Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 30 de janeiro de 2022
A ILUSÃO AMERICANA
"O Brasil atravessa um momento em que seu presidente e seu governo tomam decisões com base em ilusões"
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Nas entrelinhas: Inflação dos EUA terá impacto na nossa economia e nas eleições
Publicado em 30/01/2022 - 06:58 Luiz Carlos AzedoEconomia, Eleições, EUA, Governo, Partidos, Política, Política, Saúde, Trabalho
Uma das características de Bolsonaro é sua dificuldade de lidar com as novas contingências de seu governo. Foi eleito muito mais pela sorte do que por suas virtudes
A inflação nos Estados Unidos terá grande impacto na economia brasileira até as eleições, complicando ainda mais a vida do presidente Jair Bolsonaro. Mas não é um problema somente do governo atual. Quem vencer o pleito, terá que lidar com uma nova realidade, que põe em xeque estratégias tradicionais de retomada do crescimento.
Vamos por partes. No ano passado, a inflação norte-americana chegou a 7%, o maior nível desde 1982, segundo o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Por essa razão, analistas econômicos estão prevendo quatro aumentos trimestrais na taxa de juros, com base em declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell. Durante a pandemia, a taxa esteve próxima de zero.
A principal causa da alta de preços nos Estados Unidos não difere muito do que ocorre no Brasil e em outros países: a elevação dos custos de produção devido ao encarecimento dos insumos básicos, principalmente o petróleo, que bateu os US$ 80 o barril. Outras causas são o estrangulamento logístico causado pela crise sanitária mundial, agora agravada pela rápida propagação da variante ômicron da covid-19; a escassez de mão de obra, que joga os salários para cima; e o aquecimento da economia com uma política da expansão fiscal, na qual o governo distribuiu vouchers à população e comprou títulos públicos, para injetar dinheiro no mercado.
Foram dois anos de política fiscal e política monetária “folgadas”, que criaram inflação e a espalharam pelo mundo. Além disso, houve uma espécie de sequestro da demanda global pelos EUA, o que também encarece os produtos. Agora, com a guinada na política monetária anunciada pelo Fed, a alta dos juros deve atrair mais investimentos e retirar recursos dos mercados emergentes, entre os quais o brasileiro.
Como inflação no Brasil também saiu do controle, a alta dos juros pelo Banco Central (BC) será o único recurso para segurar os preços, ainda mais porque o governo Bolsonaro não respeita o chamado teto de gastos. Mas, ao contrário do que ocorre nos EUA, a elevação da taxa de juros não terá o mesmo impacto na atração de investimentos, por causa das incertezas políticas. Tudo vai ficando para depois das eleições de outubro, inclusive porque o debate sobre o desenvolvimento econômico e o controle da inflação será contaminado pelas promessas eleitorais, muitas das quais inexequíveis.
Conjuntura adversa
Uma das características de Bolsonaro é sua dificuldade de lidar com as novas contingências de seu governo. Foi eleito muito mais pela sorte do que por suas virtudes, mas, diante da conjuntura adversa, como diria Maquiavel a sorte bateu em retirada e, agora, há um deficit de virtudes necessárias para ele se manter no poder. É um caso clássico de governante em apuros diante das adversidades, algumas das quais agravadas por ele próprio, como é o caso da crise sanitária, por exemplo.
Voltando ao ponto de partida, porém, o impacto da alta de juros na nossa economia é uma variável sobre a qual Bolsonaro não tem o menor controle — ou seja, pode ser incluída no rol da falta de sorte. Sua estratégia neste começo de ano está toda voltada para mitigar os efeitos da crise social, com medidas como o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa família, e o recentíssimo aumento de 33% para os professores, a ser pago principalmente por governadores e prefeitos. O problema é que a inflação e a recessão ameaçam anular os efeitos dessas medidas no decorrer do processo eleitoral.
E a oposição? Pois bem, os candidatos de oposição estão sendo favorecidos por tudo isso, principalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entretanto, no debate eleitoral, terão que se posicionar em relação à nova situação da economia.
Lula, por exemplo, foi eleito em 2002, depois do ajuste fiscal feito por Fernando Henrique Cardoso, com o bem-sucedido Plano Real. No primeiro mandato, manteve as bases dessa política e implementou com sucesso uma política de combate à miséria. No segundo, beneficiado pelo chamado bônus demográfico e por forte expansão da economia mundial, alavancada pela China, promoveu um ciclo robusto de crescimento, somente interrompido no governo Dilma Rousseff.
