Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Tô
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Tom Zé
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Ouça Tô
Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar
Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar
Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar
Ouça Tô
Composição: Tom Zé / Elton Medeiros.
https://www.letras.mus.br/tom-ze/164918/
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Gleisi, sobre CPI contra Moro: "Não vejo necessidade"
Redação O Antagonista
Redação O Antagonista
25.01.22 11:54
A petista disse que, como os processos envolvem falências de empresas, não se sabe se a Câmara pode investigar a atuação do ex-juiz na consultoria americana
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Gleisi, sobre CPI contra Moro: “Não vejo necessidade”
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A deputada Gleisi Hoffmann (foto), presidente do PT, disse ao UOL que não vê necessidade de uma CPI para “investigar” Sergio Moro.
Leia também: As reações na Câmara à tentativa do PT de emplacar uma CPI contra Moro
Segundo ela, o partido não pedirá, na Câmara, a instalação de uma CPI que envolveria a atuação do ex-juiz da Lava Jato na consultoria Alvarez & Marsal.
“Não vejo necessidade de CPI para a gente chegar a essas informações.”
A verdade é que o PT esbarrou em um entrave jurídico para a instalação da eventual CPI.
“Estamos fazendo estudos jurídicos. Como esses processos envolvem falências de empresas, precisamos saber se juridicamente a gente poderia instaurar CPI sobre isso.”
Gleisi também disse ao UOL que “esperamos que o TCU compartilhe conosco os documentos sobre o caso”.
Leia clicando aqui o artigo de Mario Sabino intitulado “Lula é um perigo para a democracia brasileira”.
https://www.oantagonista.com/brasil/gleisi-sobre-cpi-contra-sergio-moro-nao-vejo-necessidade/
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Economia e política direto ao ponto
Especial: Resumão completo sobre a Operação “Lava Jato” e o “Petrolão”
Fique por dentro e atualizado com um resumo completo sobre a Operação Lava Jato e o "Petrolão".
Por Alan Ghani
3 mar 2016 12h47
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores
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1) O que é o “Petrolão e Operação “Lava Jato”?
“Petrolão” é um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, ocorrido durante o governo Lula e Dilma, que envolvia cobrança de propina das empreiteiras, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e superfaturamentos de obras contratadas para abastecer os cofres de partidos, funcionários da estatal e políticos. Esse esquema é alvo de investigações da Polícia Federal por meio de uma operação denominada “Lava Jato”. Cada fase dá operação Lava Jato recebe um apelido específico. Por exemplo, a 23ª fase ficou conhecida como “Operação Acarajé”.
2) Como funcionava o esquema de corrupção?
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A Petrobras contratava empreiteiras para grandes obras. Funcionários da Petrobras cobravam propina das empreiteiras para fechar contratos superfaturados com a estatal. De acordo com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, os contratos eram superfaturados, em média, em 3%. Por exemplo, numa obra contratada pela Diretoria de Abastecimento, orçada inicialmente em 1 bilhão (valor de mercado), a Petrobras pagava 1 bilhão e 30 milhões para empreiteira. Desse sobrepreço de 30 milhões pagos a mais pela Petrobras, 20 milhões ficava com o PT, e os 10 milhões restantes eram destinados ao PP, ao diretor da estatal e ao operador responsável pela distribuição do dinheiro (veja aqui o áudio no qual o diretor da Petrobras explica o esquema com detalhes).
3) Então a Petrobras foi roubada por meio de contratos superfaturados?
Sim, pois a Petrobras pagava para as empreiteiras, nas obras contratadas, um valor muito acima do valor de mercado. As diretorias, envolvidas no recebimento de propinas para facilitar obras superfaturadas para empreiteiras, eram: Abastecimento (diretor, Paulo Roberto Costa e o gerente, Pedro Barusco), Engenharia e Serviços (diretor: Renato Duque), Internacional (diretores: Nestor Cerveró e Jorge Zelada).
4) Como parte do “lucro” das empreiteiras, roubado da Petrobras por superfaturamento, era distribuído para políticos e diretores da estatal?
