quinta-feira, 12 de junho de 2025

A Palavra e a República:

Sinopse At the time it was published in 1859, John Stuart Mill's On Liberty was a radical and controversial work; it argued for the right of individuals to possess freedom from the state in moral and economic matters. Mill declares that "Over himself, over his own body and mind, the individual is sovereign", contrasting this with the "tyranny of the majority." He states that an individual can do anything they like as long as it doesn't harm another - the well-known "harm principle". On Liberty had a huge impact and has remained a relevant philosophical and political text today. A liberdade não é um ser; ela é o ser do homem, isto é, o seu nada ser [...]. Eu estou condenado a existir para sempre além dos moventes e dos motivos de meu ato: estou condenado a ser livre. (Sartre, O ser e o nada) Liberdade (Carlos Drummond de Andrade) por Paulo Autran Assinale a alternativa CORRETA. a - A liberdade humana é uma carência, por isso não podemos alcançá-la. b - A liberdade humana é individual, por essa razão é impossível que todos sejam livres. c - A liberdade humana é absoluta, porque nascemos e morremos livres. d - A liberdade é uma imposição, pois só tem sentido em conjunto com a responsabilidade. e - A liberdade humana é um delito, por esse motivo devemos condená-la.
Ensaios sobre discurso, democracia e responsabilidade na imprensa brasileira (2025) Organização e análise: [Nome do organizador/autor do trabalho, a ser inserido] Versão submetida para publicação – Revista de Humanidades e Democracia, 2025 Epígrafe “A liberdade é a alma da palavra. Onde não há democracia, o verbo se cala ou apodrece.” — Carlos Drummond de Andrade Resumo Este dossiê reúne uma leitura crítica e ensaística de três colunas jornalísticas publicadas em junho de 2025 por Míriam Leitão, Ruy Castro e Maria Hermínia Tavares, todas referentes à responsabilização judicial de Jair Bolsonaro e seus aliados por tentativa de golpe. Dois membros da Academia Brasileira de Letras e uma professora emérita da Universidade de São Paulo refletem — com estilos distintos e convergência ética — sobre o mesmo evento histórico-político. A proposta deste trabalho é integrar esses textos em uma abordagem única, respeitando suas especificidades autorais, como demonstração de excelência democrática na linguagem pública. A edição homenageia seus autores como intelectuais públicos e guardiões do espírito republicano brasileiro. Palavras-chave: democracia, retórica, golpe, imprensa brasileira, responsabilidade institucional, ensaísmo político. 1. Introdução A reunião de três dos nomes mais respeitados da vida pública brasileira — Míriam Leitão, Ruy Castro e Maria Hermínia Tavares — no mesmo espaço editorial e no mesmo momento histórico, oferece uma oportunidade única de interpretar a linguagem como instrumento da democracia. Este trabalho nasce da convergência entre método e ocasião: um treinamento analítico aplicado à leitura crítica dos textos publicados em junho de 2025, após os depoimentos de Jair Bolsonaro e aliados no Supremo Tribunal Federal. Todos os três autores partem de fatos análogos — o julgamento e suas implicações políticas e simbólicas —, mas cada qual mobiliza seu próprio registro de autoridade e estilo: Leitão, o jornalismo investigativo que revela contradições em campo; Castro, a ironia literária como desnudamento cultural; Tavares, a análise científica que situa o evento na história política da região. 2. Leitura crítica dos autores 2.1. Míriam Leitão – “Três estratégias, três erros”
Três estratégias, três erros quarta-feira, 11 de junho de 2025 Três estratégias, três erros - Míriam Leitão O Globo Os três réus que depuseram nesta manhã de terça-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) adotaram estratégias diferentes, nenhuma delas, no entanto, foram bem sucedidas no objetivo de destruir as provas que os ligam à tentativa de golpe em 8 de janeiro. O almirante Almir Garnier Santos, por exemplo, decidiu ser objetivo, falar pouco, foi lacônico, mas respondeu todas as perguntas respeitosamente. O almirante jogou na defesa, com respostas bem pensadas, mas que não o ajudaram. Ele fez de conta que o que se propunha era uma GLO, e não um golpe. Disse ainda que a Marinha estava de prontidão porque tem que estar, afinal, as Forças Armadas são o “bastião desse negócio”. O almirante tem uma memória difícil de se compreender. Ele lembra que estava na reunião em que o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, apresentou a minuta do golpe para os comandantes militares, mas disse que a reunião acabou antes de começar, sem saber explicar a razão. Perguntado se lembrava que o brigadeiro Batista Júnior disse que, se o documento representasse uma tentativa para evitar a assunção do presidente da República eleito, iria embora, ele disse