segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Cidadania comemora centenário do comunista histórico, Luiz Ignácio Maranhão

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*** Luiz Ignácio Maranhão Filho é um dos nomes do antigo PCB a figurar na lista dos desaparecidos políticos durante o regime ditatorial de 1964. Defensor do diálogo entre os diversos setores políticos e sociais do país, ele é símbolo da política democrática desenvolvida pelo seu partido, do qual o Cidadania é um dos mais legítimos herdeiros. Neste 25 de janeiro, iniciam-se as comemorações do centenário de nascimento de Luiz Maranhão. Em homenagem à sua memória, a Fundação Astrojildo Pereira traz esta página especial. Acompanhe a trajetória desse importante intelectual e dirigente político, cuja grande marca foi a tolerância e a capacidade de conviver com o diverso. Publicado em 22 de janeiro de 2021 *** O Cidadania irá comemorar, no dia 25 de janeiro, o centenário de nascimento do antigo dirigente do PCB (Partido Comunista Brasileiro), advogado, professor e ex-deputado estadual do Rio Grande do Norte, Luiz Ignácio Maranhão Filho. Para marcar a data e em memória de Luiz Maranhão, o partido elaborou um documento especial (veja abaixo) com a trajetória do líder comunista. Maranhão é um dos nomes do partidão na lista de desaparecidos políticos da Ditadura de 1964. ***
*** Então deputado estadual, Luiz Maranhão (de terno branco) visita JK no Palácio do Catete *** Ele sempre foi reconhecido como um intelectual tolerante e plural e um símbolo da política democrática desenvolvida pelo PCB, do qual o Cidadania é um dos principais herdeiros. No documento, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, e o diretor-geral da FAP (No documento, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, e o diretor-geral da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), Caetano Araújo, reforçam a importância de Maranhão que, ao lado de Giocondo Dias e Marco Antônio Tavares Coelho, participou da Comissão do Comitê Central do PCB para contatos políticos. Nesse contexto, ele foi um dos principais articuladores da Frente Ampla para restabelecer o Estado de Direito brasileiro. A Frente chegou a ser proibida pelo regime militar, mas serviria, anos depois, como base para fundação do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), em 1966. ***
*** O dirigente com a mão no bolso ao lado de seu irmão e jornalistas. Na poltrona de terno escuro o ex-senador Eloy de Souza *** “Neste centenário de seu nascimento, Luiz Maranhão nos serve de inspiração para vencer as ameaças autoritárias do presente e unir as forças democráticas para a construção de um Brasil de democracia ampla e de prosperidade para todos”, defendem Freire e Caetano. ***
*** Maranhão na primeira fila (ultimo à direita) com jornalistas e intelectuais no fim da década de 30. De chapéu na mão, o historiador Luís da Câmara Cascudo *** Biografia Luiz Ignácio Maranhão Filho nasceu em 25 de janeiro de 1921 em Natal, Rio Grande do Norte. Foi advogado, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e jornalista, onde colaborou com o Diário de Natal e a Revista Civilização Brasileira. Ingressou no PCB em 1945 e em 1952 foi preso pela primeira vez, pela Aeronáutica, sofrendo torturas. Em 1958 foi eleito deputado estadual de seu estado pelo então PTN (Partido Trabalhista Nacional) permanecendo no cargo até 1962. Em 1964, visitou Cuba e ao retornar ao País foi novamente preso e teve seus direitos políticos cassados. Ao sair da prisão, Maranhão Filho passou a viver clandestinamente no Rio de Janeiro, atuando em diversas comissões do PCB. Em 1967, foi eleito membro do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro, em seu VI Congresso. Em 1974, desapareceu em São Paulo.O caso atualmente é investigado pela Comissão da Verdade, órgão que apura as mortes de desaparecidos políticos no período da ditadura. 