quinta-feira, 5 de junho de 2025

As tristes figuras

As tristes figuras Title The Incredulity of Saint Thomas Artist Caravaggio (1571–1610) wikidata:Q42207 s:it:Autore:Caravaggio q:it:Caravaggio Edit this at Wikidata image of artwork listed in title parameter on this page 61% de votos contra 28% de devotos adorando
“A política, como espelho das emoções coletivas, vive de afetos. E um deles, talvez o mais avassalador dos nossos tempos, é a rejeição. Não se trata apenas de um juízo racional sobre um governo ou um presidente. A rejeição, como fenômeno psicológico e social, é um campo de forças invisível, mas devastador, que atravessa o corpo coletivo da sociedade como uma febre que não se explica somente pela temperatura externa. Ela condensa frustrações acumuladas, desilusões difusas, sentimentos de traição, desencanto e medo”, enuncia Baía.
Vidro rachado em um close-up de fundo preto
61% de votos contra 28% de devotos adorando Fraudes do INSS afetam a popularidade de Lula na sua base histórica Publicado em 05/06/2025 - 08:04 Luiz Carlos Azedo Comunicação, Eleições, Ética, Governo, Imposto, Justiça, Memória, Partidos, Política, Política, Religião, Sindicatos Para 56% dos brasileiros, o governo atual está pior do que os dois primeiros mandatos de Lula. Esse número, em janeiro, era de 45% A pesquisa mais recente do instituto Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4/6), revela que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57%, enquanto a aprovação está em 40%. É o pior resultado da série histórica desde o início do terceiro mandato de Lula. Realizada entre 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 entrevistados em todo o país, tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. O caso do INSS, com suas denúncias de fraudes e desvios de recursos, aparece como catalisador dessa erosão de confiança. Para 82% dos brasileiros, a crise foi sentida. E 31% responsabilizam diretamente o governo federal. As fraudes do INSS atingem em cheio a principal base de Lula, as camadas mais pobres da população. Já o aumento do IOF, que pode ser derrubado pela Câmara, amplia o desgaste do governo junto à classe média, ainda mais porque o aumento foi anunciado na última semana de prazo para declarar o Imposto de Renda. Leia também: Reajustes no Executivo federal variam por categoria e chegam a 69% até 2026 Mais de 300 mil segurados do INSS já buscaram atendimento nos Correios A desaprovação é especialmente alta na Região Sudeste, onde 64% dos entrevistados desaprovam a gestão petista, enquanto apenas 32% a aprovam. Além disso, pela primeira vez, a desaprovação supera numericamente a aprovação entre os católicos: 53% desaprovam o governo, contra 49% que o aprovam. Cerca de 45% dos entrevistados consideram que o governo Lula está pior do que o esperado, e 61% avaliam que o Brasil está na direção errada. De todas as análises que li sobre os resultados da pesquisa, a mais instigante é a do sociólogo e cientista político carioca Paulo Baía, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que recorre à antropologia e à psicologia de massas para analisar a situação do governo, num artigo intitulado O espelho estilhaçado: a rejeição como sintoma político, psicológico e social no terceiro mandato de Lula, no site Agenda do Poder. “A política, como espelho das emoções coletivas, vive de afetos. E um deles, talvez o mais avassalador dos nossos tempos, é a rejeição. Não se trata apenas de um juízo racional sobre um governo ou um presidente. A rejeição, como fenômeno psicológico e social, é um campo de forças invisível, mas devastador, que atravessa o corpo coletivo da sociedade como uma febre que não se explica somente pela temperatura externa. Ela condensa frustrações acumuladas, desilusões difusas, sentimentos de traição, desencanto e medo”, enuncia Baía. Fadiga emocional “A rejeição não apenas se mede nas porcentagens de uma pesquisa, mas também nos silêncios, nas ausências, nas palavras não ditas e nas indignações gritadas”, destaca. Para o cientista político, esse sentimento, com tudo o que ele carrega em sua complexidade afetiva, começa a definir o clima político do Brasil neste 2025. “O governo parece afundar num pântano de ceticismo que vai além da política institucional. O que os números revelam, com o rigor de quem coleta dados e a frieza de quem os interpreta, é um país emocionalmente fatigado, dividido e cada vez mais desconectado do pacto simbólico que elegeu o líder petista pela terceira vez”, conclui. Baía recorre à alegoria do “espelho estilhaçado”, em que os fragmentos de aprovação que ainda resistem são ofuscados por múltiplas faces da rejeição, para explicar como o sentimento que se espalha pelo corpo social é o de que algo se perdeu no meio do caminho, “algo entre a esperança e a realidade, entre a promessa e a entrega, entre a memória e o