não se recordar dessa declaração. Mas, enfim, em vários outros momentos, deu respostas, bem estudadas, mas insuficientes para sua própria defesa. Há muitas testemunhas de que ele colocou as tropas à disposição do então presidente Jair Bolsonaro. Anderson Torres foi mais falante que Almir Garnier. Ele buscou dar uma volta em evidências que são muito fortes contra ele, de não ter cumprido o seu dever como secretário de Segurança do Distrito Federal no 8 de janeiro. Ele preparou tudo para uma crise e viajou para o exterior, seis dias após assumir o cargo. Torres disse que a viagem estava planejada desde julho do ano anterior e que adiou as férias para janeiro, devido à campanha eleitoral. No entanto, as passagens só foram compradas em novembro. Ele também não conseguiu desmontar a importância do seu papel na trama golpista enquanto ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Não se pode esquecer de que ele tinha a minuta do golpe em casa, guardada junto de fotos de família. Augusto Heleno decidiu não responder a perguntas diretas do ministro Alexandre de Moraes, o que é um direito constitucional. O general conseguiu a proeza de se enrolar ao responder às perguntas feitas pelo advogado de defesa, Matheus Milianez. O ministro Alexandre de Moraes chegou a brincar "que fique consignado nos anais, que não fui eu, e sim o seu advogado falou que sim ou não", diante da insistência de Milanez para que Heleno fosse mais sucinto em suas respostas. Independente da estratégia adotada pelos réus desde ontem, fica claro que era muito natural dentro do governo, na cúpula militar, falar-se sobre ruptura institucional. O que eles tentam em seus depoimentos é minimizar. Mas os interrogatórios deixam claro que a trama golpista era tratada cotidianamente no governo. Chama atenção que, sobre a minuta de golpe encontrada em sua casa, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, só tenha a comentar os erros de português, quando o documento propõe ataque às instituições, um golpe na democracia.
Réus do plano de golpe não são obrigados a dizer a verdade; entenda Constituição Federal se baseia na premissa de que "ninguém é obrigado a se auto-acusar" Manoela Carlucci, da CNN, São Paulo 10/06/25 às 11:44 | Atualizado 10/06/25 às 11:44 ilustração: imagem dos réus no STF ou arte editorial de representação dos três militares citados. Leitão explora a diversidade de estratégias empregadas pelos réus — Garnier, Torres e Heleno — em depoimentos confusos, omissos ou contraditórios. Mostra como o fracasso da tentativa de golpe se revela também nos gestos mal calculados, nas lacunas e nos silêncios defensivos.
2.2. Ruy Castro – “Bolsonaro entubou” quinta-feira, 12 de junho de 2025 Bolsonaro entubou – Ruy Castro Folha de S. Paulo O verbo 'entubar', de sóbrias acepções, já foi usado pelo Pasquim num sentido fora das quatro linhas Ante repetidas perguntas do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República sobre seus esperneios contra a lisura das eleições que o varreram do governo em 2022, o réu Bolsonaro, entre engasgos e espasmos, exclamou: "Tivemos que entubar o resultado das eleições". O intrigante nessa resposta não é o "tivemos", quando ele admite que só a contragosto aceitou o veredicto das urnas. O surpreendente é sua ressurreição do verbo "entubar" em seu significado fora das quatro linhas. Sim, porque, nos melhores dicionários, "entubar" tanto pode ser "dar forma ou feição de tubo" (a uma folha de papel, por exemplo) quanto "introduzir tubo em canal ou cavidade" (de um paciente, como fazem os médicos). A essas sóbrias e vernáculas acepções, o Houaiss, sempre atento a modernidades, acrescentou "entrar e surfar no tubo formado por uma onda" —um dos mais empolgantes movimentos dos surfistas no mar. Mas Bolsonaro, com súbito domínio da língua, foi buscar um significado para "entubar" em voga exclusivamente no começo dos anos 1970: o de "entregar-se sexualmente a uma penetração anal". Certamente lembrou-se de uma manchete do hebdomadário carioca Pasquim, que ele, em jovem, devia ler em seu alojamento nas Agulhas Negras. Debochado e preconceituoso, como então de praxe, o Pasquim passou a referir-se a certas personalidades da cena brasileira como adeptos de "entubar uma brachola". Como ninguém no Pasquim sabia italiano, foi como se referiram à deliciosa braciola —também segundo o Houaiss, "fatia de carne enrolada e recheada com cenoura, toucinho" etc. A palavra, de significado óbvio e homofóbico, circulou entre os leitores do jornal por algum tempo, até ser em boa hora abandonada e esquecida. Incrível Bolsonaro tê-la resgatado e usado no sentido pasquinesco. E, apesar de sua péssima elocução, todos o ouvimos com clareza: "Tivemos que entubar o resultado das eleições". Espera-se que o tubo a que ele se referiu fosse o de uma folha de papel com os números do pleito.
