Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 25 de junho de 2025
FIAT LUX
Eu Ato Tu Desatas Eu Julgo Tu Prejulgas Eu Mato Tu Desmatas Eu Ajo Tu Dejatas
Pré Jus Pró Pós
Delmiro Praga
Fiat lux é um trecho de uma expressão em língua latina traduzida frequentemente como "faça-se luz" ou "que haja luz", remetendo à passagem bíblica da criação divina da luz descrita em Gênesis 1:3 (dixitque Deus fiat lux et facta est lux).
Resumo da matéria "Trégua de Trump entre Israel e Irã não inclui fim da guerra em Gaza" (25/06/2025):
Após 12 dias de confrontos intensos, uma trégua frágil entre Israel e Irã foi alcançada com forte intervenção dos Estados Unidos, liderados por Donald Trump. O acordo, mediado com apoio do Catar, evitou uma escalada direta entre os dois países, mas não inclui as operações israelenses em Gaza, onde os ataques contra o Hamas continuam e a população civil segue em sofrimento.
Ambos os lados — Israel e Irã — declararam vitória. Trump afirmou ter destruído com sucesso as capacidades nucleares iranianas, embora analistas indiquem que o programa nuclear sofreu apenas atrasos. Parte do material nuclear iraniano pode ter sido movida para locais secretos. As instalações atingidas (Fordow, Natanz e Isfahan) tiveram entradas seladas, mas estruturas subterrâneas permanecem intactas.
O conflito revela novos paradigmas da guerra moderna, com ênfase em drones, inteligência artificial, guerra cibernética e estratégias assimétricas. A doutrina de "paz pela força", defendida por Trump, marca essa nova era. As guerras na Ucrânia, Gaza e agora entre Irã e Israel reconfiguram a geopolítica global e indicam uma possível nova guerra fria.
Trégua de Trump entre Israel e Irã não inclui fim da guerra em Gaza
Publicado em 25/06/2025 - 07:06 Luiz Carlos Azedo
China, Comunicação, Eleições, Energia, Ética, EUA, Europa, Guerra, Irã, Israel, Memória, Militares, Palestina, Política, Política, Segurança, Tecnologia, Terrorismo, Trump, Ucrânia, Violência
Conflitos na Ucrânia, na Palestina e a escalada militar entre Tel Aviv e Teerã, com envolvimento dos Estados Unidos, mudaram os paradigmas de defesa contemporâneos
Com proclamações de vitória de todos os envolvidos, inclusive do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a trégua entre Israel e Irã se manteve durante todo o dia de ontem, apesar das acusações mútuas de que, na segunda-feira, houve violações de parte a parte. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e o comandante das Forças de Defesa de Israel (IDF), general Eyal Zamir, reconheceram publicamente o acordo imposto pela Casa Branca, depois de um alerta de Trump contra novos ataques de Israel contra o Irã, que ameaçava revidar com novos mísseis e drones. A trégua não incluiu, porém, as operações de Israel em Gaza, que massacram a população civil, ao combater o Hamas. Os palestinos estão órfãos.
Na guerra de versões, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel alcançou uma “vitória histórica” após 12 dias de conflito, mas que ainda precisa concluir sua campanha contra o “eixo do Irã” — derrotar o Hamas e garantir o retorno dos reféns em Gaza. Do lado do Irã, Pezeshkian também classificou o desfecho como uma “grande vitória” para Teerã. “O Irã retaliou oficialmente à nossa destruição de suas instalações nucleares com uma reação muito fraca, o que esperávamos e que combatemos com muita eficácia”, disse Trump, na rede Truth Social, após se reunir com o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Leia também: Irã e Israel clamam vitória depois de 12 dias de combates
A trégua é frágil. Há muitas dúvidas sobre a real situação do programa nuclear iraniano, principalmente o destino do estoque de urânio enriquecido. Ainda não estão estabelecidas as condições para uma paz duradoura. Segundo analistas norte-americanos, o fornecimento de eletricidade e parte do maquinário foram danificados, mas a estrutura física das instalações subterrâneas não foi completamente destruída. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Peter Hegseth, porém, garante que o ataque ordenado por Trump “foi concluído com sucesso” — ou seja, o programa nuclear iraniano foi devastado.
A trégua será submetida a um teste de verdade quando o mistério sobre o estoque de urânio enriquecido do Irã tiver que ser esclarecido. Segundo o The New York Times, fontes da inteligência americana afirmam que parte desse material pode ter sido transferida para instalações secretas de enriquecimento, fora do alcance das bombas. O ataque dos EUA contra instalações do Irã, no sábado, atrasou o programa nuclear do país “em apenas alguns meses’, segundo o jornal. O pretexto para os ataques foi a suposta ameaça de produção de uma arma nuclear no prazo de apenas três meses.
Leia ainda: Relatório dos EUA diz que bombas não destruíram programa nuclear do Irã
Segundo a Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês), os ataques selaram as entradas de dois dos três locais atingidos — Fordow, Natanz e Isfahan —, mas não chegaram a colapsar suas estruturas subterrâneas. Israel trata o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial. Trump garante que o Irã “jamais reconstruirá suas capacidades nucleares”. Signatário do acordo de não-proliferação de armas nucleares, o Irã tem direito a desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos, mas Israel não admite essa possibilidade, embora tenha armamento nuclear e não faça parte do acordo, como o Paquistão e a Coreia de Norte.
Novos paradigmas
Israel anunciou que concordou com a proposta de cessar-fogo após “atingir os objetivos” de seus ataques ao Irã, ao infligir danos severos à liderança militar, entre os quais centenas de agentes Basij, a milícia iraniana, e matar outro cientista nuclear sênior. “Israel agradece ao presidente Trump e aos EUA por seu apoio à defesa e sua participação na eliminação da ameaça nuclear iraniana”, diz o comunicado.
Leia mais: Incertezas envolvem o destino do programa nuclear do Irã
Em grande inferioridade aérea, o Irã fez o que pode para obter o cessar fogo, inclusive avisar aos EUA, com antecedência, que lançaria misseis em retaliação aos ataques norte-americanos às usinas nucleares. O ministro de Relações Exteriores do Catar, Seyed Abbas Araghchi, negociou o acordo. O emirado abriga a principal base militar norte-americana no Oriente Médio, que foi bombardeada cenograficamente pelo Irã.
Trump considera o cessar-fogo uma grande vitória diplomática dos EUA — um deputado republicano até propôs o nome do presidente para o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, a geopolítica mundial já estava abalada pelas guerras da Ucrânia e de Gaza, e nunca mais será a mesma. Depois dos ataques dos EUA ao Irã, houve mudanças de paradigmas diplomáticos, a partir da ideia de Trump de que a paz somente será alcançada pela força, e de novas estratégias militares, em razão da guerra cibernética, aviação não tripulada e artilharia de alta precisão, combinada à guerra assimétrica e atuação dos serviços de inteligência para eliminar fisicamente cientistas e chefes militares.
Para alguns, uma nova ordem internacional se impõe, em termos econômicos, políticos e militares. As guerras na Ucrânia, em Gaza e a escalada militar entre Irã e Israel, com envolvimento dos EUA, mudaram os paradigmas de defesa contemporâneos. Refletem transformações tecnológicas, geopolíticas e doutrinárias, e reconfiguram a forma como os Estados pensam e conduzem a guerra no século XXI. O uso maciço de drones e de inteligência artificial, e o papel estratégico da cibernética, tornaram obsoletos conceitos de dissuasão clássicos, como guarnição de fronteiras e profundidade de território. Há guerras por procuração, urbanas, subterrâneas, de atrito e prolongadas.
Tudo isso precipita uma nova guerra fria, com o rearmamento acelerado da Europa contra velhos inimigos, como a Rússia, a Turquia e o Irã. Será inevitável a projeção de poder naval e aéreo da China, potência continental emergente, que estava quieta no seu canto.
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JORNAL DA CULTURA | 24/06/2025
Jornalismo TV Cultura
Transmissão ao vivo realizada há 13 horas #JornaldaCultura #JC
No Jornal da Cultura desta terça-feira (24), você vai ver: Irã e Israel travam duelo de narrativa sobre “vitória” em conflito; Cúpula da Otan discute aumento dos gastos militares em meio a guerras; Acareação têm Mauro Cid e Braga Netto frente a frente sendo réus na trama golpista; Governo prevê iniciar ressarcimento às vítimas de fraudes no INSS a partir de julho; Elite do funcionalismo ganha 53 vezes mais do que a média da população.
Para comentar essas e outras notícias, o cientista político Sergio Fausto, diretor-executivo da Fundação FHC, e o filósofo Marcos Nobre, professor de filosofia política da Unicamp.
Assista à íntegra:
STF faz acareações entre réus e testemunha de ação sobre tentativa de golpe de Estado
Ministro Alexandre de Moraes conduziu duas audiências, e íntegra das atas está disponível
24/06/2025 15:18 - Atualizado há 14 horas atrás
Acareação entre Anderson Torres e Freire Gomes
Foto: Rosinei Coutinho/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conduziu nesta terça-feira (24) duas audiências de acareação na Ação Penal (AP) 2668, que apura suposta tentativa de golpe de Estado. A primeira envolveu os réus tenente-coronel Mauro Cid, colaborador no processo, e general Walter Braga Netto. O segundo procedimento foi entre Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e réu, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, testemunha na ação.
