Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
MEU MUNDO CAIU
------------
ATLAS POR VENTURI
PODE O HOMEM SUPORTAR O FIRMAMENTO?
-----------
----------
O velho se renova todo dia, repetindo-se.
----------
-----------
"Quando você se encontra ao lado do maior cantor da sua geração!"
----------
" - Privilégio desse senhor pousar ao lado do maior cantor de sua geração…. Meme nas redes para esse post, viu?"
' - Siim com certeza'
-----------
------------
Milton Nascimento - Para Lennon e McCartney
Milton, 1970 - original version
------------
VEJA
@VEJA
Como foi a troca de presentes entre Paul McCartney e Milton Nascimento
https://veja.abril.com.br/coluna/o-som-e-a-furia/como-foi-a-troca-de-presentes-entre-paul-mccartney-e-milton-nascimento/
7:30 PM · 17 de dez de 2023
https://twitter.com/VEJA/status/1736514105123491892
________________________________________________________________________________________________________
----------
---------------
>Elis Regina - "Canção do Sal" - Ensaio - MPB Especial
TramaTV
______________________________________________________________________________________________________________
----------
------------
Nas entrelinhas — Bate-boca e tapa na cara roubam a cena de Lula
Publicado em 21/12/2023 - 08:29 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Congresso, Economia, Ética, Governo, Imposto, Partidos, Política, Política
Lula comemorou a primeira reforma tributária aprovada durante um regime democrático. A última modernização ocorreu há 40 anos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi à promulgação da Reforma Tributária no Congresso com dois objetivos: capitalizar sua aprovação, depois de 30 anos debates, como o mais importante feito de seu governo, e se aproximar mais do Congresso, com um discurso contra a polarização, no qual destacou que governistas e oposicionistas são igualmente representantes do país e querem o melhor para o povo. Foi muito aplaudido. Ao ressaltar as realizações de seu primeiro ano de gestão, porém, foi vaiado e chamado de ladrão pelos deputados bolsonaristas, o que gerou um bate-boca com petistas, cujo desfecho foi um tapa desferido pelo deputado Washington Quaquá (PT-RJ) na cara do deputado Messias Donato (Progressistas-ES). Por pouco o episódio não virou um conflito generalizado entre petistas e oposição.
O episódio foi isolado e contido pelos seguranças, mas reflete a contradição entre o comportamento da bancada petista, que aceita qualquer provocação, e a preocupação de Lula em ampliar ao máximo o relacionamento do Palácio do Planalto com os partidos do Centrão. Ao escalar a radicalização em plenário, Quaquá desgastou o próprio presidente Lula num momento de grande exposição pública, como foi a solenidade de ontem, da qual também participou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. Até o desastrado e condenável gesto do vice-presidente do PT, que não fez sequer uma autocrítica, Lula era o dono absoluto da cena.
No seu discurso, o presidente Lula ressaltou que essa é a primeira reforma tributária aprovada durante um regime democrático. A última modernização do modelo de cobrança de impostos ocorreu há 40 anos, no governo do general João Batista Figueiredo, e, mesmo assim, manteve grande parte da estrutura tributária da década de 1960. Ao final do seu discurso, num esforço para desanuviar o ambiente, Lula fez um gesto de reconhecimento pela contribuição da oposição: “Não precisa gostar do governo Lula. Guarde essa foto, se lembrem que, contra ou a favor, vocês contribuíram para que este país, pela primeira vez no regime democrático, aprovasse uma reforma tributária”, disse.
Lula mimou Lira e Pacheco depois de um ato falho no qual se referiu a ambos como Arthur Pacheco, sem sequer se dar conta. Foi enfático ao destacar o papel de deputados e senadores ao aprovar a reforma, que somente foi promulgada na quarta-feira porque os presidentes da Câmara e do Senado se empenharam para que a votação fosse concluída ainda neste ano. “É a demonstração de que este Congresso, independentemente da posição política, toda vez que precisou demonstrar compromisso com o povo, quando ele foi desafiado, ele demonstrou.”
Protagonismo
Na verdade, houve uma disputa surda pelo protagonismo na reforma, que se refletiu nos discursos dos principais envolvidos nas negociações para sua aprovação. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, enfatizou que a reforma é um divisor de águas “rumo ao progresso”, uma conquista do Congresso e do povo. “Não se trata apenas de uma redução na quantidade de tributos, mas de um mudança qualitativa do modelo. A transparência do sistema vai atrair investimentos e criar empregos. Vai reduzir as desigualdades sociais e produzir desenvolvimento equânime para todos os brasileiros. Representa a força da democracia, para que substituíssemos o poder de tributar dos Estados autoritários para o direito de tributar dos estados democráticos modernos.”
Lira classificou o sistema tributário atual como um “manicômio fiscal”. Também destacou que é a primeira ampla mudança no modelo tributário aprovada durante um regime democrático. “Não nasceu de um ato autoritário de um Poder, e sim, de intenso diálogo”, disse. Alfinetou o presidente Lula ao afirmar que a reforma não era uma “pauta de governo”, mas de Estado, “do povo brasileiro e do futuro do país”.
