domingo, 22 de junho de 2025

"Programa nuclear iraniano e a geopolítica do Estreito de Ormuz"

Direita e Esquerda: Razões e significados de uma distinção política por Norberto Bobbio (Autor) "Andando na contramão das tendências contemporâneas nas Ciências Políticas, Bobbio demonstra, neste livro, a atualidade da distinção entre esquerda e direita. O ponto de ruptura encontra-se na diversidade dos modos de encarar o problema da desigualdade social e de traçar seus diagnósticos e prognósticos. Com isto, desvela-se a permanência de antigos conflitos por trás de novas situações socioeconômicas."
domingo, 22 de junho de 2025 Esquerda, direita, centro - Luiz Sérgio Henriques O Estado de S. Paulo Nem a direita anticonstitucional nem a esquerda sem imaginação são um destino Num ambiente pavorosamente polarizado – e com uma compreensão curta das exigências que a democracia faz aos seus protagonistas –, um pequeno livro de Norberto Bobbio ainda pode ser lido com proveito. Contextualizemos o livro, Direita e esquerda: Razões e significados de uma distinção política. Eram os anos 1990 do século passado, a esquerda estava em debandada, tanto a comunista quanto a social-democrata. Com um dos lados em retirada, o outro, mesmo vitorioso, deixava de existir como tal. A contraposição clássica, denominada segundo a posição das bancadas parlamentares na França revolucionária, perdia sua motivação. A política parecia, então, cancelada, dando lugar à mera “administração das coisas”, entendida como a ação humana possível diante da generalização das relações mercantis. A globalização inevitável dispensava direita e esquerda, impondo-se sem discussão o acrônimo raso de Margaret Thatcher – Tina, “there is no alternative”. Bobbio, com coragem intelectual, desmanchava a fantasia economicista e reafirmava, num momento particularmente difícil, a vigência da distinção e, portanto, de escolhas. Política é sempre antagonismo, repetia o filósofo. Em última análise, direita e esquerda separam-se segundo a visão que têm da desigualdade humana e as soluções, melhores ou piores, que formulam para atenuá-la ou superá-la. Contudo, não são as únicas posições possíveis nem mesmo são indefinidamente iguais a si mesmas. Há variedades de centro, há esquerda e direita moderadas ou extremistas, e há, também, momentos críticos em que os próprios termos extremos perdem a “vitalidade histórica” e, na prática, passam a impedir a inovação, mesmo estando intrinsecamente exaustos. Descendo um pouco do céu à terra, e tomando todo o cuidado para não incorrer nas tais falsas equivalências (que existem...), imaginemos um país – qualquer país – capturado, por um período histórico mais longo do que o habitual, pelo confronto sem restos entre direitistas e esquerdistas, trumpistas e não-trumpistas, bolsonaristas e lulistas. Podemos ainda imaginar que as alas extremas destes agrupamentos farão o que puderem para que a confrontação se prolongue a perder de vista, mesmo ao custo da divisão da sociedade em metades inconciliáveis. Podemos também supor que alas menos extremadas, provisoriamente arrastadas no turbilhão, em algum ponto sintam a necessidade de “ir ao centro”, reconstituindo um terreno comum e estabelecendo a normal dialética democrática entre oposição e governo. A reconstituição do centro político, assim entendida, implica paradoxalmente a retomada da política como luta pela hegemonia num significado muito preciso, que requer a legitimidade do adversário. Além disso, é a condição de possibilidade para que a maioria dos atores relevantes perceba as questões políticas centrais numa dada conjuntura. Tais questões, para usar uma metáfora conhecida, são o elo que, agarrado, permite manejar toda a corrente e, assim, produzir um novo e mais avançado equilíbrio de forças. Não é possível esperar que forças subversivas, como as da atual extrema direita