100-ANOS-DE-LUIZ-MARANHÃOBaixar https://cidadania23.org.br/2021/01/22/cidadania-comemora-centenario-do-comunista-historico-luiz-ignacio-maranhao/ *** *** Neste 25 de janeiro, iniciam-se as comemorações do centenário de nascimento de Luiz Maranhão. Em homenagem à sua memória, a Fundação Astrojildo Pereira traz esta página especial. Acompanhe a trajetória desse importante intelectual e dirigente político, cuja grande marca foi a tolerância e a capacidade de conviver com o diverso. *** Luiz Maranhão, símbolo da política democrática Lançamento da Comissão do Centenário de Nascimento de Luiz Maranhão Diálogo com a Igreja Católica Galeria de fotos A política de frente ampla de Luiz Maranhão Intelectual renovador Luiz Maranhão nos arquivos do DOPS-SP Livros sobre Luiz Maranhão *** http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/100-anos-de-luiz-maranhao/ *** *** SAIBA *** MAIS *** Luiz Ignácio Maranhão Filho terá centenário celebrado a partir desta segunda *** JANA SÁ *** SÁ *** 23 de janeiro de 2021 ***
*** Enquanto o país vivencia um desmonte das políticas públicas de realização do direito à memória e à verdade, o Estado do Rio Grande do Norte celebra o centenário do jornalista, advogado, professor e militante comunista Luiz Ignácio Maranhão Filho. Um selo comemorativo e um cordel serão lançados em ato solene nesta segunda-feira (25), com a presença da governadora Fátima Bezerra (PT). A atividade, uma realização do Governo do Estado do RN, Fundação José Augusto e Comissão do Centenário de Nascimento de Luiz Ignácio Maranhão Filho, acontece na Escola de Governo, Centro Administrativo de Natal, e terá transmissão a partir das 10h30 pelo canal do Youtube da Universidade Popular DHnet, através do link https://youtu.be/xjJx3nyq0Vw. *** A ação integra uma vasta programação a ser executada ao longo do ano de 2021 por uma comissão criada pela Fundação José Augusto em 10 de novembro, formada por 21 personalidades do Estado Rio Grande do Norte, que tem à frente o economista e ativista dos Direitos Humanos, Roberto Monte. Biografia Nasceu em 25 de janeiro de 1921, em Natal (RN), filho de Luiz Ignácio Maranhão e Maria Salomé Carvalho Maranhão. Desaparecido em 3 de abril de 1974. Dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Era casado com Odette Roselli Garcia Maranhão. Advogado, professor do Atheneu Norteriograndense, onde havia estudado, e também da Fundação José Augusto e da UFRN. Jornalista, colaborou com diversos jornais do estado, particularmente com o Diário de Natal, e publicou vários artigos na Revista Civilização Brasileira. Em 1945, iniciou sua militância no PCB. Preso em 1952 pela Aeronáutica, em Parnamirim (RN), foi muito torturado. Sua história constituiu um capítulo do livro A História Militar do Brasil, de Nelson Werneck Sodré. Em 1958, foi eleito deputado estadual, pela legenda do Partido Trabalhista Nacional (PTN), desempenhando o mandato até 1962. No início de 1964, visitou Cuba a convite de Fidel Castro. Quando ocorreu o golpe de Estado em abril do mesmo ano, Luiz foi preso e, novamente, submetido à tortura. Foi atingido pelo primeiro Ato Institucional, com suspensão de direitos políticos e cassação do mandato de deputado estadual no Rio Grande do Norte em 8 de junho de 1964. Permaneceu preso na ilha de Fernando de Noronha (PE) até fins de 1964, junto com o governador de Pernambuco Miguel Arraes e seu irmão, todos cassados. Libertado, imediatamente passou à clandestinidade, no Rio de Janeiro. Durante o período de vida clandestina, Luiz Ignácio atuou em diversas atividades partidárias. Foi eleito membro do Comitê Central do PCB no seu VI Congresso, em 1967. *** Em 1945, iniciou sua militância no PCB. Preso em 1952 pela Aeronáutica, em Parnamirim (RN), foi muito torturado. Sua história constituiu um capítulo do livro A História Militar do Brasil, de Nelson Werneck