Também se manifestaram na solenidade outros protagonistas da reforma, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra do Planejamento, Simone Tebet; o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que apresentou o projeto de autoria do economista Bernardo Appy — hoje secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda; e os relatores Aguinaldo Pacheco (PP-PB), na Câmara; e Eduardo Braga (MDB-AM), no Senado.
A Reforma Tributária, que modifica impostos federais, estaduais e municipais, estava na pauta do Congresso havia três anos. Foi aprovada em julho pela Câmara, mas foi modificada pelo Senado, em novembro. Sua conclusão foi uma corrida contra relógio, porque as modificações feitas pelos senadores precisaram ser votadas novamente pelos deputados, o que somente ocorreu na sexta-feira passada.
Feliz Natal, entro em recesso e volto no dia 27.
Compartilhe:
_________________________________________________________________________________________________________
--------------
------------
Arnon em depoimento sobre a morte de Kairala no Senado
Imagem: Reprodução/Site História de Alagpas
----------
Reportagem
Há 60 anos, pai de Collor matou colega no Senado, mas saiu impune; entenda
Carlos MadeiroColunista do UOL
04/12/2023 04h00… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2023/12/04/ha-60-anos-pai-de-collor-matava-colega-no-senado-mas-saiu-impune.htm?cmpid=copiaecola
Arnom foi acusado de homicídio pela promotoria, mas foi absolvido em um julgamento considerado controverso.
O UOL consultou parte da decisão que inocentou Arnon que foi disponibilizada pelo TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios), que julgou o caso.
https://noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2023/12/04/ha-60-anos-pai-de-collor-matava-colega-no-senado-mas-saiu-impune.htm
______________________________________________________________________________________________________________
----------
No centro Arnon de Melo dispara novamente e se abaixa. À direita, Kaiala já atingido Foto: Efraim Frajmund/Estadão
----------
ESTADÃO
VOCÊ SABIA?
Tiroteio no Senado: há 60 anos, pai de Collor matou colega no plenário e saiu impune; ouça o áudio
Em 1963, rixa entre senadores alagoanos descambou em tiroteio que terminou com a morte de José Kairala; Arnon de Mello, autor dos disparos e pai de Fernando Collor, alegou legítima defesa e foi absolvido
Por Juliano Galisi
02/12/2023 | 17h00
Atualização: 12/12/2023 | 09h45
Arnon de Mello (PDC-AL) estava tenso antes de usar o microfone do Senado Federal naquele 4 de dezembro de 1963: se decidisse mesmo discursar, o faria sob jura de morte. Horas antes do início da sessão, num telefonema anônimo, havia sido informado de que o senador Silvestre Péricles (PTB-AL), na sala do café do Senado, apregoava que, se Arnon falasse naquele dia, “encheria sua boca de balas”
A rixa entre os dois não só era conhecida como assombrava aquela legislatura do Senado Federal. Silvestre Péricles de Góis Monteiro e Arnon de Mello eram arquirrivais na política alagoana há mais de uma década. Tudo havia começado em 1950, quando a família Góis Monteiro, que dominava a política local, se encontrava rachada. Ismar, irmão de Silvestre Péricles, decidiu apoiar Arnon de Mello para o governo estadual, esnobando a candidatura indicada pelo grupo do irmão. Desde então, ano a ano, a rivalidade entre Mello e Góis Monteiro escalava para níveis cada vez mais tensos.
“A presidência precisa declarar que manterá a ordem e o respeito indispensáveis no Senado, nos limites máximos de sua força”, afirmou Moura Andrade. Em seguida, passava a considerar que algum ilícito estivesse prestes a acontecer. “Se houver qualquer delito, será imediatamente aberto inquérito e lavrado o auto de flagrante”, completou o presidente do Congresso. “Isto é provocação”, confessou Góis Monteiro ao colega José Kairala (PSD-AC), um jovem e simpático senador em exercício que, em resposta, lhe pediu calma.
Arnon tomou a palavra às 15 horas e 3 minutos. “Presidente”, disse Mello, “permita que eu faça o meu discurso olhando na direção do senador Silvestre Péricles de Góis Monteiro, que ameaçou me matar, hoje, ao começar o meu discurso…” Neste momento, interrompeu a fala. Notou que Silvestre Péricles vinha rumando ao seu encontro com o braço direito erguido, o dedo em riste e a garganta saltada pelos sucessivos gritos de “crápula”. Arnon sacou o revólver e, mirando o desafeto, disparou duas vezes.
