajudarem a fazer um país melhor e maior”, afirmou. Saúde e pandemia Barroso destacou a importância das ações dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) na garantia de aplicação das vacinas e demais atividades relacionadas ao combate da pandemia de covid-19. O ministro ressaltou que, por conta do avanço da variante Ômicron, foi adiado o retorno das atividades do TSE de forma presencial, até haver a segurança sanitária determinante ao exercício pleno do trabalho dos servidores e colaboradores da Justiça Eleitoral. Combate à desinformação O presidente do TSE lembrou as inúmeras tentativas de desqualificar o processo eleitoral, destacando, por outro lado, o fortalecimento do Programa de Enfrentamento à Desinformação. O Tribunal renovou a parceria com agências de checagem e com as principais redes sociais em operação no Brasil, como Facebook, Instagram, Twitter, Google/YouTube, TikTok e WhatsApp. “Com o WhatsApp, ainda nesta semana que passou, falei com o head internacional da plataforma. Notícias circularam informando que seria aumentado o número de integrantes dos grupos e de pessoas às quais mensagens poderiam ser repassadas. O diretor da empresa afirmou que não era bem isso o que estava em cogitação, mas assegurou que, até as eleições, nada mudará”, destacou Barroso. Já sobre outras plataformas de mensagem que queiram operar no Brasil, o entendimento do presidente do TSE é de que as empresas têm de se sujeitar à legislação brasileira e às autoridades judiciais do país. “Nenhuma mídia social pode, impunemente, se transformar num espaço de pedofilia, venda de armas, de drogas, de notas falsas ou de campanhas de ataques contra a democracia”, salientou. De outro lado, Barroso enalteceu o trabalho da imprensa, cumprimentando os profissionais que cobrem as sessões e ações do TSE levando ao público informações verdadeiras, separando, com propriedade, fato de opiniões. “No mundo da pós-verdade, dos fatos alternativos, nunca foi tão importante o trabalho da imprensa nacional”, destacou o ministro. Missão internacional Durante a sessão, Barroso informou que está em Washington (EUA), na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), onde acompanhará a divulgação, nesta quarta-feira (2), do relatório final da missão internacional sobre as Eleições de 2020 no Brasil. No último fim de semana, o ministro acompanhou, como observador internacional, as eleições de Portugal, que, segundo ele, ocorreram de forma “civilizada e respeitosa”. Preparação para as Eleições 2022 Barroso, que se despede do Tribunal no fim deste mês, agradeceu aos ministros da Corte e congratulou a gestão que estará à frente da preparação das Eleições 2022, conduzida pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que serão empossados presidente e vice-presidente da Corte no dia 22 de fevereiro. “Ter estado à frente do TSE, na companhia das pessoas com quem tenho podido viver a aventura de produzir eleições limpas e seguras, foi uma das alegrias da minha vida. Nos tratamos com respeito, consideração e afetuosidade. Essas são as energias que empurram a história, que movimentam o mundo e que trazem a vida boa”, disse. Ministério Público Ao cumprimentar os ministros do TSE, o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, elogiou o trabalho da Justiça Eleitoral, destacando a atuação da Corte Eleitoral durante esses 90 anos e o importante papel das urnas eletrônicas para a garantia de eleições limpas e seguras. “Reforço aqui o quanto precisamos de paz, o quanto precisamos de uma Justiça Eleitoral que desafia, a cada período eleitoral, a vontade de milhões de brasileiros que sofrem todos os influxos possíveis. A todos que compõe a JE e ao Ministério Público Eleitoral compete propiciar segurança jurídica para que a vontade do eleitor se concretize”, afirmou. MM, TP/LC, DM Tags: #eleições 2022 #Sessão de julgamento #Sessões de julgamento Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Últimas notícias postadas Recentes Relatório da OEA exalta trabalho do TSE contra a desinformação e elogia organização das eleições durante a pandemia Documento foi entregue ao presidente da Corte durante cerimônia nos EUA Troca de cédula oficial por cédula falsa no momento do voto era comum Troca de cédula oficial por cédula falsa no momento do voto era comum TSE julga recursos sobre propaganda eleitoral irregular e promoção pessoal em redes sociais Na sessão desta terça (1º), o Plenário do TSE julgou dois recursos relativos às Eleições de 2020 em Fortaleza (CE) e Ibimirim (PE) e um referente ao pleito de 2018 no Rio de Janeiro (RJ) https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2022/Fevereiro/na-abertura-do-ano-judiciario-de-2022-barroso-destaca-os-90-anos-da-je-e-a-importancia-do-fortalecimento-da-democracia ************************************************ PF conclui investigação, mesmo sem depoimento de Bolsonaro e reafirma crime Para delegada responsável pelo caso, ausência de Bolsonaro não trouxe prejuízo ao inquérito. PF aponta crime do presidente ao vazar documentos sigilosos LP Luana Patriolino postado em 02/02/2022 13:39 / atualizado em 02/02/2022 15:37 ***
*** (crédito: AFP) (crédito: AFP) *** A Polícia Federal concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve conduta criminosa ao vazar, durante live, um inquérito sigiloso que apurava um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relatório final da investigação foi enviado na noite de terça-feira (1º/2) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A delegada federal Denisse Ribeiro está à frente do inquérito. Ela pediu a Moraes compartilhamento do caso com a investigação das milícias digitais. Ribeiro reiterou convicção, mesmo sem o depoimento do chefe do Executivo, que faltou à oitiva na última sexta-feira (28/1). Para a PF, as provas juntadas durante a investigação são suficientes para a conclusão. A delegada manteve a conclusão de que Bolsonaro e o deputado Filipe Barros tiveram “atuação direta, voluntária e consciente” na prática do crime de vazamento de dados sigilosos, pois, segundo ela, “na condição de funcionários públicos, revelaram conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim das diligências (Súmula nº 14 do STF). Moraes poderá passar o caso adiante, com o encaminhamento do relatório para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) — que deve decidir se vai denunciar Jair Bolsonaro. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/02/4982077-policia-federal-conclui-investigacao-mesmo-sem-depoimento-de-bolsonaro.html

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