em escala global e também em solo pátrio, atuem com este sentido de alta política. E, por óbvio, nem as da extrema esquerda, como perto de nós o demonstram Cuba, Venezuela e Nicarágua, enquistadas num estado por elas monopolizado até com o uso da violência. O PT é um caso singular. Reformista – fracamente reformista –, formou-se em torno de uma liderança esmagadoramente forte. Não tem propriamente, se é que um dia teve, um grupo dirigente autônomo em relação ao líder cultuado. Tradicionalmente encapsulou-se numa cultura autorreferencial, avesso ao tema do centro político e a frentes que não comandasse. Como exemplo, quase marca de nascença, a eleição crucial de 1985, quando o candidato de união nacional só podia ser Tancredo, não Lula ou alguém expressamente ungido por ele. O voto nulo e a expulsão dos desobedientes foram o passo natural seguinte, assim como natural seria o voto “radicalizado” contra o texto final da Constituição. Mas a esquerda renasce de formas variadas, como queria Bobbio, e muitas vezes assimila outras tradições. Gabriel Boric compreendeu a universalidade dos direitos humanos, que, para ele, valem para palestinos e ucranianos. Pepe Mujica, incapaz de reivindicar mandato divino para consertar o mundo, educou seus partidários por meio de falas, aparições e livros com os “inimigos de classe”. Os incrédulos, aliás, deveriam ler suas “conversas sem ruído” com o expresidente Sanguinetti, de orientação liberal, a quem sucedeu ( Conversas sem Ruído Entre Sanguinetti e Mujica, L&PM, 2023). Nada de herança maldita. E não é a primeira vez que o paisito nos surra clamorosamente, em 1950 no futebol; agora na política... Nem a direita anticonstitucional nem a esquerda sem imaginação são um destino. Como já aprendemos, na vida ou na política, um lance de dados nunca elimina o acaso. Mas eles, os dados, são permanentemente lançados, de modo que, apesar do acaso, não nos é permitido excluir a possibilidade de uma esquerda autorrenovada. *Tradutor e ensaísta, coeditor das ‘obras’ de Gramsci no Brasil
As verdades Ninguém morre antes de morrer. Como em Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política Quando a política parece cancelada e a polarização se torna um destino, resta reafirmar o essencial: direita e esquerda persistem enquanto houver desigualdade. A vitalidade da política depende não da extinção do antagonismo, mas do reconhecimento do adversário como legítimo. Nem a extrema-direita anticonstitucional, nem a esquerda encapsulada em si mesma, são caminhos obrigatórios. A reconstituição do centro político, compreendido como espaço de disputa legítima e não de neutralidade, é condição para retomar a luta pela hegemonia — que só se realiza quando o outro não é anulado, mas confrontado. A esquerda pode renascer se abandonar o culto da pureza e reconhecer que a imaginação democrática está no diálogo, na pluralidade e no sentido universal dos direitos humanos. A política, afinal, é sempre escolha — e os dados, mesmo lançados, não cessam de cair. Entre a busca por dissuasão militar e o controle estratégico do Golfo Pérsico, o Irã reforça sua influência regional com implicações para as rotas globais de energia. Flamengo vira em três minutos Balão de Santa Catarina também revira o jogo — em menos de três Só brados e sobradinhos
Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz, diz mídia local Região é considerada crucial para navios petroleiros; cerca de 20% do transporte global da commodity passa pelo local Reuters 22/06/25 às 11:05 | Atualizado 22/06/25 às 11:11 O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã deve tomar a decisão final sobre o fechamento do Estreito de Ormuz, informou a Press TV do Irã neste domingo (22), após o parlamento supostamente ter aprovado a medida. A decisão de fechar o estreito, por onde flui cerca de 20% da demanda global de petróleo e gás, ainda não é definitiva. Mas o parlamentar e comandante da Guarda Revolucionária, Esmail Kosari, disse ao Clube de Jovens Jornalistas neste domingo que isso está na agenda e "será feito sempre que necessário". Play Video Leia Mais Música | Sobradinho, por Sá e Guarabyra 🔴 BREAKING NEWS: Assista às últimas informações após EUA atacarem o Irã - 22/06/2025 CNN Brasil BREAKING NEWS SECRETÁRIO: AGIREMOS QUANDO AMEAÇAREM NOSSOS INTERESSES CNN 22/06/2025 JD VANCE: EUA NÃO QUEREM MUDANÇA DE REGIME DO IRÃ Vice dos EUA diz que "guerra é contra programa nuclear