Além do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, também acompanharam a audiência o ministro Luiz Fux e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Os participantes da acareação estiveram acompanhados dos advogados.
A acareação é um procedimento em que as pessoas envolvidas apresentam sua versão dos fatos frente a frente, com o objetivo de apurar a verdade. Conforme o ministro, nas acareações, assim como nos interrogatórios, o réu não tem o compromisso de dizer a verdade, mas a testemunha sim.
A primeira acareação durou cerca de uma hora, e meia e a segunda, pouco mais de uma hora. Os procedimentos foram realizados na sala de audiências do STF.
Leia a íntegra da ata da acareação de Mauro Cid e Braga Netto.
Leia a íntegra da acareação de Anderson Torres e Freire Gomes.
(Lucas Mendes//CF)
Atos e Atas Acareações e Arreações Julgamentos e Regramentos Pre Jus Pro Pós
Repertório Popular - Hélio Delmiro
Kâmera Libre
14 de abr. de 2014
Neste show gravado em 1984, o guitarrista Hélio Delmiro mostra o repertório do seu disco "Chama" , que ele estava lançando na época. Do baião ao jazz , e apresentando uma interpretação muito pessoal para Folha Morta de Ary Barroso, este show valoriza o improviso.
Fonte: http://tvcultura.cmais.com.br/grade/2...
Pessoas mencionadas
10 pessoas
Hélio Delmiro
Ary Barroso
Arismar do Espírito Santo
Zé do Norte
Lima Barreto
Elis Regina
Milton Nascimento
Severino Araújo
César Camargo Mariano
Naomi Munakata
Transcrição
"Fiat lux" é uma expressão em latim que significa "faça-se a luz" ou "que haja luz". É mais conhecida por sua referência na Bíblia, no livro de Gênesis, onde é dito que Deus criou a luz com essas palavras. Além disso, a expressão também é usada em outros contextos, como o nome de uma empresa sueca de produtos como fósforos e isqueiros, a Swedish Match.
Ficheiro:Saab JAS-39 Gripen of the Czech Air
🔨 Lapidação da trova original
Inspirada na sua sequência “Eu Ato / Tu Desatas...”, aqui está uma versão formalizada, metrificada e fiel ao espírito de Belmiro:
Eu ato com régua e lei,
Tu desatas por capricho.
Eu julgo com tom de rei,
Tu prejulgas no cochicho.
🏞️ Trovas: De Vargem Grande a Juiz de Fora
📍1. Em Vargem Grande
Na serra o sino dobrava,
o trovador já partira.
A trova que ali ficava,
tinha mais alma que lira.
🚶♂️2. Caminho antigo
Pela trilha empoeirada,
sigo ao som de uma sanfona.
Cada curva da estrada,
é um verso que me emociona.
🕯️3. Rua Direita, Juiz de Fora
Na Rua Direita eu ando,
com lamparina a chiar.
Lá vem sentença e comando,
que só o pharol vai calar.
🐟 4. Óleo de bacalhau (com humor)
Tomava óleo com pão,
na venda de um tal Cipriano.
Disse um doutor sabichão:
“cura até o desengano!”
⚖️ Trovas com crítica jurídica-institucional
🧑⚖️5. Trova legalista
Escrevem atos, fazem atas,
ditam normas sem pensar.
Mas quem sofre as cataratas,
é o povo a tropeçar.
🪤6. Trova de julgamentos
O juiz já tem resposta,
antes mesmo de escutar.
Prejulgar virou proposta,
do poder de decretar.
👻 7. Final, em tom belmiroiano
Se calhar, quem muito assina,
esquece a pena e o tinteiro.
Faz da justiça ladina,
um teatro bem trigueiro...
Na avaliação de Vilardi, a participação do general Braga Netto foi positiva. "O general mais uma vez ratificou que a partir da reunião do dia 7, depois da conversa, o presidente não fez mais nada", disse - (crédito: Ton Molina/STF)
CONCLUSÃO
Tanto juridicamente quanto politicamente, a conduta de Celso Vilardi flerta com os limites da atuação estratégica da advocacia penal pública, e pode representar:
Um risco reputacional e funcional ao advogado, caso o STF ou a OAB considerem a declaração como violação ética.
Um dano à linha de defesa de Bolsonaro, se for interpretado como tentativa de deslegitimar o processo por meio de declarações midiáticas e não por elementos técnicos.
Um movimento simbólico de reafirmação do confronto entre o bolsonarismo e o sistema judicial, que pode ter efeitos de curto prazo políticos (mobilização de base), mas custos processuais significativos para os réus. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2025/06/7182333-mauro-cid-mentiu-e-foi-desmoralizado-diz-defesa-de-bolsonaro.html?utm_medium=editorial-push&utm_source=taboola
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