Os operadores (veja lista no final) eram os intermediários responsáveis pela distribuição de propina das empreiteiras para os diretores da Petrobras que facilitavam os contratos superfaturados com elas.
Os operadores também eram responsáveis pela distribuição de parte do “lucro” das empreiteiras, roubados da Petrobras por superfaturamento, para partidos e políticos. Basicamente, o dinheiro chegava aos partidos e/ou políticos da seguinte forma de acordo com os indícios da Polícia Federal:
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a) Parte do dinheiro roubado era doada pelas empreiteiras para partidos políticos nas suas campanhas eleitorais.
b) Parte do dinheiro era desviada para contas no exterior. Por exemplos, as empreiteiras contratavam serviços de empresas fictícias e realizavam o pagamento em contas fora do pais cujo destino final seria partidos e políticos.
c) Parte do dinheiro era desviada por meio de compra de bens e reformas de imóveis para políticos. A acusação das reformas pagas pela OAS e pela Odebretch de um Triplex e de um sítio, supostamente pertencentes à Lula, se enquadraria nesta categoria.
5) Quais são as empresas participantes do esquema de corrupção?
Odebrecht (presidente: Marcelo Odebrecht. Foi preso em caráter preventivo).
Andrade Gutierrez (presidente: Otávio Marques de Azevedo. Foi preso em caráter preventivo).
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UTC (ex presidente: Ricardo Pessoa. Está em prisão domiciliar).
OAS (ex presidente, Leo Pinheiro, condenado a 16 anos de prisão).
Camargo Corrêa (ex presidente do Conselho de Administração: Dalton dos Santos Avancini, preso e condenado).
Outras: Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Engevix, Toyo Setal.
6) Quais as principais obras suspeitas de superfaturamento?
Refinaria Abreu e Lima (PR), Comperj (Rj), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (RP) e Pasadena (Texas, EUA).
7) Até agora, quanto de dinheiro foi roubado? Qual o prejuízo estimado para nação?
De acordo com a PF, o prejuízo que a Petrobras causou a nação foi de 42 bilhões de reais (veja aqui).
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8) Por que Dilma pode sofrer cassação ou impeachment em relação ao Petrolão?
O vazamento da delação premiada de Delcídio do Amaral acusa Dilma de interferir na Operação “Lava Jato”
De acordo com os depoimentos dos envolvidos, a campanha de Dilma recebeu dinheiro roubado da Petrobras para a sua eleição em 2010 e 2014. Até agora, Dilma já foi citada em 11 depoimentos (veja aqui).
Além disso, o doleiro Alberto Youssef afirma que Dilma e Lula conheciam o esquema de roubo da Petrobras.
De acordo com o Antagonista, a Andrade Gutierrez admitiu ter pagado 6,28 milhões de reais à agência de comunicação Pepper por meio de um contrato fictício. Ainda, segundo o Antagonista, “é prova de que ela foi eleita com dinheiro roubado da Petrobras”. Mesmo que o dinheiro tenha sido usado para sua campanha de 2010 e não de 2014, Dilma pode ser cassada devido ao princípio de continuidade administrativa.
De acordo com o depoimento de Ricardo Pessoa da UTC, ele teria repassado 7,5 milhões de dinheiro desviado da Petrobras que teriam ajudado a reeleger Dilma em 2014.
Por fim, a presidente Dilma participava do conselho da Petrobras na época da compra de Pasadena, a qual é investigada pela Lava Jato por ter sido adquirida por um preço muito acima do seu valor de mercado.
9) Por que Lula pode ser preso?
Lula é acusado de ocultar o patrimônio, um tríplex no Guarujá(SP) e um sítio em Atibaia(SP). A reforma do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia teriam sido pagos pela empreiteira OAS e Odebrecht, envolvidas no “Petrolão“.
O fato pitoresco é que Lula também é acusado de comprar, supostamente com dinheiro público, pedalinhos para o sítio que foram apelidados com os nomes de seus netinhos.
De acordo com reportagem da revista Época, (aqui) Lula também é investigado pelo Ministério Público Federal por tráfico de influência internacional para favorecer contratos da Odebrecht no exterior e por facilitar empréstimos do BNDES para a mesma empreiteira (aqui).