domingo, 22 de junho de 2025 Opinião do dia - Antonio Gramsci I. Alguns pontos preliminares de referência É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos profissionais e sistemáticos. É preciso, portanto, demonstrar preliminarmente que todos os homens são “filósofos”, definindo os limites e as características desta “filosofia espontânea”, peculiar a “todo o mundo”, isto é, da filosofia que está contida: 1) na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo; 2) no senso comum e no bom senso; 3) na religião popular e, consequentemente, em todo o sistema de crenças, superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se manifestam naquilo que geralmente se conhece por “folclore”. Após demonstrar que todos são filósofos, ainda que a seu modo, inconscientemente — já que, até mesmo na mais simples manifestação de uma atividade intelectual qualquer, na “linguagem”, está contida uma determinada concepção do mundo —, passa-se ao segundo momento, ao momento da crítica e da consciência, ou seja, ao seguinte problema: é preferível “pensar” sem disto ter consciência crítica, de uma maneira desagregada e ocasional, isto é, “participar” de uma concepção do mundo “imposta” mecanicamente pelo ambiente exterior, ou seja, por um dos muitos grupos sociais nos quais todos estão automaticamente envolvidos desde sua entrada no mundo consciente (e que pode ser a própria aldeia ou a província, pode se originar na paróquia e na “atividade intelectual” do vigário ou do velho patriarca, cuja “sabedoria” dita leis, na mulher que herdou a sabedoria das bruxas ou no pequeno intelectual avinagrado pela própria estupidez e pela impotência para a ação), ou é preferível elaborar a própria concepção do mundo de uma maneira consciente e crítica e, portanto, em ligação com este trabalho do próprio cérebro, escolher a própria esfera de atividade, participar ativamente na produção da história do mundo, ser o guia de si mesmo e não mais aceitar do exterior, passiva e servilmente, a marca da própria personalidade? *Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, v. 1, p.93-4. 5ª edição – Civilização Brasileira, 2011. Carlinhos Cor das Águas Vulcão da Memória Luciano Chaves 1 de jul. de 2020 Vulcão da memória (Carlinhos Cor das Aguas) uma noite viva uma luz acesa uma noite de São João brisa do passado fogo da alegria brasa da recordação roda da fogueira calor da amizade balão do primeiro amor o primeiro beijo fogo do desejo ai, São João como era bom gira o mundo, gira roça do destino debulhando grão em grão licor desta vida doce desta vida é a noite de São João fogos na calçada canjica na mesa sonhos de papel crepom vulcão da memória guardada no tempo ai, São João como era bom ©2011 --------------------------------------- Banda: Carlinhos Cor das Aguas - violão e voz Luciano Chaves - flauta Daniela Pena - cajon Diego Ribeiro - violino Teatro Villa Velha - Salvador, BA: Eduardo Santiago - som Elizeu Santana - luz Jailson Souza - aux. de luz Dailson Barroso - aux. de luz Edmilson - cantina Produção de videoclipe: Marise Berta - Produção e direção Umbelino Brasil - Produção e direção Dedeco Macedo - imagens, edição e direção Vicente Sampaio - fotografia still Nossos agradecimentos a Jarbas Bitencourt, que viabilizou a liberação do Villa Velha; e a toda a equipe.