Áudio da sessão que acabou em tiroteio e morte em 1963
00:00
02:30
1x
Estava instalado o tumulto. Góis Monteiro agachou rapidamente e saiu ileso. Enquanto os guardas do Senado tentavam imobilizar Arnon, ele acabou atirando pela terceira vez. Silvestre Péricles, escorado entre as cadeiras da bancada, sacou o revólver e seguiu ao encontro de Mello. Achou um ângulo, mirou no desafeto e estava prestes a atirar. Era só apertar o gatilho, pois o mecanismo do revólver já estava acionado.
Subitamente, surge o senador João Agripino (UDN-PB), que se joga em cima de Góis Monteiro e, empunhando a arma do alagoano, trava o percursor do revólver com o dedo, impedindo o disparo. Agora, ambos estavam imobilizados e o susto parecia ter passado. Mas havia um ferido: José Kairala, que estava a poucos metros de Silvestre Péricles, foi atingido no primeiro tiro.
1 / 4
Tiroteio no Senado
------------
----------
Vítima era senador por acaso naquele dia
Kairala José Kairala tinha 39 anos e estava em exercício do mandato por acaso. Nasceu em Manaus, mas se mudou com 1 ano de idade para Brasiléia, na fronteira do Acre com a Bolívia, onde foi comerciante e prefeito. Era o suplente de José Guiomard (PSD-AC), que estava licenciado para tratar uma pneumonia.
Havia assumido a cadeira no Senado em 4 de julho daquele ano e estava empolgado com a oportunidade. De acordo com o senador Adalberto Sena (PTB-AC), Guiomard pretendia reassumir o mandato no mês anterior à tragédia, mas, a pedido do próprio Kairala, concordou em adiar o retorno ao Congresso.
A licença de José Guiomard expirou no dia 3 de dezembro. Anos depois, em seu livro de memórias, Auro de Moura Andrade afirmou que, naquela terça-feira, José Kairala o procurou em seu gabinete e pediu permissão para comparecer à sessão do dia seguinte. Alegou que o titular só chegaria em Brasília no dia 5 e, além de tudo, gostaria que a família estivesse presente para acompanhar seu último dia como senador. Auro permitiu que Kairala estivesse no plenário, desde que não tomasse a palavra nem votasse na ordem do dia.
------------
------------
Kairala José Kairala foi morto no Senado em 1963, em meio a um desentendimento que não tinha nada a ver com ele Foto: Arquivo do Senado Federal
----------
Após o tiro, o suplente foi levado às pressas para o Hospital Distrital de Brasília, que fica a cinco quilômetros do Congresso Nacional. Os detalhes quanto ao translado são incertos. Numa versão, é dito que o transporte foi feito na ambulância do Senado; em outra fonte, a corrida ao hospital teria sido no carro nº 80 do Senado Federal, da liderança do Partido Trabalhista Brasileiro.
Kairala veio a óbito às 20 horas e 5 minutos, na sexta parada cardíaca e após sucessivas transfusões. O estoque de plasma do hospital foi esgotado e mais de 15 litros de sangue foram utilizados no processo. Durante a tarde, diversos parlamentares haviam se prontificado a doar sangue na tentativa de salvar o colega, que deixou três filhos pequenos e uma viúva grávida de 7 meses.
Tragédia anunciada diante dos ânimos exaltados
“Era uma tragédia anunciada”, diz Thayná Alexandre, pesquisadora e mestre em História pela Universidade Federal do Alagoas (UFAL), sobre o tiroteio em pleno Senado. Thayná é autora de uma dissertação de mestrado sobre a trajetória política de Arnon de Mello e explica que o encontro dos arquirrivais alagoanos no Senado Federal causava apreensão desde o início da legislatura. “Todo mundo já esperava que alguma coisa fosse acontecer entre o Silvestre Péricles e o Arnon de Mello. Eram duas figuras que já vinham trocando ameaças há muito tempo, um dizendo pro outro que partiria para as vias de fato”, afirma a pesquisadora.
---------------
------------
Alagoanos Arnon de Mello e Silvestre Péricles já viviam conflito que descambou para episódio trágico no Senado Foto: Arquivo do Senado Federal
-------------
O clima para o início da legislatura era o pior possível. Em 1962, enquanto ainda era candidato ao Senado, Arnon foi ameaçado por Silvestre Péricles. Se fosse eleito, segundo Góis Monteiro, “levaria um tiro na cara” no dia da posse. Venceu as eleições e, em janeiro de 1963, encaminhou um telegrama ao presidente do Senado rechaçando as bravatas. Silvestre Péricles estava no Plenário neste momento. “Então o Arnon pensa que eu sou bicho-papão? Não sou nada disso”, reagiu o senador. E, empunhando um livro de poesias que havia acabado de lançar, virou-se para um repórter e disse: “Eu sou o poeta do amor e da saudade!”.
Poeta ou não, o serviço de segurança do Senado foi reforçado. Apesar da apreensão, Arnon e Silvestre Péricles não chegaram às vias de fato e a posse ocorreu sem maiores incidentes.
Tempo e convivência não resolveram o conflito
Dias depois da posse, ao jornal carioca Diário da Noite, o presidente Auro de Moura Andrade orgulhou-se de ter adotado “as mais rigorosas providências” para evitar o “conflito armado que se anunciava” entre os dois desafetos. Estava esperançoso: disse que, com o devido tempo e convivência, os alagoanos se resolveriam.
------------
-----------
Moura Andrade, no entanto, foi desmentido ao longo do ano. Se era questão de convivência, não adiantou: cinco poltronas separavam Arnon de Silvestre, mas a rixa não esfriou. Nem o tempo adiantou: em agosto, Arnon foi nomeado para representar o Brasil em conferências internacionais entre parlamentares. Passou um bom período fora do País e Silvestre Péricles aproveitou a ausência do rival para carregar ainda mais suas bravatas.
Antecedentes imediatos incluíram representação no exterior
Segundo o senador Milton Campos (UDN-MG), proeminente político da época e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), teria sido a nomeação de Arnon para representar o Brasil no estrangeiro o motivo do acirramento dos ânimos de Silvestre para com Arnon. Campos deu esse palpite no depoimento que prestou à Justiça, no qual relembrou um antecedente imediato à tragédia: o embate de Góis Monteiro com a CCJ.
Se era mesmo o “poeta do amor e da saudade”, Silvestre se valia repetidas vezes de palavras de baixo calão. Havia uma cláusula no Regimento Interno do Senado Federal que proibia a transcrição de palavras impróprias para o Diário Oficial, mas Góis Monteiro as utilizava na tribuna e fazia questão de vê-las publicadas. Para emplacar as ofensas, chegou a entrar em conflito com a CCJ, mas foi voz vencida e, hoje, não se sabe o que ele teria dito contra Arnon.
Episódio gerou proibição de porte de arma no Senado
O homicídio em pleno Congresso Nacional chocou a opinião pública. O Senado reagiu com a aprovação imediata de duas resoluções. A primeira delas, votada no dia seguinte ao crime, proibia o porte de arma nas dependências do Senado. Quando Arnon de Mello pediu para falar na direção do senador Góis Monteiro, não era mera provocação: no Regimento Interno, proibia-se que um senador discursasse na direção de um colega. O porte de arma, por sua vez, era permitido até ali.
Em 8 de dezembro, foi aprovada uma resolução que lavrou o flagrante do homicídio, levando os senadores envolvidos à prisão. Nas horas que antecederam a aprovação do projeto, líderes do Senado discutiam intensamente sobre a cassação ou não dos mandatos de Arnon e Silvestre Péricles. Predominou o entendimento de que a eventual perda dos cargos seria uma decisão da Justiça.
Por fim, um projeto de resolução apresentado em 1963 previa o pagamento, às custas do Senado Federal, da escola primária e secundária dos filhos do senador Kairala. Essa medida, no entanto, ficou quase dois anos parada, sendo aprovada apenas em novembro de 1965.
Prisões, inquérito e júri
Arnon e Silvestre Péricles permaneceram presos em locais separados. Arnon ficou detido na Base Aérea de Brasília; Silvestre Péricles, no Batalhão de Guardas Presidencial. Segundo reportagens da época, nos dias em que esteve preso, Góis Monteiro não se separava de seu revólver calibre 38, incomodando os guardas do Batalhão. E o senador continuou com as bravatas, dizendo que, ao sair da prisão, mataria o juiz. “Tratarei urgentemente de meu testamento”, reagiu com bom humor Waldir Meuren, responsável pelo processo na Primeira Vara Criminal de Brasília.
Nas primeiras semanas de 1964, 18 testemunhas foram ouvidas: 8 apontadas pelo Ministério Público (MP), 8 por Arnon e 2 por Silvestre Péricles. Em 26 de fevereiro de 1964, o MP emitiu seu parecer por meio do promotor Sepúlveda Pertence. Nos anos seguintes, ele viria a ser um dos maiores juristas da história do País e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante 27 anos, Sepúlveda Pertence dividiu o plenário do STF com o ministro Marco Aurélio Mello, sobrinho de Arnon.
--------------
-------------
Sepúlveda Pertence e Marco Aurélio Mello, sobrinho de Arnon, conviveram no Supremo Tribunal Federal Foto: Pablo Valadares/Estadão
-----------
Pertence solicitou a pronúncia dos dois denunciados. No jargão jurídico, a pronúncia é um aval para que os acusados sejam levados a júri popular. Segundo o promotor, Arnon deveria ser processado pois, de forma inconteste, havia saído de sua arma o disparo que vitimou o senador Kairala. Silvestre Péricles, por sua vez, deveria ser pronunciado por tentativa de homicídio, pois estava prestes a atirar no desafeto e só não o fez pela súbita intervenção de João Agripino.
