sábado, 14 de junho de 2025

Conciliação

Conciliação é como dançar com o real: não se trata de seguir passos impostos, mas de entrar no ritmo da vida com consciência. Cada gesto transforma — a si e ao ambiente. Agir com escuta e presença é mais que ceder: é criar harmonia sem submissão. A verdadeira personalidade nasce quando dançamos com as relações, e não contra elas.
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça, e te encerrem na prisão.” — Jesus. (MATEUS, 5.25) 1 Muitas almas enobrecidas, após receberem a exortação desta passagem, sofrem intimamente por esbarrarem com a dureza do adversário de ontem, inacessível a qualquer conciliação. 2 A advertência do Mestre, no entanto, é fundamentalmente consoladora para a consciência individual. 3 Assevera a palavra do Senhor — “concilia-te”, o que equivale a dizer “faze de tua parte”. 4 Corrige quanto for possível, relativamente aos erros do passado, movimenta-te no sentido de revelar a boa vontade perseverante. Insiste na bondade e na compreensão. 5 Se o adversário é ignorante, medita na época em que também desconhecias as obrigações primordiais e observa se não agiste com piores características; se é perverso, categoriza-o à conta de doente e dementado em vias de cura. 6 Faze o bem que puderes, enquanto palmilhas os mesmos caminhos, porque se for o inimigo tão implacável que te busque entregar ao juiz, de qualquer modo, terás então igualmente provas e testemunhos a apresentar. 7 Um julgamento legítimo inclui todas as peças e somente os Espíritos francamente impenetráveis ao bem, sofrerão o rigor da extrema justiça. 8 Trabalha, pois, quanto seja possível no capítulo da harmonização, mas se o adversário te desdenha os bons desejos, concilia-te com a própria consciência e espera confiante. Emmanuel Texto extraído da 1ª edição desse livro. 120 Conciliação Pão Nosso #120 - Conciliação NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo Transmitido ao vivo em 3 de ago. de 2023 Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
Essa imagem pode servir como inspiração para criar um material que celebre: Generosidade: a oferta da Palavra como um bem precioso. Responsabilidade: leitura consciente, mesmo frente a ordens rígidas. Conciliador espiritual: união entre tradição e questionamento, tão cara a Eurípedes. Em 1903, Eurípedes, jovem católico fervoroso, recebeu de um padre um exemplar da Bíblia com a advertência de que sua leitura era proibida pela Igreja para os leigos. Esse episódio marcou o início de dúvidas e questionamentos espirituais em sua vida.
Aqui está a transcrição completa da página 71 do livro Eurípedes – O Homem e a Missão de Corina Novelino: 8 – ACENDE-SE A LÂMPADA DA DÚVIDA Depoimentos merecedores do mais alto conceito dão-nos conta do zelo religioso de Eurípedes, desde a meninice, quando exercia com muito respeito as funções de “coroinha”, nos rituais da Paróquia local. Co-fundador da Irmandade de São Vicente de Paulo, deteve por alguns anos o cargo de secretário dessa congregação. O vigário da época era o Padre Manoel Rodrigues da Paixão — muito estimado por suas virtudes e chamado carinhosamente por seus paroquianos de “Nosso Padrinho Vigário”. Eurípedes afinava-se bem com o bondoso pároco, também pelas manifestações usuais de dinamismo realizador do jovem, na extensão dos serviços religiosos. Assíduo nos cultos e sincero nas convicções, que o ligavam à Igreja, sempre fora alvo da confiança do Senhor Vigário e de seus assistentes: Pe. Augusto Teodoro da Rocha Maia e Pe. Pedro Ludovico Santa Cruz. Estes foram antigos professores de Eurípedes. Um episódio marcante veio abrir novos horizontes, no entendimento espiritual de Eurípedes. Corria o ano de 1903. Eurípedes saíra da residência paterna para uma visita ao Pe. Pedro Ludovico Santa Cruz. Encontrara o Pe. Augusto Teodoro da Rocha Maia, que após alguns minutos de conversa amistosa, apresentou-lhe um compêndio e, em tom confidencial, disse-lhe: — Eurípedes, sei que você é católico fervoroso e amigo das boas leituras. Você vai ler este livro — mas, cuidado! — não o passe adiante. A leitura deste livro é proibida pela Igreja a seus adeptos. (25) O sacerdote passara às mãos de Eurípedes um exemplar da Bíblia. (25) V. Dicionário de Ciências Eclesiásticas e Catholic Encyclopedia – art. Bíblia e G.P. Fischer, The Reformation, cap. 15, (ed. de 1873, págs. 530-532) a respeito da proibição da Igreja Católica Romana em relação à circulação das Escrituras Sagradas, em versões vernáculas, entre os leigos. (Apud O Grande Conflito, Ellen G. White, pág. 340) Corina Novelino Eurípedes - o Homem e a Missão p. 71
A cólera. 9. O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? — Entregai-vos à cólera. Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade,diante da qual entende que todos se devem dobrar. Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade. Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida! Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. Um Espírito protetor. Bordéus, 1863. Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo | A Cólera Isaias Vasconcelos 10 de jan. de 2017 #divaldofranco #palestraespirita #espiritismo Doutrina Espírita, por Allan Kardec. Comentado por Isaias Aguiar. Capítulo 09 Parte 09. (Bem Aventurados os Mansos e Pacíficos). 10. Segundo a ideia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados. É assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. É ainda uma conseqüência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições. Indubitavelmente, temperamentos há que se prestam mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando; somente, a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe secundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, enquanto no outro caso será expansiva. O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas, pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso. Hahnemann. Paris, 1863.
Quando as coisas não saem como você espera: Como encontrar esperança em tempos difíceis Capa dura – 18 abril 2024 por Haemin Sunim (Autor), Rafaella Lemos (Tradutor) Não se irrite se as coisas não saem como você quer. O seu coração fica feliz quando Você o trata bem.
Travessia política: Gramsci Gramsci morreu em 27 de abril de 1937, aos 46 anos. A morte o derrotou no instante em que conseguira a liberdade. Dois dias antes, recebera o documento assinado pelo Juiz do Tribunal Especial de Roma com a declaração de que fora suspensa qualquer medida de segurança em relação a ele, que foi preso por ordem de Mussolini em 8 de novembro de 1926. No processo-farsa montado pelo Estado fascista, o promotor pediu aos juízes sua condenação; olhando-o sentenciou: ”É preciso impedir este cérebro de funcionar”. O castigo ocorreu, mas não se conseguiu impedir que, de dentro da prisão, fosse escrita uma obra monumental, para a eternidade (Für ewig). Condenado, Gramsci fez com que sua inteligência penetrasse na densidade sombria da realidade. Recusou a vaidade demagógica de uns e o dogmatismo mofado dos outros. Não pensou em formular uma nova e original filosofia da práxis. Só mais tarde manifestou a consciência do valor de sua reelaboração. Ousou, do interior do cárcere, na solidão, inclusive política, desafiar a ignorância e as banalidades stalinistas. Foi por muito tempo negligenciado e desconhecido até pelos que, ao contrário, deveriam tê-lo amado e o honrado mais intensamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário