Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 11 de dezembro de 2023
"Do que está por vir"
DAS CAPAS DE JORNAIS
"A dor da gente não sai no jornal."
"Síndrome, do que está por vir."
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Haaretz.com
@haaretzcom
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Israel's mainstream media hardly covers the consequences of the war on Gazans, and ignores the killing and destruction. In contrast, Palestinian and Arab media broadcast everything with virtually no filtering / Jack Khoury
10:38 AM · 11 de dez de 2023
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Freud dizia que, sem um pouco de fuga, a realidade seria insuportável. Talvez seja por isso que a imprensa ocidental se concentre em dois conflitos.
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Fernando Gabeira - O futuro vem quente, e já estamos fervendo
O Globo
Entre uma onda e outra de calor, sinto o planeta se aquecendo e, às vezes, me pergunto: será que conseguimos?
Se hoje é segunda-feira, devo estar em Maceió. O tema, todos sabem: 60 mil pessoas expulsas de 14 mil casas porque a terra abrirá. As minas de sal-gema da Braskem inviabilizaram cinco bairros da capital de Alagoas.
O ano está terminando. Pretendo trabalhar direto. Argentina, quem sabe Essequibo. Há pouco tempo e muito a aprender. Uso os excedentes para comprar equipamentos em black fridays. Não os mitifico, mas fazem a diferença numa equipe minimalista.
Foi o ano mais quente da História. Lindas manhãs: maio, junho, julho, agosto, setembro, novembro anuviou. O El Niño trouxe reflexos aqui, embora tenha devastado o Sul, secado a Amazônia e ameaçado o inverno que entra no Nordeste.
Ainda assim, creio que não há mais retorno. Já estamos fervendo, e o futuro vem quente. Se fosse apenas o clima mutante, talvez pudéssemos ainda respirar. Segue a guerra na Ucrânia atravessando o ano, o atentado terrorista de 7 de outubro em Israel, mortes, raptos, estupros. E ainda há quem duvide que o Hamas seja uma organização terrorista.
Depois disso, vieram os ataques a Gaza, imagens dilacerantes de hospitais atacados, de corpos de crianças retirados dos escombros. Há outras guerras no mundo.
Mas essa monopolizou nossa dor.
Guerras no Iêmen, Sudão, Burkina Faso, Etiópia, todas elas numa gaveta.
Freud dizia que, sem um pouco de fuga, a realidade seria insuportável. Talvez seja por isso que a imprensa ocidental se concentre em dois conflitos.
O Brasil voltou ao mundo neste ano. Disposição de preservar a Amazônia, vontade de liderar o combate às mudanças climáticas. Mas o mundo a que o Brasil voltou é muito complicado. A vontade de atenuar conflitos foi abatida por declarações contraditórias. Para a imprensa francesa, o Brasil parecia preferir Putin.
No Oriente Médio todos os brasileiros foram retirados com segurança. Isso é bom porque nos dá garantia de que não ficaremos sós em regiões complicadas.
Por falar em segurança, há temas que continuo a acompanhar, mas com a sensação de déjà-vu. Um deles é a violência no Rio. Sempre a mesma indignação, sempre as mesmas respostas, sempre a mesma ineficácia.
Das coisas da política, destacaria a reforma tributária. Algo que vem para melhorar, uma mudança real. Há outras coisas, mas esse cotidiano me aborrece um pouco.
O realismo fantástico ataca de novo na América do Sul. Milei se elege na Argentina e confessa que fala com o espírito do seu cachorro. Maduro diz que ouve passarinhos e ameaça invadir a Guiana.
Fui algumas vezes àquela fronteira, Uiramutã, Raposa Serra do Sol, Pacaraima, sempre via a Guiana do outro lado do rio. Não sabia ainda que tinham ficado tão ricos, com a reserva de minérios que atrai os chineses e 11 bilhões de barris de petróleo que atraem os americanos.
Agora, todos os dias leio sobre Maduro no jornal criado por Petkoff, o Tal Cual. Tinha deixado um pouco de lado a Venezuela, mas as eleições me obrigam a voltar.
Milei, Maduro, direita, esquerda, nuestra América. Há muita loucura por aí, Nicarágua, El Salvador, esquerda, direita, nuestra América.
O plano é tocar discretamente o barco no Brasil e, sempre que houver uma chance dentro e fora do país, sair em busca de uma história. Saul Leiter, o grande fotógrafo, disse que ver é uma arte muito neglicenciada. Queria pagar minha dívida com a arte de ver, antes que escureça totalmente.
Antes também que este ano maluco acabe, tentarei um balanço mais equilibrado. Entre uma onda e outra de calor, sinto o planeta se aquecendo e, às vezes, me pergunto: será que conseguimos?
É preciso correr. Mesmo se vencermos essa luta coletiva, de qualquer forma, existe a individual, em que todos democraticamente somos perdedores.
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Demétrio Magnoli - Lula sem tons de cinza
O Globo
À rede Al Jazeera, durante seu giro pelo Oriente Médio, Lula abandonou as ambiguidades que geralmente acompanham suas declarações voltadas a audiências ocidentais. Falou o que pensa, sem matizes. O retrato que emergiu funde ideias detestáveis com evidências de uma incompreensão geral sobre a política internacional.
Sobre a invasão russa da Ucrânia, o presidente corrigiu as correções de sua posição original:
— A Rússia diz que alguns territórios pertencem a eles, e Zelensky diz que pertencem à Ucrânia — pontificou, ignorando tanto as fronteiras internacionais ucranianas quanto o tratado de 1994 pelo qual a Rússia as reconheceu.
Lula foi mais longe, num exercício de pacifismo cínico:
— Em vez de ir à guerra, por que não levar as pessoas a um referendo para perguntar: você quer pertencer à Ucrânia ou à Rússia?
Putin fez isso, mas melhor. Invadiu o leste e o sul da Ucrânia e então, sob a mira das forças de ocupação, colocou em votação a escolha sugerida pelo camarada brasileiro — com os resultados previstos por qualquer potência ocupante.
A Ucrânia deveria servir como alerta para Lula não se pronunciar sobre as guerras dos outros. Contudo ele desconhece o valor do silêncio. À Al Jazeera, repetiu uma palavra que funciona como senha ideológica: a operação militar em Gaza “não é uma guerra tradicional, mas um genocídio”. O presidente foi ao Yad Vashem, em 2010, e disse “nunca mais”, sem porém entender o Holocausto.
Há farto material para condenar o governo israelense. Netanyahu sabota as negociações de paz e, desde 2009, estabeleceu uma convivência violenta com o Hamas a fim de perpetuar a divisão entre os palestinos. A ação militar em Gaza viola o direito humanitário internacional, produzindo pilhas de vítimas inocentes. As Forças Armadas de Israel não cumprem a (difícil) obrigação de distinguir os combatentes inimigos dos civis utilizados pelo Hamas como escudos humanos. Genocídio, porém, é algo diferente: o empreendimento deliberado de aniquilação de um povo.
A escolha de “genocídio” no lugar de “crimes de guerra” tem um sentido: o termo pertence ao vocabulário militante compulsório dos defensores da abolição do Estado judeu. A tática de propaganda consiste em estabelecer uma equivalência entre Israel e a Alemanha nazista. É um expediente particularmente abjeto, pois seu alvo é o Estado criado na esteira do Holocausto para proteger os judeus de uma eventual repetição.
O Reich alemão não tinha o direito de continuar a existir depois do Holocausto — e, de fato, desapareceu. A acusação de genocídio é uma ferramenta política crucial na campanha que almeja a destruição do Estado judeu. O Lula que pronunciou a frase “nunca mais” junta sua voz à gritaria antissemita quando imputa o crime dos crimes a Israel.
A entrevista à rede do Catar forma um arco ideológico completo.
— Não entendo como o presidente Biden não teve a sensibilidade de falar para acabar com essa guerra — exclamou Lula, concluindo com o diagnóstico de que os Estados Unidos “poderiam ter parado com a guerra”.
Aí, atrás de um erro crasso de avaliação, emerge uma narrativa destinada a deslegitimar Israel.
Não basta ir ao Yad Vashem: é preciso ler Primo Levi para entender o Holocausto — e Israel. Levi descreveu a vitimização e a desumanização dos judeus nos campos nazistas. O Estado judeu diz “nunca mais” ao pacote completo: sua fundação representou, antes de tudo, uma rejeição absoluta ao papel de vítima atribuído aos judeus. O alicerce de Israel encontra-se na missão de “reumanização” dos judeus por meio da força política e militar. Israel combaterá suas guerras, justas ou não, independentemente da vontade de aliados externos.