Caso virou e garantiu a impunidade dos dois envolvidos
Em 17 de abril de 1964, o juiz sumariante Djalmani Castelo Branco deu sua sentença: Silvestre Péricles foi impronunciado; Arnon de Mello, por sua vez, foi pronunciado e iria ao júri popular. Góis Monteiro, de fato, estava prestes a alvejar Arnon, mas, no entendimento do juiz, não poderia ser julgado por tentativa de homicídio pois não chegou a apertar o gatilho. A Silvestre Péricles, Djalmani atribuiu apenas uma responsabilidade moral pelo incidente. Na avaliação de Castelo Branco, Arnon havia incorrido na prática de homicídio por aberratio ictus, isto é, “erro na execução”. Mello não acertou o alvo que pretendia, mas deveria responder como se tivesse praticado o crime contra a pessoa visada.
Dias depois, contudo, a defesa de Arnon interpôs recurso e obteve vitórias decisivas. Em 16 de junho, o promotor Milton Sebastião Barbosa acatou uma alegação dos advogados que mudava a natureza do homicídio de doloso para culposo. O tribunal do júri só pode julgar crimes dolosos. Para completar, em 29 de junho de 1964, o réu foi absolvido por unanimidade, prevalecendo a tese de que havia agido em legítima defesa.
Volta ao Senado com calma, bom humor e cumprimentos
Arnon foi solto horas depois da absolvição e, no dia seguinte, voltou ao Senado Federal. No retorno ao Congresso, foi noticiado que recebeu “efusivos cumprimentos” dos colegas. Silvestre Péricles já estava solto desde a impronúncia e retornou ao Senado em 7 de julho. Estava abatido por uma recente cirurgia, mas aparentava calma e bom humor.
--------------
-----------
Parecia que nada havia acontecido meses antes, ao que José Guiomard, o titular da cadeira que Kairala ocupou, protestou publicamente. Tomou a palavra para reclamar da morte esquecida do colega. “Alguém ignora que aqui dentro foi ferido de morte um ilustre homem público? Acho que ninguém. Morreu de colapso? Certo que não. O que houve foi bala”, provocou Guiomard. “Mas até hoje não se aponta ninguém culpado, pois a Justiça impronunciou, absolveu todo mundo - o único condenado, condenado à morte, foi José Kairala”.
Sem condenados e sem indenização à família da vítima
Com a impronúncia de Silvestre e a absolvição de Arnon por legítima defesa, não restaram imputáveis para o pagamento de indenizações à viúva e aos quatro órfãos. Em 1988, a revista Veja localizou a família do senador assassinado e revelou as dificuldades financeiras da viúva para criar os quatro filhos. “A rixa entre duas pessoas que nada tinham a ver com minha família e a irresponsabilidade de dois políticos em entrar armados no Congresso Nacional me transformaram de mulher de senador em lavadeira e babá”, reclamou a viúva de Kairala à revista. “Para não ver meus filhos passarem fome, arregacei as mangas e fui para o tanque lavar roupas para os outros”.
Ela chegou a processar Arnon de Mello e a União para o pagamento da pensão. Absolvido na Justiça de Brasília, Arnon se eximiu de qualquer custeio. A União também não quis indenizar a família. A viúva recorreu e, no trâmite das instâncias superiores, perdeu qualquer pagamento de vista.
Com golpe, país mudou enquanto eles estiveram detidos
Arnon e Silvestre Péricles retornaram da reclusão em um mundo político completamente diferente do que haviam vivido até dezembro de 1963. Da cadeia, os alagoanos assistiram às transformações políticas e sociais do período: Arnon era entusiasta do golpe militar; Silvestre Péricles, apoiador das reformas de base. João Goulart havia sido deposto em 1 de abril e o País, agora, vivia os primeiros meses do que viria a ser o maior regime de exceção de toda a sua história.
Góis Monteiro permaneceu no Senado até 1967. Em 1966, perdeu a recondução para Teotônio Vilela e se aposentou da vida pública. Além de senador, havia sido deputado federal, governador de Alagoas e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). O poeta do amor e da saudade morreu em 1972.
Arnon de Mello foi senador até morrer, em 1983. Durante o período em que esteve detido, os filhos mais velhos estiveram ao seu lado, ocupando-se da sua correspondência. Os filhos mais jovens - Pedro, futuro delator, e Fernando, futuro presidente do Brasil - permaneceram no Rio de Janeiro.
Caminhos cruzados com o médico que atendeu a vítima
Na época do tiroteio, Fernando Collor ainda era um adolescente e estudava no colégio carioca São José. Anos depois, seguiria os passos do pai, trilhando um caminho além: foi eleito prefeito de Maceió, deputado federal, governador de Alagoas e, em 1990, chegou ao Palácio do Planalto. Também viria a ser senador por dois mandatos, entre 2007 e 2023.
-------------
-----------
Adib Jatene, médico que atendeu Kairala José Kairala, foi ministro de Fernando Collor, filho de Arnon de Mello Foto: Nilton Fukuda/Estadão
-----------
Em 1992, seu último ano na presidência, houve uma dança das cadeiras no Ministério da Saúde. Em 11 meses, quatro ministros assumiram a pasta. O penúltimo deles foi o cardiologista Adib Jatene, conhecido em Brasília por ser o cirurgião dos mais importantes políticos do País. Quanto a Fernando Collor, porém, havia tido pouco contato. O ministro alegou que, antes da nomeação, tinha se encontrado com o então presidente apenas quatro vezes.