SANTA CATARINA Balão cai em SC: como são os passeios na 'Capadócia brasileira'? Praia Grande fica na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a cerca de 270 quilômetros de Florianópolis Como são os passeios em Praia Grande, a 'Capadócia brasileira' - (crédito: Reprodução/Instagram/@sobrevoar) Um acidente de balão deixou oito mortos em Praia Grande, município no sul de Santa Catarina, na manhã deste sábado, 21. Havia 21 pessoas a bordo, incluindo o piloto, e os sobreviventes tiveram de saltar do equipamento em chamas. Ainda não se sabe a possível causa do acidente. A região é famosa pela prática de balonismo e é considerada a "Capadócia brasileira", em alusão à região da Turquia onde a prática de balões atrai turistas de todo o mundo. O passeio no local chama a atenção pela vista proporcionada para os cânions Itaimbezinho e Fortaleza. Leia também: Quem são as vítimas do acidente que deixou oito mortos em SC A cidade de cerca de 8 mil habitantes também é conhecida como Capital dos Cânions, por ter 11 dessas formações geológicas em seu território, segundo o portal de turismo da região. Praia Grande fica na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a cerca de 270 quilômetros de Florianópolis. Segundo uma empresa que oferece pacotes de lazer na região, os passeios, na maioria das vezes, começam por volta das 5h30 da manhã e duram cerca de 45 minutos a 1 hora. Os pacotes oferecidos giram em torno de R$ 500 e ultrapassam R$ 3 mil. Leia também: Três pessoas morreram abraçadas em acidente com balão que pegou fogo em SC A Sobrevoar, empresa responsável pelo balão que pegou fogo neste sábado, disse que trabalha com "seriedade e cumpre todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Avião (ANAC)" e destacou que não tinha registro de acidentes anteriores. A empresa também lamentou a tragédia e disse que está prestando assistência às vítimas. Conforme informações de um veículo local, o Economia SC, o turismo na região começou a se fortalecer na década de 1990 com a criação de parques nacionais, mas ganhou ainda mais notoriedade durante a pandemia. Entenda o caso As equipes que atuam no local seguem em busca pelos treze sobreviventes. Não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde desse grupo. Conforme os bombeiros, o balão se incendiou enquanto voava e caiu em uma área próxima a um posto de saúde (Cachoeira). Vídeos da queda divulgados nas redes sociais mostram que, durante a queda, o balão já estava em chamas e o cesto se solta antes de chegar ao chão. Também é possível ver passageiros caindo. Ainda não há hipóteses sobre a causa do acidente, que será investigada pelas autoridades. Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular Saiba Mais Brasil Quem são as vítimas do acidente que deixou oito mortos em SC Brasil Em mais uma carta, presidente da COP30 cobra engajamento Brasil Elevador despenca em hospital particular de Salvador e deixa funcionários feridos Brasil Quem é a mulher que agrediu passageira brasileira em voo nos EUA Brasil Grupo leva bebê e drogas para motel, provoca confusão e acaba preso Brasil Goiás: PL prevê multa para quem agredir motoboys Agência Estado + Tags balão Santa Catarina Por Agência Estado FLAMENGO VIRA EM TRÊS MINUTOS PILHADO, ANIVERSARIANTE É EXPULSO QUATRO MINUTOS APÓS ENTRAR EM CAMPO FLAMENGO 3 X 1 CHELSEA | MELHORES MOMENTOS | COPA DO MUNDO DE CLUBES FIFA | ge.globo
ge 20 de jun. de 2025 #CopaDoMundodeClubes #Flamengo #Chelsea Flamengo vence Chelsea de virada e abre vantagem na liderança do Grupo D Bruno Henrique, Danilo e Wallace Yan marcam os gols da vitória rubro-negra Atacante do Chelsea fica quatro minutos em campo e é expulso contra o Flamengo Jogador entrou aos 18 minutos do segundo tempo e deixou o gramado aos 22 Por Redação do ge — Filadélfia, EUA 20/06/2025 16h35 Atualizado há 9 minutos Aos 22 min do 2º tempo - cartão vermelho direto de Jackson do Chelsea contra o Flamengo Nicolas Jackson ficou apenas quatro minutos em campo contra o Flamengo. O atacante do Chelsea recebeu o cartão vermelho por uma falta no meio campo em Ayrton Lucas. O Rubro-Negro venceu, de virada, por 3 a 1 e se manteve na liderança do Grupo D da Copa do Mundo de Clubes. +Atuações: Bruno Henrique e Filipe Luís são os melhores contra o Chelsea; dê suas notas +Veja do que o Flamengo precisa para garantir ainda nesta sexta a vaga nas oitavas da Copa do Mundo Flamengo 3 x 1 Chelsea | Melhores momentos | Copa do Mundo de Clubes 2025 Nicolas entrou aos 18 minutos no lugar do Delap e foi expulso aos 22 do segundo tempo. O jogador perdeu o tempo da bola e acertou em cheio a canela e o pé esquerdo de Ayrton Lucas. +Veja a tabela da Copa do Mundo de Clubes +Conheça os 12 estádios da Copa do Mundo de Clubes 2025 +Quem é o seu camisa 10 favorito na Copa do Mundo de Clubes? O atacante foi expulso pouco tempo depois do Flamengo virar a partida. Danilo marcou aos 19, após Pulgar cobrar escanteio no meio da área, Bruno Henrique ajeitou de cabeça, e o zagueiro desviou para o fundo do gol. "Botar inglês na roda é especialidade do Flamengo", comemora Arthur após vitória por 3 a 1 Flamengo Jorginho mela Jorginho Mello
A pirâmide de evidência científica: da base ao topo! Conclusão crítica A entrevista revela um Jorginho Mello firmemente posicionado à direita do espectro político, com discurso afinado ao bolsonarismo e uma narrativa crítica ao governo federal. Embora traga conquistas administrativas no âmbito estadual, suas declarações políticas carecem, em muitos casos, de base técnica, evidências quantitativas ou justificativas legais, especialmente nos temas sensíveis como golpe de Estado, redistribuição federativa e segurança pública. Sua projeção para 2026 depende do fortalecimento dessa base conservadora, mas os desafios de factualidade e viabilidade institucional de algumas propostas permanecem em aberto.
ENTREVISTA – JORGINHO MELLO “FALTA LIDERANÇA” Governador de Santa Catarina vê um Lula isolado, cuja gestão só pensa em gastar, e projeta ampla vitória da direita em 2026, com a união do grupo em torno de Jair Bolsonaro Laísa Dall’Agnol Aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), chega ao terceiro ano de mandato com índices positivos em áreas sensíveis como crescimento econômico e segurança pública. A pouco mais de um semestre do fim da reeleição, esse desempenho se reflete na avaliação da gestão, que tem 77% de aprovação, segundo levantamento deste mês do instituto Paraná Pesquisas. Com que defende Bolsonaro — que espera ver de volta ao Palácio do Planalto —, o catarinense faz críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem julga não haver diálogo, sem credibilidade e cada vez mais isolado, em uma pauta contrária ao que a maioria dos brasileiros quer. Para a eleição de 2026, ele defende a conjunção das forças de oposição e de centro-direita para projetar a vitória esmagadora da direita e o ostracismo de Lula. “Ele não ganhará se continuar com a política que tem feito. A gastança faz com que seu governo piore a cada dia”, diz. Qual a sua avaliação sobre a dificuldade do governo em aprovar um pacote sobre as contas públicas? A situação simboliza, mais uma vez, a falta de credibilidade e de liderança do presidente Lula. Ele tenta aumentar impostos e repassar a conta para a população. Os parlamentares sabem que isso é um erro. O governo está isolado, sem articulação sólida, e colhe os frutos de sua agenda impopular. O Congresso, em boa parte alinhado aos valores liberais, resiste porque en—
ENTREVISTA – JORGINHO MELLO Como está a sua relação com a gestão Lula? Tenho posição política 100% contrária à do presidente. Não possuo afinco nenhum com o governo federal. O que tenho feito é trabalhar questões importantes para o estado, pois isso transcende qualquer tipo de relação. Tenho a responsabilidade de ser governador, assim como Lula tem a responsabilidade de ser presidente. O governo federal não cumpre com seu papel. Os recursos mais ficam em Brasília do que vêm para os estados. Santa Catarina aprendeu a resolver seus problemas, porque mandamos 100 reais ao governo federal e voltam 10. Se sobra qualquer coisa em Brasília, ninguém se lembra de nós, acham que não precisamos de nada. Lula corre o risco de não ser reeleito? Não tenho dúvida. Ele não ganhará a eleição se continuar com a política que tem feito. A gastança faz com que o governo piore a cada dia. Se vier e gasta mais do que ganha, vai se arruinar, e isso não é um bom exemplo. O senhor acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro conseguirá disputar a eleição? Torço muito para que sim. Ele é meu candidato. E, se não for ele, será o candidato que ele indicar. Torço muito para que a justiça seja feita e que ele fique elegível, porque o Brasil quer isso de novo. Ele é o maior líder dos últimos anos no Brasil. Insistir até os “48 minutos do segundo tempo” na candidatura, como Bolsonaro defende, não atrapalha a direita? Nada acontece antes da hora. Ele vai ser julgado e até que um movimento seguirá construindo a candidatura. Mas é preciso perguntar: por que ele não pode disputar? O presidente Lula teve uma série de dificuldades. O que se viu foram decisões monocráticas de que os processos não estavam certos, que tudo foi politizado em alguma instância. Qual o crime que Bolsonaro cometeu? Quando ele governou, se fez fora de Brasília, do Rio de Janeiro, ele estava fora, não existia. O que achou do depoimento do ex-presidente no STF? Bolsonaro foi lá e respondeu, se declarou que não teve nenhuma crime. Está tranquilo, sabe que não deve nada. O senhor apoia a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro? Apoio, porque tem pessoas que pegaram penas excessivas, penas que muita gente não entende. Em um projeto que pode acontecer, vai se analisar quem é extremista e quem não é. A pena excessiva não é democracia. Se arrependeram e reconheceram que cometeram um excesso, não se justifica estarem condenados de forma tão difícil na política nacional. Houve tentativa de golpe? Não houve. O que houve foi uma série de trapalhadas, com alguns das Forças Armadas, aquelas conversas todas. Não teve plano, não teve armamento, não teve quem quisesse assumir. Golpe de Estado é outra coisa. Não houve absolutamente nada. Estão exagerando.
