domingo, 3 de janeiro de 2021

Qual será o futuro da Lava-Jato?

O fantasma que há mais de dois anos assombra Bolsonaro Por Ricardo Noblat - Blog do Noblat | Veja A rachadinha de Flávio O risco de o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) acabar um dia condenado por lavagem de dinheiro, organização criminosa e desvio de dinheiro público à época em que era deputado estadual no Rio atravessou 2020 e amanheceu junto com o novo ano. É o fantasma que tira o sono do pai dele. Todas as tentativas feitas até aqui pelo pai e o filho para enterrarem o assunto foram frustradas, e algumas delas deram ensejo a novos escândalos. Foi o caso, por exemplo, da mobilização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que ajudou a defesa de Flávio com relatórios e conselhos. A Abin é um órgão de Estado. Ela assessora o presidente da República. É proibida de se meter em questões que fogem aos seus objetivos definidos em lei. Acontece que Bolsonaro pôs lá um delegado que cuidou de sua segurança pessoal depois da facada em Juiz de Fora e que se tornou amigo da família. Segundo o Ministério Público do Rio, foram desviados R$ 6,1 milhões entre 2007 e 2018 por meio de funcionários fantasmas empregados no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. Parte desse dinheiro foi usada para pagar despesas pessoais do atual senador e de sua mulher. Somente a Justiça, ao cabo das investigações, poderá declarar o filho mais velho de Bolsonaro inocente ou culpado. Mas isso não impede que as pessoas que a tudo acompanham com interesse possam formar sua opinião desde já. Foi o que procurou descobrir uma recente pesquisa do Instituto Datafolha. Um total de 58% dos brasileiros considera Flávio culpado no caso da “rachadinha”, 11% inocente e 31% não souberam responder. O percentual dos que o culpam é maior entre os entrevistados com ensino superior (67%), renda familiar maior que 10 salários mínimos (76%) e que reprovam o governo do pai (85%). Mas mesmo entre os que aprovam o governo Bolsonaro, é maior o percentual dos que apontam o senador como culpado: 37%, contra 23% que o acham inocente e 40% que não sabem responder. Entre os que dizem sempre confiar em Bolsonaro há um empate técnico: Flávio é culpado para 30% e inocente para 29%. Sete em cada dez (71%) entrevistados afirmaram ter tomado conhecimento do caso. Declararam estar bem informados 23%, enquanto 34% disseram estar mais ou menos a par do tema, e outros 14%, mal informados. O Datafolha ouviu em dezembro 2.016 brasileiros por telefone em todas as regiões do país. https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/01/ricardo-noblat-o-fantasma-que-ha-mais.html#more Qual será o futuro da Lava-Jato? | LAURO E GABEIRA 32.834 visualizações•8 de set. de 2020 Os colunistas Lauro Jardim e Fernando Gabeira analisam o futuro da Lava-Jato e o que esperar do combate à corrupção no Brasil. Depois de seis anos à frente da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol informou na semana passada que está deixando o cargo. Um dia após a saída de Deltan, procuradores da Lava-Jato de São Paulo pediram demissão coletiva por “incompatibilidades insolúveis”. Os colunistas também falam sobre a Reforma Administrativa. O projeto foi apresentado na semana passada ao Congresso e, se for aprovado, pode resultar no fim da estabilidade do servidor público e também na redução de gastos com pessoal da máquina pública. Fonte: Jornal O Globo Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kKXDCZfMEPo Acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=kKXDCZfMEPo 'Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil' Somos todos responsáveis por nossas escolhas 30/03/17 - 03h00
No artigo “Doenças da carne, doenças da alma”, neste último domingo, no “O Globo”, o jornalista Fernando Gabeira disse que, quando menino, ouvia muito a frase que utilizei como título destas linhas: “Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”. Mais velho do que Gabeira, que, como Ricardo Noblat, meus contemporâneos no velho e saudoso “Jornal do Brasil”, já deve ter completado 50 anos de jornalismo, eu já a ouço há mais tempo ainda. Nós três envelhecemos, eu mais do que eles, e nenhum dos dois – o Brasil ou a saúva – acabou. Interessante é que, com o tempo, a frase perdeu a força que tinha antes. Hoje, a saúva pode ser enfrentada com êxito e, com certeza, se administrada com competência técnica, já não fará mais nenhum mal às terras e lavouras brasileiras. E seu sentido metafórico (ela passou a ser usada contra outros inimigos, como os políticos) também foi desaparecendo. Por cansaço, provavelmente. O mesmo cansaço que hoje vai tomando conta dos melhores de nossa imprensa tanto televisada quanto escrita. Afinal, ninguém é de ferro. Você já deve ter ouvido por aí, leitor, que