A situação da economia é completamente diferente, com novos desafios também para Lula e os demais candidatos de oposição. Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania) e André Janones (Avante) estão desafiados a debater alternativas para o crescimento sustentável e o combate às desigualdades com Bolsonaro e Lula.
https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-inflacao-dos-eua-tera-impacto-na-nossa-economia-e-nas-eleicoes/?fbclid=IwAR2NKQHorADWPIUcB7s0JoZyUmGZyd6mAICcQDrkqPq061-65XPHP8doL-M
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Miguel Salles Escritório de Artes
Eduardo Prado A Ilusão Americana Paris Armand Coli
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O Livro Proibido
No dia 4 de dezembro de 1893
foi posto este livro à venda nas livrarias de
São Paulo. Vendidos todos os exemplares
prontos nesse dia, foi às livrarias o chefe
de polícia e proibiu a venda. Na manhã
seguinte a tipografi a em que foi impresso o
livro amanheceu cercada por uma força de
cavalaria, e compareceram à porta da ofi cina
um delegado de polícia acompanhado de um
burro que puxava uma carroça. O delegado
entrou pela ofi cina e mandou juntar todos os
exemplares do livro, mandando-os amontoar
na carroça. O burro e o delegado levaram o
livro para a repartição da polícia. No mesmo
dia a Platéa publicava o seguinte:
Um interview com o Dr. Eduardo
Prado. – Como sabem os nossos leitores,
apareceu à venda o novo livro do Dr. Eduardo
Prado, A Ilusão Americana, de cuja aparição
nos ocupamos no último número desta
folha.
Todos os exemplares postos à venda no sábado
foram vendidos. Soubemos nesse dia que a
polícia proibiu a venda do livro.
O nosso colega Gomes Cardim,
por ir lendo num bonde a obra proibida, foi
levado à polícia. O mesmo aconteceu com
um cavalheiro, de cujas mãos, na Paulicéia,
foi arrancado um exemplar por um polícia
secreta.
Um redator desta folha foi procurar
o autor para ouvir da sua boca as suas
impressões relativas ao sucesso do seu livro e
o seu parecer sobre a proibição.
O Dr. Eduardo Prado recebeu muito
graciosamente o nosso companheiro, e não
pareceu dar muita importância nem ao livro
nem à sua proibição.
Eis, mais ou menos, o que ele nos
disse:
– Na minha infância, havia na rua
de São Bento um sapateiro que tinha uma
tabuleta onde vinha pintado um leão que,
raivoso, metia o dente numa bota.
(continua na orelha da contracapa)
Por baixo lia-se: Rasgar pode – descoser não.
Dê-me licença para plagiar o sapateiro e para
dizer: Proibir podem, responder não.
Quanto ao honrado chefe de polícia,
penso que S. Exa lisonjeou-me por extremo
julgando a minha prosa capaz de derrotar
instituições tão fortes e consolidadas como
são as instituições republicanas no Brasil.
Demais, S. Exa pode dizer-se que,
só por palpite, proibiu o livro. Saiu o volume
às quatro horas e, às cinco, foi proibido antes
da autoridade ter tempo de o ler.
Confesso que a publicação foi um
ato de ingenuidade da minha parte. Não quero dizer que confi ei, e por isso digo antes que
estribei-me no art. 1º do Decreto nº 1.565,
de 13 de outubro passado, regulando o estado
de sítio. O vice-presidente da República e o
senhor seu ministro do Interior disseram nesse
artigo:
“Art. 1º É livre a manifestação do
pensamento pela imprensa, sendo garantida a
propaganda de qualquer doutrina política.”
E com suas assinaturas empenharam a sua
palavra nessa garantia. Escrevo um livro
sustentando a doutrina política de que o
Brasil deve ser livre e autônomo perante o
estrangeiro, e adoto o aforismo de Montesquieu, de que as repúblicas devem ter como
fundamento a virtude.
O governo é contrário a essas opiniões, e está no seu direito. Manda, porém, proibir o livro! Onde está a palavra do governo,
dada solenemente num decreto, em que diz
garantir a propaganda de qualquer doutrina
política?
A sabedoria popular diz: Palavra de rei não
volta atrás.
– O povo terá de inventar outro
provérbio para a palavra do vice-presidente
da República.
EDUARDO PRADO
Eduardo Prado
( 1860 – 1901)
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1095/000661687_Ilusao_americana.pdf
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Livraria do Senado Federal
A ilusão americana (vol. 11)
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Edições do Senado Federal – Vol. 11
A ILUSÃO AMERICANA
Eduardo Prado
Brasília – 2010
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Biblioteca Digital - STF
[PDF] OBRAS COMPLETAS RUI BARBOSA
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Aos Entusiastas da Amizade Americana
EQUANDO Ulysses Grant, mais tarde, vindo à Europa
cobiçou a honra de visitá-lo (Victor Hugo), o poeta republicano recusou-se a
receber na sua casa un tel goujat.