presente”. Para 56% dos brasileiros, o governo atual está pior do que os dois primeiros mandatos de Lula. Esse número, em janeiro, era de 45%. Leia ainda: Lula perde vantagem para 2026 e empata com Tarcísio Não se trata apenas de uma avaliação histórica negativa, mas da sensação coletiva de decepção. “É como se o mito fundacional do lulismo tivesse sido confrontado com uma realidade que não suporta mais nostalgia”, pondera Baía. Essa desconexão se aprofunda nas bases sociais onde antes havia uma fidelidade quase inabalável. No Nordeste, região que simbolicamente foi a pátria afetiva de Lula, a aprovação caiu para 54%, enquanto a desaprovação subiu para 44%. Em outras regiões, a rejeição se impõe com ainda mais força: no Sudeste, apenas 36% aprovam o governo, enquanto 61% o desaprovam; no Sul, a aprovação é de 33% e a desaprovação de 65%; no Norte e Centro-Oeste, os índices são de 45% e 52%, respectivamente. As mulheres, que foram decisivas para a eleição de Lula, agora desaprovam o governo em maior número (55%) do que o aprovam (42%). Entre os homens, 59% de desaprovação, contra apenas 39% de aprovação. A juventude também está distante: entre os que têm entre 16 e 34 anos, apenas 33% aprovam o governo, enquanto 64% o desaprovam. A desaprovação é maioria também entre os adultos de 35 a 59 anos, 54%, e só entre os idosos com mais de 60 anos há algum respiro: 50% aprovam, contra 46% que desaprovam. Os católicos estão divididos ao meio: 49% aprovam e 49% desaprovam. Já entre os evangélicos, a rejeição é um campo consolidado: 67% desaprovam, enquanto apenas 29% ainda sustentam algum apoio. “A fé, neste caso, parece ter se tornado menos uma promessa de salvação política e mais um terreno de rejeição moral”, destaca o sociólogo. Pela primeira vez na série histórica da Quaest, 44% dos brasileiros consideram o governo Lula pior que o de Bolsonaro, enquanto 39% avaliam o governo Lula como melhor. Nas entrelinhas: todas as colunas no Blog do Azedo Compartilhe:
Interpretação do século XIX da travessia de Caronte, por Alexander Litovchenko. Guiados pelo pintor Caravaggio, Dom Quixote e Sancho Pança visitam o Inferno Publicado em 29 de março de 2015, 8:34 Por Sebastião Nunes O velho, alto e musculoso, conduzindo o barco que flutuava nas águas revoltas do Aqueronte, gritou para os recém-chegados: – Ai de vós, almas condenadas! Jamais vereis o Céu. Levadas por mim à treva eterna da outra margem, sereis em gelo e fogo perpetuamente mergulhadas. E tu, que vieste do Purgatório, afasta-te desses outros mortos!
Vocação de São Mateus Autor Caravaggio Data 1599-1600 Técnica óleo sobre tela Dimensões 340 × 322 Localização Igreja São Luis dos Franceses, Roma Resumo objetivo, atendo-se ao conteúdo: O texto de Paulo Fábio Dantas Neto comenta o artigo “Marina como troféu na prateleira”, de Dora Kramer, publicado na Folha de S. Paulo em 30 de maio de 2025. O autor concorda com a avaliação de que a ministra Marina Silva causa impaciência ao governo, perde batalhas internas e externas, sofre desprestígio e é utilizada pelo governo como símbolo ambiental, enquanto este favorece políticas opostas. Dantas Neto destaca a pertinência da definição de Dora sobre a “afronta suprapartidária” sofrida por Marina no Senado, assim como o contraste entre sua fragilidade política e sua firmeza pessoal. No entanto, o autor critica a comparação feita pela colunista entre o tratamento dispensado pelo governo a Marina e a outros políticos, considerando inadequada a expectativa de coerência moral na atuação do presidente Lula e de seus aliados. Para o autor, o artigo de Dora Kramer expressa uma verdade parcial, com viés moralista, ao criticar o governo por não abraçar integralmente a causa ambiental e a figura de Marina. Dantas Neto argumenta que a política se define menos por critérios morais e mais pelo contraste de forças, e que a passividade do governo diante da pauta ambiental é um erro político, não necessariamente moral. Ele observa que Marina Silva age como persona política, não como ativista, e que, apesar das derrotas, fortalece sua imagem de política com causa. Sua postura preserva valores e interpela o sistema político sem se afastar dele. O autor defende a importância de políticos assim, capazes de tensionar a política institucional com causas e valores, mas reconhece que há também espaço legítimo para políticos que priorizem fins imediatos. Por fim, ressalta que Marina não deve ser tratada como heroína ou vítima, pois atua assertivamente dentro do governo, mantendo sua causa pública. A escolha de manter a defesa explícita de sua causa incomoda o governo, mas cabe discutir se isso deve ser censurado ou aplaudido. Para o autor, essa questão se insere numa discussão mais ampla: se, atualmente, é possível compatibilizar as necessidades do país com as do governo — um debate que vai além da figura de Marina Silva.
sábado, 31 de maio de 2025 Sobre Marina Silva e mais além - Paulo Fábio Dantas Neto* A jornalista Dora Kramer é uma articulista que me acostumei a ler com regularidade. Frequentemente, a leitura de sua coluna na FSP suscita-me o reverente e ao mesmo tempo presunçoso comentário privado de que "assinaria embaixo". Foi o caso, por exemplo, do artigo da última quinta-feira, 29.05 ("A culpa não é da reeleição"). Nele, a colunista comenta falácias que prosperam, amiúde, quanto a supostos males republicanos da regra da reeleição para cargos majoritários e a supostos benefícios democráticos (e orçamentários) de haver menos, e não mais, eleições. Veio-me um pensamento distinto ao ler o artigo de Kramer na mesma coluna da FSP, nesta sexta-feira, 30, intitulado "Marina como troféu na prateleira". Dialogar com um texto de tão aguda e experiente articulista é o pretexto que escolhi para reinaugurar esta coluna, que não publicava há três meses. Acompanho inteiramente a colunista quando ela aponta a impaciência que a visão da ministra Marina Silva sobre o "manejo das questões ambientais" causa ao governo que integra e ao próprio presidente. Também acompanho as suas avaliações de que a ministra tem perdido todas as batalhas internas e externas que tem travado. E a de que daí resulta um sinal de desprestígio da ministra, do qual senadores, oposicionistas e governistas, adversários de suas teses, tiram proveito para desacatá-la. Nesse sentido, é feliz a definição de Kramer sobre os fatos ocorridos esta semana no Senado como uma "afronta suprapartidária". Do mesmo modo, é fiel aos fatos apontar o contraste entre a fragilidade da ministra, comunicada pela falta de apoio do próprio governo (é fato que o líder do governo na Casa evitou se envolver na querela) e a força e firmeza de Marina na discussão ocorrida, culminando com sua digna e altiva retirada do recinto. É fato também que, apesar de ter se saído bem, é provável que continue a acumular derrotas fáticas, não só em face da maioria adversária no Congresso, como pela inclinação do presidente da República a temer o poder do presidente do Senado. Por fim, é arguta a percepção da colunista de que Marina seguirá sendo exibida pelo governo como troféu para o mundo ver, enquanto objetivamente o próprio governo ajuda a "passar a boiada" que sua ministra tenta conter. Penso que tudo isso que está escrito no artigo é verdadeiro. Mas nele há algo a mais que verdade - se o interpretamos como artigo de opinião política - e algo a menos que verdade inteira, se esperamos que ele traga uma análise mais complexa, já que procede de uma comentarista qualificada de política. Um "algo a mais que a verdade" induz a articulista a fazer uma comparação algo insólita, a meu ver, entre a atitude do núcleo do governo em geral (personificado no senador Jacques Wagner) e do presidente Lula, em particular, para com Marina e para com políticos "alcolúmbricos". Inexiste um metro capaz de medir uma virtual "coerência" desejável do presidente nesse terreno polarizado. Ele e seu governo deveriam tratar aliados como Alcolumbre e Marina em pé de igualdade, usando a equidade dos estúpidos? Atribuir a Dora Kramer essa opinião não faria justiça à sua inteligência nem à sua reconhecida qualidade profissional, que a faz distinguir bem variados papéis institucionais desempenhados por distintos atores. O texto sugere outra coisa. Sugere, segundo pude entender, que caberia a Lula, a Wagner e a quem mais tenha responsabilidade política no governo eleger e abraçar, tanto a causa, como a figura exemplar de Marina e repudiar as tristes figuras sem causa como Rogérios e Valérios, senadores adversários seus e do governo, ou muy aliadas do segundo, como Alcolumbres e Azises e a própria maioria do Congresso, sem a qual a própria colunista não tem cansado de frisar que é impossível governar. Sou dos que mais criticam as escolhas políticas atuais de Lula, que não têm a estatura de uma política de alianças e sim de uma seleção de cúmplices para uma aventura populista. Mas entre isso e ter uma expectativa de que presidente e governo se comportem como vestais, a distância é grande. Nesse ponto penso que o argumento de Dora se torna discutível, porque insuficiente. Parece refém de uma atitude moralista, aquém de um comentário político que ela é capaz de fazer. O artigo veicula um tipo de verdade parcial que está longe de retratar a íntegra da situação política. Essa é composta menos por verdades e mais por opiniões; e não se decide por critérios de justiça e virtude e sim por contraste de forças. Admitir a realidade desse contraste de forças não exclui que posições bem informadas e valores relevantes possam ser sustentados contra o senso comum de uma maioria conjuntural recalcitrante. Essa seria uma atitude política excepcional possível, às vezes até imperativa, para não se perder a conexão da política com causas. Mas