Com redução de roubos, furtos e a menor taxa de homicídios do país (5 por 100.000 habitantes em 2024), o senhor tem propagado que bandido não tem “moleza” no estado. O que significa isso? Combatemos o crime com firmeza. As forças policiais são muito bem qualificadas. Investimos muito em tecnologia e no material humano, com fardamento decente, armamento, equipamentos e inteligência, para estar sempre um passo à frente da bandidagem. Por que o senhor tem investido em programas de trabalho dos presos? Porque dá resultado. Dos 28.000 apenados, 8.000 estão trabalhando em programas que procuram essa mão de obra, que é muito concentrada e dedicada, porque ela está ali em tempo integral, não tira atestado médico, não falta ao serviço. O preso ganha um salário mínimo por mês, sendo que 50% vai para a família, 25% coloca-se num fundo que, quando ele se inserir de novo na sociedade, pode sacar para levar, mais 25% é para pagar o custo dele no presídio. Tem fila de empresários que desejam essa mão de obra. Vamos abrir mais 8.000 vagas. É um programa que é bom para a empresa, para o governo e para o próprio detento. O presídio de Florianópolis vai ser demolido e, em seu lugar, será erguida uma estátua semelhante à do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Qual é o propósito? Temos um presídio bem central, que não tem mais como estar em uma prisão, pois é muito próxima de áreas turísticas e do centro. Vamos desativar esse complexo penitenciário. Faremos uma parceria público-privada com restaurantes, bares e a construção da estátua de Santa Catarina, que será símbolo da paz e do nosso estado. Será uma das maiores do Brasil, maior que o Cristo Redentor do Rio. Vai ser um ponto de religiosidade, de turismo e de transformação social. Sobre a PEC da Segurança, proposta pela gestão Lula, há queixas dos governadores, que temem perder protagonismo. Qual é a sua avaliação? Não defendi nenhum tipo de PEC, nem nenhum tipo de lei que tire autonomia dos estados. Isso foi construído na Constituição de 1988. É preciso refletir qual fazer uma política pública com empalamento, com fortalecimento das polícias estaduais? Concordo com a criação de uma guarda nacional, mas não de uma outra estrutura policial, pública, de Brasília, que desconfio que está preocupada com segurança pública. O Brasil não precisa de mais despesa. Precisa fazer acontecer o que já existe. De que forma isso deveria ser feito? O governo federal precisa cuidar dos internos, algo que fez de forma muito ruim. As pessoas estão ali por matar, vender drogas. Mas, em muitos casos, são só usuários. É papel do estado cuidar desses que são doentes, que são dependentes. Ao cuidar desses, você evita reincidência. É uma solução humanitária, que evita que essas pessoas voltem a cometer crimes. O governo federal precisa assumir a responsabilidade com os presídios federais e criar uma nova polícia. Santa Catarina passou a multar quem está usando drogas nas ruas. Como está sendo essa política? Você vê ali no centro uma mulher com um filho, um pai e um filho ou alguém fumando crack. A multa não é um fim, é um meio. É um fundamento técnico e administrativo, em dinheiro. Eu não quero ninguém usando droga em local público, com crianças, com qualquer cidadão. Recentemente, em uma reunião com os governadores do Sul sobre o pacto federativo, o senhor falou em fundo do Sul. Foi uma piada ou tem um fundo de verdade? Não sou separatista. Tenho orgulho de ser brasileiro, e o catarinense também tem. Mas não estamos satisfeitos com o tratamento que Brasília nos dá.