Israel nasceu da imigração de judeus perseguidos na Europa e no Oriente Médio. Atribuir aos Estados Unidos o poder de parar sua mão inscreve-se no esforço ideológico de exibir o Estado judeu como uma fabricação, um artefato e um joguete do “imperialismo americano”. Lula fala todas as palavras e sentenças dos movimentos que marcham sob a bandeira da “Palestina livre, do rio até o mar”. Por essa via, renega a paz em dois Estados que declara explicitamente defender.
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1x 0 - Pixinguinha / Benedito Lacerda - letra Nelson Ângelo
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Marcia Mah
2.544 visualizações 29 de set. de 2016
Marcia Mah (voz), Marcelo Cândido (violão sete cordas), Alexander Souza (flauta), João Nilton (bandolim) e Rodrigo Moura (percussão).
1 x 0 – Pixinguinha / Benedito Lacerda / Nelson Ângelo
Vai começar o futebol,pois é,
Com muita garra e emoção
São onze de cá, onze de lá
E o bate-bola do meu coração
É a bola, é a bola, é a bola,
É a bola e o gol!
Numa jogada emocionante
O nosso time venceu por um a zero
E a torcida vibrou
Vamos lembrar
A velha história desse esporte
Começou na Inglaterra
E foi parar no Japão
Habilidade, tiro cruzado,
Mete a cabeça, toca de lado,
Não vale é pegar com a mão
E o mundo inteiro
Se encantou com esta arte
Equilíbrio e malícia
Sorte e azar também
Deslocamento em profundidade
Pontaria
Na hora da conclusão
Meio-de-campo organizou
E vem a zaga rebater
Bate, rebate, é de primeira
Ninguém quer tomar um gol
É coisa séria, é brincadeira
Bola vai e volta
Vem brilhando no ar
E se o juiz apita errado
É que a coisa fica feia
Coitada da sua mãe
Mesmo sendo uma santa
Cai na boca do povão
Pode ter até bolacha
Pontapé, empurrão
Só depois de uma ducha fria
É que se aperta a mão
Ou não!
Vai começar...
Aos quarenta do segundo tempo
O jogo ainda é zero a zero
Todo time quer ser campeão
Tá lá um corpo estendido no chão
São os minutos finais
Vai ter desconto
Mas, numa jogada genial
Aproveitando o lateral
Um cruzamento que veio de trás
Foi quando alguém chegou
Meteu a bola na gaveta
E comemorou
https://www.youtube.com/watch?v=qpqcwisNJ8w
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WW - Edição de domingo | O Brasil virou refém da polarização? - 10/12/2023
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Javier Milei se emociona ao tomar posse como presidente da Argentina
UOL
10 de dez. de 2023
O Congresso declarou Javier Milei empossado no cargo de presidente da Argentina na manhã de hoje. Na plateia do Congresso, houve gritos de "liberdade" e vaias dirigidas ao agora ex-presidente Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner. O presidente argentino recebeu emocionado a faixa presidencial das mãos de Fernández. O ex-presidente Jair Bolsonaro também estava presente.
https://www.youtube.com/watch?v=rYoXOxx2Uo0
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"Um coração encarnado sobreposto à região pubiana da ex-vice-presidente, vestindo um vestido vermelho-alaranjado, durante a posse do novo presidente da Argentina."
Posse de Javier Milei se tornou uma espécie de 'festa da direita'; veja quem participou - Estadão
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Cristina Kirchner mostra dedo do meio a apoiadores de Milei | AGORA CNN
CNN Brasil
10 de dez. de 2023 #CNNBrasil
A ex-vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, mostrou o dedo do meio a apoiadores de Milei ao chegar ao Congresso argentino neste domingo (10). Kirchner caminhava e cumprimentava os presentes quando fez o gesto obsceno em resposta a gritos de apoiadores de Milei que estavam no local. Não é possível escutar o que gritavam.
https://www.youtube.com/watch?v=JmJSegzwvzk
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Bolsonaro vive a síndrome do que ainda está por vir
Josias de Souza
Colunista do UOL
18/02/2020 22h48
Jair Bolsonaro dispõe de uma vacina capaz de imunizá-lo contra a radioatividade do cadáver do miliciano Adriano da Nóbrega. Basta o presidente reconhecer a natureza criminosa das atividades do morto, desqualificando a biografia dele e a dos seus comparsas do escritório do crime, organização que chefiava no Rio de Janeiro. Mas Bolsonaro parece não ter condições de se imunizar com essa vacina. Por isso, o presidente prefere injetar no caso do miliciano o vírus da confusão.