Apesar do contato restrito, há de se dizer que Jatene, na verdade, já havia cruzado com o destino da família Collor três décadas antes. Na tarde de 4 de dezembro de 1963, no Hospital Distrital de Brasília, foi Adib Jatene quem atendeu o senador José Kairala, ferido à bala por Arnon de Mello, pai de Fernando.
Senado Federal
Congresso Nacional
Arnon de Melo
Silvestre Péricles de Góes Monteiro
COMENTÁRIOS
Agência Estado
https://www.estadao.com.br/politica/voce-sabia-curiosidades-politica/tiroteio-no-senado-ha-60-anos-pai-de-fernando-collor-matou-colega-no-plenario-e-saiu-impune/
_________________________________________________________________________________________________________________
----------------
Menestrel Das Alagoas (Ao Vivo)
Milton Nascimento
----------
Do LP Milton Nascimento ao vivo, Ariola 1983
Gravado no Anhembi 1,2 e 3 de Novembro de 1983
Menestrel das Alagoas
Milton Nascimento e Fernando Brant
Quem é esse viajante
Quem é esse menestrel
Que espalha esperança
E transforma sal em mel?
Quem é esse saltimbanco
Falando em rebelião
Como quem fala de amores
Para a moça do portão?
Quem é esse que penetra
No fundo do pantanal
Como quem vai manhãzinha
Buscar fruta no quintal?
Quem é esse que conhece
Alagoas e Gerais
E fala a língua do povo
Como ninguém fala mais?
Quem é esse?
De quem essa ira santa
Essa saúde civil
Que tocando a ferida
Redescobre o Brasil?
Quem é esse peregrino
Que caminha sem parar?
Quem é esse meu poeta
Que ninguém pode calar?
Quem é esse?
_____________________________________________________________________________________________________________
------------
O mito de Sísifo com resumo e significado - Cultura Genial
-----------
__________________________________________________________________________________________________________
ENTRE SÍSIFO E CHRONOS: uma reflexão sobre tempos da docência, da infância e da esperança
_________________________________________________________________________________________________________
-------------
"Todos os dias, a história se repete, como se presa em um ciclo infinito, sem fim aparente."
"Ripítu" é uma expressão interessante! Significa que, de tempos em tempos, é bom receber um lembrete ou ser relembrado de algo importante. É verdade, às vezes, mesmo sabendo de algo, é fácil esquecer ou negligenciar. É bom ter esses lembretes para nos ajudar a manter o foco no que é essencial.
-----------
"Eu não estou aqui."
Epitáfio de Mário Quintana
"Ripítu":
'de vez em quando a gente precisa ser lembrado.'
-----------
------------
PELO QUE VOCÊ SERÁ LEMBRADO? | CORTELLA
Mario Sergio Cortella Você será lembrado?
Uma pessoa só morre quando é esquecida, mas, como viver uma vida digna de ser lembrada, comentada e que dê saudades? Estes são questionamentos importantes, que devemos nos fazer enquanto ainda é tempo.
------------
Meu Mundo Caiu:
Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você, nem a ninguém
Não fui eu que caí
Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar
Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí
Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar
Composição
_________________________________________________________________________________________
----------
----------
17/11/2019 às 18h00
Entretenimento
Painel entrevista Milton Nascimento
Divulgação
Por Ricardo Leal
É de Milton Nascimento, a palavra que traduz o sentimento que o brasileiro deve ter no atual cenário nacional: esperança. Em entrevista à Revista Painel Alagoas, o cantor e compositor, que estará em Maceió no próximo dia 22 com o seu show Clube da Esquina, diz que o repertório trazido nesta turnê tem a missão de levar fé às pessoas.
Aos 76 anos de idade, Milton, o Bituca, nascido em uma comunidade da Tijuca, no Rio de Janeiro, e mineiro de coração, lamenta que não se tenha, na política, seguidores do saudoso senador alagoano Teotônio Vilela, o Menestrel. “Fernando Brant e eu fizemos Menestrel para o Teotônio, e é uma pena que praticamente nenhum político siga seu exemplo nos dias de hoje”, destacou o artista.
Milton retorna a Maceió com um uma obra que percorre todo o Brasil e já foi apresentada a nove outros países. Nela, canções como O Trem Azul, Cais, Cravo e Canela, Maria, Maria, e Nada Será Como Antes, além da clássica Para Lennon e McCartney, tirada do disco Solo Milton, do ano de 1970. “Olha, nunca fui tão feliz fazendo uma turnê como tem sido essa agora do Clube da Esquina em 2019”, define o artista.