Delcídio do Amaral diz que Lula fez pagamentos à família do diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, em delação premiada vazada para imprensa.
10) Cenas dos próximos capítulos (fique de olho):
Depoimentos “bomba” de Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, e Márcio Faria e Rogério Araújo, da Odebrecht.
Depoimento do Senador Delcídio Amaral do PT.
Depoimento de Leo Pinheiro da OAS que poderá trazer informações de que Lula é dono do triplex e do sítio em Atibaia.
Obs: Por outro lado, como observou o Antagonista, a investigação do triplex e do sítio poderá ir ao STF, dado que Leo Pinheiro trará uma lista com políticos com foro privilegiado. Bom, se a investigação for para o STF aparelhado pelo PT, aí as chances de Lula não ser preso aumentam bastante.
11) Quais políticos de peso são alvos de investigação por envolvimento na corrupção do Petrolão?
Parlamentares acusados:
Delcídio do Amaral: Senador pelo PT preso em pleno mandato, é acusado de receber dinheiro do Petrolão e de tentar obstruir as investigações da Lava Jato.
Eduardo Cunha (PMDB): Presidente da Câmara dos deputados (PMDB), é acusado de receber propina do Petrolão. Após a decisão do STF, passa a ser julgado como réu no processo do “Petrolão”.
Renan Calheiros: Presidente do Senado, é acusado de receber propina em contratos daTranspetro.
Fernando Collor de Mello: Senador pelo PTB, acusado de receber propina num contrato da BR Distribuidora.
Gleisi Hoffmann: Senadora pelo PT, acusada de receber R$ 1 milhão do esquema para sua campanha ao Senado em 2010.
Lindbergh Farias: Senador pelo PT, é acusado de ter recebido R$ 2,68 milhões do “Petrolão” e de de ter recebido ajuda do doleiro Alberto Youssef para comprar um helicóptero.
Governadores e ministros acusados:
Edinho Silva: Ministro da Comunicação Social. Pressionou a UTC a repassar recursos para a campanha à reeleição de Dilma em 2014.
Antônio Palocci: Ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, é acusado de receber R$ 2 milhões do esquema e repassado para a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010.
José Dirceu: é acusado de receber propina em benefício próprio e para repasse ao PT.
Tião Viana: Acusado de ter recebido do esquema R$ 300 mil em 2010 para sua eleição ao ao governo do Acre.
Luiz Fernando Pezão: governador acusado de receber propina quando era vice na campanha de 2010 com Sérgio Cabral (PMDB)
Fonte: Folha de São Paulo. Veja outros nomes de políticos acusados. Clique aqui.
12) Quais são os outros acusados de envolvimento no Petrolão de acordo com a operação Lava Jato e o MPF:
João Santana (o “Feira”): marqueteiro do governo Dilma preso por ser acusado de receber dinheiro roubado da Petrobras pela Odebrecht em contas do exterior. O operador Zwi Skornicki depositou US$ 4,5 milhões em uma conta secreta de João Santana no exterior ( “Shellbill“). Há suspeitas de que João Santana repassou o dinheiro para a campanha de Dilma Rousseff .
José Carlos Bulmai. Amigo pessoal de Lula e preso na 21ª fase da Operação Lava Jato. Admitiu ter pegado R$ 12 milhões do banco Schahin em 2004 para repassar ao caixa dois do PT.
João Vacari Neto: Ex tesoureiro do PT, preso, é acusado de ser o operador responsável pela distribuição do dinheiro roubado da Petrobras ao PT.
Alberto Youssef: Doleiro responsável para distribuir a propina, o dinheiro advindo de obras superfaturadas, para o PT (2% do valor original da obra) e para o PP (1% do valor original da obra).
Fernando Baiano: doleiro, acusado por distribuir o dinheiro das empreiteiras para o PMDB.
Zwi Skornicki: é operador acusado de repassar o dinheiro da Odebrecht, roubado da Petrobras, para as contas de João Santana, marqueteiro do PT.
