Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 18 de junho de 2025
COTEJAMENTO
Moraes autoriza acareação entre Cid e Braga Netto</b>
Ex-ajudante de ordens e ex-ministro de Bolsonaro responderão na 3ª feira (17.jun.2025) às mesmas perguntas no caso que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022
PODER360
17.jun.2025 (terça-feira) - 14h16
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta 3ª feira (17.jun.2025) a acareação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, e do general vice na chapa do ex-presidente, Walter Braga Netto. A audiência está marcada para a próxima 3ª feira (24.jun), às 10h, na sala de audiências do STF. Eis a íntegra da decisão (PDF – 210 kB).
A “acareação” é um recurso jurídico que permite que 2 pessoas com depoimentos divergentes fiquem “frente a frente” para depor na presença de uma autoridade. A defesa de Braga Netto foi quem solicitou o recurso ao ministro do STF para resolução das “contradições” entre a delação premiada do ex-ajudante de ordens e do general.
Na data marcada, Cid e Braga Netto responderão as mesmas perguntas e devem apresentar suas versões do caso. A acareação será usada para as autoridades compararem os depoimentos conflitantes e chegarem a uma conclusão.
Na decisão, Moraes autoriza Braga Netto, que está preso desde dezembro de 2024 no Rio de Janeiro, a comparecer à audiência em Brasília mediante o uso de tornozeleira eletrônica. O ex-chefe da Casa Civil também não poderá se comunicar com ninguém além de seu advogado.
O ministro do STF também autorizou a acareação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Freire Gomes, às 11h no mesmo dia. A defesa de Torres foi quem pediu o depoimento conjunto, visto que o depoimento do ex-comandante do Exército estaria “recheado de contradições”.
Na mesma decisão, Moraes também negou a anulação da delação de Mauro Cid, pedido feito pela defesa de Bolsonaro na 2ª feira (16.jun). Segundo os advogados do ex-presidente, o tenente-coronel trocou mensagens em que tratava de questões relacionadas a um acordo de colaboração.
autores
PODER360
https://www.poder360.com.br/poder-justica/moraes-autoriza-acareacao-entre-cid-e-braga-netto/
AÇÃOPENAL2.668DISTRITO FEDERAL
RELATOR AUTOR(A/S)(ES) PROC.(A/S)(ES) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) RÉU(É)(S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) AUT. POL. : MIN. ALEXANDREDEMORAES : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA : ALEXANDRE RAMAGEMRODRIGUES : PAULO RENATOGARCIACINTRAPINTO : ANDERSON GUSTAVOTORRES : EUMARROBERTONOVACKI : ALINE FERREIRA DOS SANTOS : AUGUSTO HELENORIBEIRO PEREIRA : MATHEUSMAYERMILANEZ : JAIR MESSIAS BOLSONARO : CELSO SANCHEZ VILARDI E OUTRO(A/S) : SAULO LOPES SEGALL : PAULO AMADOR THOMAZ ALVES DA CUNHA BUENO(147616 SP OAB) : MAUROCESARBARBOSACID : RAFAEL MIRANDAMENDONCA : CEZAR ROBERTO BITENCOURT : JAIR ALVES PEREIRA : VANIA BARBOSA ADORNOBITENCOURT : PAULO SERGIO NOGUEIRA DEOLIVEIRA : ANDREWFERNANDESFARIAS : ALMIR GARNIER SANTOS : DEMÓSTENES LÁZARO XAVIER TORRES E OUTRO(A/S) : WALTER SOUZABRAGANETTO : RODRIGO NASCIMENTO DALL ACQUA E OUTRO(A/S) : JOSE LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA : POLÍCIA FEDERAL DECISÃO Trata-se de ação penal autuada em face de ALEXANDRE RAMAGEM RODRIGUES, ALMIR GARNIER SANTOS, ANDERSON [...]
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✅ COTEJAMENTO FINAL ENTRE PEDIDOS DA DEFESA E DECISÃO (PÁGS. 14–16)
🔹 PONTO 1 – ACAREAÇÃO ENTRE MAURO CID E BRAGA NETTO
Pedido da defesa: Realização de acareação para esclarecer contradições entre interrogatórios.
Decisão: ✅ DEFERIDO
Acareação marcada para 24/06/2025 às 10h00, com regras específicas para deslocamento e monitoramento de Braga Netto, que está preso.