O Pasquim foi um semanário alternativo brasileiro, de característica paradoxal, editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991, reconhecido pelo diálogo entre o cenário da contracultura da década de 1960 e por seu papel de oposição ao regime militar. ilustração: reprodução de edição antiga d’O Pasquim Castro desmonta a linguagem de Bolsonaro a partir de um único verbo — “entubar” —, com humor mordaz e rigor lexicológico. Mostra que palavras têm peso histórico e simbólico, e que até gírias antigas carregam vícios de origem autoritária. É um estudo cultural travestido de crônica.
quinta-feira, 12 de junho de 2025 Os golpistas no banco dos réus - Maria Hermínia Tavares Folha de S. Paulo Julgar Bolsonaro pela tentativa de golpe não desgasta a democracia aos olhos da opinião pública Todo golpe de Estado bem-sucedido parece testemunhar a inteligência estratégica de seus líderes e sua capacidade de planejá-lo em detalhe e de aproveitar o momento certo para desfechá-lo. Toda tentativa de golpe fracassada assemelha os seus preparativos a conversas de botequim e sua realização a uma pantomima mal ensaiada e encenada por parlapatões. Esta há de ser a inescapável sensação de quem tiver acompanhado os depoimentos à primeira turma do STF dos sete réus da ação penal 2.668. Como se sabe, ela apura as responsabilidades do núcleo central da trama golpista encabeçada por Jair Bolsonaro para impedir a posse de Lula nas eleições de outubro de 2022. O indiciamento, em abril último, colocou o ex-presidente na longa lista de 20 ex-mandatários latino-americanos, de diferentes bandeiras políticas, que foram acusados por crimes cometidos em exercício do cargo, nos quase 40 anos em que a democracia se tornou a forma predominante de organização política na região. Desde 1984, pelo menos dez deles foram condenados e cumpriram ou cumprem pena; dez outros aguardam julgamento. A maioria responde ou respondeu por crimes associados a práticas de corrupção ou peculato. Alguns por abusos contra os direitos humanos. O número elevado de ex-presidentes levados à Justiça atesta a importância crescente do tema da corrupção na disputa política, em toda a região. E, em alguns países, parece ser sintoma da instabilidade e do desgaste do sistema democrático diante de seus cidadãos. É o caso do Peru, onde cinco chefes do Executivo enfrentaram processos ao término de seus mandatos. Não é o que ocorre aqui. O julgamento de Bolsonaro e mais seis réus, entre eles quatro militares de alta patente, atesta a existência de arcabouço legal apto a proteger a democracia contra investidas golpistas, ancorado na existência de lideranças públicas, de um sistema político forte e de uma sociedade civil atenta. A exposição dos crimes contra o Estado de Direito tampouco cria ruído na opinião pública. Em artigo em O Estado de S. Paulo na segunda-feira (9), o professor Carlos Pereira, da Fundação Getúlio Vargas, chamou a atenção para estudo recente de Cerda, Laterzo-Tingley & Venegas (2025), recém-publicado em APSA-Preprints, que trata do impacto dos processos criminais contra Bolsonaro no apoio do público à democracia. Eles mostraram que o indiciamento do ex-presidente aumentou o apoio ao regime democrático entre os eleitores que não votaram no ex-capitão, mas não alterou a opinião —também positiva— dos bolsonaristas sobre o sistema. Ou seja, julgar Jair pela tentativa de golpe não desgasta a democracia aos olhos dos brasileiros. O estudo sugere também que o efeito positivo, encontrado entre os que garantiram a derrota do ex-presidente, tende a desaparecer rapidamente. Importante em si mesmo, ao demonstrar a capacidade do sistema democrático de lidar com os que o ameaçam, o resultado do julgamento terá influência sobre as decisões eleitorais das forças de direita que ocupam o campo do antipetismo. Entretanto, a defesa da democracia não será suficiente para turbinar a candidatura de centro-esquerda e sustentar uma coalizão eleitoral progressista com chances de êxito.
2.3. Maria Hermínia Tavares – “Os golpistas no banco dos réus” ilustração: imagem do plenário do STF em sessão solene. Tavares oferece uma perspectiva ampla: analisa o julgamento de Bolsonaro como parte de uma tradição latino-americana de responsabilização institucional de ex-presidentes. Sua tese central é que, ao contrário de contextos como o peruano, a responsabilização no Brasil fortalece a democracia, sem abalar a confiança das instituições junto à sociedade.
Ética Capa comum – 23 julho 1993 Edição Português por Adolfo Sanchez Vasquez (Autor), João Anna (Tradutor) Ao elaborar este volume, o grande objetivo de Adolfo Sánchez Vázquez foi introduzir o leitor nos problemas fundamentais da Ética nos dias de hoje. Além de abordar temas clássicos como “o objeto da ética”, “a essência da moral”, “o determinismo e liberdade” e “a avaliação moral”, o autor discute questões cruciais e pouco exploradas como moral e história, e forma lógica e justificação dos juízos morais. Usando uma linguagem clara e acessível, mas mantendo o rigor teórico e observando as exigências de fundamentação e investigação sistemática, Sánchez Vázquez examina os diversos fatores sociais que contribuem para a prática da moral. Ele mostra que a moral é uma forma do comportamento humano que se concretiza apenas quando as pessoas estão vivendo em sociedade: a moral existe necessariamente para cumprir uma função social. Assumindo corajosamente posições pessoais, analisando criticamente opiniões dispares e evitando o dogmatismo que transforma a ética em um código de normas, Vázquez delineia o conceito de uma nova moral: ma que esteja de acordo com as necessidades e possibilidades presentes e contribua para levar o homem a uma moral verdadeiramente universal. 3. Síntese: três estilos, uma ética Os três textos, analisados separadamente e aqui reunidos, formam um coro polifônico na defesa da democracia. Ainda que cada autor se ancore em sua tradição — jornalística, ensaística ou acadêmica —, há um consenso tácito: a palavra pública é a trincheira simbólica da República. Citação em destaque “As palavras dos réus eram frágeis; as palavras dos cronistas, afiadas. Onde o poder falha, a linguagem resiste.” — Trecho-síntese editorial 4. Conclusão Esta edição especial cumpre dois objetivos: reunir com rigor três análises referenciais sobre um evento central da história política brasileira recente e, ao mesmo tempo, celebrar seus autores — não apenas como comentaristas da democracia, mas como seus defensores ativos. Suas colunas são atos de resistência civil. Epitáfio simbólico (literário) “Se a República é um pacto entre palavras e direitos, Ruy, Míriam e Maria Hermínia são suas testemunhas. Com pena firme e consciência clara, sustentaram a linguagem da liberdade quando ela mais precisava ser ouvida.” — Dedicado aos cronistas da verdade democrática Referências CASTRO, Ruy. Bolsonaro entubou. Folha de S.Paulo, 12 jun. 2025. LEITÃO, Míriam. Três estratégias, três erros. O Globo, 11 jun. 2025. TAVARES, Maria Hermínia. Os golpistas no banco dos réus. Folha de S.Paulo, 12 jun. 2025. CERDA, Nicolás; LATERZO‑TINGLEY, Isabel; VENEGAS, Ayelén. Is accountability polarizing? What Bolsonaro’s indictment can tell us. Lawfare, 21 maio 2025. DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Poesia completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
Resumo da obra "On Liberty" (1859) – John Stuart Mill: Nesta obra clássica do pensamento liberal, Mill defende a liberdade individual como um valor fundamental das sociedades civilizadas. Os principais pontos são: Princípio do dano (harm principle): A liberdade de um indivíduo só pode ser limitada para impedir que ele cause dano a outras pessoas. Fora isso, nem o Estado nem a sociedade têm o direito de interferir. Liberdade de pensamento e expressão: Mill argumenta que todas as opiniões devem ser ouvidas, mesmo as erradas, porque o debate livre é essencial para o progresso da verdade. Individualidade como um elemento do bem-estar: A diversidade de modos de vida e escolhas individuais é vista como um valor positivo, necessário ao desenvolvimento moral e intelectual do ser humano. Limites da autoridade social sobre o indivíduo: Mill questiona o poder da maioria e alerta contra o “despotismo da opinião pública”, que pode ser tão opressor quanto a tirania de um governo. AO VIVO: WW - GOVERNO E CONGRESSO QUEREM CORTAR DESPESAS... DO OUTRO - 12/06/2025 CNN Brasil Transmissão iniciada há 34 minutos #CNNBrasil Assista AO VIVO ao WW desta quinta-feira, 12 de junho de 2025. #CNNBrasil Amizade Sincera Dominguinhos Amizade sincera é um santo remédio É um abrigo seguro É natural da amizade O abraço, o aperto de mão, o sorriso Por isso se for preciso Conte comigo, amigo disponha Lembre-se sempre que mesmo modesta Minha casa será sempre sua Amigo Os verdadeiros amigos Do peito, de fé Os melhores amigos Não trazem dentro da boca Palavras fingidas ou falsas histórias Sabem entender o silêncio E manter a presença mesmo quando ausentes Por isso mesmo apesar de tão raro Não há nada melhor do que um grande amigo Composição: Renato Teixeira.

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