Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 22 de janeiro de 2022
The Tailor's Son | Italian Restaurant in San Francisco, CA
"..Quem não tem Sansão sanciona com Tarzão.."
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Jornal Midiamax - UOL
'Lei Sansão': Bolsonaro sanciona lei que aumenta pena por maus tratos a cães e
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"..De lutas não entendo abacate
Pois o meu grande alfaiate não faz roupa pra brigar
Sou incapaz de machucar uma formiga
Não há homem que consiga nos meus músculos pegar
Cheguei até a ser contratado
Pra subir em um tablado, pra vencer um campeão
Mas a empresa, pra evitar assassinato
Rasgou logo o meu contrato quando me viu sem roupão.."
Tarzan (o filho do alfaiate)
Noel Rosa
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O bobo da corte e a presença ausente
Cortella fala sobre o 'bobo da corte', aquele personagem que tinha a tarefa de divertir o monarca ou a monarca. Poucas vezes, se imaginava o personagem dizendo coisas que pudessem desagradar aos reis. 'Eles existem e chamaram atenção do filósofo francês Diderot, que escreveu: por muito tempo, houve bobos da corte titulares. Em momento algum, existiu o 'sábio da corte'.
https://m.cbn.globoradio.globo.com/media/audio/272419/o-bobo-da-corte-e-presenca-ausente.htm
DURAÇÃO: 00:02:26
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CBN - Globo
CBN - A rádio que toca notícia - O bobo da corte e a presença ausente
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Personagem único na história, o bobo da corte tinha suas funções de distrair. FOTO: pixabay
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A arte da literatura
A arte da literatura: A figura do Bobo da Corte
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Adriana Fernandes: Bobos da corte
O Estado de S. Paulo.
O ano de 2022 começou marcado pela criatividade em desonerações e isenções tributárias
O céu é o limite para a farra de medidas eleitoreiras saídas do laboratório de ideias dos governistas em Brasília.
De forma despudorada, a mais nova receita recém-saída do forno é fazer uma zeragem dos impostos dos combustíveis e de energia para segurar na marra os preços e diminuir a inflação em 2022 – o ano de eleições.
Uma medida caríssima, temporária e que, é claro, não vai resolver o problema. Cálculos
de analistas do mercado apontam um potencial de renúncia de R$ 240 bilhões, caso os Estados também entrem nessa onda.
Mas o discurso de nove entre dez políticos que frequentam os gabinetes da Esplanada dos ministérios é o de que a arrecadação está bombando.
Se 2021 foi o ano de dribles nas regras para aumentar as despesas, 2022 começou com a marca da criatividade pelo lado da desoneração de receitas e aumento das isenções tributárias.
O ano mal começou. Mas é preciso correr e correr porque a lei eleitoral impõe restrições de medidas a partir do segundo semestre. Na semana da aprovação da PEC dos Precatórios, a coluna cantou a bola de que a nova onda de farra fiscal viria pelo lado das receitas.
A despeito dos resultados das pesquisas que apontam o ex-presidente Lula na liderança na corrida ao Palácio do Planalto, o presidente Bolsonaro tem a caneta, e seus aliados, o comando do Congresso. Tudo isso regado pelas emendas de relator que não serão cortadas apesar de o Orçamento de 2022 ter sido aprovado com despesas obrigatórias subestimadas. Em conversa com a coluna, o economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, calcula que R$ 15 bilhões de despesas estão subestimadas, principalmente de Previdência.
Mas, na sanção do Orçamento, o presidente tomou a decisão de fazer o remanejamento de apenas R$ 3,1 bilhões. É mais problema pela frente.
No ano passado, a coluna escreveu a plataforma de medidas que seriam adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Eram tantas, que integrantes da equipe econômica disseram que nada daquilo seria feito. Pois bem, o script do roteiro traçado está acontecendo.