🔹 PONTO 2 – COMPARTILHAMENTO DE PROVAS DE OUTROS NÚCLEOS E SUSPENSÃO DA AÇÃO PENAL 2668
Pedido da defesa: Compartilhamento de provas a serem produzidas em outras ações penais da PET 12.100 e suspensão da AP 2668 até a conclusão das instruções.
Decisão: ❌ INDEFERIDO
Enquadrado como um dos "demais pedidos" classificados no item **I – Requerimentos protelatórios, irrelevantes ou impertinentes ao atual momento processual".
🔹 PONTO 3 – PRAZO DE 30 DIAS PARA ANÁLISE DE PROVAS DA PF E REABERTURA DO ART. 402 DO CPP
Pedido da defesa: 30 dias para análise técnica do material bruto entregue pela PF e reabertura do prazo para alegações finais.
Decisão: ❌ INDEFERIDO
Também incluído nos "demais pedidos" rejeitados por irrelevância ou impertinência ao momento processual.
🔹 PONTO 4 – PEDIDO DE DADOS COMPLEMENTARES SOBRE PERFIL “@gabrielar702” (META)
Pedido da defesa: Complementação da diligência anterior para obtenção de mais dados do Instagram.
Decisão: ⛔ JULGADO PREJUDICADO
O ministro entendeu que já foi anteriormente determinado e, portanto, não há necessidade de nova deliberação.
📌 RESUMO FINAL DO COTEJAMENTO:
Pedido da Defesa Resultado Fundamentação do Ministro
Acareação com Mauro Cid ✅ Deferido Conflito entre versões justificou a acareação
Compartilhamento de provas de outros núcleos + suspensão ❌ Indeferido Considerado protelatório/impertinente
30 dias para análise do material bruto e reabertura do art. 402 ❌ Indeferido Considerado impertinente ao momento processual
Dados adicionais da conta @gabrielar702 (Meta) ⛔ Julgado prejudicado Pedido já havia sido deferido anteriormente
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Fez Desfez Refez A Vida Na Ilha Do fundão. Experimento Sequência Simulações Perseguição Da liberdade Ao fim.
Fez.
Desfez.
Refez a vida na Ilha do Fundão.
Experimento.
Sequência.
Simulações.
Perseguição da liberdade —
ao fim.
E a promessa de vida no seu coração.
Tudo tem seu tempo e sua hora.
O aleatório da existência nos assusta.
Gostamos da ideia de um planejamento.
A ideia do livro do Eclesiastes tem uma sólida tradição cultural.
Se puder, leia o capítulo três da obra atribuída a Salomão.
Leandro Karnal
CULTURA & COMPORTAMENTO
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Sobre o conceito de previsão ou perspectiva.)
“É certo que prever significa apenas ver bem o presente e o passado como movimento: ver bem, isto é, identificar com exatidão os elementos fundamentais e permanentes do processo. Mas é absurdo pensar numa previsão puramente "objetiva". Quem prevê, na realidade, tem um "programa" que quer ver triunfar, e a previsão é exatamente um elemento de tal triunfo. Isto não significa que a previsão deva ser sempre arbitrária e gratuita ou puramente tendenciosa. Ao contrário, pode-se dizer que só na medida em que o aspecto objetivo da previsão está ligado a um programa é que esse aspecto adquire objetividade: 1) porque só a paixão aguça o intelecto e colabora para tornar mais clara a intuição; 2) porque, sendo a realidade o resultado de uma aplicação da vontade humana à sociedade das coisas (do maquinista à máquina), prescindir de todo elemento voluntário ou calcular apenas a intervenção das vontades dos outros como elemento objetivo do jogo geral mutila a própria realidade. Só quem quer fortemente identifica os elementos necessários à realização de sua vontade. Por isso, é um erro grosseiro de presunção e superficialidade considerar que uma determinada concepção do mundo e da vida tenha em si mesma uma superioridade em termos de capacidade de previsão. É claro que uma concepção do mundo está implícita em toda previsão; portanto, o fato de que ela seja um amontoado de atos arbitrários do pensamento ou uma visão rigorosa e coerente não é destituído de importância, mas ela só adquire essa importância no cérebro vivo de quem faz a previ são e a vivifica com sua vontade forte. Isto pode ser percebido através das previsões feitas pelos chamados "desapaixonados": elas estão plenas de inutilidades, de minúcias sutis, de elegâncias conjeturais. Só a existência, em quem "prevê", de um programa a realizar faz com que ele se atenha ao essencial, aos elementos que, sendo "organizáveis", suscetíveis de ser dirigidos ou desviados, são na realidade os únicos previsíveis. Isto vai contra o modo comum de considerar a questão. Geralmente se acredita que todo ato de previsão pressupõe a determinação de leis de regularidade como as leis das ciências naturais. Mas, como estas leis não existem no sentido absoluto ou mecânico que se supõe, não se levam em conta as vontades dos outros e não se "prevê" sua aplicação. Logo, constrói-se com base numa hipótese arbitrária, e não na realidade.”