Sodré. Em 1958, foi eleito deputado estadual, pela legenda do Partido Trabalhista Nacional (PTN), desempenhando o mandato até 1962. No início de 1964, visitou Cuba a convite de Fidel Castro. Quando ocorreu o golpe de Estado em abril do mesmo ano, Luiz foi preso e, novamente, submetido à tortura. Foi atingido pelo primeiro Ato Institucional, com suspensão de direitos políticos e cassação do mandato de deputado estadual no Rio Grande do Norte em 8 de junho de 1964. Permaneceu preso na ilha de Fernando de Noronha (PE) até fins de 1964, junto com o governador de Pernambuco Miguel Arraes e seu irmão, todos cassados. Libertado, imediatamente passou à clandestinidade, no Rio de Janeiro. Durante o período de vida clandestina, Luiz Ignácio atuou em diversas atividades partidárias. Foi eleito membro do Comitê Central do PCB no seu VI Congresso, em 1967. Era importante elo nos contatos do PCB com a Igreja católica e políticos da oposição legal. Defendia o diálogo entre marxistas e cristãos, conforme o filósofo filiado ao PCF, Roger Garaudy, com quem se correspondia. Em 1967, organizou a publicação de três Encíclicas: Mater et Magistra, Pacem in Terris, de João XXIII, e Populorum Progressio, de Paulo VI, em um volume intitulado A Marcha Social da Igreja, cuja introdução foi escrita por Alceu Amoroso Lima, o Tristão de Athayde, importante pensador cristão. Ele acreditava em uma aproximação com a Igreja para realizar um trabalho conjunto contra a ditadura. Prisões no Rio de Janeiro, em junho de 1970, originaram um IPM no Primeiro Distrito Naval para apurar a atividade de militantes do PCB. Um processo nesse distrito, que se desdobrou em cinco IPMs, procurou colher informações sobre Luiz Maranhão. Ele foi indiciado como revel no IPM de agosto de 1970, sendo denunciado como incurso nos art. 23, 43 e 45 da LSN. Em 23 de janeiro de 1973, porém, foi absolvido por insuficiência de provas. Em 27 de março de 1973, o Superior Tribunal Militar julgou a apelação e, por maioria de votos, o absolveu. Seu nome consta da lista de desaparecidos políticos do anexo I, da lei 9.140/95. Na CEMDP, seu caso foi protocolado com o número 043/96. Luiz Ignácio Maranhão Filho foi reconhecido como desaparecido político pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos por meio do procedimento 043/96. *** Foi incluído no Dossiê ditadura: Mortos e Desaparecidos no Brasil (1964-1985), organizado pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. Foi homenageado com a criação do Instituto Prof. Luiz Ignácio Maranhão Filho. Em sua homenagem, a cidade do Rio de Janeiro deu o seu nome a uma rua no bairro de Paciência. Uma placa com seu nome foi colocada no Monumento contra a Tortura, no Recife (PE). Em agosto de 2010, na 42ª. Caravana para a Anistia, em Natal, ele foi considerado anistiado. Na ocasião, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República inaugurou o Memorial “Pessoas Imprescindíveis” dessa cidade em homenagem a Luiz Ignácio Maranhão Filho. Em 2013, a Comissão Municipal da Memória, Verdade e Justiça de Natal escolheu-o como seu patrono. *** https://www.saibamais.jor.br/luiz-ignacio-maranhao-filho-tera-centenario-celebrado-a-partir-desta-segunda/ *** *** Centenário Luiz Maranhão Solenidade *** 42 assistindo agora•Transmissão iniciada há 101 minutos *** Universidade Popular DHnet *** Lançamento pela governadora do RN Fátima Bezerra da comissão que organizará o centenário do militante político Luiz Ignácio Maranão Filho, brutalmente torturado e assassinado pela Ditadura Militar de 1964. Nascido em Natal, Rio Grande do Norte em 25 de Janeiro de 1921 *** "Viva Luiz Maranhão, ditadura nunca mais." Professora Fátima Bezerra, Governadora do Rio Grande do Norte, 25 de janeiro de 2021 *** Viva Luiz Maranhão! *** PRESENTE!!! https://www.youtube.com/watch?v=xjJx3nyq0Vw&feature=youtu.be

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