Diretores da Petrobras: Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Nestor Cerveró e Jorge Zelada (Internacional) e Renato Duque(Engenharia e Serviços), acusados por receber propinas para facilitar contratos superfaturados entre a Petrobras e as empreiteiras
Executivos das empreiteiras: Marcelo Odebrecht (Odebrecht), Otávio Marques de Azevedo (Andrade Gutierrez), Ricardo Pessoa (UTC), Leo Pinheiro (OAS) e Dalton dos Santos Avancini(Camargo Corrêa), entre outros, são acusados de formação de cartel e cobrança de contratos superfaturados entre as empreiteiras contratadas pela Petrobras
André Esteves: Banqueiro, (sócio do BTG Pactual). Foi preso pela tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o banqueiro pagaria 50 mil mensais para a família de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, a fim de evitar que o ele contasse o envolvimento de Delcídio do Amaral na compra de Pasadena nos EUA.
13) Quais as funções da Polícia Federal, Ministério Público, juiz Sérgio Moro e STF com todos os acusados citados neste processo?
A Polícia Federal, por meio da Operação Lava Jato, investiga corrupção ligada à Petrobras e aponta suspeitos para o Ministério Público.
O Ministério Público, baseado nas informações da Polícia Federal, denuncia o suspeito para o juiz.
Se o envolvido tiver foro privilegiado é julgado pelo STF, caso contrário, é julgado pelo juiz Sérgio Moro.
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Alan Ghani
É economista, mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio). Trabalhou como economista na MCM Consultores e hoje atua como consultor em finanças e economia e também como professor de pós-graduação, MBAs e treinamentos in company.
https://www.infomoney.com.br/colunistas/economia-e-politica-direto-ao-ponto/especial-resumao-completo-sobre-a-operacao-lava-jato-e-o-petrolao/
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OFFSHORE SECRECY
Web of corruption around Isabel dos Santos still being untangled two years after Luanda Leaks
The Pandora Papers shed new light on the offshore dealings of powerful figures close to Angola’s former president who were recently sanctioned by the U.S.
By Will Fitzgibbon
Image: Marwen Ben Mustapha - Inkyfada / ICIJ
January 24, 2022
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Powerful Angolan political figures accused of embezzling billions of dollars can now be linked to at least 20 more secretive companies in the United States and other tax havens, exposing new financial hideaways of the impoverished African country’s former ruling elite.
Isabel dos Santos, the daughter of Angola’s former authoritarian president, José Eduardo dos Santos, as well as former senior presidential advisors and generals, Leopoldino Fragoso do Nascimento and Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, owned offshore companies and bank accounts in Europe and the Middle East, leaked records from the Pandora Papers investigation show.
Last month, the United States government sanctioned Isabel dos Santos and the two former generals for what it called “significant corruption.” Under the new measures, dos Santos and members of her family cannot enter the United States.
The State Department also barred Nascimento, President dos Santos’ former head of communications, and Dias, a powerful former Angolan general. The U.S. Treasury Department placed Nascimento, Dias and his wife, Luisa de Fatima Giovetty, under economic sanctions.
“Bringing kleptocrats’ shady deals to light is key to defending human rights,” said Karina Carvalho, executive director of Transparency International in Portugal. “Angola is a resource rich country but the majority of its people live in poverty, prevented from accessing health, education and decent life conditions because of people who take the country’s wealth as their own.”
Two years ago, the International Consortium of Investigative Journalists revealed that Isabel dos Santos, once touted as Africa’s richest woman, built her estimated $2 billion fortune on the back of insider deals with the help of shell companies and an array of Western lawyers, accountants and wealth managers.
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The Luanda Leaks investigation showed how dos Santos got access to lucrative deals involving oil, diamonds, telecoms and supermarkets often courtesy of government decrees signed by her father. She also benefited from insider deals, preferential loans and contracts fueled by public money.
Dos Santos said the allegations against her were false.
Close allies of dos Santos’s father, generals Nascimento and Dias are accused by the U.S. of siphoning off public funds for their personal benefit, too. They once held sprawling business interests and have been estimated to be billionaires.