Menos até agora: a correção da tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), que está congelada desde 2015 e retirando renda dos assalariados. Por enquanto, nesse baile renovado da Ilha Fiscal, eles são os bobos da corte entre tantos que estão tirando o seu naco.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/01/adriana-fernandes-bobos-da-corte.html
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FINANÇAS PÚBLICAS
Bolsonaro sanciona Orçamento de 2022 com vetos em torno de R$ 3 bilhões
Secretaria-Geral da Presidência confirmou que presidente cumpriu o prazo para sancionar os gastos públicos deste ano. Publicação do ato será feita na segunda-feira (24)
Por LUANA MELODY BRASIL | O TEMPO BRASÍLIA
22/01/22 - 09h22
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Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2022
Foto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) sancionou na noite da sexta-feira (21) o Orçamento deste ano, aprovado pelo Congresso há cerca de um mês. Era o último dia do prazo estipulado para a sanção. A publicação do ato no Diário Oficial da União (DOU) ficou para a próxima segunda-feira (24).
A sanção foi confirmada pela Secretaria-Geral da Presidência. Bolsonaro estava no interior paulista, onde participou do enterro da mãe, Olinda Bolsonaro, que faleceu aos 94 anos na madrugada da sexta-feira.
De acordo com cálculos da Casa Civil e informados pelo secretário-executivo da pasta, Jônathas Castro, os vetos ao Orçamento devem somar R$ 3,1 bilhões para despesas de pessoal, que são obrigatórias.
O valor é menor do que os R$ 9 bilhões necessários para recompor as despesas subestimadas e apontadas pela equipe técnica do Ministério da Economia.
Castro não citou quais despesas serão alvo do corte, mas ainda há expectativa de novos reajustes no Orçamento ao longo do ano.
"No esforço de vetar o mínimo possível, a gente identificou pontos que são cruciais e precisamos, como Executivo, tomar conta desses assuntos e há uma diretriz para que não afete outras rubricas, que possa afetar a relação com o Legislativo, e eu falo especificamente da RP9 [emenda de relator]", afirmou Castro em podcast da Casa Civil divulgado na sexta-feira.
A princípio, os valores reservados na lei orçamentária deste ano para o pagamento das emendas de relator (R$ 16,5 bilhões) e para o fundo eleitoral (R$ 4,9 bilhões) estão preservados.
No entanto, o Executivo ainda não definiu como será resolvido o impasse gerado com os servidores públicos em torno do aumento de salários. Até o momento, está em suspenso o reajuste prometido para as carreiras policiais, no valor de R$ 1,7 bilhão separado no Orçamento a pedido de Bolsonaro.
Devido a esse imbróglio, categorias de servidores públicos federais têm anunciado paralisações e greves para pressionar o reajuste salarial, estipulado em R$ 4 bilhões.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes
https://www.otempo.com.br/politica/governo/bolsonaro-sanciona-orcamento-de-2022-com-vetos-em-torno-de-r-3-bilhoes-1.2599507
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Ao vivo: Guedes fala no Fórum Econômico Mundial de Davos
Ministro vai apresentar as perspectivas para o Brasil em 2022
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Guedes terá que fechar acordo com a Casa Civil para prosseguir com algumas ações de abertura ou remanejamento de despesas
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PODER360
21.jan.2022 (sexta-feira) - 8h40
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala nesta 6ª feira (21.jan.2022) no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Guedes vai debater as perspectivas econômicas para o Brasil neste ano. O evento acontece de forma virtual.
Assista:...
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FONTE: autores Poder360
https://www.poder360.com.br/economia/ao-vivo-guedes-fala-no-forum-economico-mundial-de-davos/
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Se suas férias já passaram, elas ocorreram há um tempo. Se ainda vão acontecer, serão daqui a alguns (ou muitos) dias. Crédito: Shutterstock
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HÁ DOIS ANOS
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, o ministro deve viajar primeiro para São Francisco,
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A modern approach to Italian cuisine in San Francisco’s historic Fillmore district
The Tailor’s Son is a Northern Italian restaurant with an emphasis on quality ingredients and precision cooking. The vegetable-forward dishes pay tribute to the food of Milan with a menu that utilizes the bounty of Northern California produce and pays careful attention to detail – treating quality ingredients with respect and allowing them to shine in their best iterations.