não pode ser a atitude política corriqueira. Então, pode-se criticar Lula e o governo por terem tomado como corriqueira uma situação talvez extrema de desmonte das salvaguardas ambientais do país. A conclusão de que o projeto de lei que causa a polêmica produz essa situação extrema não decorre automaticamente do fato dessa ser uma convicção do movimento ambientalista. Requer debate racional qualificado e assentado em dados e argumentos, que o movimento e personalidades importantes estão tentando reunir. Mas ainda que o caráter destrutivo da legislação em foco seja evidente e possa ser comprovado, a atitude passiva do governo pode ser vista como erro político, não como um erro de caráter moral, como, a meu ver, o artigo acaba argumentando. Penso que a própria Marina não espera, sequer deseja, que seja moral (ou mesmo técnica, científica ou intelectual) a postura do governo diante da questão ambiental. Marina Silva não é Nísia Trindade. Marina é uma persona política, mesmo que não seja uma política por vocação. Como tal, compreende e tenta valorizar o saber prático da política. Busca fazer concessões e certamente não pretende que o presidente, seus colegas de ministério ou os parlamentares da base do governo sejam ideólogos da causa ambiental. Esse papel ela reserva a si mesma, encarando a difícil - quiçá, impossível - missão de cumpri-lo e, ao mesmo tempo, ser um quadro atuante na política sistêmica, tal como essa política é. Marina tem se saído bem neste Lula 3. Se pensarmos no tipo de objetivo que uma política como ela costuma perseguir, ela não é uma vítima, sequer uma perdedora. Cada derrota que sofre fortalece a sua imagem de política com causa, distinta de "tudo que aí está". Os dividendos eleitorais desse modo de fazer política são discutíveis, porque também são relativos. Mas o que parece mais lhe importar, no caso, é a preservação da sua imagem pública, graças à qual demonstra se sentir em paz com suas convicções e graças à qual cumpre papel carismático, de interpelar permanentemente o jogo político para que ele não se afaste muito de valores e de políticas que lhe emprestam boa parte da sua legitimidade original. Precisamos de políticas e políticos assim. E também precisamos, por outro lado, de políticas e políticos que sejam capazes de se postar numa diagonal em relação a valores e de lidar positivamente com o fato insofismável de que, na imprescindível política institucional, os fins imediatos predominam sobre os fins últimos e amparados em valores. Trata-se de uma luta interminável, que revela, ao mesmo tempo, a dureza e a dignidade da política. Uma luta da qual Marina é um símbolo. Já seus operadores políticos são, por vezes, confundidos com meros algozes de causas nobres, quando nem todos o são. Algozes de causas existem aos montes, na política em geral, na oposição e no governo. Agem misturados a razoáveis e lúcidos operadores. Os comentários que faço não são indulgentes com um realismo cínico que invoca o saber prático da política para sancionar pequenez política e delitos. Contudo, por mais que seja forte a tentação de ver aí uma santa guerreira lutando sozinha contra uma coalizão de dragões da maldade, isso é uma simplificação que qualquer grande política que mereça esse nome tem obrigação de combater, sob pena de ceder sua missão a heróis, ademais falíveis e improváveis. Em suma, Marina não merece ser tratada como heroína ou vítima se a queremos respeitar como ministra. Ela não se deixa anular. É assertiva, não abre mão da sua causa e vê a política institucional como via legítima para defendê-la. Seguindo essa via, deixou de se apresentar com a pele de ativista de um movimento social, ainda que conserve íntegros a sua afinidade e o seu compromisso com ele. Outras personas políticas podem fazer outra escolha, guardando suas causas (e/ou convicções) no armário enquanto exercem funções governamentais. Podem fazê-lo como viagem sem volta, ou na presunção de que, mais adiante, poderão sacudir a poeira acumulada no armário e voltar a empunhá-las em público, se preciso. Pode-se discutir qual dessas escolhas atende melhor às necessidades do país, neste momento. Mas não se pode confundir essa discussão com outra, que é a discussão sobre qual escolha atende melhor às necessidades do governo, neste momento. Parece fora de dúvida que, como assevera Dora Kramer, a escolha política de Marina incomoda ao governo, mais do que o ajuda a atingir seus alvos. Ela deve ser censurada ou aplaudida por isso? Eis uma questão genuinamente política. Questão que é um biombo a dissimular outra, de relevância política ainda maior: no atual momento é possível compatibilizar as necessidades do país com as necessidades do governo? Essa é uma conversa que vai longe, para além de Marina Silva, embora a inclua. *Cientista político e professor da UFBA.

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