*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, V. 3, p. 342-3, 4ª Edição. Civilização Brasileira, 2011
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Abin Paralela complica ainda mais o futuro de Bolsonaro - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
A PF compartilhou provas e reservou um capítulo do relatório para as conexões entre a Abin Paralela e a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023
O futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro está se complicando cada vez mais. Inelegível por causa do crime eleitoral que cometeu ao reunir embaixadores estrangeiros para pôr sob suspeita as urnas eletrônicas do sistema eleitoral brasileiro, já corre o risco de ser condenado como o principal responsável pela tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, julgamento que está em pleno curso na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Para agravar a situação, sua participação foi apontada pela Polícia Federal (PF) no caso da Abin Paralela, um plano de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em seu governo.
Foram indiciados no esquema o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor geral do órgão, que também é réu no julgamento da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro e principal responsável pela bem-sucedida estratégia de comunicação do ex-presidente nas redes sociais. O inquérito indiciou 35 pessoas que estariam envolvidas no grupo de espionagem em favor do ex-presidente e de seus parentes, cuja missão era encontrar situações para desabonar críticos do governo e criar informações falsas contra personalidades e políticos que se opunham ao governo.
A PF compartilhou provas e reservou um capítulo do relatório para as conexões entre a Abin Paralela e o 8 de Janeiro. Foram recuperados arquivos deletados no computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com detalhes sobre o plano Punhal Verde e Amarelo. Segundo os investigadores, a ideia era reverter o resultado das eleições de 2022, assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Ramagem é acusado de orientar o ex-presidente a atacar a credibilidade das urnas e adotar uma estratégia mais hostil no enfrentamento contra “o sistema”, no caso o STF. Segundo a PF, a investigação apurou a atuação de policiais, servidores e funcionários da Abin que teriam formado uma organização criminosa para monitorar cidadãos e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores sem autorização judicial. A ferramenta FirstMile foi usada para acompanhar os passos de pessoas que eram consideradas desafetos de Bolsonaro. Esse equipamento permite invadir o sistema de telefonia do Brasil para identificar a localização dos celulares de alvos previamente selecionados.
Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, o software rastreia a localização de aparelhos em tempo real por meio da exploração de vulnerabilidades em redes de telecomunicações. É usado por Israel para localizar alvos e eliminar adversários. No Brasil, foi adquirido pela Abin por R$ 5,7 milhões, em contrato firmado sem licitação. Segundo a PF, até maio de 2021, serviu para monitorar milhares de linhas, sem autorização judicial. O sistema não é acessível ao público. O uso do FirstMile é restrito às agências estatais e requer aprovação específica, inclusive do governo de Israel. A comercialização é controlada e direcionada a órgãos de segurança e inteligência.
Espionou geral
Foram alvos dessas operações os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux; o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL); o deputado Kim Kataguiri (União-SP); os ex-deputados Rodrigo Maia, também ex-presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys; e os senadores Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), que integravam a CPI da Covid.
A investigação da PF veio a público em 2024, com a Operação Última Milha, batizada em referência à ferramenta, que realizou uma série de mandados de busca e apreensão. Pessoas ligadas a investigações envolvendo parentes de Bolsonaro também foram monitoradas, como os auditores da Receita Federal que fizeram o relatório que deu origem à investigação do esquema de “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), quando era deputado na Assembleia Legislativa fluminense. Marcelo Bormevet e Giancarlo Rodrigues, que estavam a serviço da Abin em ações clandestinas, tentaram “achar podres” dos auditores.
Outro caso relatado pela PF foi o monitoramento de Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan, e de Luís Felipe Belmonte, empresário, com objetivo de favorecer o filho 04 do ex-presidente, que era investigado por tráfico de influência, em 2021. Bormevet, que atuava na Presidência da República, e Giancarlo, na Abin, produziram dossiês falsos e disseminaram fake news para atacar a credibilidade das autoridades.
Cada vez mais enrolado no STF, Bolsonaro está sendo aconselhado por seus aliados a anunciar apoio à candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a presidente da República. O compromisso entre ambos seria de que, caso seja eleito, conceda indulto ao ex-presidente ou apoie uma anistia geral aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, a ser aprovada pelo futuro Congresso. Bolsonaro refuga porque não confia em ninguém e teme que Tarcísio, se eleito, dispute a reeleição em 2030, o que seria o fim de suas pretensões de voltar à Presidência. Por ora, prefere indicar um dos filhos, Eduardo ou Flávio, ou a mulher, Michele.
Conversa
Estadão 🗞️
@Estadao
ANÁLISE | MARCELO GODOY
'Exército vai submeter ao Conselho de Justificação os condenados pelo STF; Bolsonaro e Braga Netto devem ser expulsos'
✍️ Leia a coluna completa no site do Estadão > https://bit.ly/43MT7t5
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Vão todos para a vala - Marcelo Godoy
O Estado de S. Paulo
Generais são contra anistia a militares punidos em caso de vitória, em 2026, do bolsonarismo
Quem questionar o comandante do Exército, general Tomás Paiva, sobre o destino dos réus militares que – ao que tudo indica – serão condenados pelo STF pela tentativa de golpe em 2022 vai ouvir apenas como resposta que a Força vai cumprir a lei.
Assim, quem for condenado a mais de dois anos de prisão será submetido ao Conselho de Justificação. Mas quem pegar menos de dois, não estará isento do tribunal de honra – caso do coronel Cid. Há um consenso na caserna de que ninguém deve escapar da vala. Todos que mancharam o Exército vão pagar pelo “show de horrores” (palavras de um general) que proporcionaram.
Bolsonaro chamou os seguidores que não desmobilizou de malucos; Braga Netto jogava vôlei em Copacabana enquanto a turba depredava Brasília. Esqueceram que um comandante jamais se exime de suas responsabilidades, nem transfere a culpa do fracasso a subordinados?
O sentimento dos generais é de vergonha e repulsa. Quem até então estava alheio aos planos bolsonaristas percebeu do que se tratava: a submissão da instituição a interesses de uns poucos, que insuflaram coronéis para que bypassassem generais, quebrando a hierarquia.
Nenhum réu que confessou conhecer as minutas do golpe deu voz de prisão a desordeiros. Em vez disso, comunicações deles, flagradas pela PF, mostram que fizeram operação psicológica contra o Alto-Comando, conforme o Manual de Campanha C45-4, do Exército. Não é por outra razão que o comandante do 1.º Batalhão de Ações Psicológicas foi preso. O tanque bolsonarista não precisou sair do quartel, pois agia na internet.
Para generais, o que os réus fizeram foi pedagógico para a tropa. E a conclusão é que merecem a punição. Será inédito: general submetido a Conselho de Justificação. Pior do que a condenação civil, será a militar, ao declarar o réu indigno do oficialato. Isso fará Bolsonaro e Braga Netto serem expulsos do Exército. E, desta vez, não há como se safar no STM, pois a perda do posto e patente será automática em razão do tamanho da pena.
Por fim, as Forças Armadas estão se vacinando para o caso de, em 2026, algum aliado de Bolsonaro ganhar a eleição. Já deixaram claro a interlocutores de candidatos da direita que prometeram anistiar Bolsonaro que vão se opor a medidas que signifiquem reintroduzir a baderna na caserna ou vingança por terem se oposto ao golpe.
Ao voltar ao poder, Trump se vingou e demitiu o chefe do Estado-Maior Conjunto, nomeando um general de 3 estrelas para o lugar. Há, no entanto, uma diferença entre os militares brasileiros e os americanos: os brasileiros sabem como expor seus argumentos a quem procura levar indisciplina aos quartéis.
FOTOGRAFIA
🧩 Reflexão Final
Heleno de Freitas, mesmo destruído por dentro, acabou “santificado” pela cultura popular. Já Augusto Heleno, vivo e consciente, corre o risco de ser “sepultado” pela história — não como lenda, mas como advertência.
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