In 2020, Nascimento and Dias voluntarily handed over assets, including residences and factories, as part of an Angolan government probe into alleged fraud and the misuse of state contracts. An attorney for the two generals has previously declined to comment on the case.
The 2021 Pandora Papers investigation, based on a trove of almost 12 million leaked records from offshore service providers based in notorious tax havens, shine new light on the trio’s financial dealings.
Dos Santos did not respond to requests for comment about her offshore companies. Nascimento and Dias could not be reached for comment.
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Offshore havens and hidden riches of world leaders and billionaires exposed in unprecedented leak
OCT 03, 2021
Dos Santos, Nascimento, Dias and members of their families owned or held positions as attorneys, shareholders or directors in at least 20 offshore companies, the leaked Pandora Papers’ records show. The Angolans’ ties to many of the companies have never been previously reported.
In 2008, records show, Nascimento became the owner of Shenyang Investments LLC, a shell company registered in Wilmington, Delaware. The company opened a bank account in Dubai, the United Arab Emirates, according to the Pandora Papers. Public records in Delaware do not refer to the company’s connection to Nascimento or to Angola. The company was closed in 2014, years after media reports raised conflict of interest concerns about Nascimento’s secret stake in a private company that profited from Angola’s immense oil wealth.
As part of the Luanda Leaks investigation, ICIJ previously revealed that dos Santos and her husband, Sindika Dokolo, also owned a Delaware shell company to hold a luxury home in Portugal.
Nascimento, also known as Dino, also owned or was the director of companies set up in the British Virgin Islands and Panama, leaked records show. Several companies opened bank accounts with Banco Espirito Santo, a troubled Portuguese lender with a well-documented history of serving Angolan elites.
Leaked records show that Nascimento also owned Dark Oil Ltd. in partnership with Dias and Manuel Vicente, who was then a government official and head of Angola’s national oil company. During the rule of President dos Santos, the three men were often referred to as the “Presidential Triumvirate.”
In 2007, media reported that Dark Oil Ltd. and Angola’s state-owned oil company, led by Vicente, signed an agreement with a Russian company to explore for oil.
Nascimento, Dias and Vicente “always demonstrated a high degree of integrity and capability”, according to letters of recommendation for the men prepared in 2009 by their wealth managers in Malta.
Dias, the former general and minister who is also known as Kopelipa, owned Tentower Overseas S.A. in Panama and opened a bank account in Portugal, according to the Pandora Papers. Dias’s wife, Giovetty, also owned a Panamanian shell company to open a European bank account, leaked records show.
“The U.S. decision to sanction these three people is an important step in the fight against corruption in Angola, and also in increasing accountability in other jurisdictions, like Portugal, which enable and facilitate illicit financial flows from Angola,” Carvalho said. “But the impact of positive actions like this one will always be limited without a global pact to stop tax havens and the use of shell companies.”
Topics: Africa, Corruption, Luanda Leaks, Offshore finance, Offshore secrecy, Pandora Papers, Tax havens
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A HISTÓRIA DE "MORENA DE ANGOLA": Mama África
novembro 08, 2018
Nesses tempos de canelas adornadas com dispositivos bem menos charmosos, uma canção que remete novamente a gestos libertários da nossa boa e velha MPB.
O parceiro André Vasconcelos, fiel seguidor deste blog, sugeriu. Não conhecia a história, pesquisei. E realmente, é boa demais pra ficar de fora.
Morena de Angola é uma composição muito marcante, fruto de uma parceria musical poderosa: Chico Buarque e Clara Nunes.
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Clara e Chico, com João do Vale, em 1982: conexão Brasil/Angola
A história é meio longa, mas boa de se ler.
Em 1980, um grupo com cerca de 60 artistas brasileiros partiu para Angola rumo a uma série de apresentações no Projeto Kalunga.
Mineira de Paraopeba, Clara era casada à época com Paulo César Pinheiro, velho amigo de Chico. Ainda do tempo dos festivais. Isso facilitou a aproximação com a cantora.
A dupla, além de Gilberto Gil, Djavan, Martinho da Vila, Dorival Caymmi, João Nogueira, Dona Ivone Lara e Miúcha, dentre tantos, lá foram se apresentar na África.
Era uma comemoração à recém conquistada independência angolana (em 1975) e uma elite da MPB - notoriamente esquerdista - foi até lá render homenagens ao novo governo - comunista - e ao sofrido povo angolano.
E foi nessa viagem que surgiu a canção. Aliás: só ela, não. Várias.
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Capa do disco Brasil Mestiço, de 1980, que trazia "Morena de Angola"
Mesmo tendo sido o primeiro regime a reconhecer a independência do país, a ditadura militar brasileira não via com bons olhos aquele monte de artistas brasileiros em uma Angola alinhada com Fidel, Brejnev e cia.
Os jornais daqui mal deram bola, sequer enviaram correspondentes para acompanhar. Só começaram a falar alguma coisa porque recebiam informações das agências de notícias portuguesas.
Mesmo assim, notinhas.
Mas era muita gente boa junta pra, simplesmente, se ignorar.
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João Nogueira, D. Ivone Lara, Clara e Martinho em 1980: redescobrindo a África
O contexto era o seguinte: apesar de terem se livrado dos portugueses após 400 anos, os angolanos passaram grandes perrengues com uma Guerra Civil sangrenta (clique aqui para ler a respeito no site de O Globo). Algo que só terminou em 2002, com mais de dois milhões de mortos e outro milhão e tanto de refugiados pelo mundo.
Um horror.
Naquele primeiro momento, o MPLA (sigla para Movimento Popular de Libertação de Angola; leia-se "emepéla"), que se tornara governo, promovia o Projeto Kalunga para celebrar a libertação com um intercâmbio cultural entre irmãos lusófonos.
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Soldados do MPLA pela Independência de Angola: ideais Marxistas
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Os artistas estiveram em vários lugares, mas foi em Benguela, na Praia Morena, que parece ter surgido a ideia da letra. E nessa mesma cidade, no Morro da Catumbela, eles ficaram conhecendo o ritmo chamado de moçambique, e a tradição dos dançarinos com chocalhos presos nos tornozelos.
A letra traz muitas referências à cultura do país - das tradições culinárias até a terrível Guerra Civil.
MORENA DE ANGOLA
(Chico Buarque - 1980)
Morena de Angola que leva o chocalho
amarrado na canela
Será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é que
mexe com ela (2x)
Será que a morena cochila
escutando o cochicho do chocalho
Será que desperta gingando
e já sai chocalhando pro trabalho
Morena de Angola (...)
Será que ela tá na cozinha
guisando a galinha à cabidela
Será que esqueceu da galinha
e ficou batucando na panela
Será que no meio da mata, na moita,
a morena inda chocalha
Será que ela não fica afoita pra
dançar na chama da batalha
Morena de Angola (...)
Passando pelo regimento
ela faz requebrar a sentinela
Morena de Angola (...)
Será que quando vai pra cama
a morena se esquece dos chocalhos
Será que namora fazendo
bochincho com seus penduricalhos
Morena de Angola (...)
Será que ela tá caprichando
no peixe que eu trouxe de Benguela
Será que tá no remelexo
e abandonou meu peixe na tigela
Será que quando fica choca põe
de quarentena o seu chocalho
Será que depois ela bota
a canela no nicho do pirralho
Morena de Angola que leva o chocalho
amarrado na canela
Eu acho que deixei um cacho
do meu coração na Catumbela
Morena de Angola que leva
o chocalho amarrado na canela
Morena, bichinha danada,
minha camarada do MPLA
Vale recordar que foi graças ao estreitamento de relações entre artistas de Brasil e Angola que a MPB recebeu uma avalanche de letras que falavam sobre aquele país naquele ano de 1980.
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Clique para ouvir Lá de Angola com João Nogueira, do disco Boca do Povo
Chico Buarque e João Nogueira compuseram, respectivamente, Morena de Angola e Lá de Angola, Martinho da Vila gravou Velha Chica, de Valdemar Bastos, e Djavan lançou Luanda e Nvula Ieza Kia (A Chuva Já Chegou), de Felipe Mukenga. Os dois últimos, compositores angolanos.