a frase seria do escritor Monteiro Lobato. Na verdade, ela foi cunhada pelo naturalista e botânico francês Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), que ficou espantado com as formigas que destruíam até árvores frondosas, além de arbustos, pastos e gramas. O poeta, escritor e crítico literário Mário de Andrade a botou na boca de seu personagem Macunaíma: “Pouca saúde e muita saúva os males do Brasil são”. A frase também inspirou o hino da escola de samba São Clemente no Carnaval carioca de 1986. Eis o final do artigo de Gabeira: “Já escondidos atrás do foro privilegiado, os políticos querem se esconder de novo atrás de listas fechadas, anular provas de delação da Odebrecht, enfim, voltar aos velhos tempos. Não vão acabar com o Brasil. As saúvas não acabaram”. Concordo, plenamente, com o que disse Gabeira, mas tenho enfatizado sempre que a Lava Jato só terá algum sentido se ela for de fato transformadora não apenas da classe política (escolhida e eleita por nós), mas da sociedade brasileira como um todo. Esta, aliás, deverá ser a primeira e notável transformação. Não adianta tergiversar: somos todos, leitor, responsáveis por nossas escolhas. Somos – aliás, sempre fomos – o país do jeitinho e do pistolão. Às vezes, me vem à cabeça esta ideia maluca: a decepção e a desesperança (e a presença diminuta de pessoas na rua no último domingo) talvez expressem o cansaço crescente que toma conta de todos, sem exceção, quando chegamos à triste conclusão de que o mal está na raiz. É nela que reside a dificuldade para se fazer, por exemplo, a maior de todas as reformas – a política. Mas o Brasil precisa, também, de outras reformas, como afirmou o economista e ex-presidente do Banco Central, no governo FHC, Gustavo Franco. Precisa – concluiu ele – de “reforma da Previdência. E também da trabalhista, tributária, orçamentária, urbana, rural (agrária), sindical e do ensino médio. Precisa de reforma do ensino superior e inferior, de reforma protestante, do espírito do capitalismo e de reforma ortográfica. Reforma na varanda, no banheiro e na cozinha”. Só que quem quer voltar a presidir o país é o mesmo Lula, que, dizem, conta com 30% dos votos. Sua campanha para 2018 já começou. Seus assessores, com Mantega à frente, são os mesmos que nos entregaram este país roubado e quebrado. E, muito pior, traído! Lula, Dilma, Temer... Fonte: O TEMPO Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/acilio-lara-resende/ou-o-brasil-acaba-com-a-sauva-ou-a-sauva-acaba-com-o-brasil-1.1454041 Acesso em: 03/01/2021 Crises do capitão enferrujam imagem de generais, em fase de bolsonarização... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/01/03/crises-do-capitao-enferrujam-imagem-de-generais.htm?cmpid=copiaecola
Josias de Souza Colunista do UOL 03/01/2021 05h19 No presidencialismo, a face do presidente costuma ser a cara da crise. No governo de Jair Bolsonaro acontece algo diferente: O capitão cria as crises, os generais compartilham a (má) fama. No momento, três dificuldades influenciam o rumo do governo: o atraso na vacinação contra Covid, o pouco-caso com as reformas econômicas e a rachadinha. Por trás de cada embaraço há a presença de um general. A falta de vacinas e seringas decorre da aversão de Bolsonaro por imunizantes. Mas estilhaça o conceito de especialista em logística que costumava ser atribuído ao general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde. As reformas econômicas estão em segundo plano porque Bolsonaro privilegia propostas sobre temas como voto impresso, licença para policiais atirarem e garimpo em terras indígenas. Entretanto, a aparência de descoordenação legislativa respinga no general Luiz Eduardo Ramos, o ministro palaciano responsável por coordenar as idiossincrasias do presidente e os apetites fisiológicos do centrão. Foi graças a Bolsonaro também que a rachadinha caiu no colo de outro ministro palaciano, o general Augusto Heleno (GSI). Deu-se há quatro meses, quando o presidente promoveu em seu gabinete encontro das advogadas de Flávio Bolsonaro com a cúpula da área de inteligência do governo. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo, determinou ao procurador-geral Augusto Aras que apure a suspeita de que as engrenagens da Abin, órgão subordinado ao general, foram postas a serviço da desmontagem do processo contra o Zero Um. Segundo a superstição que vigorou no início do governo, os generais atuariam como moderadores de Bolsonaro, um capitão indisciplinado e mercurial. Aconteceu o oposto. Os excessos do chefe enferrujam a imagem dos generais, que se submetem a um processo de bolsonarização. https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/01/03/crises-do-capitao-enferrujam-imagem-de-generais.htm

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