Painel Alagoas - Bem vindo ao Estado de Alagoas. Milton, o que significa o show Clube da Esquina? O que esse repertório traduz neste momento brasileiro?
Milton Nascimento - Acredito que a palavra que a gente mais tem que ter em mente neste momento é esperança. E esse show tenta passar exatamente isso.
Painel Alagoas – Como músico, artista que enfrentou em inicio de carreira a censura da ditadura militar, a cultura de lá para cá avançou em quais momentos? Hoje, podemos dizer que há vida na cultura nacional?
Milton Nascimento - Até nos tempos mais complicados a cultura brasileira sempre se manteve em todas as épocas. E hoje não poderia ser diferente. A arte é um dos pilares fundamentais da vida.
Painel Alagoas – A tecnologia tem sido mais herói ou vilão na cultura? É mais fácil ou mais difícil combater a pirataria a partir da internet? Você acha que as redes sociais funcionam mais ou menos a favor da cultura?
Milton Nascimento - Sabendo usar a tecnologia da forma correta, ela sempre vai contribuir. E as redes sociais funcionam da mesma forma.
Painel Alagoas – Em setembro passado, à Folha de São Paulo, você disse que a música brasileira “tá uma merda”. Referiu-se às letras das músicas atuais como uma “porcaria”. As pessoas perderam o ouvido para a boa música? Os artistas de hoje deixaram de compreender a música como arte?
Milton Nascimento - Acho que cada artista deve fazer aquilo que lhe faz se sentir melhor. A pessoa deve ser livre para produzir do jeito que quiser, para ouvir o quiser e, principalmente, consumir cultura da forma que tiver mais afinidade.
Painel Alagoas – A polêmica criada nas redes sociais por causa dessa sua declaração o incomodou? A intolerância lhe parece mais carregada na internet? Como debater um tema como esse sem trazer à tona a agressividade que parece tomar conta atualmente das reações na internet?
Milton Nascimento - Hoje em dia todo mundo pode falar o quiser através das redes. Então, sempre vai ter uma opinião diferente sobre qualquer assunto.
Painel Alagoas – Ainda na entrevista à Folha de São Paulo, você revela que perdeu a vontade de compor por estar triste, que lhe falta inspiração. O que em geral o leva a essa tristeza? Você acha que outros compositores e cantores como você também se sentem tristes, sem inspiração? Há quanto tempo você não compõe?
Milton Nascimento - Não faz muito tempo. Quando eu disse naquela entrevista “vontade de compor” eu tava falando de uma coisa como trabalho diário e tal... Atualmente já não tenho mais essa busca, eu deixo que as coisas aconteçam.
Painel Alagoas – Milton, o que difere do público de seu início de carreira para o público de hoje, deste artista renomado e premiado mundialmente? E como você se sente hoje com essa estrada percorrida na música? Há alguma diferença entre o Milton que cantava e fazia composições nas calçadas mineiras, com Lô Borges, por exemplo, e a celebridade que você se tornou?
Milton Nascimento - Com o tempo tudo muda, não tem jeito. A mudança faz parte da vida. E a gente tem que se adaptar.
Painel Alagoas – Já ter se apresentado ao lado de grandes nomes, como Wayne Shorter, Ron Carter, Herbie Hancock, Elis Regina, Tom Jobim, Mercedes Sosa, Sarah Vaughan, Paul Simon, James Taylor, Peter Gabriel, Sting, Pablo Milanês, feito parcerias com Fernando Brant, Chico Buarque, Ronaldo Bastos, Márcio Borges, Gilberto Gil, e tantos outros famosos, traz que sentimento a você, agora, aos 76 anos de idade e mais de 50 anos de carreira?
Milton Nascimento - Olha, nunca fui tão feliz fazendo uma turnê como tem sido essa agora do Clube da Esquina em 2019. A gente tem viajado o Brasil inteiro (e também já fomos para nove países), e a nossa alegria só aumenta.
Painel Alagoas – Não há como entrevistar você e não falar das Diretas Já. Principalmente aqui em Alagoas ontem temos o Menestrel das Alagoas (Teotônio Brandão Vilela) como referência. Qual o seu sentimento atualmente, com aquela causa levantada por tantos brasileiros, entre eles você com seu “Coração de Estudante”, que virou hino da redemocratização brasileira?
Milton Nascimento - Fernando Brant e eu fizemos Menestrel para o Teotônio, e é uma pena que praticamente nenhum político siga seu exemplo nos dias de hoje.
Trajetória
Quando contrariado, fazia um bico tão peculiar que o tique lhe rendeu o apelido: Bituca. Isso quando ainda era criança, no interior de Minas Gerais. Nascido no Rio de Janeiro, filho de uma empregada doméstica, Milton Nascimento ficara órfão aos dois anos. Lília, uma das filhas da patroa, tinha acabado de se casar e perguntou à avó do garoto se poderia adotá-lo. Logo o menino mudou-se com os novos pais para Três Pontas (MG). A mãe, adivinhe, era professora de música. Milton cresceu num ambiente propício para que, aos 13 anos, fosse crooner de um conjunto de baile, junto com Wagner Tiso.