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Artistas angolanos no Brasil, ao lado de Martinho da Vila e Alcione: ecos do Kalunga
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Mas Chico só entregou a canção pra Clara Nunes aos 45 do segundo tempo - parecido com o que fizera com Tom Jobim em Anos Dourados (outra história ótima, que contaremos em breve).
Ela encomendara como presente, pro disco que preparava já fazia um ano, ainda em Angola. Brasil Mestiço estava pronto pra ser lançado naquele 1980, mas nada de a música ser entregue. Foi depois de um telefonema, cobrando do compositor o regalito, que Clara recebeu a preciosidade.
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Clipe de Morena de Angola no Fantástico, antes mesmo de a música sair em vinil
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E veio a ser a música de maior sucesso no repertório da mineira. Ela voltaria ao continente africano em diversas ocasiões, de tão identificada com a música e a cultura.
Tragicamente, Clara Nunes morreria apenas três anos depois do lançamento de Morena de Angola. Oficialmente, vítima de choque anafilático durante uma simples cirurgia de varizes.
Referências: Memórias do Projeto Kalunga de Maurício Bastos e Wikipedia
Pesquisa: Robson Leite
Comentários
alexandre toledo21 de dezembro de 2018 03:28
Bom demais
RESPONDER
Unknown19 de março de 2020 06:53
Maravilhosa pesquisa. Maravilhosa Clara Nunes. Obrigada Chico Buarque.
RESPONDER
Unknown29 de abril de 2020 14:36
ÊITA bRASIL QUE ME ORGULHA!
http://historiaspeloscantos.blogspot.com/2017/07/a-historia-de-morena-de-angola-mama.html
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Em ruptura com o “socialismo real”, há 30 anos é criado o PPS
Em 26 de janeiro de 1992 é criado o PPS em defesa da democracia representativa e dos valores humanistas, sociais e reformistas consagrados na nossa Constituição cidadã de 5 de outubro de 1988.
Na década de 80, com a retomada da democracia no Brasil e a consequente legalização do PCB, o seu processo de renovação interna ganha força. A queda do muro de Berlim, em 1989, e a derrocada do "socialismo real" no Leste europeu reforçam essa necessidade.
Nesse período, o ainda PCB lançou pela primeira vez candidato próprio a presidente da República, nas primeiras eleições diretas após o fim da ditadura militar. Roberto Freire, presidente do partido, percorreu o país numa campanha histórica para os comunistas.
Em 1992 a mudança se concretiza. Freire, então presidente do PCB, convoca o X Congresso que altera o nome e a sigla de Partido Comunista Brasileiro - PCB para Partido Popular Socialista – PPS. O PCB se torna então o primeiro PC no continente a mudar radicalmente sua política, sua estrutura orgânica e sua simbologia.
Manifesto de fundação do PPS
" Aos seres humanos que, por nascimento ou opção, habitam terras brasileiras, o PPS dedica seus 70 anos de lutas, e todas as lutas futuras* "
Há uma crise, no mundo e no Brasil, e todos podemos senti-la. Uma crise que solapa a esperança, que chega ao fundo dos corações, gerando frustrações, descrença e cinismo. Frente aos desafios destes novos tempos, seu compromisso de luta por uma sociedade mais justa e mais humana, o X Congresso do PCB oferece à sociedade brasileira um novo instrumento de luta, o Partido Popular Socialista - PPS.
Um Partido que, desde sua formação, é plural, aberto à participação de todos os que acreditam que é possível, a todos os seres humanos, viverem iguais e livres. Um Partido que, num mundo de mudanças, assume o compromisso central com a vida, entendendo-a como indissociável da natureza e da cultura. Um Partido, que quer contribuir para a construção de uma nova ética, em que o ser humano, sem nenhuma discriminação, seja protagonista e beneficiário das transformações sociais.
