Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Boiadeiros da República
COPA DO MUNDO DE CLUBES
Entenda por que Flamengo x Chelsea se tornou duelo de gerações
Cinco anos mais velho do que os ingleses, rubro-negro enfrenta o time com a segunda menor média de idade. Jogo vale a liderança da chave e marca os reencontros de Jorginho e Filipe Luís com os Blues de Cole Palmer
Jorginho protagonizou embates contra Cole Palmer nos tempos de Arsenal - (crédito: Fifa e AFP)
Marlon, brandamente:
Era a fortuna de 1% contra a sorte dos 99%.
Prevaleceram as circunstâncias.
Philadelphia (EUA) — Craque o Flamengo faz em casa, mas o Chelsea fica à espreita para arrancar uma jovem promessa de celeiros como o Ninho do Urubu. A política de mercado do clube é clara: pinçar crianças e adolescentes nos quatro cantos do planeta bola. A prova disso é a média de idade do adversário rubro-negro na partida desta sexta-feira (20/6), às 15h, no Lincoln Financial Field, pela segunda rodada do Grupo D da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
Atual campeão da Conference League, o terceiro torneio continental mais relevante da Europa, o Chelsea ostenta a segunda menor média de idade na competição inaugural da Fifa: 23,1 anos. Só fica atrás do caçula Red Bull Salzburg, da Áustria, com 22,9. A formação titular do time londrino é um pouquinho mais velha. Conquistou o título europeu com 23,7 na final contra o Real Betis e estreou na Copa com vitória por 2 x 0 diante do Los Angeles FC com 24,1.
Domar a juventude do Chelsea é o maior desafio do Flamengo. A provável formação do Chelsea deve ter média de 24 anos contra 29,7 do Flamengo, se o técnico Filipe Luís repetir a formação da estreia por 2 x 0 contra o Espérance, da Tunísia, na segunda-feira. O principal jogador dos Blues tem 23 anos. O camisa 10 Cole Palmer ocupa a vaga sonhada por Estêvão no meio de campo, centralizado em uma linha de três homens de criação, ao lado de Pedro Neto e de Madueke. O zagueiro Levi Colwill deve ser o mais novo na formação titular. Tem 22 anos. Caçulas rubro-negros entre os 11 do Flamengo, Gerson e Pedro têm 28 anos cada.
Os cinco anos de diferença na média de idade permitem imaginar o Chelsea impondo um ritmo de jogo alucinante, digno de Premier League, no calor do início do verão estadunidense. A previsão é de 30ºC na hora da partida. Quatro jogadores rubro-negros superam a barreira dos 30 anos: o lateral-direito Varela, os volantes Jorginho e Erick Pulgar e o camisa 10 Arrascaeta. Jorginho, inclusive, é ex-Chelsea. Defendeu os Blues por quatro temporadas e meia e faturou quatro canecos, entre eles, o Mundial da Fifa de 2022, a Champions de 2021 e a Liga Europa de 2019.
Para o volante recém-contrato, não há temor em jogar contra um gigante do Velho Continente. "O Flamengo tem que ser sempre o Flamengo, pela grandeza do clube e pelo potencial da equipe. Tem que jogar da maneira que vem jogando, e os jogadores se sentirem à vontade para fazer o que vêm fazendo com confiança, que é o que está dando certo. Tem que continuar nesse caminho", analisou.
Localizada a pouco mais de uma hora da Philadelphia, New Jersey teve parada técnica para hidratação na partida de quinta entre Palmeiras e Al Ahly. O verão começa a castigar, e o preparo físico passa a ser um diferencial. O Chelsea está em fim de temporada. O clima é de férias depois de 58 jogos em 2024/2025. O time chegará a 60 partidas na última rodada da fase de grupos. O Flamengo tem a favor o fato de o calendário do Brasil estar na metade. A companhia rubro-negra entrará em campo pela 37ª vez no ano.
Um dos trunfos do Flamengo contra o Chelsea é a defesa. O setor sofreu gol em apenas três dos últimos 16 jogos. O duelo desta sexta-feira eleva o sarrafo. A comissão de frente azul tem 15 gols do inglês Cole Palmer, 14 do francês Nkunku, 13 do senegalês Nicolas Jackson e 11 do também inglês Noni Madueke. Portanto, o maior desafio para Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira e Ayrton Lucas.
"Contra o Chelsea, vamos estudar e nos preparar da melhor forma possível, sabendo da qualidade do adversário, assim como eles também, sem nenhuma dúvida, vão nos estudar", afirmou o treinador depois da vitória por 2 x 0 contra o Espérance.
O jogo é especial para Filipe Luís. Ele vestiu a camisa do Chelsea na temporada de 2014/2015. Disputou 26 partidas e fez um gol. Ajudou o clube a conquistar a Premier League e a Copa da Liga Inglesa sob o comando do técnico português José Mourinho.
"É especial (reencontrar o Chelsea), porque eu conheço muita gente lá. É um clube que me recebeu super bem, e eu tive a possibilidade de ser campeão de dois títulos importantes. Fui muito bem tratado, muito bem recebido por todos os torcedores e também por todos os funcionários do clube. E tenho muitos amigos lá. Essa é a parte boa", lembra o ex-lateral-esquerdo.
Do outro lado, Cole Palmer espera atender a um pedido do tio residente no Brasil, Ryan. "Ele me mandou uma mensagem dizendo que são um dos maiores times do Brasil, que é só disso que eles estão falando. Então, eu espero que seja um bom jogo e acho que eles são um bom time. Ele mora no Brasil há mais de 10 anos e ele estava me mandando uma mensagem dizendo: 'Por favor, faça um gol', contou o craque do time em entrevista, à ESPN Brasil.
O Fla busca encerrar um jejum de vitórias de brasileiros contra europeus. O último do país a desbancar uma equipe do Velho Continente foi o Corinthians, no Mundial no formato antigo, em 2012, justamente contra o Chelsea. Os Blues, inclusive, foram algozes no Palmeiras na decisão pelo troféu Fifa em 2021.
Também nesta sexta-feira, o Boca Juniors encara o Bayern de Munique, às 22h. Às 13h, o Benfica enfrenta o Auckland City. Pelo grupo do Flamengo, o Los Angeles mede forças com o Espérance, às 19h. Na quinta, o Atlético de Madrid bateu o Seattle Sounders por 3 x 1.
Times da Copa do Mundo de Clubes se alternam entre elencos jovens e mais experientes
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(foto: editoria de arte)
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Futebol
Por Marcos Paulo Lima — Enviado especial
postado em 20/06/2025 06:00
Pecado Capital (1975): veja a abertura da primeira versão da novela
TV Globo
Timoneiro — Paulinho da Viola
Outra canção de Paulinho da Viola que integra a trilha sonora de Pecado Capital é Timoneiro. Ela é tema de Carlão, o José Carlos Moreno, vivido por Francisco Cuoco na primeira gravação, e por Eduardo Moscovis na segunda.
Pecado Capital: a trilha sonora da novela para relembrar
Trilhas sonoras · Por Rafaela Damasceno
27 de Abril de 2022, às 12:00
Quem puxa a manada, quem comanda o berrante — e quem será o boi soberano?
Boi Soberano
Tião Carreiro e Pardinho
Composição: Pedro L. de Oliveira / Izaltino G. De Paula / Carreirinho.
🎵 “Esse boi é diferente / Não aceita ser mandado / Enfrenta até o patrão / E faz medo no empregado...”
— “Boi Soberano”, Tião Carreiro & Pardinho
🎥 Assista à música aqui (YouTube)
Líderes do Congresso puxam a manada. Essa é a imagem que se impõe — ou se arrasta — pelos corredores de Brasília. A pergunta que ressoa no ar, cheirando a curral e a plenário abafado: manada, peões ou boiadeiros?
Quem conduz quem nessa república de laços frouxos e cercas simbólicas? Quem é, afinal, o líder do governo no Congresso? E o do PL? Como votaram esses dois senhores que, entre cochichos orientados e discursos coreografados, carimbam ou sabotam projetos sob os olhos cansados da população?
Seriam eles parte da manada, obedientes e silenciosos? Peões do sistema, contratados para conduzir rebanhos alheios? Ou boiadeiros de verdade, donos do berrante e do caminho?
Enquanto isso, o povo — aquele mesmo, que paga a conta de luz, os juros da dívida, os refinanciamentos sorrateiros e os novos financiamentos com cheiro de 2026 — observa da cerca, entre o riso cínico e o desalento.
Houve, ao menos, consultas aos professores do Amapá? Ou foram apenas espectadores do cortejo?
No teatro tragicômico da política nacional, reaparece a velha figura: ex-chefe da Casa Civil, condenado no Mensalão, reincidente no Petrolão, e agora comentarista de ocasião, classificando a base do governo como “centro-direita”. E assim se desenha o velho truque: estreita-se a direita até que caiba no centro, e a esquerda petista estica-se, sem pudor, até esse mesmo centro que a tudo engole. Um centrismo elástico, conveniência que atende por governabilidade.
E quanto ao capitão? Aquele, o comandante da guarda do aiatolá petiano vitalício — teria ele apenas embromado pra boi dormir? Blefado? Trucado? Ou, caipiranamente, dado uma calça arriada no plenário?
A resposta não está nos discursos, tampouco nos bastidores. Está talvez na trilha sonora esquecida, nas modas de viola que, com mais sabedoria do que os pareceres, já diziam:
“Esse boi é diferente / Não aceita ser mandado.”
Resta saber se o povo ainda aceita ser manada. Ou se, como o boi soberano, está pronto para dar coice em quem tenta pôr a canga errada.
Pano de fundo: Lula antecipa a campanha, Tarcísio marca presença
A crônica acima dialoga diretamente com os bastidores e tensionamentos expostos no artigo de Luiz Carlos Azedo, publicado em 20/06/2025. Nele, Azedo analisa os movimentos recentes do presidente Lula, que em entrevista ao podcast Mano a Mano lançou mão de uma retórica eleitoral antecipada, defendendo o aumento do IOF e enfrentando o Congresso, mesmo após derrota expressiva.
Lula articula propostas populares, como isenção de IR até R$ 5 mil e programas habitacionais, mirando a reeleição — enquanto Tarcísio de Freitas, envolto em bandeira de Israel na Marcha para Jesus, se insinua como “terceira via” acima da polarização. O artigo identifica uma mudança estrutural em São Paulo: o PSDB desbancado, o PT ainda rejeitado no interior, e a ascensão de uma nova direita conservadora, com tons trumpistas.
📄 Leia o artigo completo de Luiz Carlos Azedo no Blog do Azedo:
👉 Lula antecipa campanha à reeleição, Tarcísio vai à marcha evangélica (Correio Braziliense, 20/06/2025)
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