As nossas contas com os negociantes de fraternidade norte-americana são ainda mais sérias. Entretanto, há, entre nós, nativitas,
que projetam estátuas a Monroe, julgam praticar ato de republicanos,
suscitando para amparo do Brasil o protetorado dos Estados Unidos.
Se esses entusiastas quisessem refletir, eu lhes encomendaria o
folheto precioso, com que o Sr. Eduardo Prado acaba de enriquecer a literatura brasileira: A Ilusão Americana (2ª edição). Esse livro teve
singular destino: no Brasil foi proibido uma hora depois de posto à venda, isto é, proibido antes de lido; em Portugal, depois de composto na
Imprensa Nacional, não pôde ser editado por ela. A sua publicação em
São Paulo comprometia as boas relações entre o Marechal Peixoto e o
Presidente Cleveland; a sua tiragem em Lisboa embaraçava a reconciliação
entre o Ministério Hintze e o Marechal Peixoto. Sejamos gratos à polícia
florianista e à política lusitana. A primeira fez passar o livro pelo cadinho
de novos estudos, habilitando o autor a retificar, pelo exame das fontes no
British Museum, os elementos da sua narrativa; a segunda levou-o a sair à luz em pleno Paris. Uma e outra conspiraram para dar a maior
notoriedade a esse opúsculo, absolutamente novo no assunto, em que,
como repositório de verdades ignoradas, é o mais oportuno serviço ao Brasil. Se, lido ele, ainda restarem, nesse País, fundidores de monumentos
monroinos e cunhadores de medalhas benhamitas, estarão, nesse caso,
confirmadíssimas as palavras, em que o famoso Almirante, no seu discurso
ao United States Service Club, se referiu às manifestações oficiais da
simpatia brasileira, que selaram a nossa humilhação como reconhecimento
dos humilhados. O egrégio Benham atribuía publicamente essas festas a
um sentimento, que teve a gentileza de não definir, mas cuja natureza lisonjeira à nossa honra as gargalhadas do auditório militar em Nova Iorque não deixam dúvida razoável: “Essa amizade baseia-se no respeito, e
talvez em alguma coisa mais. That friendship is founded on respect with perhaps a little tinge of something else.”
RUI BARBOSA
(Obras completas, vol. XXIII, 1896, Tomo 1 – Cartas de Inglaterra, edição do Ministério da Educação e Saúde – 1946, págs. 42 e 43.)
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Franklin Levy - Leiloeiro Oficial
Eduardo Prado - A Ilusão Americana. 2ª edição. Encadern
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Prefácio da 2ª Edição
ESTE trabalho, já editado no Brasil e agora reimpresso
no estrangeiro, merece vir de novo à luz, ainda na falta de próprio
interesse.
Este despretencioso escrito foi confiscado e proibido pelo governo
republicano do Brasil. Possuir este livro foi delito, lê-lo, conspiração, crime,
havê-lo escrito.1
Antes da dolorosa provação que sob o nome de república tanto
tem amargurado a Pátria brasileira, nenhum governo se julgou fraco e
culpado ao ponto de não poder tolerar contradições ou verdades, nem mesmo
as de uma crítica impessoal e elevada.
Eram jovens os nossos bisavós quando foi extinto o Santo
Ofício. Desde então, em nosso País, nunca mais o poder ousou interpor-se entre os nossos raros escritores e o seu escasso público. Julgavam
todos definitiva esta conquista liberal, mas o governo republicano do Brasil, tristemente predestinado a agir sempre contra a civilização, a todos
desenganou. Na República o livro não teve mais liberdade do que o jornal,
do que a tribuna, nem mais garantias do que o cidadão.
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1 Vide Apêndice.
Disse um romano que os livros têm o seu destino. O deste não
foi dos piores, honrado, como foi, com as iras dos inimigos da liberdade.
A própria verdade não proclamou felizes os que sofrem perseguição pela
justiça?
Londres, 7 de novembro de 1894.