Sem que ninguém perguntasse, Bolsonaro colocou em dúvida a perícia que ainda nem foi feita nos celulares apreendidos em poder do morto. O presidente pergunta: "Será que essa perícia poderá ser insuspeita?" Ele insinua: "Não queremos que sejam inseridos áudios no telefone de conversações no WhatsApp". Bolsonaro vai ao ponto: "Se uma pessoa for atingida, que pode ser eu, apesar de ser presidente da República, quanto tempo teria para ser feita uma nova perícia?"
O pano de fundo desse caso não é bonito. Nele estão gravadas as figuras de Fabrício Queiroz, o faz-tudo da família Bolsonaro, que foi colega na PM do miliciano Adriano, que foi defendido por Jair Bolsonaro na Câmara e homenageado por Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio. A mãe e a mulher do bandido foram acomodadas na folha salarial rachadinha do gabinete de Flávio. Agora no Senado, o filho do presidente se dedica a levantar a suspeita de que o miliciano foi executado e torturado. Flávio é ecoado pelo pai. Subitamente, os membros da família Bolsonaro se convertem em defensores dos direitos humanos.
O presidente deve saber o tamanho do buraco que o assedia. Seja qual for a dimensão do buraco, ele se tornará um problema enorme se passar a influenciar o rumo do governo. No momento, há uma economia andando de lado, uma reforma tributária por ser votada no Congresso e uma reforma administrativa que ainda nem seguiu para o Legislativo.
Num instante em que o governo precisa de paz, Bolsonaro gerencia a morte de um miliciano e compra briga com duas dezenas de governadores. Um presidente que age assim, parece tomado pelo pior tipo de medo. Bolsonaro vive a síndrome do que está por vir. Revela-se capaz de tudo, menos de explicar com desassombro suas relações com o miliciano.
https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2020/02/18/bolsonaro-vive-a-sindrome-do-que-ainda-esta-por-vir.htm
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Um a Um
Jackson do Pandeiro
Esse jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
Ah, olhe o jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
O meu clube tem time de primeira
Sua linha atacante é artilheira
A linha média é tal qual uma barreira
O center-forward corre bem na dianteira
A defesa é segura e tem rojão
E o goleiro é igual um paredão
Esse jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
Mato um mais o jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
É encarnado e branco e preto
É encarnado e branco
É encarnado e preto e branco
É encarnado e preto
É encarnado e branco e preto
É encarnado e branco
É encarnado e preto e branco
É encarnado e preto
O meu clube jogando, eu aposto
Quer jogar, um empate é pra você
Eu dou um zurra a quem aparecer
Um empate pra mim já é derrota
Mas confio nos craques da pelota
E o meu clube só joga é pra vencer
O meu clube tem time de primeira
Sua linha atacante é artilheira
A linha média é tal qual uma barreira
O center-forward corre bem na dianteira
A defesa é segura e tem rojão
E o goleiro é igual um paredão
Esse jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
Mato um mais o jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
É encarnado e branco e preto
É encarnado e branco
É encarnado e preto e branco
É encarnado e preto
É encarnado e branco e preto
É encarnado e branco
É encarnado e preto e branco
É encarnado e preto
Esse jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
Mato um mais o jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
" Mas rapaz uma coisa dessa também tá demais
O juiz ladrão, rapaz!
Eu vi com esses dois olhos que a terra há de comer
Quando ele pegou o rapaz pelo calção
O rapaz ficou sem calção! "
Ah, olho o jogo não pode ser um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
Mato um mais o jogo não é um a um
(Se o meu clube perder é zum-zum-zum)
Composição: Edgar Ferreira.
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Notícia de Jornal
Elizeth Cardoso
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"Tentou contra a existência
Num humilde barracão,
Joana de tal, por causa de um tal João.
Depois de medicada,
Retirou-se pro seu lar".
Aí a notícia carece de exatidão,
O lar não mais existe;
Ninguém volta ao que acabou.
Joana, é mais uma mulata triste que errou.
Errou na dose,
Errou no amor;
Joana errou de João.
Ninguém notou,
Ninguém morou na dor que era o seu mal;
A dor da gente não sai no jornal...
Composição: Haroldo Barbosa / Luiz Reis.
https://www.letras.mus.br/elisete-cardoso/1499367/
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