Artigo: O sapo na panela e a erosão do capital político Conclusão crítica A reportagem traça um retrato realista, embora carregado de interpretações, dos desafios enfrentados por Lula em seu terceiro mandato e da viabilidade de uma quarta candidatura. As críticas dos especialistas apontam, com base em percepções estratégicas, para uma erosão de capital político, dificultada por uma comunicação restrita à base ideológica e fragilidade na articulação com o Congresso. Contudo, algumas análises generalizam comportamentos e omitem variáveis institucionais e conjunturais relevantes — como o papel dos partidos do centrão, a resistência legislativa a pautas progressistas e o legado da gestão anterior. A viabilidade de Lula em 2026 dependerá não apenas de sua saúde e imagem pública, mas de fatores estruturais como desempenho econômico, alianças políticas e a definição dos concorrentes à direita. A erosão do capital político refere-se à perda gradual do apoio popular e da legitimidade de um governo ou líder político. Esse processo pode ser desencadeado por uma série de fatores, incluindo escândalos de corrupção, políticas impopulares, crise econômica, e má gestão da coisa pública. A erosão do capital político pode levar a instabilidade política, protestos, e até mesmo a queda do governo.
ELEIÇÕES 2026 Lula está de olho no 4º mandato; veja análises de marqueteiros Apesar da imagem desgastada, reprovação elevada e articulação capenga, chefe do Executivo antecipa corrida eleitoral e segue sem herdeiro político na esquerda. Por Danandra Rocha e Wal Lima postado em 22/06/2025 03:59 As recentes derrotas do governo no Congresso Nacional reacenderam os debates sobre a capacidade de articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e levantaram questionamentos sobre a viabilidade eleitoral do petista nas eleições de 2026. O chefe do Executivo tem dado sinais de que pretende concorrer ao quarto mandato, "se tiver boas condições de saúde". Assim, segue sem abrir espaço para um eventual herdeiro político no partido e na esquerda. Especialistas em marketing político ouvidos pelo Correio destacam que o desgaste na imagem pública de Lula é visível e contruibui para o cenário de desaprovação majoritária entre o eleitorado. É o que mostra, por exemplo, a pesquisa MDA/CNT: 52,9% da população desaprova o desempenho de Lula, contra aprovação de 40,7%. O levantamento mostra que, apesar da leve redução na desaprovação em relação a fevereiro, a avaliação negativa predomina, em meio à percepção de um governo fragilizado e com dificuldade para articular com o Legislativo. Leia também: Lula diz que será "candidato para ganhar" se disputar eleições em 2026 Marqueteiros alertam que Lula enfrenta um desafio estrutural em sua estratégia de comunicação e na condução política do atual mandato e, provavelmente, na corrida eleitoral em 2026. Marcelo Vitorino, especialista em marketing digital, avalia que a postura do presidente está desalinhada com o atual cenário político. "Naqueles [dois primeiros mandatos], havia maior diversidade política nas pastas ministeriais, o que favorecia articulações mais amplas. Já neste terceiro mandato, Lula foi eleito por uma margem estreita, e sua postura tem sido mais alinhada ao petismo. Esperava-se um governo mais plural, capaz de atrair também os eleitores não ideológicos", observa. Vitorino ressalta que o presidente tem dificuldades em sair do espectro ideológico que o consagrou. Essa escolha — de falar principalmente para a base progressista — tem limitado sua capacidade de governar para além do próprio campo. "Lula já não é mais visto como o grande conciliador de antes. Sua postura atual repete, em direção oposta, a lógica de Bolsonaro: fala para dentro de seu campo ideológico", afirma. Além disso, ele aponta um esgotamento do eleitorado com o ambiente de polarização. "A política brasileira vive, desde Bolsonaro e agora sob Lula, em um eterno clima eleitoral. Nenhum deles desceu do palanque, o que resulta em alta rejeição para ambos", completa. Desarticulação Emerson Saraiva, publicitário e consultor político, considera o enfraquecimento da imagem de Lula como articulador fruto de dois movimentos principais no Congresso: o embate sistemático da oposição e o aumento do fisiologismo na base aliada. "Existe uma postura cada vez mais