EDUARDO PRADO
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1095/000661687_Ilusao_americana.pdf
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Estante Virtual
Livro: A Ilusão Americana - Eduardo Prado | Estante Virtual
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Apêndice
NO DIA 4 de dezembro de 1893 foi posto este livro à
venda nas livrarias de São Paulo. Vendidos todos os exemplares prontos
nesse dia, foi às livrarias o chefe de polícia e proibiu a venda. Na manhã
seguinte a tipografia em que foi impresso o livro amanheceu cercada
por uma força de cavalaria, e compareceram à porta da oficina um delegado de polícia acompanhado de um burro que puxava uma carroça. O
delegado entrou pela oficina e mandou juntar todos os exemplares
do livro, mandando-os amontoar na carroça. O burro e o delegado levaram
o livro para a repartição da polícia. No mesmo dia a Platéa publicava o
seguinte:
Um interview com o Dr. Eduardo Prado. – Como sabem os nossos leitores, apareceu à venda o novo livro do Dr. Eduardo Prado, A
Ilusão Americana, de cuja aparição nos ocupamos no último número desta
folha.
Todos os exemplares postos à venda no sábado foram vendidos.
Soubemos nesse dia que a polícia proibiu a venda do livro.
O nosso colega Gomes Cardim, por ir lendo num bonde a
obra proibida, foi levado à polícia. O mesmo aconteceu com um cavalheiro, de cujas mãos, na Paulicéia, foi arrancado um exemplar por um
polícia secreta.
Um redator desta folha foi procurar Um redator desta folha foi procurar o autor para ouvir da sua
boca as suas impressões relativas ao sucesso do seu livro e o seu parecer
sobre a proibição.
O Dr. Eduardo Prado recebeu muito graciosamente o nosso
companheiro, e não pareceu dar muita importância nem ao livro nem à
sua proibição.
Eis, mais ou menos, o que ele nos disse:
– Na minha infância, havia na rua de São Bento um sapateiro
que tinha uma tabuleta onde vinha pintado um leão que, raivoso, metia
o dente numa bota. Por baixo lia-se: Rasgar pode – descoser não.
Dê-me licença para plagiar o sapateiro e para dizer: Proibir podem, responder não.
Quanto ao honrado chefe de polícia, penso que S. Exª lisonjeou-me por extremo julgando a minha prosa capaz de derrotar instituições tão fortes e consolidadas como são as instituições republicanas
no Brasil.
Demais, S. Exª pode dizer-se que, só por palpite, proibiu o
livro. Saiu o volume às quatro horas e, às cinco, foi proibido antes da
autoridade ter tempo de o ler.
Confesso que a publicação foi um ato de ingenuidade da minha parte. Não quero dizer que confiei, e por isso digo antes que estribei-me no art. 1º do Decreto nº 1.565 de 13 de outubro passado,
regulando o estado de sítio. O vice-presidente da República e o senhor
seu ministro do Interior disseram nesse artigo:
“Art. 1º É livre a manifestação do pensamento pela imprensa,
sendo garantida a propaganda de qualquer doutrina política.”
E com suas assinaturas empenharam a sua palavra nessa
garantia. Escrevo um livro sustentando a doutrina política de que o Brasil deve ser livre e autonômo perante o estrangeiro, e adoto o aforismo
de Montesquieu, de que as repúblicas devem ter como fundamento a
virtude.
O governo é contrário a essas opiniões, e está no seu direito.
Manda, porém, proibir o livro! Onde está a palavra do governo, dada
solenemente num decreto, em que diz garantir a propaganda de qualquer
doutrina política?
A sabedoria popular diz: Palavra de rei não volta atrás.
– O povo terá de inventar outro provérbio para a palavra do
vice-presidente da República.
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O autor recebeu de todos os pontos do Brasil grande número
de cartas pedindo-lhe um exemplar do livro proibido. Estas cartas vinham
assinadas por nomes dos mais distintos do País, e a todos estes correspondentes peço desculpa por me ter sido impossível aceder aos seus
pedidos. Mencionarei somente, para prova de que os republicanos brasileiros, alguns não são inimigos da liberdade de pensamento, uma carta
do Sr. Saldanha Marinho, em que este patriarca do republicanismo, saudoso decerto das práticas liberais da monarquia e rebelde às idéias liberticidas de hoje, protestava contra a proibição deste trabalho. A todos e a
cada um cabem o agradecimentos do autor.
N. B. Este trabalho, tal qual foi escrito para a primeira edição, foi redigido sem o
autor ter os seus livros à mão, nem as suas notas. Na edição atual todos os fatos citados
são justificados com a citação das fontes oficiais ou dos autores que relatam os mesmos
fatos.
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A Ilusão Americana, de Eduardo Prado,
foi composto em Garamond, corpo 12/14, e impresso em papel vergê areia
85g/m2, nas oficinas da SEEP (Secretaria Especial de Editoração e Publicações),
do Senado Federal, em Brasília. Acabou-se de imprimir em março de 2010,
de acordo com o programa editorial e projeto gráfico do
Conselho Editorial do Senado Federal.