Given the global threat of COVID-19 to our community both near and far, we are enforcing and practicing the highest sanitation and food safety protocols across the board. Our goal is to continue to provide a service to our community, to offer security to our staff, and to support our local food sources and suppliers.
https://www.thetailorssonsf.com/
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Tarzan (o filho do alfaiate)
Noel Rosa
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Ouça Tarzan (o filho do …
Quem foi que disse que eu era forte?
Nunca pratiquei esporte, nem conheço futebol...
O meu parceiro sempre foi o travesseiro
E eu passo o ano inteiro sem ver um raio de sol
A minha força bruta reside
Em um clássico cabide, já cansado de sofrer
Minha armadura é de casimira dura
Que me dá musculatura, mas que pesa e faz doer
Eu poso pros fotógrafos, e destribuo autógrafos
A todas as pequenas lá da praia de manhã
Um argentino disse, me vendo em Copacabana:
'No hay fuerza sobre-humana que detenga este Tarzan'
De lutas não entendo abacate
Pois o meu grande alfaiate não faz roupa pra brigar
Sou incapaz de machucar uma formiga
Não há homem que consiga nos meus músculos pegar
Cheguei até a ser contratado
Pra subir em um tablado, pra vencer um campeão
Mas a empresa, pra evitar assassinato
Rasgou logo o meu contrato quando me viu sem roupão
Eu poso pros fotógrafos, e destribuo autógrafos
A todas as pequenas lá da praia de manhã
Um argentino disse, me vendo em Copacabana:
'No hay fuerza sobre-humana que detenga este Tarzan'
Quem foi que disse que eu era forte?
Nunca pratiquei esporte, nem conheço futebol...
O meu parceiro sempre foi o travesseiro
E eu passo o ano inteiro sem ver um raio de sol
A minha força bruta reside
Em um clássico cabide, já cansado de sofrer
Minha armadura é de casimira dura
Que me dá musculatura, mas que pesa e faz doer
Ouça Tarzan (o filho do …
Composição: Noel Rosa / Vadico.
https://www.letras.mus.br/noel-rosa-musicas/682919/
ECONOMIA
Paulo Guedes representará governo no Fórum Econômico de Davos
Bolsonaro cancelou sua ida. Aspectos econômicos, de segurança e políticos nortearam a decisão, segundo porta-voz
Reuters
08/01/2020 - 21:48 / Atualizado em 09/01/2020 - 12:30
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O Globo
Em meio à guerra fria entre Maia e Lira, centrão 'bolsonarista' decepciona governo no Fundeb - Jornal O Globo
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Ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Carl de Souza / AFP
Ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Carl de Souza / AFP
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BRASÍLIA — A recém-conquistada "base do governo" no Congresso decepcionou a equipe econômica e o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta terça-feira. Na votação da PEC do Fundeb na Câmara dos Deputados, as propostas do Executivo foram enviadas de última hora e praticamente ignoradas.
Guedes tentou emplacar desde o final de semana uma proposta em que parte dos recursos do fundo subsidiaria o Renda Brasil, programa de transferência de renda que o governo quer criar. Foi avisado de que não havia força para tanto: a PEC do Fundeb está em discussão na Câmara há três anos, com consenso sobre o conteúdo.
Analítico: A lição que fica para o governo Bolsonaro depois da votação do Fundeb
O líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), atuou como articulador do governo e tentou adiar a votação duas vezes. Primeiro, no colégio de líderes na segunda-feira, e depois, através de um requerimento para adiar a pauta, no dia da votação. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porém, fez valer sua vontade e a votação ocorreu.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anda descontente com a condução da articulação política do governo. Segundo fontes, na noite de segunda-feira, Guedes chegou a dizer que o “casamento” do presidente Jair Bolsonaro com o líder informal do centrão, Arthur Lira, em nada adiantou já que o governo não montou uma base aliada para aprovar votações de interesse no Congresso.