fisiologista dos parlamentares que apoiam o governo, pela valorização que tem o papel desses parlamentares na sustentação de um governo com baixíssimos índices de aprovação", explica. Leia também: Análise: Lula antecipa campanha à reeleição, Tarcísio vai à marcha evangélica Saraiva destaca que Lula tem enfrentado dificuldades para manter a imagem de estadista que o ajudou a vencer em 2022. "Ele construiu uma imagem de estadista, que trabalha com todos pelo bem do país, mas tem uma postura bem diferente em relação aos seus opositores mais ferrenhos, não apenas nos atos, mas principalmente, no discurso." De acordo com o estrategista, a forma como Lula se comunica hoje não é suficiente para conter a ofensiva da oposição, que se articula principalmente nas redes sociais. "Várias crises enfrentadas pelo governo que tiveram como principal elemento a força comunicacional da oposição não apenas não foram resolvidas como foram agravadas pela forma como Lula e seus apoiadores reagiram", afirma Saraiva. Apesar de Lula sinalizar que não pretende abrir mão da candidatura para a reeleição, especialistas alertam que o caminho até lá será árduo. Mas a dificuldade de articulação do atual governo no Congresso Nacional, somada ao enfraquecimento da imagem pública de Lula, pode inviabilizar uma candidatura competitiva do petista, segundo especialistas. Saraiva acredita que o presidente se aproxima de um dilema estratégico, se insistir em ações que não funcionam e que podem comprometer ainda mais a imagem dele. Vitorino, por sua vez, vê uma oportunidade para lideranças fora do eixo polarizado. "Há uma oportunidade clara para quem quiser romper com o partidarismo e reconectar a política com as reais demandas sociais", avalia o publicitário. As dificuldades de articulação política e o desgaste da imagem pública de Lula também têm sido explorados pela oposição no Congresso. O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), por exemplo, atribuiu as recentes derrotas do governo à falta de organização interna. "Já estava na cara que não iria passar aqui na Câmara. É um tributo, e o governo só pensa em taxar, dificultando a renda do brasileiro. Falaram que iam ter 300 votos de vantagem. Provamos que quem manda é o Parlamento", afirma, em referência à rejeição do decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Lopes também critica a condução da base aliada, destacando que "nem os partidos que o presidente considera aliados conseguiram segurar". Ao comentar sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) sobre o escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), declara esperar que o colegiado exponha irregularidades nos descontos a aposentados e que os culpados sejam punidos. Na defesa do governo, a deputada Érika Kokay (PT-DF) minimiza o impacto político das derrotas no Legislativo e afirma que elas não representam fraqueza do Executivo, mas, sim, "imposições contra o povo brasileiro". Segundo a parlamentar, há uma resistência por parte da oposição em aprovar medidas de justiça tributária. "Eles têm uma resistência imensa de colocar o rico no Orçamento. Eles são contra taxar as grandes fortunas", ressalta. "Quando dizem 'nenhum imposto a mais', é nenhum imposto para quem tem muito dinheiro no Brasil." A petista reforça que o governo tem compromisso com o equilíbrio fiscal, desde que atrelado à justiça social, e defende que rico pague mais Imposto de Renda. Saiba Mais Política Lula diz que Cristina Kirchner chorou em ligação após condenação Política Carlos Bolsonaro diz que indisposição do pai é consequência de facada em 2018 Política Moraes vota para condenar homem que teria furtado bola assinada por Neymar em 8/1 Política Lula não tem alternativa a não ser a opção preferencial pelos pobres Política Agentes da Abin ameaçam greve para exigir afastamento do diretor indiciado pela PF Política Lula lamenta acidente com balão que deixou oito mortos em SC Danandra Rocha + Wal Lima + Tags Articulação congresso CPMI crise política eleições 2026 governabilidade INSS lula pesquisa reprovação
SURPRESA DE CHICO... Relembrando esse encontro mais que especial entre irmãos. Feliz aniversário, @chicobuarque , amigo querido de longa data. “No dia em que nós fomos ap… Ver mais https://www.facebook.com/share/r/16aFzeWb2w/

Nenhum comentário:

Postar um comentário