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Eduardo Paulo da Silva Prado (São Paulo, 27
de fevereiro de 1860 — São Paulo, 30 de agosto de
1901) foi um jornalista e escritor brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Formou-se em Direito na tradicional Faculdade de
São Paulo.
Trabalhou como adido na delegação brasileira em Londres, durante o Império. Conheceu
diversos países europeus e também o Egito. Dessas
viagens, faria observações meticulosas no livro iagens, publicado em 1886.
Com a proclamação da República no Brasil,
em 15 de novembro de 1889, passou a combater,
em livros e jornais, os atos praticados pelo governo
republicano. Eça de Queirós, diretor da Revista de
Portugal, abriu-lhe as páginas da publicação, para
uma série de artigos, editados com o pseudônimo
de Frederico de S. e que seriam reunidos em livro
com o título de Fastos da ditadura militar no Brasil.
Colaborou, também, em “A Década Republicana”,
obra em que colaboraram os mais destacados monarquistas brasileiros.
Também é um dos fundadores do Instituto
Histórico e Geográfi co Brasileiro, na qualidade de
sócio correspondente.
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1095/000661687_Ilusao_americana.pdf
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domingo, 30 de janeiro de 2022
Poesia| João Cabral de Melo Neto: Volta a Pernambuco
A Benedito Coutinho
Contemplando a maré baixa
nos mangues de Tijipió
lembro a baía de Dublin
que daqui já me lembrou.
Em meio à bacia negra
desta maré quando em cio,
eis a Albufera, Valência,
onde o Recife surgiu.
As janelas do cais da Aurora,
olhos cumpridos, vadios,
incansáveis como em Chelsea
veem rio substituir rio,
e estas várzeas de Tiúma,
com seus estendais de cana,
vem devolver-me os trigais
de Guadalajara, Espanha.
(Culturas de folhas finas
e mais discreta presença,
lá como aqui, dos desertos
possuem a transparência,
e o canavial me devolve,
na luz de páramo puro,
um mar sem ilha, os trigais
onde senti Pernambuco.)
Mas as lajes da cidade
não me devolvem só uma,
nem foi uma só cidade
que me lembrou estas ruas.
As cidades se parecem
nas pedras do calçamento,
artérias iguais regando
faces de vário cimento,
por onde iguais procissões
do trabalho (sem ardor)
vão levar o seu produto
aos mercados do suor.
Todas lembram o Recife,
este em todas se situa,
em todas em que é um crime
para o povo estar na rua,
em todas em que este crime
– traço comum que surpreende –
pôs nódoas de vida humana
nas pedras do pavimento.
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Volta a Pernambuco
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https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/01/poesia-joao-cabral-de-melo-neto-volta.html
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domingo, 30 de janeiro de 2022
Música | Moacyr Luz e Banda - A Reza do Samba
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/01/musica-moacyr-luz-e-banda-reza-do-samba.html
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domingo, 30 de janeiro de 2022
Cacá Diegues: A utopia é aqui
O Globo
A versão de Darcy Ribeiro do povo brasileiro corresponde a um novo modo de ver esse país e a gente que o constrói
Existem várias maneiras de se falar de um país. Mas são poucos aqueles dos quais podemos falar falando de uma civilização especial, uma civilização original que eles por acaso representam. Nosso país começou a ser assim tratado com o Modernismo, um movimento antes de tudo literário e artístico que marcou o jeito de pensarmos sobre nós mesmos.
Mário e Oswald de Andrade, assim como Di Cavalcanti, Villa-Lobos, Jorge de Lima e alguns outros foram, a partir de 1922, marcos indiscutíveis de nossa história cultural. Eles apontaram para um outro modo de narrar nossa História, de ver nosso povo, de discutir seus valores. Como se estivéssemos construindo uma inédita civilização que serviria ao mundo num momento em que o mundo caminhava para se dividir entre formas igualmente autocráticas de pensá-lo. Nenhuma delas conveniente a nosso futuro de povo por nossa conta.
Em fevereiro de 2022, a partir portanto de terça-feira, estaremos celebrando o primeiro centenário do nascimento dessa experiência única. Única não apenas em referência à história de nossa cultura, mas também como experimento de uma nação como a nossa em âmbito universal. Infelizmente vivemos, nesse momento, uma experiência política que é a negação desse sonho libertário, que é a negação dessa proposta de uma nova, igualitária e moderna civilização. O triste tempo bolsonarista é incapaz de celebrar os tempos mais felizes de criação.
Quem inaugurou essa reflexão, essa revelação de um país desconhecido para o mundo inteiro foi o pernambucano Gilberto Freyre, com “Casa-grande e senzala”. A Gilberto Freyre se seguiram escritores da mesma cepa, ansiosos por entregar o que já sabiam do Brasil, loucos por organizar suas ideias sobre nós. Podemos encerrar uma farta lista de pensadores modernistas com nomes como Roberto da Matta e Darcy Ribeiro.
Cruel e absurdo mesmo é tomar conhecimento do comportamento de jornalistas, colaboradores de um jornal como a Folha de S. Paulo, de estarem apoiando restrições ao texto de Antonio Risério sobre o “racismo reverso”, propondo censura ao que escreveu. Uma coisa é não concordar com o que Risério diz, um direito de todos. Outra, a violência do desejo de praticar censura sobre o que convém ou não convém publicar. O que não convém publicar só pode ser o que não foi dito ou escrito, o que não foi pensado por ninguém, o que não existe.
Sempre tive enorme admiração por Darcy Ribeiro. Aprendi a amá-lo e respeitá-lo desde que o li e conheci. E depois, quando convivi com ele por um curto espaço de tempo no exílio. No final dos anos 1990, quando ele retornou muito doente para morrer no Brasil, eu e mais dois colegas do antigo movimento estudantil, ligados agora ao cinema, fomos visitá-lo em Maricá, onde ele vivia seus últimos dias.
Recebo hoje a bela homenagem que a Prefeitura de Maricá lhe presta, publicando um belíssimo livro de 720 páginas, “Darcy Ribeiro em Maricá, a utopia é aqui”, com curadoria de Gringo Cardia e coordenação editorial de José Ronaldo Cunha e Bete Capinam. Um livro com textos e imagens que Darcy certamente selecionaria. O autor de “O povo brasileiro” recebe assim uma homenagem póstuma merecida.
Darcy Ribeiro é um daqueles autores fundamentais aqui citados. Sua versão técnica e afetiva do povo brasileiro corresponde a um novo modo de ver esse país e a gente que o constrói, sem se submeter aos critérios de pensadores que não sabem nada de nós. Um dia, poderemos olhar com orgulho para o que realmente somos como está no livro de Darcy: “Através de um persistente esforço de elaboração de sua própria imagem e consciência, como correspondentes a uma entidade étnico-cultural nova, é que surge e ganha corpo a brasilianidade”.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/01/caca-diegues-utopia-e-aqui.html#more
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domingo, 30 de janeiro de 2022
Cristovam Buarque*: Pátria negacionista
Blog do Noblat / Metrópoles
O Brasil atravessa um momento em que seu presidente e seu governo tomam decisões com base em ilusões
É assustador assistir as lideranças do atual governo negando a qualidade das vacinas criadas pela ciência e defendendo a qualidade de remédios sem qualquer comprovação científica. Mais grave, estas não são as únicas manifestações negacionistas do governo, do presidente, seus ministros e muitos de seus seguidores. Eles colocam crenças criadas por instigadores ideológicos como verdade, mesmo que a ciência mostre que são ideias falsas. Acreditam nas fake news, que eles criam. Uma estratégia de enganação que leva as pessoas e seus grupos sociais a negarem a realidade e com isto assustar a população. O Brasil atravessa um momento em que seu presidente e seu governo tomam decisões com base em ilusões que eles próprios criam. Aos poucos vão aumentando mortes e afundam o país.
O que faz este momento ainda mais grave, é que a oposição também aposta nas suas próprias negações da realidade. Uma dessas é negar os riscos à democracia, por causa de divisão das forças democráticas. Não há percepção de que o divisionismo entre mais de dez candidatos pode levar o processo eleitoral na direção de um segundo turno, no qual os opositores a Bolsonaro terão dificuldades em subirem no palanque, para pedir votos para aquele ou aquela que chegar ao segundo turno. Desde o início do processo eleitoral, percebe-se que o divisionismo enfraquece as forças democráticas que se digladiam como inimigas. O negacionismo impede perceber esta realidade e seus riscos. Impede também perceberem que o PT e Lula conservam uma força que deve levá-lo ao segundo turno, porque as lideranças políticas da terceira via foram incapazes de oferecer ao país uma alternativa e atrair apoio eleitoral para ela.
Da mesma forma, o PT vive seus negacionismos uma vez que não percebe que a força que tem dificilmente elege sozinha seu candidato, diante da rejeição que ainda sofre. E que, se vencer sozinho a eleição, dificilmente conseguirá governar.
Esta é uma pátria de políticos negacionistas.
*Cristovam Buarque foi ministro, senador e governador
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/01/cristovam-buarque-patria-negacionista.html
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17/03/2016 10h17 - Atualizado em 17/03/2016 17h26
Paes diz que conversa com Lula gera 'arrependimento e vergonha'
'Não é brincadeira aceitável a brincadeira que fiz', admite prefeito do Rio.
Paes acredita que Dilma e Pezão entendam brincadeira sobre 'humor'.
Fernanda Rouvenat
Do G1 Rio
FACEBOOK
O prefeito Eduardo Paes convocou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17) para falar sobre o vazamento de uma conversa entre ele e o ex-presidente Lula, na qual ele diz para Lula deixar de ter "alma pobre" e compara o local onde o petista teria um sítio com a cidade de Maricá, dizendo ser "uma merda de lugar" (ouça a íntegra do áudio abaixo). No dia 7 de março, a Polícia Federal interceptou uma conversa entre Lula e Paes, e o teor da conversa foi divulgado nesta quarta (16).
saiba mais
Prefeito de Maricá recebeu ligação de Eduardo Paes
Justiça torna público conversas de Lula
Segundo o prefeito, ele se arrepende da conversa. “Entendi que, por causa das dificuldades, deveria ligar e ser gentil. Essa tentativa me levou a brincadeiras de profundo mau gosto, mas não passavam de brincadeiras. Comentários que não fazem parte da minha personalidade. Me geram arrependimento, vergonha. Não acho nada disso”, alegou.
O prefeito também pediu desculpas a todos que tenham se sentido ofendidos, especialmente à população de Maricá. "O meu objetivo é me desculpar com a população da minha cidade, com as pessoas que se sentiram ofendidas com isso. Eu acho que elas têm toda razão", disse.
Paes disse ainda que a ligação foi uma forma de ser grato ao ex-presidente por tudo que ele fez nos anos de mandato e pela ajuda que sempre deu para a cidade do Rio de Janeiro. "Eu quero dar aqui o lado humano da história. De fato, tenho essa relação, tenho essa gratidão ao presidente Lula pelo que ele fez pelo meu governo, pela ajuda que ele deu aqui para a prefeitura do Rio, tentando, nesse momento de dificuldade do presidente, tentando relaxar o ambiente com isso".
Questionado pelo jornalistas, o prefeito também negou saber da existência de um sítio em nome de Lula, que seria investigado pela Polícia Federal. "Eu não sei de absolutamente nada. Eu respondo pelos meus atos na vida pública", afirmou.
Ainda de acordo com Paes, seu jeito informal às vezes o leva a falar demais. "Não é brincadeira aceitável a brincadeira que eu fiz. É o meu jeito carioca em excesso, informalidade, falar demais, acabei falando brincadeiras de profundo mau gosto".
O prefeito de Maricá também divulgou nota ressaltando que as declarações foram divulgadas no mesmo dia em que o município confirmou o recebimento de um grande investimento na área do turismo.
"A declaração obviamente foi muito mal recebida por nós e por todo o povo de Maricá, justamente no dia em que é anunciada em Cannes, França, na feira Mipim, um investimento de US$ 1,5 bilhão em Maricá no Rio Green Reserv, o maior complexo turístico da América Latina, que começará a ser construído este ano na Restinga da cidade. O prefeito Eduardo Paes me ligou ontem mesmo e pediu desculpas, dizendo que o adjetivo pejorativo se referia ao sítio do presidente Lula e ao fato dele não frequentar o destino dos milionários e sim manter-se fiel as suas origens. De qualquer forma, foi uma declaração infeliz".
Leia trecho da conversa entre Lula e Paes
Lula: Não é fácil, querido.
A conversa segue.
Eduardo Paes: Agora, da próxima vez o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre, comprando "esses barco de m*****", "sitiozinho vagabundo”.
O ex-presidente ri.
Eduardo Paes: O senhor é uma alma de pobre. Eu, todo mundo que fala aqui no meio, eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É como se fosse em Maricá. É uma m**** de lugar p*****!"
O prefeito fala alguns palavrões. E Lula, mais uma vez, ri.
No diálogo, o prefeito ainda disse que estava sofrendo e Lula rebateu, dizendo que ele é abençoado por Deus por causa das Olimpíadas. O prefeito afirma, então, que fazer Olimpíada com Lula e Sergio Cabral (ex-governador) é uma coisa, mas segurar com aquele bom humor da Dilma e do Pezão (governador)...
Durante a coletiva, o prefeito reafirmou sua opinião sobre Dilma e Pezão e esclareceu:
"Quem me conhece sabe que não sou a alegria dos assessores de imprensa. Falo demais, não ando no quadradinho, sou uma pessoa que brinca. Tenho certeza que a presidente Dilma e o governador Pezão vão tratar isso como uma brincadeira. Eu brinquei dizendo que ele é a presidenta Dilma tem mais mau humor, eles são mais mu humorados mesmo", disse Paes.