— O resultado do Fundeb mostrou para o governo que toda votação será uma negociação. Que (os acenos que o governo fez) não significam que em todas as votações que o governo tiver interesse vai haver um bloco, um apoio fechado — diz o líder do Solidariedade, Zé Silva (MG).
O prognóstico de líderes ouvidos pelo GLOBO é de que, de agora em diante, o governo terá dificuldade em ganhar votações. Serão analisados no futuro próximo diversos vetos de Bolsonaro, como o de um trecho da nova lei de saneamento que dava tempo para que estatais adequassem seus contratos e também o veto da prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de empresas.
A Frente Parlamentar da Agropecuária articula a derrubada de um veto do governo à tributação especial de biocombustíveis, aprovada pelo Congresso, e vetos na Medida Provisória, agora convertida em lei, que trata da renegociação de dívidas agrícolas. Foram vetados prazos maiores para pagar os débitos e outras condições que, segundo o governo, acarretariam perda de receita.
Rivalidade em cena
Maia e Lira protagonizam uma guerra fria dentro da Casa. Para se viabilizar como candidato à presidência da Câmara no ano que vem, Lira se aliou ao governo e vem comandando um bloco do centrão (PP, PL, Republicanos, PSD) que se separou do grupo ligado a Rodrigo Maia (DEM, MDB, PSDB, Cidadania).
Maia, por outro lado, quer emplacar um sucessor aliado na presidência da Câmara, já que está barrado legalmente de concorrer à reeleição. Ele tem se distanciado do grupo de Arthur Lira e acenado ao PSDB, partido com um potencial de afinidade maior com o DEM nas próximas eleições municipais e nacionais.
Na votação do Fundeb, os deputados liderados por Lira deram sinais de que não comprariam uma briga em nome de Guedes, já que eram favoráveis ao projeto. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) aumenta os recursos investidos por aluno no Brasil e foi elogiada por entidades de educação.
Pesou também a frustração de deputados com o governo com a liberação de verbas. No início de julho, o Ministério da Saúde liberou R$ 5,7 bilhões a municípios para o combate ao novo coronavírus. Como mostrou o GLOBO, o governo permitiu que deputados indicassem o destino de cotas de R$ 10 milhões para diferentes cidades. Os valores publicados, porém, não bateram com os que foram acordados.
Na segunda-feira, Ramos disse aos aliados no Congresso que iria liberar mais R$ 1 bilhão para prefeituras indicadas por parlamentares em verbas de combate à crise do coronavírus, mas os deputados viram pouca concretude na promessa.
Frustração da equipe econômica
Na avaliação de Guedes, segundo aliados, o governo cedeu cargos e recursos ao centrão, mas não consegue conduzir as votações importantes que precisa.
Apesar de não ter conseguido emplacar a proposta de usar parte dos recursos do Fundeb no Renda Brasil, prioridade de Paulo Guedes, o governo assegurou algumas demandas no relatório: o projeto reserva 5% para o investimento em educação infantil e trava em 85% o uso do fundo para pagar profissionais de educação.
Além da proposta de usar parte do fundo no Renda Brasil, o governo havia proposto ainda que os efeitos da PEC só tivessem efeito em 2022. Na prática, no ano que vem, haveria um vácuo de investimentos do fundo. A proposta foi rechaçada por deputados.
Ainda na sessão da Câmara desta terça-feira, Arthur Lira usou sua condição de líder do bloco para travar a votação do Fundeb, pedindo um adiamento. Pela manobra, o parlamentar foi duramente criticado por colegas de seu próprio bloco, que o obrigaram a recuar.