Um Partido novo, democrático, socialista, que se inspire na herança humanista, libertária e solidária dos movimentos sociais e das lutas dos trabalhadores em nosso país e em todo o mundo, prolongando hoje a luta que travamos desde 1922. Um Partido que não use o povo, mas seja um instrumento para que cada cidadão seja sujeito de sua própria história. Um Partido socialista, humanista e libertário, que tenha como prática a radicalidade democrática, que permita a cada ser humano exercer sua plena cidadania, na área em que reside e no planeta em que habita.
Um Partido que tem como metodologia de ação política, a não violência ativa, e que repudia toda e qualquer forma de violência (econômica, racial, religiosa, física, psicológica etc). Um Partido que faz da eliminação da miséria a questão primeira de sua política. Porque enquanto houver um ser humano sem comida, sem moradia, sem educação ou sem as mínimas condições de acesso à saúde, nossa luta tem e terá razão de continuar.
Um Partido que defende que a propriedade dos meios de produção e de comunicação deve ser social, com propostas autogestivas, cogestivas e cooperativistas, contrapondo-se aos modelos neoliberais.Um Partido que se empenhará para que o desenvolvimento científico e tecnológico seja considerado prioridade nacional, pois como não haverá progresso social sem o amplo desenvolvimento científico e tecnológico.
Um Partido que tem como objetivo a reforma democrática do Estado para que ele não tutele, mas que seja controlado pelos cidadãos e pela sociedade.
Um Partido que luta por um programa radical de desenvolvimento que tenha o ser humano como sujeito e que seja capaz de eliminar a injusta distribuição de renda, acabando com a brutal concentração hoje existente. A consolidação da democracia política e a retomada do desenvolvimento, pondo fim à recessão e ao desemprego, são claras prioridades para a construção da cidadania.
Um Partido que lutará pela implantação do parlamentarismo, pelas reformas estruturais de que o país necessita e pela preservação dos direitos consagrados constitucionalmente. Um Partido que se dispõe a repensar tudo, 'mas que não abre, de forma alguma, seu compromisso de luta por uma sociedade mais justa e mais humana.
Um Partido que é e será um espaço aberto à participação de todos os que têm aspiração de construir essa sociedade. Um Partido que assume sem medo compromissos com o presente e o futuro, recusando a infalibilidade e o dogma, mas tendo em conta a experiência do passado.
Um Partido que não tem fórmulas prontas e acabadas, e que se propõe a discutir e formular um Projeto para a Nação Brasileira, com a colaboração de todas as forças do campo democrático. Esse é o desafio lançado a todos os militantes deste novo Partido e o convite a todos os que queiram nele se integrar.
* Manifesto de fundação do PPS, 26 janeiro de 1992, São Paulo, SP
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RODA VIVA ELEIÇÕES 1989
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Roberto Freire - 10/09/1989
8.409 visualizações6 de dez. de 2010
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Roda Viva
1,45 mi de inscritos
O deputado federal e candidato à Presidência da República pelo Partido Comunista Brasileiro fala de como seu partido vê questões como reforma agrária, liberdade de imprensa e propriedade privada, entre outras.
https://www.youtube.com/watch?v=CZEfcm96NMk
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Os jingles que marcaram a eleição de 1989
316.998 visualizações15 de nov. de 2009
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Valdevir Junior
3,94 mil inscritos
Assista a jingles dos candidatos Collor (PRN), Lula (PT), Ulysses (PMDB), Brizola (PDT), AFIF (PL), Affonso Camargo (PTB), Aureliano Chaves (PFL), Mário Covas (PSDB) e Silvio Santos (PMB), nas eleições de 1989 no Brasil para a Presidência da República.
Watch jingles candidate Collor (PRN), Lula (PT), Ulysses (PMDB), Brizola (PDT), AFIF (PL), Affonso Camargo (PTB), Aureliano Chaves (PFL), Mario Covas (PSDB) and Silvio Santos (PMB) in the 1989 elections in Brazil for the presidency.
https://www.youtube.com/watch?v=4g-Fcwi4QLI
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Todos Os Jingles De Roberto Freire Em 1989
37 visualizações19 de jan. de 2022
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Eleições Brasileiras
https://www.youtube.com/watch?v=h_ZMhnZC4uU
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