Sobre o trecho da conversa em que Paes diz que Lula não perdeu 'sua alma pobre', o prefeito disse não ser preconceituoso e que, durante sua vida política, sempre governou para os pobres.
"Eu governo principalmente para os pobres. O meu governo é um governo, essencialmente, com investimento nas áreas mais pobres da cidade, voltado para as pessoas mais pobres da cidade, eleito nas áreas mais pobres da cidade, eu vou apelar para a minha vida na prática até para justificar, para tentar justificar uma brincadeira de profundo mal gosto. Ninguém deve fazer, muito menos um homem público. Eu fui muito infeliz fazendo uma brincadeira com o ex-presidente Lula", afirmou.
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Paes convoca coletiva de imprensa para se desculpar por conversa com o ex-presidente Lula. (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Paes convoca coletiva de imprensa para se desculpar por conversa com o ex-presidente Lula. (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
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tópicos:
Luiz Inácio Lula da Silva, Rio de Janeiro
https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/03/paes-diz-que-conversa-com-lula-gera-arrependimento-e-vergonha.html
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METRÓPOLE Colunas GUILHERME AMADO
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Nos EUA, Eduardo Bolsonaro confunde Revolução Americana com Francesa
Vídeo: indicado para ser embaixador nos Estados Unidos no início do governo, Eduardo Bolsonaro confundiu revoluções em culto em Orlando
Bruna Lima
28/01/2022 7:00,atualizado 28/01/2022 9:16
Reprodução
Indicado por Jair Bolsonaro para ser embaixador nos Estados Unidos no início do governo, Eduardo Bolsonaro confundiu nesta quarta-feira (26/1) a Revolução Americana com a Francesa. O deputado fez uma palestra em uma igreja evangélica nos Estados Unidos a convite do pastor bolsonarista André Valadão.
O deputado se propôs a fazer uma análise histórica com a ajuda de slides. “A nossa cronologia vai começar lá em 1776. Vocês sabem o que aconteceu em 1776? Pô, ninguém? Vai, a Revolução Francesa, alguém soprou aí certo…”, disse, se corrigindo em seguida ao ler o slide:
“Ih, minto. Até eu me confundi. Tá vendo como a gente erra também?”, riu o deputado, sem graça, começando a falar da Revolução Americana. A Revolução Francesa, na verdade, aconteceu em 1789.
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A gafe de Eduardo aconteceu durante suas férias nos Estados Unidos, em uma palestra na igreja evangélica Lagoinha de Orlando. No início do mês, em uma apresentação em uma igreja na Califórnia, uma imagem com as profissões de Eduardo foi projetada em um telão e a palavra “lawyer”, advogado em inglês, estava escrita incorretamente.
O deputado foi indicado para comandar a embaixada brasileira nos Estados Unidos pelo pai em 2019. À época, diante das críticas da indicação, Eduardo disse que seu nome não surgiu “do nada”, apenas por ser filho do presidente da República, mas sim por ter uma “vivência pelo mundo”.
“Já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos EUA, no frio do Maine, Estado que faz divisa com o Canadá. No frio do Colorado, numa montanha lá, aprimorei meu inglês, vi como é o trato receptivo do norte-americano para com os brasileiros”, disse o deputado em 2019.
A qualidade do inglês de Eduardo foi um dos problemas na ocasião, além do seu pouco envolvimento com política externa. Em uma entrevista, disse não saber quem era Henry Kissinger, um dos principais nomes da história da diplomacia americana.
EDUARDO BOLSONARO
https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/nos-eua-eduardo-bolsonaro-confunde-revolucao-americana-com-francesa
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Live: Bolsonaro: cadeia ou renúncia? 29/01/22
62.660 visualizações29 de jan. de 2022
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Marco Antonio Villa
652 mil inscritos
O desrespeito de Bolsonaro à decisão do ministro Alexandre de Moraes, não é uma questão pessoal, muito longe disso. É a primeira demonstração da guerra que Bolsonaro vai mover contra as instituições.
A possibilidade de renúncia e uma candidatura ao Senado resolveria dois problemas da quadrilha: daria ao pai foro privilegiado e ao filho (Carlos) mandato de deputado federal e também, foro privilegiado.
A tendência, como anunciei no ano passado, é de BOlsonaro esticar a corda ao máximo, insuflando seus fanáticos e depois negociando uma saída política
https://www.youtube.com/watch?v=5l_e0Wcaq3w
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