Para parlamentares ouvidos pelo GLOBO, no cabo de guerra travado entre o centrão "bolsonarista" e Rodrigo Maia nos últimos dias, saiu ganhando o grupo ligado a Maia.
— Foi a vitória mais significativa neste sentido. Foi uma proposta de centro. Nem com cara do governo, nem com a cara da esquerda — diz Efraim Filho (PB), líder do DEM.
Apenas sete deputados bolsonaristas (Chris Tonietto, Filipe Barros, Junio Amaral, Luiz Philippe d'Orleans e Bragança, Márcio Labre, Paulo Martins e Bia Kicis) votaram contra a PEC do Fundeb no primeiro turno, em oposição a 499 deputados favoráveis. A oposição comemorou a votação como uma derrota do governo, e o texto agora vai ao Senado Federal.
— Na tarde de hoje o governo está sendo derrotado pela rede de professores que amanheceu o dia mandando WhatsApp para todos os Deputados. E eu adorei receber aquele WhatsApp, porque sei que os professores estão atentos ao que acontece nesta Câmara neste momento — disse Fernanda Melchionna (RS), líder do PSOL, durante a sessão de ontem na Câmara.
Tentativa de barganha
Ao constatar que estava perdendo a negociação, o governo pediu a deputados que apoiassem o Renda Brasil em troca dos pontos que não conseguiu emplacar no projeto do Fundeb. Líderes argumentam, porém, que não havia motivo para concordar com essa barganha, já que o governo e Arthur Lira não tinham forças para adiar a votação de qualquer maneira.
Desde que o governo começou a negociar a prorrogação do auxílio emergencial, o presidente da Câmara passou a cobrar insistentemente o envio de uma proposta que trate de uma nova "renda básica" no país. Maia inclusive delegou o assunto a um grupo de deputados para aprofundar o assunto.
Os apelos, até agora, foram ignorados por Guedes. O ministro não forneceu detalhes concretos sobre o novo programa social, mas quer a fidelidade do centrão para aprová-lo. Segundo o líder de um partido do centrão ouvido pelo GLOBO, Guedes não tem traquejo para negociar politicamente. Para ele, foi "esdrúxula" a forma como foi conduzida a negociação do Fundeb.
Com temperamento forte e incisivo, o ministro nunca conquistou de fato o grupo. Apesar de Guedes agora contar com o forte apoio de Arthur Lira, espécie de líder informal do governo, parlamentares já começaram a construir um texto próprio para a renda emergencial.
FONTE: O GLOBO
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5 dados que mostram como brasileiros ricos passam bem pela pandemia
Thais Carrança - @tcarran
Da BBC News Brasil em São Paulo
21 janeiro 2022
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Casal brindando com champanhe em avião particular
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Recorde nas vendas da Porsche, fila para compra de helicópteros. Com viagens internacionais restritas, o andar de cima faz 'poupança forçada' e gasta em luxos no mercado nacional
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Eles representam cerca de 2% da população brasileira, mas seus gastos são equivalentes a quase 20% do consumo nacional.
Em meio à pandemia, enquanto a maior parte do país sofria com perda de renda, em meio ao avanço do desemprego e da inflação, os brasileiros mais ricos se viram impedidos de gastar em viagens internacionais e em compras nas principais capitais do consumo do mundo.
Calculadora de renda: 90% dos brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil; confira sua posição na lista
Com uma "poupança forçada" pela mudança de hábitos, eles gastaram em luxos no mercado nacional e investiram volume recorde de dinheiro no exterior.
Assim, enquanto parte da população fazia fila para receber ossos no açougue, em meio aos preços recordes da carne e ao avanço da fome, outra parcela — bem menor — aguardava na fila para comprar um helicóptero.
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Segundo um fabricante ouvido pela BBC News Brasil, a espera por uma aeronave nova chegou a 20 meses, dependendo do modelo, em meio a um salto de demanda.
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A fabricante de carros de luxo Porsche bateu recordes de vendas no país em 2020 e 2021, enquanto o setor imobiliário de luxo e super luxo — de apartamentos acima de R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, respectivamente — registrou um crescimento de mais de 80% nos lançamentos e de 47% nas vendas.
Confira esses e outros dados que mostram como o "andar de cima" está passando muito bem pela pandemia.
2% da população, 20% do consumo
Segundo a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor, a chamada "classe A" brasileira representava 2% da população em 2021.
São pessoas com renda familiar anual acima de US$ 45 mil (R$ 248 mil ao ano ou cerca de R$ 21 mil por mês, ao câmbio atual), cujos gastos equivaleram no ano passado a 19,4% do consumo nacional.
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Mulher glamorosa bebendo champanhe ao lado de veículos
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Classe A representava 2% da população brasileira em 2021. São pessoas com renda familiar anual acima de US$ 45 mil, pelo critério da Euromonitor
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Embora a classe A tenha diminuído após dois anos de pandemia (ela representava 2,7% da população em 2019, segundo a Euromonitor), o consumo dessa parcela de maior renda foi bem menos afetado pela crise sanitária do que o restante da população.
"Os consumidores ricos acumularam reservas involuntárias importantes por conta das opções de lazer reduzidas e das limitações sociais impostas pela pandemia", observa Guilherme Machado, gerente de pesquisa da Euromonitor International.
"A maioria dos brasileiros desses grupos de maior renda está acostumada a viajar para o exterior e comprar itens de luxo nos principais centros globais de consumo, como Nova York, Paris e Londres. Mas, com o fechamento de fronteiras, esses consumidores têm buscado o prazer no mercado de luxo local, resultando em níveis de faturamento sem precedentes para algumas marcas de luxo", destaca o pesquisador.
10 homens mais ricos do mundo dobraram patrimônio na pandemia, diz Oxfam
Porsche bate recorde de vendas no Brasil em 2020 e 2021
Uma dessas marcas foi a Porsche. Enquanto a venda de automóveis de passageiros em geral no Brasil despencou 28% em 2020 e caiu mais 3,6% em 2021, em meio a paradas de produção provocadas por uma escassez global de semicondutores, a marca de luxo bateu recordes de vendas no país nos dois anos da pandemia.
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Porsche 911 Carrera S (2018)
CRÉDITO,DIVULGAÇÃO/PORSCHE
Legenda da foto,
Porsche vendeu 3.079 veículos no Brasil em 2021, alta de 24% em relação a 2020 e recorde para a marca
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A equipe da BBC News Brasil lê para você algumas de suas melhores reportagens
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Os compradores têm enfrentado filas de espera superiores aos 3 a 6 meses normalmente necessários para a customização dos carros que são sinônimo de ostentação.
"Em 2021, nós vendemos 3.079 veículos aqui no Brasil, um crescimento de 24% em relação a 2020, quando havíamos vendido 2.487 unidades", conta Leandro Rodrigues, gerente comunicação e relações públicas da Porsche no Brasil.
"2020 era o nosso recorde anterior, batemos recordes em 2020 e 2021", destaca, lembrando que a empresa passou a operar diretamente no Brasil em 2015 e tem crescido a uma média de 27% ao ano desde então. A trajetória de alta não foi abalada pela pandemia.
"Quando você tem clientes que tinham uma parcela grande de consumo no exterior e de repente esse consumo não acontece, naturalmente eles têm recursos disponíveis para a compra de produtos aqui no Brasil", avalia Rodrigues.
O executivo destaca ainda as restrições de opções de lazer mesmo dentro do país como outro fator que explica o impulso nas vendas.
"Naturalmente, alguns clientes buscaram outras maneiras de se manterem entretidos e realizarem seus sonhos e suas vontades. Isso são fatores que ajudam a explicar essa demanda", conclui o executivo.
Os consumidores não se abalaram nem com o efeito do câmbio sobre o preço dos carros. Com fábrica na Alemanha, a operação da Porsche no Brasil foi impactada pela valorização de 40% do euro em relação ao real desde o período anterior à pandemia.
"Parte dessa alta precisou ser repassada aos preços", diz o porta-voz. O Porsche 911, modelo mais vendido pela montadora, tem valores que variam de R$ 800 mil a mais de R$ 1 milhão.
Espera para compra de helicópteros chega a 20 meses
Em meio a um salto de demanda, o mercado brasileiro de helicópteros e jatos executivos viu a fila de espera pelos produtos chegar a até 20 meses durante a pandemia.
"O mercado vinha represado há um tempo devido aos problemas econômicos brasileiros. Com o advento da covid e do lockdown, houve uma demanda maior, principalmente em helicópteros na área VIP e o que chamamos de 'para público', como polícia e bombeiros", diz Rubens Cortellazzo, gerente de vendas da fabricante italiana Leonardo Helicópteros.
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Casal e piloto em frente a um helicóptero
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
'Com o advento da covid e do lockdown, houve uma demanda maior, principalmente em helicópteros na área VIP', diz executivo da fabricante italiana Leonardo Helicópteros
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"Área VIP são operadores civis, como empresas de grande porte, empresários e táxi aéreo", explica o executivo, sobre o sentido no mercado de helicópteros da sigla que em inglês quer dizer "very important person" (pessoa muito importante, em português).
Segundo Cortellazzo, as vendas para o segmento privado foram impulsionadas pelo medo de contágio e pela redução na oferta de voos comerciais durante a pandemia.
Conforme o executivo, o mercado brasileiro civil de helicópteros monoturbina e biturbina de médio porte cresceu 26% em número de entregas em 2021, em relação a 2020.
"Muitos clientes ficaram com recursos represados. Com a restrição de viagens internacionais e o medo da pandemia, houve mais apetite para investir em equipamentos para utilizar no mercado local", conta o gerente.
"A espera para compra, que antes era de 12 meses, chegou a 15 ou 16 meses, dependendo do modelo. Tem modelo em que estamos falando já em 20 meses de espera."
Cortellazzo diz que os compradores usam os helicópteros principalmente para trabalho.
"A gente brinca que o helicóptero é uma 'máquina do tempo'. Você economiza muito tempo no deslocamento de uma reunião para outra, de São Paulo para o interior, de uma capital a outra. Então o helicóptero é uma ferramenta muito interessante para esses empresários."
A aeronave de entrada da Leonardo (isto é, seu modelo mais básico), chamada AW119 Koala, tem preço médio de 4,3 milhões euros (cerca de R$ 27 milhões).
Para o mercado VIP, que vai até aeronaves de médio porte, o valor pode chegar a 15 milhões de euros (cerca de R$ 94 milhões).
Mercado imobiliário de luxo cresce 81% em lançamentos
As vendas de apartamentos de luxo e super luxo bateram recorde nos primeiros nove meses de 2021.
São empreendimentos com três ou quatro suítes, metragens amplas acima dos 100 m², janelas e pés direitos generosos e grande número de vagas na garagem.
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Sala ampla de um imóvel de alto padrão com grandes janelas
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Vendas de apartamentos de luxo e super luxo bateram recorde nos primeiros nove meses de 2021
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Em janeiro e setembro do ano passado, os lançamentos neste mercado chegaram a 7,6 mil unidades, alta de 81% em relação a igual período de 2020. No mercado imobiliário brasileiro em geral, os lançamentos cresceram 30% na mesma base de comparação.
Em vendas, o avanço do mercado de luxo e super luxo foi de 47% nos nove primeiros meses de 2021, com mais de 10 mil unidades comercializadas, superando R$ 15,4 bilhões em valor geral de vendas, segundo dados da Brain Inteligência Estratégica, consultoria especializada no mercado imobiliário.
Para Marcos Kahtalian, sócio fundador da Brain, um dos fatores que impulsionou as vendas no mercado imobiliário de alto padrão no período recente foi a taxa de juros em nível baixo — a Selic (a taxa básica, determinada pelo Banco Central) começou 2021 em 2%, menor percentual da história.
"Isso injetou uma grande liquidez no mercado e atraiu recursos ao setor imobiliário, já que outros investimentos estavam com retornos muito baixos", diz Kahtalian.
"Outro fator, foi comportamental: em função da pandemia, houve uma busca intensa — para aquelas pessoas que tinham renda, evidentemente — por moradias maiores, mais amplas, mais confortáveis, tanto nas capitais, quanto fora delas. Houve um movimento em busca de espaço e qualidade", observa o consultor.
São Paulo e Rio de Janeiro são os dois principais mercados para os empreendimentos de luxo, com destaque para bairros como Jardins, Vila Nova Conceição e Moema na capital paulista e Zona Sul e Barra da Tijuca na metrópole fluminense.
Nas cidades do interior, se destaca a busca por empreendimentos horizontais, como condomínios de lotes ou condomínios fechados de casas de alto padrão.
Em 2022, a alta de juros pode desacelerar um pouco esse mercado, acredita Kahtalian.
"Para o mercado de luxo, a alta de juros faz menos diferença do que para a classe média, mas faz alguma diferença", diz o consultor.
"Faz menos diferença porque normalmente o comprador não financia o imóvel, ou financia pouco. Mas faz alguma diferença porque há uma atratividade para o capital ser investido de outra forma", afirma, citando como exemplo os investimentos de renda fixa, como títulos públicos, que têm baixo risco e se tornam mais interessantes com a Selic próxima dos 10%.
Também esse ano, devido à forte alta recente dos preços no mercado imobiliário, a definição de luxo e super luxo deve ser revista, subindo para empreendimentos a partir de R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões, respectivamente.
"O mercado de luxo e super luxo é pouco representativo em unidades — cerca de 7% do total nos últimos nove meses. Mas é mais ou menos 33% do valor lançado e 40% do valor total vendido. Ou seja, é um mercado de menos volume, mas de muito valor", diz o sócio da Brain.
Investimento financeiro brasileiro no exterior é recorde
Por fim, um último dado que mostra como o chamado andar de cima passou com tranquilidade pela pandemia vem do mercado financeiro.
Segundo dados do Banco Central, o investimento financeiro brasileiro no exterior superou os US$ 18 bilhões (R$ 100 bilhões) entre janeiro e novembro do ano passado, alta de 76% em relação a igual período de 2020 e recorde da série histórica iniciada em 1995.
Conforme Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas), isso se deve à maior facilidade atual para investir em produtos internacionais e à forte alta recente do dólar em relação ao real, que leva investidores a buscarem a segurança de ter parte do seu dinheiro fora dos riscos da economia brasileira.
"Esse tipo de investimento se popularizou de alguma maneira, saiu daquele cliente 'private' com milhões de reais. Mas ainda não é um produto que qualquer brasileiro tem, estamos falando das camadas mais ricas, de um segmento de varejo de alta renda", diz a professora.
"É um público que tem o dólar como uma moeda importante no seu dia a dia, em viagens de férias ou hábitos de consumo atrelados ao dólar, como itens de luxo e vinhos. Então, para essas pessoas, ter uma parte do seu investimento em moeda forte ajuda, como uma forma de diversificar e de se proteger de altas de preços", observa a especialista em finanças.
"São pessoas que em sua maioria não perderam renda na pandemia e reduziram suas despesas, porque gastam muito com restaurantes, entretenimento e viagens de férias no exterior. Com o distanciamento, essas pessoas conseguiram guardar mais dinheiro."
Para Yoshinaga, apesar de a alta do dólar deixar os investimentos no exterior mais caros e a alta de juros no Brasil tornar os investimentos locais mais atrativos, a volatilidade do ano eleitoral deve continuar estimulando brasileiros a buscar investimentos no exterior, como uma forma de diminuir sua dependência do que acontece na economia nacional.
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