Embora tenha gravado a primeira canção em 1962 e, em 1964, cantasse em bares de Belo Horizonte um repertório que incluía faixas de sua autoria, foi em 1967 que ele estourou, conquistando o segundo lugar no 2º Festival Internacional da Canção, no Rio. O nome da música? “Travessia“, título roubado de outro mineiro, João Guimarães Rosa, do livro “Grande Sertão: Veredas”.
A canção foi a primeira escrita pelo então repórter Fernando Brant. Como Brant se recusasse a assumir a tarefa, ciente do tamanho do parceiro, Bituca fez o bico de sempre, contrariado. Mas deixou a fita e estipulou um prazo. Semanas depois, Fernando Brant debutava como poeta. “Solto a voz nas estradas / já não quero parar / meu caminho é de pedra / como posso sonhar”. Impressionada com a música, Elis Regina gravou “Travessia” menos de um mês depois do festival. Ela já havia gravado “Canção do Sal” no ano anterior e voltaria a gravar Milton muitas vezes nos anos seguintes, totalizando mais de uma dúzia de canções.
Nos anos 1970, Bituca formaria o grupo Clube da Esquina com amigos de Belo Horizonte: Lô e Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Tavinho Moura, Beto Guedes, Flávio Venturini e Toninho Horta. Os dois discos lançados pelo conjunto teriam grande repercussão, tantas eram as inovações de estilo, arranjo e repertório, cuja intenção era misturar cantigas do interior com o som que vinha dos Beatles.
Deles fazem parte algumas das canções mais engajadas de Milton, como “Nada Será Como Antes” (“Que notícias me dão dos amigos? / Que notícias me dão de você?”), “Saídas e Bandeiras Nº 2” (“Andar por avenidas / enfrentando o que não dá mais pé”), “Paisagem da Janela” (“Quando eu falava desses homens sórdidos / quando eu falava desse temporal / você não escutou / você não quis acreditar”) ou “Credo” (“Tenha fé no nosso povo que ele resiste / tenha fé no nosso povo que ele insiste”).
Em 1978, Milton foi o primeiro a gravar “Cálice” com Chico Buarque, tão logo a letra foi liberada. Musicou Drummond, gravou Violeta Parra e, em 1981, compôs a música da Missa dos Quilombos, um importante projeto de cunho político-social feito em parceria com o poeta Pedro Tierra e o bispo Dom Pedro Casaldáliga. Finalmente, Milton tornou-se o compositor mais executado na campanha das Diretas, com duas canções reproduzidas à exaustão nos comícios: “Coração de Estudante” e “Menestrel das Alagoas“, ambas de 1983.
Tem como parceiros e músicos que regravaram suas composições, nomes como Wayne Shorter, Pat Metheny, Björk, Peter Gabriel, Sarah Vaughan, Chico Buarque, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fafá de Belém, Simone e Elis Regina. Já recebeu 5 prêmios Grammy. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.
Até agora, Milton Nascimento já gravou 34 álbuns. Cantou com dúzias de outros artistas, incluindo Maria Bethânia, Elis Regina, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Simone, Chico Buarque, Clementina de Jesus, Gilberto Gil, Lô Borges, Beto Guedes, Paul Simon, Criolo, Angra, Peter Gabriel, Duran Duran (com quem co-escreveu e gravou a faixa "Breath After Breath", de 1993), Herbie Hancock e Quincy Jones.
SERVIÇO
Show: MILTON NASCIMENTO – CLUBE DA ESQUINA
Local: Space Shopping (estacionamento do Maceió Shopping)
Data: 22 de novembro
Abertura da casa: 21h
Ingressos:
Pista: R$ 80,00 (meia) e R$ 160,00 (inteira)
Camarote: R$ 200,00
Mesa para 4 pessoa: R$ 1.400,00 (all inclusive)
01 (um) lugar à mesa: R$ 350,00 (all inclusive)
Pontos de venda:
Erva Doce Doce Erva – Rua Mário de Gusmão – Ponta Verde
Cantão – Av. Dr. Antônio Gomes de Barros, 836 – Loja 1 – Jatiúca (antiga Av. Amélia Rosa)
Acesso Vip – Parque Shopping- térreo
Acesso Vip – Unicompra Farol
Venda on line: www.suechamusca.byinti.com
Info: 82 3235-5301
Whats: 82 99928-8675
fb.com/suechamusca
@suechamuscaoficial
*Entrevista publicada originalmente na edição 34 da revista Painel Alagoas
https://painelnoticias.com.br/entretenimento/161195/painel-entrevista-milton-nascimento
____________________________________________________________________________________________________________________
Fonte: Painel Alagoas
____________________________________________________________________________________________________________________
--------------
Milton Nascimento-raríssimo-para Lennon e McCartney/ Maria M
Douglas Wakimoto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário